Reduzir a velocidade não diminuiria acidentes
Perito aconselha a conduzir a velocidade constante e de forma cómoda
Um estudo assegura que não está demonstrada qualquer relação directa entre a velocidade máxima permitida em cada via e a frequência de acidentes. Segundo o site de notícias 20 minutos, o estudo aconselha a que se circule a uma velocidade constante, ajustando-a de forma a que a condução seja cómoda.
Um estudo recente do professor de transportes da Universidade Politécnica de Valência, Juan Dols, desmente que uma hipotética diminuição dos limites de velocidade levaria a uma diminuição dos acidentes de tráfico, nem à redução das emissões de gases para a atmosfera.
No seu estúdo «Velocidade e Meio Ambiente», o professor destaca que apenas 13 por cento dos sinistros são causados por superar os limites de velocidade e que uma relação directa entre a velocidade e os acidentes não está provada.
De resto, o perito considera que conduzir a baixa velocidade gera uma maior congestão que pode incrementar o stress e a frustação nos condutores, que, como consequência, poderá levar a situações de perigo.
a velocidade não causa acidentes mas potencia a sua ocorrência e agrava-os. a velocidade conjugada com a falta de habilidade do condutor, desrespeito pelas regras, desrespeito pelos outros condutores, etc, leva invariavelmente à desgraça.
o perigo são as diferenças de velocidade entre os carros. a velocidade em si só é perigosa quando se começa a atingir os limites para que a via foi concebida.
já agora, andar mais devagar não cria mais filas, porque se todos andarem mais devagar é igual a quando todos andam mais depressa... com a vantagem de que se geram menos filas em semáforos e cruzamentos, onde se torna mais fácil de entrar.
o perigo são as diferenças de velocidade entre os carros. a velocidade em si só é perigosa quando se começa a atingir os limites para que a via foi concebida.
forma inteligente e concisa de ver a questão da velocidade. Se toda a gente pensasse assim em Portugal os acidentes eram como no norte da europa.
Ah e tivessem menos a mania do tintol antes de ir conduzir.
Ainda hoje ia a "baixa" velocidade, um veículo em sentido contrário também não vinha depressa... mas a besta que o conduzia vinha descansadamente a ocupar a metade da minha faixa de rodagem!
Se houvesse um acidente, teoricamente era excesso de velocidade, mas na realidade era deixarem conduzir pessoas sem capacidade para isso.
"Um estudo assegura que não está demonstrada qualquer relação directa entre a velocidade máxima permitida em cada via e a frequência de acidentes."
Quem é que respeita os limites??
A pergunta será mais "quem é que fixa os limites e com que critério ?" :-)
EDIT: A forma que eu leio essa frase é "tanto faz que a via tenha limites de 50 ou de 150: não há relação entre a velocidade máxima permitida na via e a frequência de acidentes".
Mas gosto mais desta frase, que deve fazer engolir em seco muitos dos foristas que costumam ir com o rebanho de "a velocidade mata":
"No seu estúdo «Velocidade e Meio Ambiente», o professor destaca que apenas 13 por cento dos sinistros são causados por superar os limites de velocidade e que uma relação directa entre a velocidade e os acidentes não está provada."
Afinal não sou só eu que penso dessa forma ...
"V"
Editado pela última vez por Japh; 29 October 2007, 12:58.
Razão: EDIT
A pergunta será mais "quem é que fixa os limites e com que critério ?" :-)
Mas gosto mais desta frase, que deve fazer engolir em seco muitos dos foristas que costumam ir com o rebanho de "a velocidade mata":
"V"
A questão é que muitas vezes circulamos todos numa via em que somos autentico rebanho, ou seja colados uns aos outros, e nesse caso os limites de velocidade do código da estrada são bem apropriados.
Tem que se ter sempre em atenção as condições de circulação e aplicar o bom senso.
A questão é que muitas vezes circulamos todos numa via em que somos autentico rebanho, ou seja colados uns aos outros, e nesse caso os limites de velocidade do código da estrada são bem apropriados.
