"A situação do mercado é terrível"

[Excalibur]

Como medidas de excepção, e tendo em consideração a crise, o governo em vez de ser só chupista podia fazer o seguinte:


- Os modelos automóveis produzidos em Portugal teriam um abatimento de 100% no ISV

- As marcas que produzem automóveis em Portugal , e que incorporam componentes produzidos em Portugal nos restantes modelos, teriam uma redução de 75% no ISV nesses modelos.

- As marcas que produzam automóveis em Portugal teriam um abatimento de 50% nos modelos não produzidos em Portugal e que não incorporem componente produzidos em Portugal.

- As marcas que incorporassem componentes produzidos em Portugal, os modelos que incorporarem esses mesmos componentes teriam uma redução de 25% do ISV.


São medidas de excepção para revitalizar o sector, não serão medidas de proteccionismo.

Isto vigoraria até que a economia voltasse a ter índice positivo, e crescimento aceitável segundo determinados parametros pré definidos.

[Icedevice]

Afinal que carros são produzidos em portugal para alem dos da auto-europa?

[Excalibur]

Afinal que carros são produzidos em portugal para alem dos da auto-europa?

AUTOEUROPA (VW, SEAT)
Mitsubishi
PSA (Citroen)
TOYOTA

Componentes - Muitos.

Já sairam de cá a Renault, Opel, Ford

[Flyingsauce]

É certo e sabido que essas medidas não podem ser tomadas devido às leis da concorrência em vigor na União Europeia.

Imagine-se se os países com "verdadeira" indústria automóvel desatassem a fazer isso. Aí então vendiam bem no seu país mas...não vendiam nada nos outros.

[Excalibur]

É certo e sabido que essas medidas não podem ser tomadas devido às leis da concorrência em vigor na União Europeia.

Sendo medidas de excepção para fazer face ao momento actual que se vive, querendo, seria exequível.

Imagine-se se os países com "verdadeira" indústria automóvel desatassem a fazer isso. Aí então vendiam bem no seu país mas...não vendiam nada nos outros.

Porque não ?

Teriam de encontrar formas de se tornar mais competitivos, por exemplo encomendar mais componentes a Portugal, pensar em criar linha de montagem de modelos especificos para o pais, foi assim que fez a Renault durante decadas, bem como a Ford e Opel, que criavam automóveis para contornar a nossa idiota fiscalidade.

[Flyingsauce]

Excalibur, eu percebo o que defendes. E fazia sentido no tempo em que isso ocorria. Só que à luz do presente nada disso é possível por questões de legislação.

Além disso, um país como Portugal, com um mercado mínimo quando comparado com muitos países europeus, nunca iria conseguir atrair os construtores para colocarem cá fábricas suas, tendo como perspectiva construir carros para os portugueses, à luz de uma fiscalidade "amiga". O custo/benefício nunca iria permitir tais aventuras. Ainda mais no momento que o mundo atravessa.

Se assim fosse, cada país teria vinte ou trinta fábricas de vinte ou trinta construtores, que iriam laborar apenas para satisfazer o mercado do país em que estivessem instaladas.

Mas mais uma vez digo que entendo a tua posição e os argumentos que enuncias.

[eu]

Proteccionismo entre Países da UE não faz sentido. Já perante os asiáticos... parece-me que faz sentido.

[Alpiger]

Sendo medidas de excepção para fazer face ao momento actual que se vive, querendo, seria exequível.




Porque não ?

Teriam de encontrar formas de se tornar mais competitivos, por exemplo encomendar mais componentes a Portugal, pensar em criar linha de montagem de modelos especificos para o pais, foi assim que fez a Renault durante decadas, bem como a Ford e Opel, que criavam automóveis para contornar a nossa idiota fiscalidade.

A unica forma de ajudar as empresas montadores de automoveis em Portugal seria de os clientes, por sua iniciativa, começassem a comprar carros produzidos em Portugal.
De resto, nada mais pode ser feito.
Alem disso, a nossa industria está mais dependente do consumo na Alemanha e outros paises, que do consumo nacional, que é insignificante.

