Pedro Silva na Autohoje

[Cobra]

Mísero, porque? É um carro perfeitamente banal, não é propriamente um automóvel que transmita emoções.

Tive a ver um programa de Autos na tvi24, em que o ensaiador, se referia à direcção da C5 carrinha como pouco informativa, e o acerto da suspensão pouco desportivo, como defeitos...

E eu a pensar cá para os meus botões, mas o que é que ele estava à espera de uma carrinha a diesel deste segmento!?

[Valium]

Por acaso, até achei o texto sobre o MOTOR da 316 bastante interessante.
É uma escrita completamente diferente e porque não, realista
Gostei

Também gostei.

Tive a ver um programa de Autos na tvi24, em que o ensaiador, se referia à direcção da C5 carrinha como pouco informativa, e o acerto da suspensão pouco desportivo, como defeitos...

E eu a pensar cá para os meus botões, mas o que é que ele estava à espera de uma carrinha a diesel deste segmento!?

Não te preocupes, para a próxima testam um GTR e queixa-se dos consumos, mala pequena e pouco espaço para os ocupantes.

[JGTB]

Tive a ver um programa de Autos na tvi24, em que o ensaiador, se referia à direcção da C5 carrinha como pouco informativa, e o acerto da suspensão pouco desportivo, como defeitos...

E eu a pensar cá para os meus botões, mas o que é que ele estava à espera de uma carrinha a diesel deste segmento!?

Pois, esse é um problema muito comum. Vai-se atrás dos clichés e ninguém se lembra de contextualizar o automóvel.

[Homer]

Tive a ver um programa de Autos na tvi24, em que o ensaiador, se referia à direcção da C5 carrinha como pouco informativa, e o acerto da suspensão pouco desportivo, como defeitos...

E eu a pensar cá para os meus botões, mas o que é que ele estava à espera de uma carrinha a diesel deste segmento!?

Da suspensão pouco desportiva tens razão, está pouco contextualizado com o segmento da carrinha e mais, com as pretensões a uma das compras mais confortáveis do seg. D, uma C5 não é uma Série 3...

Quanto à direcção pouco directa, concordo só parcialmente: se por um lado quem compra este tipo de carros pode não ligar ao facto de uma direcção ser directa, por outro lado se a direcção fosse um pouco mais directa também não iria prejudicar o conforto da C5

[Cobra]

Da suspensão pouco desportiva tens razão, está pouco contextualizado com o segmento da carrinha e mais, com as pretensões a uma das compras mais confortáveis do seg. D, uma C5 não é uma Série 3...

Quanto à direcção pouco directa, concordo só parcialmente: se por um lado quem compra este tipo de carros pode não ligar ao facto de uma direcção ser directa, por outro lado se a direcção fosse um pouco mais directa também não iria prejudicar o conforto da C5

Não quero teimar, mas não se queixava da desmultiplicação, era mesmo da falta de informação que lhe chegava pela direcção...

[LinoMarques]

Por acaso, até achei o texto sobre o MOTOR da 316 bastante interessante.
É uma escrita completamente diferente e porque não, realista
Gostei

Pois. Se fosse com milhentos outros "jornalistas", seria algo do tipo: "É um motor honesto que, sem deslumbrar, cumpre".

[genioux]

Eu acho piada é como uma carrinha do segmento D, por sinal já em final de vida, com um motor de 115 cv consegue ter um preço base de 38000€, enquanto que a unidade ensaiada tinha um preço de quase 48000€.

Sai caro comprar "premium"...

Em relação à análise, acho que o jornalista foi honesto naquilo que disse, não esteve a "encher chouriços" como o maior parte dos jornalistas deste ramo...

[Drifting]

Eu acho piada é como uma carrinha do segmento D, por sinal já em final de vida, com um motor de 115 cv consegue ter um preço base de 38000€, enquanto que a unidade ensaiada tinha um preço de quase 48000€.

Sai caro comprar "premium"...

Em relação à análise, acho que o jornalista foi honesto naquilo que disse, não esteve a "encher chouriços" como o maior parte dos jornalistas deste ramo...

Do que me lembro... Pedro Silva escrevia assim.

Ninguém respondeu à pergunta anterior: Pedro Silva ainda está na AH?

[bg2]

pedro silva aínda está na AH, sim

bastava folhear a revista...

[JGTB]

A revista, ou basta ir ao site do Autohoje.

