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Hoje morreu um professor, mas isso não foi notícia

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    #91
    Originalmente Colocado por SuperdeOrigem Ver Post
    Se calhar o cartoon tem mais conteúdo do que um simples bater palmas no FB a lembrar como era maravilhoso há 50 anos atrás.

    Aquilo que eu vejo ali são extremos. Passou-se de um caso em que quem apanha é o aluno, para outro em que quem apanha é o professor.

    Como é óbvio nenhum dos extremos é bom. No entanto as discussões sobre este tema normalmente resumem-se a defender um deles.

    Daqui a uns anos talvez tenhamos um terceiro extremo, que é o dos culpados serem os pais independentemente de tudo o resto. E enquanto isto for um jogo individual de empurrar responsabilidades e não de equipa a puxar todos para o mesmo lado teremos sempre grandes problemas.

    Em 1969 as notas seriam perfeitamente irrelevantes para muitos pais. O percurso escolar era curto, as qualificações exigidas diminutas e o percurso profissional de muitos já estava perfeitamente traçado. Tudo tem a ver com a importância relativa que se atribui.

    Comentário


      #92
      Originalmente Colocado por Vocsa Ver Post
      ... há de tudo, há droga, há violações, há miudas a fugir para ir para a estrada, há rapazes agredidos sexualmente por serem "panisgas". Só muda mesmo o cenário... há de tudo como na "cidade"

      Off-Toppic: Eu quando trabalhei com empresas do interior também esperava ser muito bem acolhido, politicos com boa vontade e com abertura,etc. A realidade é que é tudo igual, boa gente e má gente há em todo o lado. E a vontade política e empresarial, a burocracia, as rasteiras, os entraves, etc... é bem pior que no centro urbano. Há é uma enorme mistificação do velhote com a enxada e o canito deitado.
      Há muitas aldeias que, se tivessem um número mais considerável de habitantes, fariam muitos dos habitualmente referidos "subúrbios" parecerem paraísos. Assim são casos mais isolados, que se vão misturando entre os velhotes com as enxadas e os canitos...

      Comentário


        #93
        Originalmente Colocado por Vocsa Ver Post
        ... há de tudo, há droga, há violações, há miudas a fugir para ir para a estrada, há rapazes agredidos sexualmente por serem "panisgas". Só muda mesmo o cenário... há de tudo como na "cidade"

        Off-Toppic: Eu quando trabalhei com empresas do interior também esperava ser muito bem acolhido, politicos com boa vontade e com abertura,etc. A realidade é que é tudo igual, boa gente e má gente há em todo o lado. E a vontade política e empresarial, a burocracia, as rasteiras, os entraves, etc... é bem pior que no centro urbano. Há é uma enorme mistificação do velhote com a enxada e o canito deitado.
        Sem dúvida. Em Portugal coloca-se o mundo rural num pedestal. Pedestal esse que esconde muita violência, alcoolismo e outros problemas sociais graves disfarçados pela carapaça de "boa gente do campo"

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          #94
          Originalmente Colocado por Chowhound Ver Post
          Em 1969 as notas seriam perfeitamente irrelevantes para muitos pais. O percurso escolar era curto, as qualificações exigidas diminutas e o percurso profissional de muitos já estava perfeitamente traçado. Tudo tem a ver com a importância relativa que se atribui.
          E no entanto, se viajasses a 1969 e perguntasses a um desses pais porque razão o filho tinha más notas, iam responder que era por culpa do filho. Por ser burro, preguiçoso, uma peste, o que fosse. Provavelmente não se lembrariam de que o se calhar o filho até era obrigado a ir ajudar o pai no campo antes de ir para a escola e ficar a tomar conta dos irmãos mais novos quando chegava a casa, não tendo como se aplicar nem descansar. Muitos casos havia em que a necessidade assim o obrigava. Mas lá está, era a época do "a culpa é do miúdo".

