Como combater a solidão?

[Rasec]

Os livros de auto ajuda só ajudam numa coisa... nos royalties do autor que os publicou!

A sério que há quem leia aquelas coisas e retire alguma coisa daquilo?

[jktfah]

Ou vives na província ou então não sabes do que estás a falar. Portugal é um dos países mais tolerante em relação a gays ou a imigrantes, e tal como acontece em todos os países, é nas grandes cidades que há mentes mais abertas, os meios mais pequenos são naturalmente mais fechados.

eu vivo no interiror e a malta é toda porreira e todos nos conhecemos na boa e ng fica estupefacto por ver algo diferente.
nao é bem assim tao fechado qt isso...
2015 ja ca chegou kkk

[jktfah]

Então diz-me nomes de locais e a que horas elas estão disponíveis no Porto, onde sejam às centenas e só haja meia-duzia de homens, eu garanto-te que apareço nesses locais com uma testemunha e peço a pessoa para fazer a contagem. Se tu tiveres certo dou o braço a torcer e digo sem problema "olha andava nos locais errados e ainda bem que me abriste os olhos". Ps: locais que em que não tenha que pagar directa ou indirectamente por elas...



Eu não assumi nada, a realidade que transpões é que buscas algumas amizades porque sofres de solidão, com amizades presume-se também namoricos porque uma coisa não aparece sem teres conhecimentos de pessoas.
Se tu sozinho, já com mais de 30 anos revelas que tens (e ainda bem que revelas, identificaste o problema e isso é positivo) um problema que é a solidão, mas não reconheces que precisas de ajuda? Então se não precisas de ajuda para que abriste o tópico?

Não tenhas complexos com psicólogos ou livros de auto-ajuda, eles não existem para ajudar gente "tolinha", tens uma dificuldade do foro social, isso corrige-se, precisas de orientação e estratégia.

vivo numa terreola e tem um monte delas...

[girl92]

para ter certos hobbies é preciso dinheiro tambem eu por exemplo gostava de aprender a tocar piano, artesanato.....

[neapo]

Os livros de auto ajuda só ajudam numa coisa... nos royalties do autor que os publicou!

A sério que há quem leia aquelas coisas e retire alguma coisa daquilo?

http://www.bbc.com/news/health-21083458

NHS em certos casos de ansiedade, depressão, pânico e outros transtornos recomenda a leitura de livros de autoajuda: http://www.nhs.uk/conditions/stress-...therapies.aspx

Feeling Good - um dos livros de auto-ajuda mais populares em todo mundo datado dos anos 80, eis uma critica ao mesmo: http://psyclassics.com/book/burns-feeling-good

Do the ideas in Feeling Good really work? Researchers followed two groups of similar patients, one who were given Burns's book to read within a month, and another who were not. Not only did the Feeling Good group experience a significant amelioration of depressive symptoms compared to the blind group, but the symptoms stayed away. Perhaps the key to the book's efficacy is that the reader feels they are not being 'worked upon' but is given the tools to change themselves.

The prescription of books like Feeling Good to mental illness patients is called 'bibliotherapy', and among such titles Burns's book is usually top-ranked by professionals. Could reading a book really be as effective, or even better, than drugs or psychotherapy in helping people with depressive illnesses? It is certainly worth trying. As Burns himself points out in an introduction to the revised 1999 edition, his book costs about the price of two Prozac pills, and there are no side effects.
The great benefit of cognitive therapy is that you don't need to take any drugs. But in the last chapter of Feeling Good, Burns explains how, for really serious depression, the most effective treatment is a combination of cognitive therapy and antidepressants, the former to improve one's thinking, the latter to lift overall mood.
Burns points out that the basic idea of cognitive therapy - that our thoughts affect our emotions and mood, not the other way around - goes back a long way: the ancient philosopher Epictetus rested his career on the idea that it is not events that determine your state of mind, but how you decide to feel about the events. This secret is shared by all happy people, yet it is a skill that can be learned by anyone.

A psicologia evoluiu muito e continua a progredir, é preciso é perceber que nas lojas nos dias de hoje temos muita coisa relacionada com new age "O Segredo" e livros de auto-ajuda sérios.

Não, não é um livro que te vai mudar, mas está pode ser o teu psicologo de cabeceira, ajudar abrir a mente a compreender problemas decorrentes do teu dia-a-dia, obviamente que requer que a pessoa queira mudar e esteja aberta à mudança, se não quer mudar, nada mudará. Há quem precise de orientação, há quem não precise.

[subLiminar]

Voluntaridado não te diz nada?

Desportos colectivos?

É um começo.

[UrbanLife]

Os livros de auto ajuda só ajudam numa coisa... nos royalties do autor que os publicou!

A sério que há quem leia aquelas coisas e retire alguma coisa daquilo?