[TSport]

Por acaso, ainda recentemente dei uma valente gargalhada e esbocei um enorme sorriso.
É mesmo à Pedro Silva:

Para mim, um Subaru Impreza é um carro de três volumes com uma bossa no capot e uma enorme asa em cima da tampa da mala. Para mim e para a maior parte dos admiradores deste ícone de performance japonês. Felizmente, após a heresia da versão 2008, a Subaru decidiu que a versão 2011 do Impreza WRX STI teria uma nova carroçaria três volumes e seria a mais rápida e eficaz de sempre.

Depois, a parte que a muitos interessa:

Os travões dianteiros Brembo com pinças de seis êmbolos e a barra anti-aproximação anterior (com uma articulação especial que permite liberdade vertical mas bloqueia qualquer movimento lateral) também são doados pelo R205, ao passo que o spec.C (a versão especial japonesa de 2009) contribuiu com a bateria de reduzidas dimensões e o capot em alumínio. As peças específicas ao “protótipo” são os guarda-lamas dianteiros em alumínio, uma carenagem completa da parte inferior do chassis, um lábio dianteiro proeminente e um “Gurney” flap coloado no aileron traseiro. Por razões de segurança foi montado um roll-bar e dois conjuntos baquets/cintos homologados para competição. o WRX STI 2011

Só mais este e já acabo:

3,2,1, partida…
Pontapé nas costas! Um segundo e meio depois já estamos a 50 km/h; neste intervalo a aceleração média ronda 0,9 g tem picos acima de 1 g e, dos carros por nós medidos, apenas um 911 Turbo PDK com Pack Sport Chrono faz melhor. Em cinco segundos cravados atingimos os 100 km/h e os mil metros não tardam mais de 24,6 segundos, sendo atingidos já a mais de 210 km/h. Apenas o leve Mitsubishi Lancer Evolution VI consegue viver com estes números. De resto, todos os outros Lancer Evolution (sem mexidas), VW Golf R e Focus RS 500 ficam a ver o enorme aileron traseiro e as quatro saídas de escape do Impreza WRX STI 2011 a afastar-se cada vez mais.

Source

I like it

[JGTB]

Aliás, o Pedro Silva tanto ainda está no Autohoje, que o polémico comparativo entre o Golf, o Prius e o Leaf foi escrito por ele.

[Nightlord]

Aliás, o Pedro Silva tanto ainda está no Autohoje, que o polémico comparativo entre o Golf, o Prius e o Leaf foi escrito por ele.

Ainda não tinha tido tempo...mas vou fazê-lo - isto para comparar esse artigo com o que o Pedro Silva escreveu sobre o 1M na semana passada - um artigo divinal...com os pontos onde interessa, bom texto, boas opiniões e bem transmitidas por quem sabe.

Quanto ao link que deu origem a este tópico, mesmo já com algum tempo e mesmo um breve texto de condução, não vejo qual o problema. O que ele ali diz é a mais pura das verdades...não sei porque é que há de chocar.

[TSport]

Em contrapartida, o Flávio Serra de vez em quando sai-se com cada uma....cof cof cof.
Tipo isto:

O RCZ é o regresso da Peugeot às lides da emoção. Atinge 100 km/h em 7,1 segundos, é detentor de uma voz magnífica, tem uma caixa manual de seis velocidades que é o sonho de qualquer condutor e o eixo dianteiro é tão preciso que irá passar a traçar arcos perfeitos a caminho do emprego, tudo isto embrulhado por aquela que é, muito provavelmente, a carroçaria mais sexy da actualidade. Mal dá para acreditar que é baseado no 308… Ainda que os interiores sejam quase idênticos, o coupé demarca-se com pormenores deliciosos, como o volante mais pequeno, o relógio analógico e uns fabulosos bancos “à Porsche”, que tornam o ambiente bastante mais exclusivo.

Sinceramente, este tipo de "discurso" não me diz nada. Até me faz um bocado de confusão...parece que nem está a falar de um carro

Neste comparativo, além de conduzir - que o fez, também o Pedro devia por a mão no texto. É apenas a minha opinião...

[Nightlord]

Por acaso, de quem já o conduziu bastante, a impressão que me deixou foi semelhante a esse texto...o RCZ parece que é mesmo muito, muito bom.

