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    Originalmente Colocado por tonyV Ver Post
    Primeiro procuravas e colocavas aqui o artigo

    Depois terias de saber discutir protocolos de segurança (diferentes de protocolos/guias de acção médica) na área da saúde, a sua implementação e finalmente a sua REAL eficácia nos países que citaste. Em PT a não ser que alguém tenha conhecido in loco esses países, não têm qualquer noção (nem pela estatística, que confere uma imagem de segurança quando ela pode nem existir)

    Eu estive 3 anos a trabalhar num sector do NHS (Reino Unido). E cerca de metade desses tão badalados protocolos de segurança não serviam os propósitos a que se proponham.
    Não aumentavam a segurança do doente ou do trabalhador, aumentam a carga burocrática, estatísticamente parecem bem, mas não evitam o erro/negligência/má prática premeditada, de forma incisiva como se pensa.
    E por isso todos os anos há novos protocolos, novas alterações a protocolos existentes, mais papelada, para no ano a seguir se repetir a história....sem resultados palpáveis e com as histórias que de vez em quando aparecem nas notícias e eu lia na revista da minha entidade reguladora.

    Não é preciso que seja protocolado que numa área de esterilização em que não é possível dividir a zona dos sujos dos limpos, se coloque sinalização a dizer que do lado esquerdo é a zona dos limpos e do direito o dos sujos.
    Não é preciso um documento que TODOS os doentes assinam de cruz, a atestar que aceitam ser vistos pelo médico x no dia tal.
    Não é preciso "log books" para raios-x e prescrição médica, quando está tudo registado informáticamente.
    Não é preciso um livro de reclamações interno com o intuito de resolução "in house" (isto é bom para disfarçar cagadas e/ou potenciar chulos disfarçados de doentes) e de outro directo a quem de direito, etc....

    São meros exemplos de uma pequena parcela protocolos implementados e que na prática não aumentam a segurança e até permitem para quem conhece os meandros do sistema, muita falcatrua. As bestas que conheci de vista e de ouvido com más práticas constantes (com vista ao lucro) eram os mais apresentáveis na estatística no final do ano.....não falhavam um único documento, porque nunca se sabe quando irão servir para protecção em caso de queixa
    Não procurei porque já o conhecia, e já conhecia o medico e o seu trabalho. Ele próprio segue protocolos de segurança. São burocráticos, claro que são, e até precisa que alguém lhos enumere e relembre para não se esquecer de nenhum. E numa cirurgia tem sempre um plano B e as vezes até um C. Mesmo na imprevisibilidade como uma cirurgia cardiotoracica, é possível fazer um planeamento de eventuais falhas.

    E se como dizes ha muitas situações onde os protocolos não são possíveis de implementar, há muitas outras onde não só são possíveis, como deveriam ser mais do que obrigatórios.

    e sobre o livro de reclamações interno, como dizes, servir para disfarçar cagadas, é porque não têm noção da importância que tem para melhorar eventuais procedimentos. Na aviação civil as reclamações internas, ou seja, o reporte de situações anômalas, é mais do que obrigatório. Faz parte da cultura de segurança. Por isso disse que a medicina tem ainda muito mesmo a aprender com a aviação civil.

    Comentário


      Originalmente Colocado por HMartinho Ver Post
      Claro... É que há sempre tempo para cumprir os passos todos.

      Quem diz a penicilina, diz outro antibiótico qualquer que o doente vem com ele prescrito para tomar em casa. Choque anafilático em casa? Bem, ou a pessoa mora ao lado do hospital, ou bem que pode chamar o cangalheiro.

      Ou então os ATB que são prescritos, de urgência, para uma suspeita de meningite bacteriana, e que ainda aguarda resultados finais do LCFR.

      Qualquer profissional de saúde que trabalhe num hospital, deve e tem formação em SAV. Os que não têm algo de errado se passa. E se conheces muitos que não têm, então algo de mais errado se passa.

