Agente da PSP deu três tiros a condutor em rixa de trânsito
pedro correia
"Mal saí da carrinha, ele começou aos tiros", afirma JorgeTomás, canalizador de 39 anos
Nuno Silva
Jorge Tomás, um canalizador de 39 anos, foi alvejado com três tiros, ontem de manhã, por um agente da PSP (que não estava de serviço), na sequência de um desentendimento por questões de trânsito. A vítima foi atingida num pé, na coxa e de raspão na zona abdominal e teve alta hospitalar durante a tarde. Já o agressor - que exerce funções de motorista do Comando do Porto - foi ouvido na Polícia Judiciária e constituído arguido. Segundo o JN apurou, alegou ter desferido os disparos em legítima defesa.
A violência estalou cerca das 9.50 horas, na Rua do Engenheiro Ferreira Dias, zona industrial do Porto. De acordo com Jorge Tomás, tudo começou à saída do nó de Francos, quando o agente"começou a fazer ultrapassagens pela direita e quase embatia na minha carrinha". A manobra indignou o condutor e deu origem a uma troca de buzinões. "Pouco depois, sempre em andamento, ele pôs-se ao lado do meu veículo e ameaçou-me com a pistola", continuou, longe de imaginar que estava a ter uma contenda com um elemento policial.
"Fui atrás dele e atravessei-lhe a carrinha à frente. Mal saí, ele puxou da arma e começou logo aos tiros", argumentou ainda a vítima, recordando que foram feitos "pelo menos três ou quatro disparos". Duas das balas atingiram-lhe o pé e a coxa (entraram e saíram) e uma terceira de raspão na zona abdominal, acima de anca.
Versões contraditórias
Ao que o JN apurou, o agente da PSP, de 45 anos, alegou que reagiu daquela forma porque o condutor se dirigiu a ele com um "paralelo" na mão, de forma a agredi-lo. Jorge Tomás desmente esta versão, admitindo apenas que saiu do seu veículo para tirar satisfações. Entretanto, o condutor contactou o pai e um colega do trabalho, sendo que um deles, no calor da refrega, chegou a agredir o agente a soco.
"Eu também me enervei e fui ao pé-coxinho à beira do polícia, que depois dos disparos, ficou sempre dentro do carro", contou Jorge, que foi transportado pelos Bombeiros Voluntários Portuenses ao Hospital de S. João. Teve alta a meio da tarde e voltou para a residência, em Águas Santas (Maia). "A minha preocupação agora é que não vou poder trabalhar", lamentou a vítima, reiterando que quer apresentar queixa-crime contra o agressor.
Num lacónico comunicado, o Comando do Porto da PSP confirmou que um seu elemento "efectuou alguns disparos com a arma que lhe está distribuída, contra um cidadão civil, atingindo-o". "O referido agente encontrava-se nas horas da sua folga", realça o documento, sem adiantar qualquer pormenor sobre as circunstâncias da ocorrência.
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A violência estalou cerca das 9.50 horas, na Rua do Engenheiro Ferreira Dias, zona industrial do Porto. De acordo com Jorge Tomás, tudo começou à saída do nó de Francos, quando o agente"começou a fazer ultrapassagens pela direita e quase embatia na minha carrinha". A manobra indignou o condutor e deu origem a uma troca de buzinões. "Pouco depois, sempre em andamento, ele pôs-se ao lado do meu veículo e ameaçou-me com a pistola", continuou, longe de imaginar que estava a ter uma contenda com um elemento policial.
"Fui atrás dele e atravessei-lhe a carrinha à frente. Mal saí, ele puxou da arma e começou logo aos tiros", argumentou ainda a vítima, recordando que foram feitos "pelo menos três ou quatro disparos". Duas das balas atingiram-lhe o pé e a coxa (entraram e saíram) e uma terceira de raspão na zona abdominal, acima de anca.
Versões contraditórias
Ao que o JN apurou, o agente da PSP, de 45 anos, alegou que reagiu daquela forma porque o condutor se dirigiu a ele com um "paralelo" na mão, de forma a agredi-lo. Jorge Tomás desmente esta versão, admitindo apenas que saiu do seu veículo para tirar satisfações. Entretanto, o condutor contactou o pai e um colega do trabalho, sendo que um deles, no calor da refrega, chegou a agredir o agente a soco.
"Eu também me enervei e fui ao pé-coxinho à beira do polícia, que depois dos disparos, ficou sempre dentro do carro", contou Jorge, que foi transportado pelos Bombeiros Voluntários Portuenses ao Hospital de S. João. Teve alta a meio da tarde e voltou para a residência, em Águas Santas (Maia). "A minha preocupação agora é que não vou poder trabalhar", lamentou a vítima, reiterando que quer apresentar queixa-crime contra o agressor.
Num lacónico comunicado, o Comando do Porto da PSP confirmou que um seu elemento "efectuou alguns disparos com a arma que lhe está distribuída, contra um cidadão civil, atingindo-o". "O referido agente encontrava-se nas horas da sua folga", realça o documento, sem adiantar qualquer pormenor sobre as circunstâncias da ocorrência.
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