Polo 1.2 TSI 90 cv vs Polo 1.2 TDI 75 cv.
O objetivo não é é falar em números, pois isso todos podemos ficar a saber, consultando um qualquer site. Ainda assim, aqui ficam:
Olhando para a tabela, vemos uma diferença de preço de 2500, para a mesma versão de equipamento. É dinheiro, mas não é uma diferença muito grande. O TSI é mais potente, perde no binário, mas é consideravelmente mais rápido, como prova o valor de aceleração.
O consumo que medi nesta viagem também é bastante diferente, com natural vantagem para o TDI. O TSI precisa de 14,60 euros e o TDI de 10,40. Fazer Lisboa-Algarve-Lisboa implica uma diferença de quase 25 euros, o que é considerável.
Agora, aquilo que a tabela não nos explica. Entramos no TSI, damos à chave e não ouvimos o motor. Impera o silêncio, que só é interrompido por um engraçado som vindo do escape quando estamos a manobrar. O TDI, por outro lado, dá logo sinal de vida. Matraqueia e vibra sempre de forma muito notória. Para não o ouvirmos, o rádio tem de ter um volume num nível audível. No TSI, estar parado num semáforo dá-nos a ideia que o motor se desligou.
O arranque do TSI é feito sempre com enorme suavidade, funcionado tudo de forma limpa e linear. Não se sente esforço do motor e o condutor também não precisa de esforçar. O TDI é mais brusco, precisa de mais acelerador para sair do estado parado e tem uns comandos ligeiramente mais pesados. Em baixos regimes, e ao contrário do que alguns possam pensar, o TSI é muito mais expedito. Para rolar à velocidade do trânsito, não é preciso esmifrar o motor, como acontece com o TDI. Isto torna-se mais evidente porque o barulho do motor está sempre muito presente, ao contrário do TSI, que é sempre silencioso e suave. Em cidade, o TSI é sempre muito melhor.
Em estrada, começa logo por ser notória a diferente capacidade de aceleração e recuperação do TSI. No TDI, esmifra-se e esmifra-se, e o velocímetro move-se devagar. A passagem pelos 160 km/h é feita já de forma muito forçada, sendo que é preciso uma boa descida para se passar os 170 e fechar a loja ali pelos 180. O TSI não é muito rotativo nem tem uma alma de desportivo, mas sai com uma velocidade muito superior à do TDI, atingindo e passando os 160 km/h com "alguma facilidade". A direito, dá cerca de 190, sendo que é possível atingir os 200 quando se apanha uma descida. Há, portanto, uma diferença enorme em relação à velocidade de cruzeiro.
A recuperar, as diferenças são ainda mais notórias. No TDI, reduzir nem sempre adianta, pois o motor não tem muito mais para dar. Recuperar é uma tarefa que faz sempre com muita dificuldade, ao contrário do TSI, que permite sempre que se esprema mais qualquer coisa do motor. Não corremos o risco de ficar a meio de uma ultrapassagem.
Mais importante do que isto é o conforto auditivo de cada um deles, quando se circula em autoestrada. No TSI, mesmo a velocidades elevadas, o motor não se faz ouvir. É tudo feito num enorme silêncio, sendo até de aplaudir, tendo em conta o segmento em que se insere. Já o TDI faz imenso barulho a partir dos 120. O motor vai-se a ouvir demasiado e sente-se até uma ligeira vibração nos pedais e direção. Interfere em qualquer conversa a bordo.
Os números dizem-nos muita coisa, inclusive que os Diesel saem mais baratos de usar. Mas a verdade é que a condução é muito mais do que isso. Mesmo quando falamos de utilitários e motores pequenos, não há nada que chegue à utilização de uma carro a gasolina. A suavidade, a linearidade, o som são todos parâmetros muito importantes na utilização de um automóvel, mas que são escamoteados pela maior parte das pessoas. Muita gente fala de cor, fixa-se no binário e não consegue perceber que um motor a gasolina é sempre muito mais agradável de utilizar que um motor a gasóleo.
Serve esta pequena história para que alguns percebam que um automóvel é mais do que números.
Poderia dizer-se que seria mais justo comparar o TSI com o 1.6 TDI, mas esse já custa mais 4500 euros que o TSI e foram estes que me calharam.
- A mesma versão de equipamento e praticamente
- Não há qualquer diferença nas jantes, pneus e afins
- O mesmo valor no conta-quilómetros.