[Agent]

Em contrapartida, o Flávio Serra de vez em quando sai-se com cada uma....cof cof cof.
Tipo isto:


Sinceramente, este tipo de "discurso" não me diz nada. Até me faz um bocado de confusão...parece que nem está a falar de um carro

Neste comparativo, além de conduzir - que o fez, também o Pedro devia por a mão no texto. É apenas a minhas opinião...

Cada um com o seu estilo...

[JGTB]

Em contrapartida, o Flávio Serra de vez em quando sai-se com cada uma....cof cof cof.
Tipo isto:

Sinceramente, este tipo de "discurso" não me diz nada. Até me faz um bocado de confusão...parece que nem está a falar de um carro

Neste comparativo, além de conduzir - que o fez, também o Pedro devia por a mão no texto. É apenas a minha opinião...

São formas distintas de abordar a crónica e, na minha opinião, a diversidade, desde que com qualidade, é bastante positiva.
O importante é manter sempre a clareza e objectividade.

[MJAG]

Não acho que o Pedro Silva seja assim tão bom a escrever; deverá ser um grande condutor, mas não é exactamente aquilo que eu considero um bom jornalista. Continuo a achar que as suas análises dinâmicas são pretensiosas, de tão técnicas e pouco sucintas.

Precisamente, o artigo sobre o 1M, ilustra, na minha opinião, o Pedro Silva no seu pior.

Depois, diz abertamente que não fará considerações "à qualidade dos plásticos nem à mala" porque estamos aqui a falar de um desportivo. Porquê? Um carro não é um todo? Não seria interessante saber se o veículo se coaduna com uma utilização normal?

Nota: sou leitor do AH desde o nº1 e compro-o sempre.
Aceito e respeito todas as opiniões contrárias à minha.

Abraço

[Xkoviak]

Por acaso, ainda recentemente dei uma valente gargalhada e esbocei um enorme sorriso.
É mesmo à Pedro Silva:

Depois, a parte que a muitos interessa:

Só mais este e já acabo:

I like it

Gostei
Realmente muito bom!

[Nightlord]

Não acho que o Pedro Silva seja assim tão bom a escrever; deverá ser um grande condutor, mas não é exactamente aquilo que eu considero um bom jornalista. Continuo a achar que as suas análises dinâmicas são pretensiosas, de tão técnicas e pouco sucintas.

Precisamente, o artigo sobre o 1M, ilustra, na minha opinião, o Pedro Silva no seu pior.

Depois, diz abertamente que não fará considerações "à qualidade dos plásticos nem à mala" porque estamos aqui a falar de um desportivo. Porquê? Um carro não é um todo? Não seria interessante saber se o veículo se coaduna com uma utilização normal?

Nota: sou leitor do AH desde o nº1 e compro-o sempre.
Aceito e respeito todas as opiniões contrárias à minha.

Abraço

São opiniões bem distintas. Pois eu acho que esse artigo ilustra precisamente o que me agrada...parece um Top Gear...zinho Quando o li destaquei algumas frases para aqui colocar, uma delas era essa precisamente:

" diz abertamente que não fará considerações "à qualidade dos plásticos nem à mala" porque estamos aqui a falar de um desportivo" - isto porque como aqui já se foi dito "Pois, esse é um problema muito comum. Vai-se atrás dos clichés e ninguém se lembra de contextualizar o automóvel. "

Andar a criticar coisas que não dizem respeito à filosofia de um carro só contribuí para que cada vez mais se tenha carros sensaborões, carros que não são maus em nada...mas também não são bons em nada.De vez em quando aparece um 1M pelo caminho...e de vez em quando lá se fazem uns textos com emoção, paixão, condução, etc.

Tinha outras frases para destacar mas não tenho aqui a revista e não me lembro

[Maraki]

Por acaso, até achei o texto sobre o MOTOR da 316 bastante interessante.
É uma escrita completamente diferente e porque não, realista
Gostei

O texto está realista. A 316d tem 116cv, e o megane 110cv, tendo este último menor peso, é natural que tenha melhores recuperações. Só compra o 16d quem procura economia, não é um motor para corridas, mas 116cv são na minha opinião, suficientes para 80% dos condutores.

[UserAHO]

Quem me dera ainda ter o exemplar da Supermotores em que ele ensaia o M3 E46, o título do artigo era "atleta de eleição"

Alguém tem um site com digitalizações dos artigos dele na Supermotores?