Nope. Aí, o que está mal é precisamente o seguir "colado"!
o perigo são as diferenças de velocidade entre os carros. a velocidade em si só é perigosa quando se começa a atingir os limites para que a via foi concebida.
já agora, andar mais devagar não cria mais filas, porque se todos andarem mais devagar é igual a quando todos andam mais depressa... com a vantagem de que se geram menos filas em semáforos e cruzamentos, onde se torna mais fácil de entrar.
É mesmo isto que eu penso.
O problema de Portugal é que temos gajos a andar forte e gajos literalmente a ver as vistas a velocidades abaixo das indicadas numa estrada nacional, tudo na mesma auto-estrada!
Junte-se a isso os distraídos, os que usam a via do meio por desporto e diminuem assim a largura de estrada disponível e os que não usam os espelhos antes de mudar de via e temos bronca.
Acredito há já algum tempo que se o diferencial de velocidade entre os carros numa auto-estrada diminuir, a segurança aumenta imediatamente.
E por falar em Joao Dias, apareceu na RTP com a cassete do costume. Para esse são dois smilies, por envenenamento de mentes.
A pergunta será mais "quem é que fixa os limites e com que critério ?" :-)
EDIT: A forma que eu leio essa frase é "tanto faz que a via tenha limites de 50 ou de 150: não há relação entre a velocidade máxima permitida na via e a frequência de acidentes".
Mas gosto mais desta frase, que deve fazer engolir em seco muitos dos foristas que costumam ir com o rebanho de "a velocidade mata":
"No seu estúdo «Velocidade e Meio Ambiente», o professor destaca que apenas 13 por cento dos sinistros são causados por superar os limites de velocidade e que uma relação directa entre a velocidade e os acidentes não está provada."
Afinal não sou só eu que penso dessa forma ...
"V"
E qual a percentagem de mortos ou feridos que representam esses 13% de Sinistros?
Eu já tive N acidentes. O único que me atirou para uma operação foi o único em que ia em excesso de velocidade.
Acho que esses estudos são passíveis de inúmeras interpretações.
"No seu estúdo «Velocidade e Meio Ambiente», o professor destaca que apenas 13 por cento dos sinistros são causados por superar os limites de velocidade e que uma relação directa entre a velocidade e os acidentes não está provada."
Afinal não sou só eu que penso dessa forma ...
O único argumento que te posso dar é meramente empírico e pode ser comprovado por qualquer um:
Das situações mais delicadas em que estive envolvido (e felizmente NUNCA tive nenhum acidente) envolviam excesso de velocidade. Ou meu ou de outras pessoas. E tive consciência várias vezes que se viesse mais "calminho" que essas situações delicadas nunca teriam chegado sequer ao patamar do susto.
Não é preciso um estudo muito elaborado para perceber que, para o mesmo tempo de reacção do condutor, uma maior velocidade acarreta uma maior distância percorrida e isso pode significar a diferença entre um acidente ou não.
Não é preciso um estudo muito elaborado para perceber que, para o mesmo tempo de reacção do condutor, uma maior velocidade acarreta uma maior distância percorrida e isso pode significar a diferença entre um acidente ou não.
Ergo, independentemente do "limite de velocidade para a via em que se circula", é mais importante não circular em "velocidade excessiva", que segundo o CE é "quando não se consegue imobilizar a viatura em condições de segurança no espaço livre e visível à sua frente".
O problema é que em Portugal se continua a confundir os 2 conceitos ... e a fiscalização recai sobre o "excesso de velocidade" quando na realidade o que mata é a "velocidade excessiva" ...
Acho que é isso que o estudo basicamente indica (pelo menos o que se pode ler nas notícias, dado que não consegui o link para o estudo em si).
Se não andarmos todos colados em "rebanho" achas seguro andar a 160/180? Se alguma coisa correr para o torto em que é que dá?
A 160/180 a distância de segurança não pode ser a mesma que a 100/120.
O que se passa por cá é que mesmo a velocidades "legais" as pessoas tendem a "esquecer-se" dessa distância de segurança ... e incorrem na "velocidade excessiva" (ver definição no meu anterior post).
A minha opinião é que a 160-180 não é para andar com muita gente na mesma via, porque nem sempre as coisas correm bem, nem toda a gente sabe conduzir como deve ser.
