Para onde foi a paixão automóvel?
Bolas, estou farto. Hoje em dia não há um único carro apaixonante feito a pensar em mortais...já não há loucura...raios parta...já ninguém “se passa”!
Sim, todos podemos sonhar com um GT3 RS (ou com o que quer que te ponha a suar das mãos só de pensar em guiar), mas a verdade é que só está ao alcance de uns quantos...
Não sei se está associado com o facto de a competição automóvel desde há muitos anos para cá se ter “amaricado” (saudosa série B, e já não há “homologation specials”)...ou com os impostos, implementações ambientais e todas essas tretas que alguém nos tenta dizer que fazem parte da vida real (e que nos citam cada vez que perguntamos “porque não?”)...hoje simplesmente não temos disponíveis para um “tipo normalíssimo” um carro com uma dose decente de paixão e loucura a rodos...toda a gente adora o seu Golf a diesel (falem praí pá, nem vos oiço...) em branco, cinzento rato ou um milhão de tons de preto, que custe muito e gaste muito pouco, que estejam sempre limpos e a brilhar, e que obviamente nunca ninguém deu ou dará umas quecas lá dentro...que não passam de objectos...
Já não há aquele carro que, mesmo cheio de defeitos, nos apetece pegar no domingo de manhã e demorar um par de horas para ir bucar o jornal...pegar na Maria e parar só em Marrocos...meter aquela banda sonora pirosa e simplesmente conduzir...aquele carro que sabemos que nos pode arrancar um braço ou uma perna, mas que nos dá um enorme sorriso quando está lá perto...já não há carros com personalidade.
De todas as pessoas que conheço, sei de apenas uma que conduz o seu carro com verdadeira paixão todos os dias...guess what?...o carro é mais velho que ele...
Olho para a oferta actual (abaixo dos 27/30k€, ok, não é “nada” para muitos...”so what?!” Mesmo que fosse o dobro não teria conclusões muito diferentes...), encolho os ombros e suspiro “meh...”. O último carro que me excitou verdadeiramente foi o Megane R26.R, e não foi pela “velocidade” obviamente (estou a ser um bocadinho injusto para um mini cooper S amarelo pertença de uma dona que simplemente me pôs a chave na mão e disse “é para isso que ele serve”)...sinto-me muito mais atraído por um jipe ferrugento e lento, a cheirar a panados que por todo um parque de estacionamento cheio de carros mais modernos...mas com menos tempêro, sem metade da personalidade de tão mau que “isto está”.
Por isso digam-me frequentadores do AHo, sou eu que estou cego? Sou eu que sou esquisito? Estou remetido a viver no passado? Bolas, quero dados (no metal) em concreto.
PS: eh pá, se alguém me vier aqui dizer para caír na real, “ah e tal, são os tempos modernos” citar normas de emissões ou de segurança, objectivos monetários dos contrutores automóveis ou temas aparentados axo que entro em depressão severa...
Bolas, estou farto. Hoje em dia não há um único carro apaixonante feito a pensar em mortais...já não há loucura...raios parta...já ninguém “se passa”!
Sim, todos podemos sonhar com um GT3 RS (ou com o que quer que te ponha a suar das mãos só de pensar em guiar), mas a verdade é que só está ao alcance de uns quantos...
Não sei se está associado com o facto de a competição automóvel desde há muitos anos para cá se ter “amaricado” (saudosa série B, e já não há “homologation specials”)...ou com os impostos, implementações ambientais e todas essas tretas que alguém nos tenta dizer que fazem parte da vida real (e que nos citam cada vez que perguntamos “porque não?”)...hoje simplesmente não temos disponíveis para um “tipo normalíssimo” um carro com uma dose decente de paixão e loucura a rodos...toda a gente adora o seu Golf a diesel (falem praí pá, nem vos oiço...) em branco, cinzento rato ou um milhão de tons de preto, que custe muito e gaste muito pouco, que estejam sempre limpos e a brilhar, e que obviamente nunca ninguém deu ou dará umas quecas lá dentro...que não passam de objectos...
Já não há aquele carro que, mesmo cheio de defeitos, nos apetece pegar no domingo de manhã e demorar um par de horas para ir bucar o jornal...pegar na Maria e parar só em Marrocos...meter aquela banda sonora pirosa e simplesmente conduzir...aquele carro que sabemos que nos pode arrancar um braço ou uma perna, mas que nos dá um enorme sorriso quando está lá perto...já não há carros com personalidade.
De todas as pessoas que conheço, sei de apenas uma que conduz o seu carro com verdadeira paixão todos os dias...guess what?...o carro é mais velho que ele...
Olho para a oferta actual (abaixo dos 27/30k€, ok, não é “nada” para muitos...”so what?!” Mesmo que fosse o dobro não teria conclusões muito diferentes...), encolho os ombros e suspiro “meh...”. O último carro que me excitou verdadeiramente foi o Megane R26.R, e não foi pela “velocidade” obviamente (estou a ser um bocadinho injusto para um mini cooper S amarelo pertença de uma dona que simplemente me pôs a chave na mão e disse “é para isso que ele serve”)...sinto-me muito mais atraído por um jipe ferrugento e lento, a cheirar a panados que por todo um parque de estacionamento cheio de carros mais modernos...mas com menos tempêro, sem metade da personalidade de tão mau que “isto está”.
Por isso digam-me frequentadores do AHo, sou eu que estou cego? Sou eu que sou esquisito? Estou remetido a viver no passado? Bolas, quero dados (no metal) em concreto.
PS: eh pá, se alguém me vier aqui dizer para caír na real, “ah e tal, são os tempos modernos” citar normas de emissões ou de segurança, objectivos monetários dos contrutores automóveis ou temas aparentados axo que entro em depressão severa...
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