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Refugiados sirios trazidos de Bissau pela TAP estão a desaparecer sem deixar rasto

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    #61
    "Os 74 cidadãos sírios que chegaram na manhã de segunda-feira ao aeroporto da Portela foram encaminhados para Portugal através de uma rede de imigração ilegal. Foi esta estrutura que lhes municiou passaportes turcos falsos e que os guiou através da Turquia e Marrocos até à Guiné-Bissau, onde tomaram o voo TP202 da TAP para Lisboa.

    Ainda não foi apurado o montante que pagaram para, com a chegada à capital portuguesa, terem acesso a território da União Europeia. Aliás, o seu destino final não é ficarem em Portugal, mas dirigirem-se para um país do Norte da Europa. Este método já foi utilizado há alguns meses por outro grupo de emigrantes árabes que saíram de Bissau, passaram por Lisboa e rumaram a vários países europeus.

    Se tudo indica que a guerra civil na Síria está na origem da sua saída clandestina daquele país, por vezes este tipo de emigração com destino a outros países europeus tem sido aproveitada por elementos com antecedentes de radicalismo. Consciente deste risco, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) está analisar com cuidado os pedidos de asilo feitos pelos 74 cidadãos sírios, que serão ouvidos individualmente. Um dos objectivos das autoridades nacionais é perceber quanto e a quem pagaram os passageiros para conseguirem chegar a Lisboa. A rota utilizada passou pela Turquia, onde os sírios embarcaram num voo que fez escala em Marrocos e seguiu para a Guiné-Bissau. Aí apanharam o voo para Lisboa. Uma fonte do SEF explicou ao PÚBLICO que esta rota tem sido utilizada pelos sírios para chegar à Europa, sublinhando que este tipo de operação implica um gasto avultado.

    Os serviços de segurança portugueses consideram a ligação aérea Bissau-Lisboa como a mais problemática, pela sua utilização pelas redes de narcotráfico sul-americanas, especialmente de colombianos e mexicanos, de tráfico de armas brancas e de mulheres que depois são exploradas sexualmente, em redes de prostituição na Europa – o que determinou medidas acrescidas, como um maior controlo dos agentes do SEF naquela ligação aérea.

    Ao oficial de ligação do SEF em Bissau não foi autorizada a entrada no aeroporto momentos antes da partida do voo TP202. As autoridades guineenses confirmaram ao PÚBLICO este episódio, alegando que tal agente não tinha visto de entrada, pelo que não podia sair do avião. Uma situação que não é inédita, assegura o ministro que tem a função de porta-voz do Governo de transição, Fernando Vaz, e que visa impedir os inspectores do SEF de verificarem a documentação dos passageiros que embarcam para Lisboa em território da Guiné sem terem poderes legais para o fazer. No passado, explica o mesmo responsável, os inspectores portugueses chegavam a fazer triagem de passageiros à porta do aeroporto.

    Segundo Fernando Vaz, o Governo guineense – cuja legitimidade não é reconhecida nem por Portugal nem pela União Europeia, por ter resultado de um golpe de Estado – não foi contactado até agora pelos seus homólogos portugueses para discutir caso. "Diz-se em Portugal que a situação põe em causa as relações diplomáticas entre os dois países. Mas quais relações, se elas não existem?", observa o mesmo porta-voz. O assunto foi, porém, debatido na reunião de hoje do Conselho de Ministros guineense, tendo os titulares das pastas da Administração Interna e dos Negócios Estrangeiros sido encarregados de apresentar relatórios sobre o sucedido no aeroporto de Bissau "o mais brevemente possível".

    Os 74 cidadãos sírios estão agora entregues ao Conselho Português para os Refugiados (CPR) e à Segurança Social, que informou nesta quarta-feira que está a proceder à sua avaliação e caracterização individual e familiar.

    A presidente do CPR, Teresa Tito Morais, disse entretanto à agência Lusa que os refugiados — 51 adultos e 23 menores — já pediram asilo político a Portugal, adiantando que vão ficar no país à espera que lhes seja garantido o estatuto de refugiados.

    “O processo pode demorar um ou dois meses. Vão começar a ser ouvidos para se perceber os motivos e depois será emitida uma decisão. Para já foram admitidos, depois vamos ver se têm acesso ao estatuto de refugiado, a uma protecção humanitária ou se, pelo contrário, há algum de entre eles que não reúne condições para o estatuto”, referiu.

    Até lá, e nos próximos dias, ficarão alojados em centros da Segurança Social, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e na Colónia Balnear O Século."Em Sírios foram encaminhados por uma rede para Portugal - PÚBLICO

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      #62
      "Os voos extraordinários para o Dakar com ligação a Bissau, adotados numa operação especial da TAP desde a suspensão da rota direta para a Guiné, vão terminar no fim do ano, anunciou hoje a empresa.