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            #95
            Originalmente Colocado por SuperdeOrigem Ver Post
            E no entanto, se viajasses a 1969 e perguntasses a um desses pais porque razão o filho tinha más notas, iam responder que era por culpa do filho.
            E como disseste, diriam isso de modo automático, não porque fosse efetivamente verdade ou tivessem acompanhado o assunto. Estás a falar do mundo das regras instituídas sem qualquer argumentação ou justificação. Era sim porque sim.

            Comentário


              #96
              Pertenço à faixa etária dos 30s. Antes de mais, tenho uma irmã e uma tia professoras, das quais respeito o seu profissionalismo.

              Na primária levei puxões de orelhas e chapadas. Mas reguadas nunca. Via bem o efeito das mesmas nos outros colegas e servia o suficiente para intimidar.
              De certa forma, o respeito era imposto, considerando que muitos miúdos da época vinham de bairros (já na altura) problemáticos: Cerco, Contumil, Ponte (Rio Tinto).
              Mas fora isso, o "ensinar" era outra história...lol.
              Calhou-me durante os 4 anos uma professora que estava "a contar o tempo para a reforma".
              E vocês pensar que já tinha 60's....NÃO!
              Tinha 50's. Reformou-se aos 53

              Paciência para ensinar era zero.
              Chamava todos os nomes que podia aos alunos mal falhavam qualquer coisa ("burro" era o mínimo), quando não aquecia fisicamente as mãos neles. Inclusivé, fazia uso do prazer em abusar do uso da régua.

              Chegando ao ciclo e ao secundário.
              Pensam que nessa altura não havia histórias de violência contra professores?
              Bullying do pior?
              Droga?
              Paizinhos que iam ajustar contas com professores?
              Entre outras coisas já faladas, a diferença é que não eram facilmente notícia.
              E bastava ser uma escola minimamente problemática para um pouco de tudo isso acontecer.

              Quanto aos professores que calhavam na rifa...
              Ou os pais tinham possibilidades financeiras para meter os filhos no colégio, ou então era uma lotaria nos profs que lhes calhasse:
              -por um lado havia na mesma bons e dedicados professores
              -por outro havia uma classe de privilegiados efectivos (com raízes tão assentes que já cheiravam a mofo) que ora davam a matéria (e se davam) a atirar barro à parede e o aluno que se desenm**d*sse, ora não iam com a cara do aluno (vá se lá saber porquê) e insistiam que este não devia passar de nota X, ora lá arranjavam uma desculpa qualquer para "ir de baixa" por tempo suficiente que ocupasse a maior parte do período de aulas (desde que não desse demasiado nas vistas)...

              Quanto à tropa...
              Fui dos "sortudos" que adiou com a desculpa "dos estudos" e passei 2 anos depois para a reserva (extinção do SMO, coisa que já se falava no meu tempo de recenseamento).
              É algo que hoje digo que na altura até teria experimentado.
              Mas não experimentei.
              Nesse período tive um familiar que voluntariou-se e ficou um ano.
              Já no fim dos 3 meses da recruta andava a ver se o tempo passava depressa e se livrava do exército.
              Quando não levava com superiores mentecaptos (alguns a usarem violência física), aturava os malucos dos "camaradas".
              Histórias de porrada era prato do dia e volta e meia uma ou outra ameaça de esfaqueamento do nada(principalmente quando iam de licença no comboio regional).
              Porrada e vinhaça à mistura, uma bela paródia.

              Violência de qualquer digo só gera violência.

              Mas como muitos dizem e gostam de dizer: "faziam-se Homens naquela época"


              Quanto aos putos de hoje, são o reflexo do que faziam aos putos de ontem, com uma dose grande de libertinagem.
              Ainda hoje as pessoas têm filhos porque sim.

              Já os professores, tenho pena de quem tenha lutado pelo sonho de leccionar. Não só têm que aturar o reflexo hediondo de muitas famílias como o legado de muitos broncos que de professor só têm o nome.