      EDIT: Faz-me lembrar uma colega minha que já esteve na tropa. Uma vez na aula disse: "Tanta coisa para colocar uma algália. Em campo, quantos colegas meus eu vi a levarem com algálias mais sujas do que as próprias mãos".
      Quanto à tua primeira afirmação, vai lá com ela aos profissionais da aviação civil. Não pode haver falhas, ponto. Principalmente quanto estão vidas em jogo. Na aviação civil dificilmente ha segundas oportunidades. Na medicina alguns erros vão sendo perdoados, mas a cultura que deveria imperar seria de fazer bem e a primeira.

      quanto aos médicos que falei, mesmo tendo sav, provavelmente já foi feita ha muitos anos e nunca tiveram necessidade de usar essas técnicas. O que eu disse é que actualmente facilmente cometeriam falhas.

      Comentário


        Originalmente Colocado por Obtuso Ver Post
        Quanto à tua primeira afirmação, vai lá com ela aos profissionais da aviação civil. Não pode haver falhas, ponto. Principalmente quanto estão vidas em jogo. Na aviação civil dificilmente ha segundas oportunidades. Na medicina alguns erros vão sendo perdoados, mas a cultura que deveria imperar seria de fazer bem e a primeira.

        quanto aos médicos que falei, mesmo tendo sav, provavelmente já foi feita ha muitos anos e nunca tiveram necessidade de usar essas técnicas. O que eu disse é que actualmente facilmente cometeriam falhas.
        Compreendo o que dizes.

        Ainda assim, errar um diagnóstico, errar num fármaco, errar num procedimento qualquer, que atire a primeira pedra quem nunca errou. Devem ser condenados por isso? Não creio. (também depende da gravidade do erro).

        No entanto, mostrar total desinteresse pelo utente, e ignorar sintomas (só porque é muito novo para ter um avc, ou etc), isso sim, acho inadmissível.

        Comentário


          Originalmente Colocado por DocJRA Ver Post
          ...

          O problema são as administrações e as chefias que não fazem puto de ideia de como gerir um hospital ou um serviço. Que acham que poupar é não fazer e que são sempre os mais novos que têm de vergar a mola 60 e 80horas por semana para que os mais velhos possam picar o ponto tal e qual uma fábrica.

          Não é a toa que os melhores Serviços funcionam efectivamente como um serviço, onde há amor à camisola e um sentimento conjunto de dever para com os doentes, e onde existe um director que está lá por mérito e não pela cor política, que efectivamente preocupa-se mais com os doentes e com a qualidade da formação do que em ser o "menino lindo" da administração.
          Assino por baixo...

          Comentário


            Originalmente Colocado por Obtuso Ver Post
            Não procurei porque já o conhecia, e já conhecia o medico e o seu trabalho. Ele próprio segue protocolos de segurança. São burocráticos, claro que são, e até precisa que alguém lhos enumere e relembre para não se esquecer de nenhum. E numa cirurgia tem sempre um plano B e as vezes até um C. Mesmo na imprevisibilidade como uma cirurgia cardiotoracica, é possível fazer um planeamento de eventuais falhas.

            E se como dizes ha muitas situações onde os protocolos não são possíveis de implementar, há muitas outras onde não só são possíveis, como deveriam ser mais do que obrigatórios.

            e sobre o livro de reclamações interno, como dizes, servir para disfarçar cagadas, é porque não têm noção da importância que tem para melhorar eventuais procedimentos. Na aviação civil as reclamações internas, ou seja, o reporte de situações anômalas, é mais do que obrigatório. Faz parte da cultura de segurança. Por isso disse que a medicina tem ainda muito mesmo a aprender com a aviação civil.
            Como disse não percebes a diferença

            Volto a sublinhar, que um protocolo de segurança não é a mesma coisa que um protocolo de acção médica. Uma inspecção periódica para controlo do cumprimento de normas não é a mesma coisa que no caso de um doente que se apresente com sinal/sintoma x, y, z esteja definido seguir os passos a, b, c.

            Quanto ao livro de reclamações interno e como "opcional" o externo pura e simplesmente em muitas situações não funciona como na aviação.

            P.S. Tu trazes para a discussão um estudo que tu conheces....mas nós não o conhecemos para o poder discutir

            Comentário


              Originalmente Colocado por tonyV Ver Post
              Como disse não percebes a diferença

              Volto a sublinhar, que um protocolo de segurança não é a mesma coisa que um protocolo de acção médica. Uma inspecção periódica para controlo do cumprimento de normas não é a mesma coisa que no caso de um doente que se apresente com sinal/sintoma x, y, z esteja definido seguir os passos a, b, c.