      "O contrato com a companhia senegalesa termina com a realização do voo que parte de Lisboa na próxima segunda-feira, 30 de dezembro, regressando na manhã de terça-feira, motivo pelo qual a TAP deixa de realizar os voos que Lisboa/Dakar/Bissau/Dakar/Lisboa que vinham a ser efetuados", informou a companhia aérea em comunicado hoje divulgado.

      A operação especial foi contratada quando a TAP suspendeu a sua operação normal para a Guiné-Bissau na sequência do embarque forçado, no aeroporto de Bissau, de 74 passageiros com documentação falsa.

      Depois do incidente, a 10 de dezembro, e por causa da proximidade do Natal, a TAP "decidiu promover temporariamente voos extraordinários entre Lisboa e Dakar, fretando um avião à Senegal Airlines para transportar os passageiros entre a capital do Senegal e Bissau", explicou.
      No entanto, a contratação à companhia aérea Senegal Airlines de aviões para fazer a ligação entre Dakar e Bissau termina no fim do ano, pelo que os voos extraordinários deixarão de se realizar.

      "Os passageiros com reservas Lisboa/Bissau/Lisboa para lá do dia 1 de janeiro serão contactados oportunamente pelos serviços da TAP", refere a companhia.

      A suspensão desta operação poderá implicar o fim da ligação aérea entre Bissau e a Europa, já que ainda está a ser avaliada a existência de condições de segurança para voltar a ser feita a rota Lisboa-Bissau.

      "Um ato próximo do terrorismo"

      A tripulação do voo da TAP entre Bissau e Lisboa de 10 de dezembro foi ameaçada e obrigada por autoridades guineenses a transportar 74 passageiros com passaportes falsos, num incidente classificado na altura pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, como "um ato próximo do terrorismo".

      O Governo de transição da Guiné criou uma comissão para investigar o assunto, liderada pelo ministro da Justiça, Saido Baldé, que concluiu que foi o ministro do Interior, António Suca Ntchama, que "exigiu" o embarque dos 74 sírios com passaportes falsos para Portugal.

      O documento refere ainda que "não houve coação nem física, nem armada em relação à tripulação da TAP, nem ao chefe de escala" da companhia aérea em Bissau e que a ordem de embarque foi dada pelo diretor-geral de escalas das delegações da TAP em África, a partir de Lisboa.

      No seguimento deste caso e do cancelamento das viagens diretas entre Lisboa e Bissau, o presidente do conselho de administração da Agência de Aviação Civil, Nuno Na Bian, anunciou que a Guiné-Bissau se prepara para criar "muito brevemente" a sua própria companhia aérea."Em TAP suspende voos extraordinários para Bissau - Expresso.pt
      Próximo?

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        #63
        Originalmente Colocado por neapo Ver Post
        Não consigo perceber alguns pontos:

        1. Onde está o SIS e SIED? Portugal anda sempre preocupado a vigiar altas figuras das ex-colonias quer aqui quer no território deles, gasta-se uma fortuna com as antenas e a eficácia está à vista de todos.
        2. Porque não aterrou o avião da TAP no Senegal e emitiu um pedido de emergência? Sobrevoaram imensos países e não foram capazes de aterrar em qualquer outro porquê?
        3. Quem deu autorização para o avião entrar em espaço aéreo nacional?
        4. Se um dos refugiados até tivesse como intenção detonar uma bomba enquanto o avião sobrevoava Lisboa como teria sido? Quem assume essa responsabilidade?
        5. Em Abril de 2012 enviamos a FRI para "evacuar" 3500 portugueses (tal nunca teria ocorrido na prática pois não havia meios suficientes no terreno para isso), agora com um incidente grave e sério entre mãos a resposta politica não se faz notar a não ser através de bitaites, nem a UE parece interessada no assunto.
        A França par de outra representação diplomática e/ou militar europeia mantém operacionalidade no terreno.

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          #64
          É completamente incrível os comentários que por aqui leio, não os percebo, a sério.

          Portugal, que sempre foi um país de emigração, em que os portugueses emigraram aos milhões - grande parte deles ilegalmentepara todo o buraco que conseguiam - muitos sem saber ler nem escrever, e bastantes até pediram "asilo" sem qualquer tipo de fundamento (ao contrário destes sírios).

          E agora muitos aqui apontam o dedo a estes sírios, que escaparam de uma guerra horrível, e ainda chamam-lhes de parasitas. É preciso ser ignorante (para não dizer outra coisa).

          É que eu nem sequer percebo o que se passa na vossa cabeça. Se nós fossemos um país de imigração, estilo UK, Alemanha, EUA etc, ainda percebia o vosso discurso. Agora Portugal, este país de emigrantes, em que temos mais portugueses lá fora que cá dentro?