- Viagem de 200 km, ida e volta
- 100 km com cada um deles, em sentidos inversos
- Percurso com autoestrada, nacional e cidade
- Dia, piso seco, sem AC
- Velocidade média a rondar os 110 km/h em ambos
O objetivo não é é falar em números, pois isso todos podemos ficar a saber, consultando um qualquer site. Ainda assim, aqui ficam:
TSI | TDI | |
Preço | 16280 Euros | 18726 Euros |
Potência/Binário | 90/160 | 75/180 |
0-100 km/h | 10,9 | 13,9 |
Velocidade máxima | 182 | 170 |
Consumo medido (nesta viagem) | 8,9 | 6,9 |
Olhando para a tabela, vemos uma diferença de preço de 2500, para a mesma versão de equipamento. É dinheiro, mas não é uma diferença muito grande. O TSI é mais potente, perde no binário, mas é consideravelmente mais rápido, como prova o valor de aceleração.
O consumo que medi nesta viagem também é bastante diferente, com natural vantagem para o TDI. O TSI precisa de 14,60 euros e o TDI de 10,40. Fazer Lisboa-Algarve-Lisboa implica uma diferença de quase 25 euros, o que é considerável.
Agora, aquilo que a tabela não nos explica. Entramos no TSI, damos à chave e não ouvimos o motor. Impera o silêncio, que só é interrompido por um engraçado som vindo do escape quando estamos a manobrar. O TDI, por outro lado, dá logo sinal de vida. Matraqueia e vibra sempre de forma muito notória. Para não o ouvirmos, o rádio tem de ter um volume num nível audível. No TSI, estar parado num semáforo dá-nos a ideia que o motor se desligou.
O arranque do TSI é feito sempre com enorme suavidade, funcionado tudo de forma limpa e linear. Não se sente esforço do motor e o condutor também não precisa de esforçar. O TDI é mais brusco, precisa de mais acelerador para sair do estado parado e tem uns comandos ligeiramente mais pesados. Em baixos regimes, e ao contrário do que alguns possam pensar, o TSI é muito mais expedito. Para rolar à velocidade do trânsito, não é preciso esmifrar o motor, como acontece com o TDI. Isto torna-se mais evidente porque o barulho do motor está sempre muito presente, ao contrário do TSI, que é sempre silencioso e suave. Em cidade, o TSI é sempre muito melhor.
Em estrada, começa logo por ser notória a diferente capacidade de aceleração e recuperação do TSI. No TDI, esmifra-se e esmifra-se, e o velocímetro move-se devagar. A passagem pelos 160 km/h é feita já de forma muito forçada, sendo que é preciso uma boa descida para se passar os 170 e fechar a loja ali pelos 180. O TSI não é muito rotativo nem tem uma alma de desportivo, mas sai com uma velocidade muito superior à do TDI, atingindo e passando os 160 km/h com "alguma facilidade". A direito, dá cerca de 190, sendo que é possível atingir os 200 quando se apanha uma descida. Há, portanto, uma diferença enorme em relação à velocidade de cruzeiro.
A recuperar, as diferenças são ainda mais notórias. No TDI, reduzir nem sempre adianta, pois o motor não tem muito mais para dar. Recuperar é uma tarefa que faz sempre com muita dificuldade, ao contrário do TSI, que permite sempre que se esprema mais qualquer coisa do motor. Não corremos o risco de ficar a meio de uma ultrapassagem.
Mais importante do que isto é o conforto auditivo de cada um deles, quando se circula em autoestrada. No TSI, mesmo a velocidades elevadas, o motor não se faz ouvir. É tudo feito num enorme silêncio, sendo até de aplaudir, tendo em conta o segmento em que se insere. Já o TDI faz imenso barulho a partir dos 120. O motor vai-se a ouvir demasiado e sente-se até uma ligeira vibração nos pedais e direção. Interfere em qualquer conversa a bordo.
Os números dizem-nos muita coisa, inclusive que os Diesel saem mais baratos de usar. Mas a verdade é que a condução é muito mais do que isso. Mesmo quando falamos de utilitários e motores pequenos, não há nada que chegue à utilização de uma carro a gasolina. A suavidade, a linearidade, o som são todos parâmetros muito importantes na utilização de um automóvel, mas que são escamoteados pela maior parte das pessoas. Muita gente fala de cor, fixa-se no binário e não consegue perceber que um motor a gasolina é sempre muito mais agradável de utilizar que um motor a gasóleo.
Serve esta pequena história para que alguns percebam que um automóvel é mais do que números.
Poderia dizer-se que seria mais justo comparar o TSI com o 1.6 TDI, mas esse já custa mais 4500 euros que o TSI e foram estes que me calharam.
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