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Visão da Vida, 7 anos depois. (acidente de viação)

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    #91
    Originalmente Colocado por TubularBells Ver Post
    É verdade! De facto, estes tipos, e mais alguns daquela fornada, criaram coisas incríveis! Acredita que passava hoooras a fio a ouvir disto! Ainda me lembro, pedir aos meus pais para me levaram o álbum 'The Wall' e o 'High Hopes' dos Pink Floyd, que não os tinha na bolsa de CDs que estava comigo no hospital. Muito rolou o The Dark Side of The Moon, o Wish You Were Here ou o 'Obscured By Clouds'...

    Dos Supertramp era o Crime Of The Century, o Breakfast in America, o Famous last words, e um ao vivo que agora não me lembro o nome, que continua a 'Another Man's Woman', tinha tempo para ouvir isto centenas de vezes. E muitas vezes à noite o sono não chegava, e ali ficava a ouvir de ponta a ponta... ah, e o 'Crisis, what crisis?' também dos Supertramp

    Dos 'Dire Straits', era o 'Brothers in Arms', 'Love Over Gold', e o 'On Every Street', e ainda alguns do 'Mark Knopfler' a solo...

    Aliás, o 'On Every Street' é o que está neste momento no rádio do carro

    Dos 'Queen' e do Mike Oldfield eram tantos que nem me lembro de todos os que ouvi...

    A música destes gajos tem poderes!
    Bem, mais algo positivo retirado de toda a situação.


    Obrigado pela partilha.

    Eu julgo que o que somos todos tentados a pensar é que estas coisas acontecem aos outros. As notícias trazem-nos histórias de acidentes fatais com tanta frequência que acaba por passar quase despercebida, especialmente se vemos logo que não foi com ninguém conhecido/da família.

    Só quando estamos no meio de um acidente com uma dimensão um bocado maior é que sentimos diferenças gigantescas.
    Enquanto é um bocadinho de chapa amarrotada e nós saímos preocupados com o carro, as coisas ainda são relativamente simples.

    No entanto, quando no final do acidente já não há carros e com alguns feridos pelo meio (e por isso já passei), as coisas mudam de figura.

    A sensação de protecção que o interior do carro proporciona transforma-se na desprotecção real da rua, do cenário do acidente, da desorientação, de algumas imagens que ficam gravadas na mente.

    Aliás, os anúncios de segurança rodoviária que mais me marcaram não foram os que mostravam acidentes, mas sim o momento imediatamente seguinte ao mesmo.


    Quanto ao apreciar os amigos, a família, o estar vivo e de saúde, é algo que nos pode ser relembrado de diversas formas, seja por acidente de viação ou por uma doença mais complicada, seja em nós ou em alguém muito próximo onde a realidade nos fique diante dos olhos.

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      #92
      Excelente post.
      Um testemunho muito bom, que sem dúvida nos faz pensar.
      Um abraço.

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        #93
        Muito bom o post!
        Faz pensar que as vezes não damos mesmo importância aos pequenos pormenores da vida e que, no fundo, fazem toda a diferença!

        E já agora quando vires um cromo (eu) na UA, com um GTC cinzento com o pára-choques traseiro roído pelo cão (), a babar para o teu carro não mandes nenhum tiro sff

        grande abraço

        Comentário


          #94
          Já passaram 7 anos...fogo lembro me bem disso. O que importa é estares bem.. é bom ver que este forum apesar de tudo é unido :D

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            #95
            Sete anos... o tempo passa por nós nem damos conta. Felizmente ficou tudo bem e assim continua, uma história com um final feliz...

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              #96
              Fiquei bastante sensibilizado com o teu texto. Confesso que esta tua frase deixou-me a reflectir e não gostaria que fosse esquecida.

              "Há tanta gente inocente a circular na estrada que por uma distracção de outros, por um descuidado, por um ‘será que passa?’ fica com a vida brutalmente alterada, ou até mesmo ceifada!"

              Sou jovem e sei que muitos da minha idade têm sangue demasiado frio para a tomada de muitas decisões que mais tarde ou mais cedo poderão vir a ter consequências. Sei que por vezes os actos não são conscientes mas o preço a pagar a nível psicológico e não só poderá vir a ser demasiado alto. A nossa vida não tem preço. É preciso ter juízo sempre!

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                #97
                Compreendo o que o TubularBells sente porque sinto o mesmo. A vida encarregou-se de me ensinar isso da pior maneira.
                E acreditem que irei partilhar a minha experiência contribuindo para que outros não precisem de passar pelo mesmo.
                Há 1 década tive 1 acidente quase no mesmo dia, 5 de dezembro, depois do almoço, ainda faltando quase meia hora para o recomeço do trabalho, num dia de sol ia calmamente a dar a curva para o estacionamento da escola, quando me surgiu de frente um carro fora de mão a alta velocidade com 2 putos de 18 e 19 anos que faziam rally para impressionar umas garotas.