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            #65
            "Un grupo de 74 refugiados sirios, familias enteras en su mayoría, que escapaba de la guerra, se encuentra en Lisboa, repartido en varios centros de acogida y organizaciones caritativas en Lisboa y en Estoril, en un limbo jurídico, después de haber aterrizado en el aeropuerto lisboeta, el martes por la mañana, provistos todos con pasaportes falsificados hechos en Turquía por redes especializadas en el tráfico de personas. Tras atravesar la frontera sirio-turca, los refugiados, que pagaron, según la prensa portuguesa, cerca de 4.000 euros cada uno por escapar de su país con garantías de alcanzar Europa, volaron hasta Casablanca, desde donde, sin salir del aeropuerto, embarcaron para Guinea-Bissau con la intención de enlazar desde allí hasta Lisboa con un vuelo de la TAP, las líneas oficiales portuguesas.

            Pero el personal de esta compañía en el país africano sospechó pronto de la poca credibilidad de los pasaportes, que o bien habían sido falsificados completamente o bien no correspondían con las personas que los portaban. Según fuentes del Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) citado por los medios portugueses, policías y militares guineanos, bajo amenazas y armados, obligaron al comandante y a la tripulación de TAP a embarcar a los 74 refugiados y a emprender el vuelo hacia Lisboa en el horario previsto.

            En cuanto llegaron a la capital portuguesa, a las seis y media de la mañana del martes, los refugiados fueron retenidos por la policía fronteriza lusa, que ya había sido avisada desde Guinea-Bissau. En el grupo hay treinta menores, de los cuales 15 son niños, y una mujer embarazada, que sufrió una hemorragia y que fue trasladada a un hospital lisboeta. Todos proceden de zonas sirias dominadas por las fuerzas rebeldes y todos han pedido asilo político apelando a razones humanitarias. En el fondo, cuando salieron de Siria no tenían intención de quedarse en Portugal, sino servirse de Lisboa también como estación de paso hacia Suecia o Alemania, donde, según aseguran, poseen familiares. Pero ahora Europa se ha reducido para ellos a Lisboa y a ella se agarran con su petición de asilo.

            Por lo pronto, las autoridades portuguesas han comenzado ya a tratar de averiguar los verdaderos nombres y la procedencia cierta de los refugiados, basándose en sus propios testimonios y en algunas fotocopias de los verdaderos pasaportes sirios que algunas de estas personas llevaban consigo. La policía portuguesa intenta también descubrir si hay dentro del grupo integristas musulmanes camuflados que tratan de alcanzar Europa. La decisión de concederles o no asilo político podrá demorarse varios meses, según apuntan los medios lusos. Desde Bruselas, un portavoz de la Unión Europea se apresuró a afirmar que la solución del problema pasa exclusivamente por Lisboa, que es un asunto bilateral entre un país miembro y un tercero, sin que Europa tenga nada que sugerir o aportar. (...)

            Desde el golpe de Estado de 2012, Guinea-Bissau sufre una galopante inestabilidad política que la convierte, día a día, en una suerte de narco-estado trampolín de las rutas mafiosas de la droga y del tráfico ilegal de personas. Ahora, con la supresión de los vuelos de la TAP, única ligazón directa que disfrutaba con un país europeo, el país africano queda aún más aislado.

            También quedan más aislados los viajeros que, con las navidades a cuestas, habían comprado billetes de la TAP para viajar a Guinea-Bissau o de Bissau a Lisboa. No son pocos: el Diário de Notícias aseguraba en su edición de ayer que la compañía TAP tenía ya vendidos, en diciembre, más de 1.000 billetes Bissau-Lisboa. La compañía portuguesa ya ha anunciado que devolverá el importe y que tratará de buscar alternativas por Dakar. Pero un viajero que ayer se quedó en tierra en Lisboa aseguraba en una cadena de televisión portuguesa que los vuelos a Dakar ya están llenos hasta el día 25 de diciembre.(...)"Em La odisea africana de la Siria rebelde acaba en Lisboa | Internacional | EL PAÍS

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              #66
              "A transportadora aérea portuguesa é acusada por Fernando Vaz de não pagar o Imposto Geral sobre Vendas (equivalente ao IVA em Portugal) e a contribuição industrial na Guiné-Bissau desde 2004 até hoje. "Já notificámos a TAP várias vezes", afiança.

              A TAP recusa-se a fazer comentários sobre esta acusação do ministro da Presidência da Guiné-Bissau.(...)"Em TAP tem uma dívida à Guiné Bissau de seis milhões de dólares - Expresso.pt

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                #67
                "(...)O representante da ONU em Bissau diz que regista "com preocupação" as conclusões do inquérito sobre a passagem dos sírios em Bissau, nomeadamente pelo facto de existir uma "rede criminosa transnacional envolvida no movimento ilegal de pessoas" para a Europa, a operar na Guiné-Bissau.

                Ramos-Horta congratula-se pelo facto de as autoridades guineenses se terem prontificado em informar a Interpol sobre este facto. Enaltece, contudo, o facto de Bissau se ter prometido levar à justiça os elementos integrantes dessa rede.(...)" Em Representante da ONU na Guiné-Bissau quer esclarecimento sobre incidente com TAP - Internacional - Sol

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