[CharGerGTi]

E é por tudo o que ai puseram que deixei de ler revistas e ver programas portugueses sobre carros!

[LuisNeves]

ja repararam no ensaio ao Mazda 6 MPS da Auto Hoje desta semana?

o jornalista nao é o Pedro Silva que era da fantastica Super Motores?

pela foto nao se percebe muito bem,mas ate pela qualidade do texto referindo-se quase na totalidade ao comportamento dinamico parece-me ser ele...

Foi por isto que deixei de comprar a AH. Quem procura informação leva com dinâmica, dinâmica e mais dinâmica e fica a saber o mesmo sobre os carros em que está interessado. Vejo que esta orientação continua a ser a ser reforçada.

[Cobra]

São opiniões bem distintas. Pois eu acho que esse artigo ilustra precisamente o que me agrada...parece um Top Gear...zinho Quando o li destaquei algumas frases para aqui colocar, uma delas era essa precisamente:

" diz abertamente que não fará considerações "à qualidade dos plásticos nem à mala" porque estamos aqui a falar de um desportivo" - isto porque como aqui já se foi dito "Pois, esse é um problema muito comum. Vai-se atrás dos clichés e ninguém se lembra de contextualizar o automóvel. "

Andar a criticar coisas que não dizem respeito à filosofia de um carro só contribuí para que cada vez mais se tenha carros sensaborões, carros que não são maus em nada...mas também não são bons em nada.De vez em quando aparece um 1M pelo caminho...e de vez em quando lá se fazem uns textos com emoção, paixão, condução, etc.

Tinha outras frases para destacar mas não tenho aqui a revista e não me lembro

Tenho de comprar para ler, e ver bem a coisa
Mas ao testar um carro tipo 1M há duas abordagens possíveis...

Fazer um relato acerca do comportamento e motor do mesmo...
Fazer um relato acerca do produto, que apenas poderá interessar ao mercado-alvo!

A primeira é mais porreira
A segunda é mais útil...

Num carro que não é um desportivo puro, um all-rounder uma coisa que serve para o dia a dia, bem como para os dias da fúria, se calhar até interessam algumas das coisas menos interessantes para nós "cabeças de petróleo"...
Como se convive com ele, se a mala é utilizável, se tem espaço atrás para cadeirinhas ou sejam aquelas coisas que quem pensa em comprar isto, tem mesmo de considerar...

Mas volto a dizer um texto puro, sem considerções pelos aspectos práticos, é bem mais apetecível de se fazer, e dá muito mais gozo.

[Nightlord]

Bom post Cobra. Resume os 2 tipos de textos que podemos ter...e o que distingue muita gente por aqui em termos de gostos - que são ambos válidos, as conclusões de ataques e maledicência é que já não são tanto válidas -> mas lá vêm alguns que resistem a ela, como fizeste.

No meu caso como sempre disse por aqui é a primeira abordagem que procuro. Até porque acho que a segunda abordagem não deverá fazer parte de um texto deste tipo - a 2ª abordagem é uma abordagem reservada para os departamentos de comunicação e marketing das marcas que o farão bem melhor.

Atenção que isto é uma opinião muito pessoal. Tão pessoal que mesmo se eu mandasse, e sabendo que teria de agradar a gregos e troianos, faria por ter os 2 tipos de textos - da 1ª e 2ª abordagem...se calhar até mais da 2ª pois será a que mais vende.

Fazendo uma analogia, isto é o mesmo existir a Evo e a Auto Express (são as 2 do mesmo grupo) mas separa-as um mundo. Em Portugal é óbvio que não é possível ter esta separação...não há mercado...por isso há que ter as limitações que vamos vendo por forma a sobreviver. Até porque lendo muitos posts por aqui, quem mais aposta na maledicência aposta na continuação do estado das coisas pois não são consumidores das publicações.

Isto é um bocado como foi a Playboy em Portugal...todos falavam mal da revista...todos falavam que as gajas eram fraquitas...mas quando chegavam o que queriam é sacar as fotos da net...e atacar que aquilo que nem compraram era mau e defraudava as suas expectativas Chegámos ao ponto de ter não-consumidores defraudados...mostra bem o país que temos.

[Valium]

É uma questão de compromisso que as revistas terão que chegar.
Ou testar a mesma viatura 2x, por exemplo deixando a parte dinamica para os comparativos e a parte do produto para quando se testa sozinha (ou vice-versa e aproveitando o trabalho já feito), ou, dependendo do carro explorar mais uma ou outra vertente, mencionando no entanto sempre as duas.