Também os considero uma completa fraude. Gosto de outro tipo de leituras...se é para passar bem o tempo que seja com ficção de qualidade.

[MJET]

Vou ser atacado, alvo de chacota mas vou dizer o que tem de ser dito:

A maioria das pessoas que aqui passa, seja neste fórum ou qualquer outro para que vás: estão-se completamente a ***** para ti! Têm a vida social relativamente bem preenchida, como nunca passaram pelo que tu passas a não ser por 5 ou 10 minutos por dia, então assume-se que "só estás sozinho porque queres!" ou aparece a típica resposta do labrego-mor "sai de casa". Em nenhum caso isso te vai ajudar.

Eis a realidade, vives em Portugal, uma cultura que é quase tão fechada como a saudita, onde vais a um café quer seja de dia ou de noite o que mais encontras são homens ou então velhas. Se queres encontrar um local onde haja mais mulheres do que homens (dizem os sociais que há mais mulheres que homens), será na maternidade ou em lar de idosos! Por algum motivo se fazem borlas para mulheres, tão conservador e tão associal este país se tornou.

Não conseguiste manter os amigos da escola ou do ensino superior? O que esta gente te vai dizer é: azar o teu! Não consegues arranjar gaja? "Vai para a dis****ite, às p*tas ou sai de casa".

Ou seja ninguém aqui te vai realmente ajudar com as respostas que nem eles sabem como responder porque nunca passaram pelo mesmo, nunca tiveram que procurar socializar. Não é por acaso que as desordens mentais em Portugal são um tabu, dizer-se que "não tenho skills sociais para fazer amigos" é feio, é inaceitável, é horrível! Mas podes dizeres que és um 0 a matemática apesar de teres estudado 12 anos, nisso não há problema!

Dando-te então algumas dicas:

1º Vai a um psicólogo, conversa com ele e tenta perceber se tens um problema de personalidade ou um disturbio que de alguma forma te inibe de socializar
2º Procura ler alguns livros de auto-ajuda para que percebas como poderás fazer para te aproximares de pessoas sem teres que andar a drogar-te ou a embebedar-te como parece ser o triste ritual em Portugal quando se chega a adulto "queres fazer amigos? embebeda-te!" - será que são mesmo amigos?
3º Faz um horário e visualiza quanto tempo tens por dia, procura saber que actividades há disponíveis em teu redor que possas querer simplesmente experimentar: artes marciais, voluntariado, workshops, aulas de alguma treta qualquer, simplesmente inscreve-te em coisas e vê no que dá.
4º Qual é a imagem que tens de ti mesmo? Se tu não gostares de ti mesmo será dificil fazeres outros gostarem de ti.
5º A tua roupa projeta de certa forma aquilo que és, sentes que te vestes adequadamente à tua idade, cor de pele e fisionomia?
6º Quando estás com pessoas tens algum tema em particular para falar ou ficas no teu recanto sem ideias, paralizado a ouvir, ouvir e ouvir, sem nada para acrescentar? É bom ter-se alguém que nos ouve, mas melhor é ter alguém que nos acompanhe...
7º http://www.sosvozamiga.org/index.php?pg=1&spg=10
8º http://www.telefone-amizade.pt/site/

Começa amanhã a procurar o 1º ponto e muda a tua vida, não tens que viver sempre nesse buraco.

Daquilo que li sobre o assunto, penso que vou mais pela opinião do Neapo. Goste-se ou não, estão ali muitas verdades que por vezes custam a admitir. Nem estou a dizer que se aplique tudo a este caso mas sim no que toca a pessoas com este tipo de problema.

E atenção, penso que não se deve relativizar o problema da Solidão, penso que é um assunto muito sério que pode ter consequências desastrosas se não for devidamente acompanhado e combatido.

[UrbanLife]

Voluntaridado não te diz nada?

Desportos colectivos?

É um começo.

Lá está, anteriormente havia imensas futeboladas com amigos...iniciar desportos colectivos depois dos 30 não deve ser assim tão fácil.

Em relação a voluntariado, alguém tem alguma ideia específica?

[zzcreative]

Por acaso preciso de um gajo para a bola para logo

[UrbanLife]

Por acaso preciso de um gajo para a bola para logo

Isso acontecia sempre que tinha jogos.

[UrbanLife]

Já ponderaste entreteres-te numa horta comunitária?

Não é a minha onda nem sei onde isso existe aqui de qualquer das formas. Sou mais dado a hobbies citadinos.

[RedHeart]

(...)

Em relação a voluntariado, alguém tem alguma ideia específica?

Parece-me uma boa causa, para começares
http://www.re-food.org/blog/

[neapo]

@UrbanLife depois de 5 dias e 103 postas de pescada, o que decidiste fazer à tua vida?

[mcdgoncalves]

Boa tarde.