[Icedevice]

A unica forma de ajudar as empresas montadores de automoveis em Portugal seria de os clientes, por sua iniciativa, começassem a comprar carros produzidos em Portugal.
De resto, nada mais pode ser feito.
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O problema é que não há um único modelo de jeito para os portugueses comprarem. Apenas os pouco praticos Eos e Scirocco e a envelhecida Sharan.

Agora se a citroen lhe desse para construir o C3 em mangualde....

[Celsius]

A partir do momento em que os impostos são aumentados em pleno pico da crise global, só posso dizer que não espero grandes alterações...

[Bodygard]

A Itália vai dar um benefício de 1500€ a quem comprar carro novo para ajudar a ultrapassar a crise nas vendas.
Fonte não tenho, deu agora na Euronews.

Lá, dão-se benefícios, baixam-se os impostos para as pessoas comprarem e estimular a economia. Cá como somos um País riquíssimo aumenta-se o ISV e acabam-se com benefícios
Os governos em Portugal têm de perceber uma coisa: o que faz a riqueza de um País, são as pessoas, o comum cidadão e não as elites. Tem que se ajudar é as pessoas para que estas possam consumir pois só assim se salvam empresas. Não adianta injectar milhões para as salvar da falência porque elas continuam a não vender porque as pessoas não compram...
Sócrateeeeeeeeess ajuda as pessoas, abre os olhos (mas que não seja só para ver o teu nariz, que ultimamente tem crescido muito....)!

[BLADERUNNER]

O único problema que surge é que os nossos governantes não sabem governar.
Prova disso é o facto de estarem a “emprestar” 20 mil milhões aos bancos para facilitarem crédito às famílias e às empresas para impulsionarem a economia, e os bancos já “saquearam” cerca de metade dessa pequena fortuna e continuam a dificultar ao máximo o crédito, aumentando ainda mais as suas margens de lucro – “Spread”.
Como se isso não bastasse já vieram a público dizer que precisam de mais outros 20 mil milhões de euros.
Toda a gente parece estar a esquecer-se que esse dinheiro é nosso, dos cidadãos e que nos faz falta para consumirmos atacando o “calcanhar de Aquiles” da crise!

Atribuem-se empréstimos a empresas escolhidas não sei com que critérios, e como não sabem governar e não têm visão macroeconómica, vai-se esvaziando os cofres do estado, sobreendividando-se as empresas ainda mais.

Estes incompetentes ainda não se aperceberam que se dez milhões e meio de pessoas não tiverem condições de consumir, as empresas não escoam os seus produtos e, fecham portas ou praticam mais o “Lay out”. Com isto, haverá menos dinheiro disponível nos cidadãos, menos consumo, o que voltará a implicar a repetição do ciclo que acabei de referir (redução do consumo>falências e “Lay outs”>desemprego e redução nos vencimentos>menor poder de compra>menor consumo). E o estado esquece-se que havendo menor consumo, também terá menor receita de IVA.

Ainda não descobriram que qualquer dia temos as lojas às moscas porque ninguém compra. Por isso a solução do problema não passa por auxiliar os produtores/vendedores, mas sim em ajudar os consumidores criando condições para que estes possam comprar. Só assim as empresas vendem, que é o que elas precisam, e não de empréstimos para se endividarem ainda mais.

Bem, quando o ministro da economia vai para a china (país de salários baixíssimos) tentar convencer os empresários locais a investirem no nosso país, abanando a bandeira dos nossos salários serem baixos, acho que está tudo dito.

Eu não sou economista, mas penso que o que disse é bem visível por qualquer comum mortal.
Só falta saber se não existirá uma relação entre as verbas a serem distribuídas aos bancos e os apoios às campanhas eleitorais.

O que eu vejo é as empresas a afundar por não conseguirem vender os seus produtos e o estado a emprestar-lhes dinheiro.

Em sentido metafórico, vejo navios a fundar e os estado em vez de arranjar gente para ajudar a escoar a água para salvar as embarcações, atira-lhes umas barras de ouro para cima: “Tomem lá. Pode ser que isto vos ajude.” Talvez, a ir ao fundo mais depressa.