              Quanto ao livro de reclamações interno e como "opcional" o externo pura e simplesmente em muitas situações não funciona como na aviação.

              P.S. Tu trazes para a discussão um estudo que tu conheces....mas nós não o conhecemos para o poder discutir
              Os protocolos que refiro nada tem a ver com inspeções vs seguir guidelines para determinados sintomas. Falei no geral, como nas cirurgias, onde independentemente do tipo de cirurgia, existem procedimentos de verificação que são comuns a todos. São estes procedimentos que são muitas vezes negligenciados e onde se cometem erros.

              um exemplo fácil é a verificação do ar nos pneus num carro antes de iniciar viagem. Nada tem a ver com o modelo do carro ou para onde vais. Confirmar a colocação do cinto é outra e por aí fora. Parece básico? Claro que sim, mas conheço quem se esqueça de colocar o cinto, embora hoje as viaturas já tenham avisos sonoros.

              Muitas vezes são em procedimentos básicos que se facilita, e que podem ter repercussões graves. Estes erros básicos podem pagar-se caro na aviação.

              O livro não é uma questão de não funcionar, é uma questão dos profissionais de saúde olharem com desconfiança para um instrumento desses, principalmente quando tiverem de reclamar deles próprios. Na aviação, se cometes um erro, ou declaras tu, ou alguém vai declarar por ti, e é perfeitamente normal um co-piloto corrigir comandantes da aviação. Pergunta a uma enfermeira instrumentista ou outro assistente qual o protocolo que ela tem para corrigir eventuais falhas no medico cirurgião, durante uma cirurgia. É tudo relativamente informal. Fazem inspecções à comunicação entre profissionais durante uma cirurgia, por exemplo? As falhas têm consequências? Quando isto acontecer um grande passo será dado.

              e nem estou a discutir um estudo específico, estou a tentar falar genericamente baseado apenas nos dados do Dr. Fragata. Que além de excelente profissional tem uma cultura de segurança que me parece bem acima da media na comunidade médica. Ou pelo menos tenta trazê-la para a ordem do dia. Além disso os livros dele estão publicados.

              Comentário


                Obtuso:

                O Livro de Reclamações dos hospitais, por princípio, não se destina a reclamações dos profissionais, mas dos utentes.

                Sempre que há uma situação/evento que traduza Risco Clínico, os hospitais têm procedimentos próprios para a sua notificação....por profissionais.

                Relativamente à Segurança no Bloco Operatório, há procedimentos instituídos ( http://www.dgs.pt/ms/8/paginaRegisto...ack=1&id=16317 ) e quero crer que sejam cumpridos. Mesmo assim, o erro/falha pode acontecer, daí a necessidade de se estudarem os «quase erros» para prevenir, no futuro, «males maiores».

                Edit: relativamente ao Professor Fragata obviamente que, para além de excelente cirurgião Cardio-Toráxico, é uma Autoridade Internacional em matéria de Risco Clínico ( ligado ao doente)
                Editado pela última vez por Sansoni7; 02 January 2014, 10:01.

                Comentário


                  Mais protocolos e guias que os ingleses....desconfio que nem os americanos têm. E insisto em separar um protocolo guia (porque podes ter várias maneiras de agir perante uma situação todas válidas e algumas até superiores à implementada), que visa criar um patamar de cuidado e oferecer o mesmo a alguém que vive Faro ou no Porto de protocolos de segurança (check lists prá-operatórias como exemplificas).

                  Como disse se uns andam sem eles, outros andam com excesso deles, sem mais valias, quiça até com repercussões negativas, dado que no final o que conta é que a documentação esteja em dia, o "resto" logo se vê. É a realidade de um SNS (RU) que se rege por protocolos de segurança em barda.

                  Repito não estou a falar de guidelines de acção médica.