Já alguém teve de combater a solidão por circunstâncias inevitáveis da vida? Tenho 33 anos e de há uns anos para cá o contacto social intenso que mantinha com o meu círculo de amigos foi-se diluindo à medida que casavam/juntavam e, mais recentemente, tinham filhos. Pela primeira vez em anos, se quiser tomar um café ou ir dar uma corrida com alguém, não há absolutamente ninguém com quem contar, a menos que tente combinar com vários meses de antecedência.

Não que eu tenha problemas em realizar actividades sozinho. Pratico desporto sozinho, vou ao cinema sozinho, gosto de estar numa esplanada a ler, etc. Não mantenho grande contacto social com os colegas da empresa porque gosto de manter o distanciamento profissional necessário.

Se não vivesse num apartamento, teria o cão que sempre quis ter para me entreter mas é uma raça de grande porte por isso não é possível.

É claro que tenho familiares, mas são pessoas adultas com as suas próprias vidas e família constituída na generalidade, por isso também não temos grande convivência.

Não quero passar a ideia de que estou para aqui a lamentar-me, só gostava de saber se alguém passa/passou pelo mesmo e sugestões para contornar aquilo que, no fundo, é uma inevitabilidade em determinados momentos.

Se não tivesse a certeza de que não escrevi isto ... quase parece a minha vida.
Sim, sou mulher , faço Krav Magá e no centro que frequento há bastantes mulheres e algumas cinto verde e a fazerem o percurso para instrutores. No fim‑de‑semana que passou foi o estágio de Inverno , 4 dias com 3 mestres Top do Krav Magá em Portugal. No ginásio é mesmo assim, entro, faço a minha rotina para aquele dia e saio.

Livros, em fila à espera que termine um para passar para outro e agora na nova Fnac do Oeiras Parque, no primeiro piso têm uns cantinhos em que uma pessoa se perde e se esquece que está numa loja. Ás vezes passo horas e quando dou por mim tenho o livro quase lido. Socialização após treino de Krav ou ginásio, não. Cada um vai para seu lado. Faço mergulho mas agora está complicado com o mau tempo e fazia vela. Gosto dos desportos ligados ao mar. Já tive cães, em momentos diferentes da minha vida. São excelentes companheiros mas quando temos de tomar decisões de terminar com o sofrimento deles, é muito complicado.

Uma amiga conseguiu levar-me para a Biodanza, há um mês. É muito interessante, mas ainda estou na fase inicial e há quem pense que a Biodanza é mais para mulheres, há quase tantos "eles" como "elas".

E claro,trabalho . Na área financeira, por conta de outrem.

[mcdgoncalves]

Não mencionei mas entrei neste fórum por causa de um tópico sobre livros .E não resisti a comentar neste. O que não é habitual.

[Hecho]

Quando emigrei pela primeira vez, habituado às lidas da univ e festas e amigos a cada esquina esqueci-me que ia trabalhar numa empresa de gente mais adulta que têm mais que fazer depois do trabalho. Numa cidade onde não falava a lingua local nem conhecia ninguem. E em que ou conseguia construir uma vida social ou teria de voltar a Portugal porque dinheiro não é tudo.

Um dos melhores conselhos que recebi foi o disser sempre sim. Um convite para uma festa dos anos 80 que detestamos mascarar? tenho melhor para fazer? Não, então bora.

Se estás numa cidade com vida, que é Portugal é Lisboa ou Porto, deve haver meetups (meetups.com), grupos de facebook que organizam eventos ( o Hash house harriers é fixe), se quiseres conhecer pessoal estranho ou com experiencia internacional, tens sempre o internations.org que organiza eventos em imensas cidades em Portugal. Eu até sou um pessoa timida e à 5 anos jamais pensei que iria meter conversa com estranhos quanto mais entrar num bar sozinho e ter conversas espectaculares com pessoas que acabei de conhecer.

dependendo da cidade onde estás, quando dás por ti tens eventos quase todos os dias e sempre que fazer, e aos poucos vais falando com algumas pessoas várias vezes e acabam por combinar coisas fora dos eventos. Mas também decide bem se queres amizades ou relações, porque se nota logo quem anda à procura de relações e quem está a tentar construir uma vida social não perde tempo com esses.

E aos poucos as coisas foram acontecendo. Claro que vais conhecer muita gente chata, melgas, para uma rapariga ainda pior, mas aprender a lidar com isso também faz parte da experiencia.

Este post quase que podia ser escrito para mim próprio, voltei a mudar de cidade. E desta sem paciencia para começar do zero, tenho me limitado a apanhar o avião ao fim de semanas para visitar os amigos. Mas devia mudar isso. Mas sair da zona de conforto é tramado.

Sendo tu raparigas sitio online dating como o tinder ou okcupid devem te manter muito ocupada. Internet é um mundo que deve ser aproveitado e esquece os estigmas portugueses.