Alguma das coisas que me chateia em ler as revistas auto é serem enfadonhas, em algumas praticamente mudando o nome do carro e dados técnicos e o texto seria 95% igual.

[JGTB]

Toda a gente do meio gostava que as revistas automóveis se aproximassem mais de revistas como a EVO. O problema é que vivemos num país de apenas 10 milhões de habitantes, em que grande parte das pessoas não tem possibilidades financeiras para comprar um carro novo. Depois, a maior parte não liga a automóveis, mas sim à imagem que eles transmitem.

Em Portugal, pegamos em 100 pessoas que têm 40 mil euros para gastar num carro, sem qualquer limitação de espaço e versatilidade. As opções são um BMW 320D e um Renault Mégane RS. Ou seja, o mais vendido do segmento D premium e a referência nos desportivos. Dessas 100 pessoas, 99 escolheria o BMW. Isto diz tudo sobre o mercado que temos. Pessoas que gostam realmente de carros são meia-dúzia. Os outros, que também se dizem apaixonados, gostam é do seu carro, ou, no máximo, de uma determinada marca.

Por fim, há ainda aqueles que até gostam de automóveis, mas que acham que sabem tudo e, por isso, não querem ler revistas.

Tudo somado, facilmente chegaríamos à conclusão de que uma revista de paixão duraria duas ou três edições, até ser insustentável.

[LinoMarques]

Foi o que se passou com a SM! E, curiosmente, eu comprava-a mais porque traziam sempre reportagens muito interessantes de crash-tests!!

[BLADERUNNER]

Cada um procura aquilo que quer. A mim interessa-me a análise directa do comportamento de um carro, dos reais consumos, performances, dinâmica, conforto, e considerações acerca da mecânica/electrónica na qual posso meter argoladas sem dar por ela. Não que seja um tanso, mas porque quem é especialista e experiente poderá fazer um diagnóstico e detectar detalhes que poucos conseguem descobrir.

Quanto às considerações de ordem estilística e funcional/prática, acabo por consultar os catálogos e uso os olhos que tenho na cara para observar (ao vivo se for o caso). Tecer algumas considerações neste campo não me interessa, mas compreendo que poderá interessar a muita gente.
Uma abordagem técnica e uma outra comercial terão sempre de fazer parte de qualquer texto automobilístico que se preze para abarcar os interesses de cada um, até porque tudo custa dinheiro e quando estamos dispostos a gastar temos de ver a oferta do mercado.

Claro que a imagem vende e muito boa gente compra um carro por aquilo que ele transmite (e não se pense que estou a falar de sensações de conforto, segurança, prazer de condução, etc). Estou mesmo a falar na mensagem exterior que passa para os outros. Muita gente compra um carro, não para si, mas para os outros. Carro = estatuto. Tens um premium > és um senhor, tens um generalista ou um ranhô > és um pindérico. Depois é ver malta a sustentar carros que nem sabem a cavalagem do mesmo nem sequer mexer em certos equipamentos. Isto aliado a clubismos, cega as pessoas. Se tenho um Alfa, torno-me alfista, se tenho um BM torno-me germânico. Se tens um premium és um arrogante (mas eu até gostaria de ter) se tens um generalista és um borra-botas (mas o teu carro até é quase tão bom como o meu e bem mais barato). E não é preciso ir muito longe para constatar isso. (cá por casa já passaram 7 carros de marcas totalmente diferentes. Temos por cá um PT CRuiser e um Beetle e já várias pessoas me disseram que temos uns gostos esquisitos. Não se enquadram, percebem. Já o meu velhinho Honha enquadra-se perfeitamente num qualquer sítio, não interessa qual)

Os estereótipos agigantam-se na mesma proporção da incultura de um povo. Basta irmos a Espanha para repararmos que eles têm um parque automóvel mais diversificado e com menos premiuns do que o nosso.
Este é o mercado alvo das revistas nacionais. Não pensem que não são feitos estudos de mercado antes de se traçarem as linhas orientadoras de edição. Se o povo quer palha, dá-se-lhe palha. Se quer caviar, dá-lhe caviar. Infelizmente muitos optam pelas revistas quando estas dizem aquilo que eles querem “ouvir”. Daí a vermos análises a automóveis que parecem copy-past umas das outras.