                  As reclamações deviam ir directo para uma entidade independente. É a única forma que tens de garantir seriedade num sistema do género. Um hospital, um administrador/director de uma unidade clínica ou um profissional poderão ter como primeira prioridade anular/abafar a queixa e só depois (se assim o entenderem) rever procedimentos. Pelo menos no RU é essa a prioridade dado o terror legal vivido em situações do género.

                  Comentário


                    Originalmente Colocado por tonyV Ver Post
                    ...
                    As reclamações deviam ir directo para uma entidade independente.....
                    A que reclamações te referes?
                    As efectuadas pelos utentes, ou as efectuadas pelos profissionais?

                    Perdoem o offtopic.

                    Comentário


                      Se o conseguirem, será algo pareceido com o antigo «Seviço Médico na periferia»....

                      « Este Serviço consistiu na acção de dotar a periferia do território nacional, de cuidados médicos, através da prestação obrigatória, durante um ano de serviço médico, fora das grandes urbes, a todos aqueles que acabavam o curso de medicina e o estágio profissionalizante de dois anos a seguir ao curso. O serviço foi criado em 1975 e extinto em 1982.»

                      https://repositorio.iscte.pt/handle/10071/2017

                      Comentário


                        Originalmente Colocado por Sansoni7 Ver Post
                        A que reclamações te referes?
                        As efectuadas pelos utentes, ou as efectuadas pelos profissionais?

                        Perdoem o offtopic.
                        As dos utentes.

                        Comentário


                          Originalmente Colocado por Sansoni7 Ver Post
                          Se o conseguirem, será algo pareceido com o antigo «Seviço Médico na periferia»....

                          « Este Serviço consistiu na acção de dotar a periferia do território nacional, de cuidados médicos, através da prestação obrigatória, durante um ano de serviço médico, fora das grandes urbes, a todos aqueles que acabavam o curso de medicina e o estágio profissionalizante de dois anos a seguir ao curso. O serviço foi criado em 1975 e extinto em 1982.»

                          https://repositorio.iscte.pt/handle/10071/2017
                          Que permitia além desse serviço, conhecer outras realidades, outras formas de trabalhar, etc

                          O SAP funcionou com base na massa de profissionais novos e veio trazer um serviço ímpar na altura, mas vieram os crâneos do costume que em vez de o adaptar e melhorar nos pontos potencialmente mais fracos vieram com coisas deste género » Portal da Saúde - SAP perverteram cuidados primários

                          Comentário


                            Originalmente Colocado por Sansoni7 Ver Post
                            Se o conseguirem, será algo pareceido com o antigo «Seviço Médico na periferia»....

                            « Este Serviço consistiu na acção de dotar a periferia do território nacional, de cuidados médicos, através da prestação obrigatória, durante um ano de serviço médico, fora das grandes urbes, a todos aqueles que acabavam o curso de medicina e o estágio profissionalizante de dois anos a seguir ao curso. O serviço foi criado em 1975 e extinto em 1982.»

                            https://repositorio.iscte.pt/handle/10071/2017
                            E é precisamente com algo desse tipo que eu tendo, desde há muito tempo, a concordar!

                            Agora, também acho que as pessoas não devem ser escravas e, já o tenho dito, dever-se-íam colocar à disposição das pessoas aquilo a que eu chamo de incentivos à colocação periférica!...

                            Comentário


                              Originalmente Colocado por tonyV Ver Post
                              As dos utentes.
                              Sem me alongar no offtopic....na saúd, as rclamações dos utentes seguem também para os Serviços Centrais do Ministério que, muitas vezes, instaura inquéritos á entidade reclamada. Acredita que nenhuma Reclamação «cai em saco roto».

                              Comentário


                                Originalmente Colocado por Sansoni7 Ver Post
                                Sem me alongar no offtopic....na saúd, as rclamações dos utentes seguem também para os Serviços Centrais do Ministério que, muitas vezes, instaura inquéritos á entidade reclamada. Acredita que nenhuma Reclamação «cai em saco roto».
                                Repara que eu falava na implementação de um sistema inglês de reclamação próprio (dentro de portas) como primeira linha. Estava apenas a contrapôr que se no caso da aviação funciona, no caso da medicina não o vi funcionar no RU e como não somos menos "espertos" que eles, também não iria funcionar em PT.

                                Comentário

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