                Vi a morte de frente, mas o meu maior desespero foi não poder socorrer a minha esposa que chorava de dores. A dor da minha incapacidade em ajudá-la foi ainda maior do que as dores físicas que eu sentia. Um sentimento de impotência que me fazia correr lágrimas pelo rosto e perguntar-lhe insistente e estupidamente se estava bem.

                Também acabei por ser operado à cervical meio ano mais tarde e fiquei com a cartilagem de um joelho esmagada tendo recebido infiltrações.
                Ela fraturou o externo ficando umas semanas acamada, e eu arrastando a perna tomei conta de casa e dela, sendo incrível não sentir dores provenientes da cervical e ter suportado as dores da perna. A minha preocupação era tão grande para com ela que julgo que me anestesiaram das dores. A gatinha esteve sempre junto a nós com um olhar atento e um miar preocupado.

                Só 1 mês depois quando ela estava recuperada é que comecei a piorar muito e a sentir imensas dores, mostrando-me que o amor é capaz de coisas inexplicáveis.
                Hoje levo uma vida normal como se nada fosse, embora ainda sofra de muitas enxaquecas.

                No entanto, todos pensamos que estas coisas só acontecem aos outros, até ao dia em que “os outros” somos nós.
                Depois vejo imensos posts de gente a mostrar aos outros quanto já deram no seu carro, as manobras que já fizeram, a preocupação com motores cada vez mais potentes junto com muita imaturidade e inconsciência.
                Eu também já tive essa idade em que nos achamos invencíveis, mas acreditem que, no final de contas, somos todos mortais e feitos de carne e osso.

                Depois do acidente comecei a olhar para a vida com outros olhos, a ver as pessoas e animais de maneira diferente. Passei a respeitar mais e a dar mais atenção à dádiva que é a vida e a todos os pequenos grandes pormenores que ela nos oferece.
                Mesmo quando encontro um inseto em casa ponho-o lá fora ou pela janela se souber voar, porque passei a respeitar mais a vida.
                As pessoas podem por vezes achar estranho e sem sentido eu falar tanto no RESPEITO pelos outros e por toda a vida, mas nos outros tento rever-me a mim e a todos os que amo.
                Numa mulher agredida por um homem imagino se fosse a minha esposa, numa criança maltratada penso na minha filha, e num animal a sofrer imagino se aquela fosse a minha gata.

                Ainda hoje em dia sinto uma enorme satisfação ao subir e descer escadas (que faço questão de o fazer diariamente ignorando o elevador) e dou por mim a sorrir sozinho ou a chorar sem motivo aparente enquanto conduzo... ou talvez até saiba qual o motivo.
                Tornei-me muito menos materialista e, sem riqueza monetária (bem pelo contrário), sinto-me um dos mais ricos e felizes seres humanos à face da terra por ter ao meu redor pessoas (e uma gatinha) que me amam imenso – algo que não tem preço.

                A todos aconselho a darem mais valor ao que têm (ao copo meio cheio) do que se preocuparem tanto com aquilo que não têm (o tal copo meio vazio). Sim, porque no final de contas, viver não custa, custa é saber viver.

                Abraços e muita cautela na estrada. Pensem que do outro lado na estrada poderá vir ao volante alguém que amam.

                Comentário


                  #98
                  Obrigado pela partilha, Paulo! E bons olhos te leiam por cá.

                  Recordo-me perfeitamente dos momentos conturbados que viveste no final do ano 2004, no seguimento desse acidente.
                  Coincidiu com uma altura em que me deslocava com alguma regularidade a Albª a Velha - quase sempre pela EN1 desde Coimbra - e lembro-me nitidamente de passar nesse fatídico local poucos dias depois, onde ainda se encontravam vestígios do embate. Em face disso, é-me difícil descrever as sensações e pensamentos que me assolavam a cabeça sempre que por lá circulava, na altura com 20 aninhos de idade e apenas com 2 anos de carta concluídos há poucos dias.
                  Foi uma situação que me tocou de forma particular, não só por ter acontecido com alguém igualmente muito afeiçoado ao seu veículo, por ter ocorrido num troço de estrada que fazia com regularidade e mais ainda por sermos da mesma idade.
                  Lembro-me, igualmente, de ter acompanhado a tua - felizmente rápida - recuperação, a par e passo, tal como a progressão de "mods" no Astra G que se seguiu.

                  Apesar de nunca ter tido a infelicidade de passar por um acidente grave e de ser um fervoroso adepto da condução no seu estado mais puro, cada vez adopto uma postura mais cuidadosa e defensiva na estrada. A nossa vida é muito mas importante do que tudo o resto. .

                  E por último, caramba, já lá vão 7 anos!? Onde andei durante todo este tempo... parece que foi ontem!! Daqui a mais estamos nos "intas".

                  Um grande abraço e um Feliz Natal!

                  Comentário


                    #99
                    Este acidente toca-me profundamente pois à cerca de oito anos também tive um acidente com um Astra 1.4 GT de 93 em que parti os dois femures e fraturei o pescoço,são situções que nos marcam a nós e quem nos rodeia para o resto da vida.

                    Obrigado pela partilha!