E qual a percentagem de mortos ou feridos que representam esses 13% de Sinistros?
Eu já tive N acidentes. O único que me atirou para uma operação foi o único em que ia em excesso de velocidade.
Acho que esses estudos são passíveis de inúmeras interpretações.
Falta aí definir o que é esse N. Mas pelas tuas palavras, pode-se depreender que N>1. No entanto, 1 foi aquele em que circulavas em excesso de velocidade. Logo, trata-se claramente da minoria. Ninguém põe em causa que quanto maior a velocidade, maior o estrago. Isso é evidente. A questão é que não foi a velocidade a causadora dos acidentes. Aliás, quanto a isso até poderia contrapor, que no meu caso, é raro cumprir os limites, e no entanto, não tive nenhum acidente. Se seguisse a mesma lógica, vinha dizer que a forma de nos protegermos de acidentes é ignorar os limites de velocidade!
Falta aí definir o que é esse N. Mas pelas tuas palavras, pode-se depreender que N>1. No entanto, 1 foi aquele em que circulavas em excesso de velocidade. Logo, trata-se claramente da minoria. Ninguém põe em causa que quanto maior a velocidade, maior o estrago. Isso é evidente. A questão é que não foi a velocidade a causadora dos acidentes. Aliás, quanto a isso até poderia contrapor, que no meu caso, é raro cumprir os limites, e no entanto, não tive nenhum acidente. Se seguisse a mesma lógica, vinha dizer que a forma de nos protegermos de acidentes é ignorar os limites de velocidade!
Eu continuo na minha: a maioria dos acidentes acontecem por inabilidade dos condutores e pelo desrespeito das regras mais elementares.
Quando admitirmos que nem todos podem conduzir, talvez se consiga uma redução efectiva nos acidentes. Afinal porque raio é necessário tirar a carta? No fim de contas vê-se para aí veículos conduzidos por pessoas que nem, o código conhecem!
Não passa disso mesmo: uma possibilidade entre muitas.
E o mal é mesmo pensar em "narizes partidos". Se pensassem: "tenho um acidente, morro", certamente haveria muito menos acidentes.
Exactamente, há muitas causas para um acidente, e até pode ser uma pequena distração com a Maria, telemóvel, um gajo da frente que muda de faixa sem pisca, etc... a questão de fundo na velocidade é que com quanto mais força bates na parede, mais doi...
E a outra questão que levantas da consciência também é verdade, só quando acontecer mesmo a nós ou aos nossos é que a coisa já chia fino, enquanto não acontece, andar a 300 é sempre divertido.
Exactamente, há muitas causas para um acidente, e até pode ser uma pequena distração com a Maria, telemóvel, um gajo da frente que muda de faixa sem pisca, etc... a questão de fundo na velocidade é que com quanto mais força bates na parede, mais doi...
(...)
2 coisas a reter dessa frase:
- Não se pode conduzir distraido
- A velocidade tem um efeito potenciador nos resultados do acidente
Mas a discussão aqui não é essa: a discussão aqui é que apenas 13 por cento dos sinistros são causados por superar os limites de velocidade e que não está provado que haja uma relação directa entre a velocidade e os acidentes . Não confundir "causas" com "efeitos", por favor.
E isto contraria muitas "certezas" de alguns foristas do AH, incluindo alguns que até deviam ser mais "cuidadosos" nas observações ...
2 coisas a reter dessa frase:
- Não se pode conduzir distraido
- A velocidade tem um efeito potenciador nos resultados do acidente
Mas a discussão aqui não é essa: a discussão aqui é que apenas 13 por cento dos sinistros são causados por superar os limites de velocidade e que não está provado que haja uma relação directa entre a velocidade e os acidentes . Não confundir "causas" com "efeitos", por favor.
E isto contraria muitas "certezas" de alguns foristas do AH, incluindo alguns que até deviam ser mais "cuidadosos" nas observações ...
"V"
E também tem um efeito potenciador nas causas dos acidentes, se te distraires com o telemovel a 80 durante 2 segs é pouco provavel que mudes muito de direcção, se for a 180, esses 2 segs já podem dar em desviares significativamente a tua direcção e saires da tua faixa.
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