                    Comentário


                      Originalmente Colocado por BLADERUNNER Ver Post
                      Compreendo o que o TubularBells sente porque sinto o mesmo. A vida encarregou-se de me ensinar isso da pior maneira.
                      E acreditem que irei partilhar a minha experiência contribuindo para que outros não precisem de passar pelo mesmo.
                      Há 1 década tive 1 acidente quase no mesmo dia, 5 de dezembro, depois do almoço, ainda faltando quase meia hora para o recomeço do trabalho, num dia de sol ia calmamente a dar a curva para o estacionamento da escola, quando me surgiu de frente um carro fora de mão a alta velocidade com 2 putos de 18 e 19 anos que faziam rally para impressionar umas garotas.

                      Vi a morte de frente, mas o meu maior desespero foi não poder socorrer a minha esposa que chorava de dores. A dor da minha incapacidade em ajudá-la foi ainda maior do que as dores físicas que eu sentia. Um sentimento de impotência que me fazia correr lágrimas pelo rosto e perguntar-lhe insistente e estupidamente se estava bem.

                      Também acabei por ser operado à cervical meio ano mais tarde e fiquei com a cartilagem de um joelho esmagada tendo recebido infiltrações.
                      Ela fraturou o externo ficando umas semanas acamada, e eu arrastando a perna tomei conta de casa e dela, sendo incrível não sentir dores provenientes da cervical e ter suportado as dores da perna. A minha preocupação era tão grande para com ela que julgo que me anestesiaram das dores. A gatinha esteve sempre junto a nós com um olhar atento e um miar preocupado.

                      Só 1 mês depois quando ela estava recuperada é que comecei a piorar muito e a sentir imensas dores, mostrando-me que o amor é capaz de coisas inexplicáveis.
                      Hoje levo uma vida normal como se nada fosse, embora ainda sofra de muitas enxaquecas.

                      No entanto, todos pensamos que estas coisas só acontecem aos outros, até ao dia em que “os outros” somos nós.
                      Depois vejo imensos posts de gente a mostrar aos outros quanto já deram no seu carro, as manobras que já fizeram, a preocupação com motores cada vez mais potentes junto com muita imaturidade e inconsciência.
                      Eu também já tive essa idade em que nos achamos invencíveis, mas acreditem que, no final de contas, somos todos mortais e feitos de carne e osso.

                      Depois do acidente comecei a olhar para a vida com outros olhos, a ver as pessoas e animais de maneira diferente. Passei a respeitar mais e a dar mais atenção à dádiva que é a vida e a todos os pequenos grandes pormenores que ela nos oferece.
                      Mesmo quando encontro um inseto em casa ponho-o lá fora ou pela janela se souber voar, porque passei a respeitar mais a vida.
                      As pessoas podem por vezes achar estranho e sem sentido eu falar tanto no RESPEITO pelos outros e por toda a vida, mas nos outros tento rever-me a mim e a todos os que amo.
                      Numa mulher agredida por um homem imagino se fosse a minha esposa, numa criança maltratada penso na minha filha, e num animal a sofrer imagino se aquela fosse a minha gata.

                      Ainda hoje em dia sinto uma enorme satisfação ao subir e descer escadas (que faço questão de o fazer diariamente ignorando o elevador) e dou por mim a sorrir sozinho ou a chorar sem motivo aparente enquanto conduzo... ou talvez até saiba qual o motivo.
                      Tornei-me muito menos materialista e, sem riqueza monetária (bem pelo contrário), sinto-me um dos mais ricos e felizes seres humanos à face da terra por ter ao meu redor pessoas (e uma gatinha) que me amam imenso – algo que não tem preço.

                      A todos aconselho a darem mais valor ao que têm (ao copo meio cheio) do que se preocuparem tanto com aquilo que não têm (o tal copo meio vazio). Sim, porque no final de contas, viver não custa, custa é saber viver.

                      Abraços e muita cautela na estrada. Pensem que do outro lado na estrada poderá vir ao volante alguém que amam.

                      Bom post!

                      Quais foram os carros envolvidos nesse acidente que sofreste?

                      Apesar de tudo, agora poderás ter uma vida normal, dentro dos possíveis, e como dizes, é ao passar por este tipo de situações que começamos a dar valor ao que realmente importa !

                      Comentário


                        Cheguei aqui, através do teu tópico "Não há amor como o primeiro ● Opel Astra F Sport Van, 10 anos depois." e posso dizer que para mim, que sou um jovem com 20 anos e quase um ano de carta, este tópico deixou-me sem palavras e com uma lágrima no canto do olho. Neste momento fazes-me pensar duas vezes cada vez que entro no carro.

                        Fico feliz por estares bem e por teres ainda a coragem de relatar o que se passou, pois tenho a certeza que sensibilizaste muito mais gente deste forum

                        Comentário


                          Um grande abraço, Tubular. Tiveste um anjo nesse dia contigo!

                          Não gosto da Opel mas gosto de ti!

                          E assim voaram mais de 9 anos... Que bom que estás por cá! ;)
                          Editado pela última vez por CL; 28 January 2014, 21:10.

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