              Comentário


                #97
                Originalmente Colocado por Vocsa Ver Post
                Excelente post @330i.

                Só queria fazer uma ressalva: os flagelos da droga, violência gratuita e outros fenómenos degradantes que nem vale a pena concretizar aqui, não são assim tão maiores nos centros urbanos e arredores.

                Há uma mistificação muito grande (e genérica) de uma pretensa pacatez e boa vontade do "interior" profundo.

                Possivelmente terão os mesmo rácios de penetração, sim. Infelizmente.

                Comentário


                  #98
                  Originalmente Colocado por ASOT Ver Post
                  Pertenço à faixa etária dos 30s. Antes de mais, tenho uma irmã e uma tia professoras, das quais respeito o seu profissionalismo.

                  Na primária levei puxões de orelhas e chapadas. Mas reguadas nunca. Via bem o efeito das mesmas nos outros colegas e servia o suficiente para intimidar.
                  De certa forma, o respeito era imposto, considerando que muitos miúdos da época vinham de bairros (já na altura) problemáticos: Cerco, Contumil, Ponte (Rio Tinto).
                  Mas fora isso, o "ensinar" era outra história...lol.
                  Calhou-me durante os 4 anos uma professora que estava "a contar o tempo para a reforma".
                  E vocês pensar que já tinha 60's....NÃO!
                  Tinha 50's. Reformou-se aos 53

                  Paciência para ensinar era zero.
                  Chamava todos os nomes que podia aos alunos mal falhavam qualquer coisa ("burro" era o mínimo), quando não aquecia fisicamente as mãos neles. Inclusivé, fazia uso do prazer em abusar do uso da régua.

                  Chegando ao ciclo e ao secundário.
                  Pensam que nessa altura não havia histórias de violência contra professores?
                  Bullying do pior?
                  Droga?
                  Paizinhos que iam ajustar contas com professores?
                  Entre outras coisas já faladas, a diferença é que não eram facilmente notícia.
                  E bastava ser uma escola minimamente problemática para um pouco de tudo isso acontecer.

                  Quanto aos professores que calhavam na rifa...
                  Ou os pais tinham possibilidades financeiras para meter os filhos no colégio, ou então era uma lotaria nos profs que lhes calhasse:
                  -por um lado havia na mesma bons e dedicados professores
                  -por outro havia uma classe de privilegiados efectivos (com raízes tão assentes que já cheiravam a mofo) que ora davam a matéria (e se davam) a atirar barro à parede e o aluno que se desenm**d*sse, ora não iam com a cara do aluno (vá se lá saber porquê) e insistiam que este não devia passar de nota X, ora lá arranjavam uma desculpa qualquer para "ir de baixa" por tempo suficiente que ocupasse a maior parte do período de aulas (desde que não desse demasiado nas vistas)...

                  Quanto à tropa...
                  Fui dos "sortudos" que adiou com a desculpa "dos estudos" e passei 2 anos depois para a reserva (extinção do SMO, coisa que já se falava no meu tempo de recenseamento).
                  É algo que hoje digo que na altura até teria experimentado.
                  Mas não experimentei.
                  Nesse período tive um familiar que voluntariou-se e ficou um ano.
                  Já no fim dos 3 meses da recruta andava a ver se o tempo passava depressa e se livrava do exército.
                  Quando não levava com superiores mentecaptos (alguns a usarem violência física), aturava os malucos dos "camaradas".
                  Histórias de porrada era prato do dia e volta e meia uma ou outra ameaça de esfaqueamento do nada(principalmente quando iam de licença no comboio regional).
                  Porrada e vinhaça à mistura, uma bela paródia.

                  Violência de qualquer digo só gera violência.

                  Mas como muitos dizem e gostam de dizer: "faziam-se Homens naquela época"


                  Quanto aos putos de hoje, são o reflexo do que faziam aos putos de ontem, com uma dose grande de libertinagem.
                  Ainda hoje as pessoas têm filhos porque sim.

                  Já os professores, tenho pena de quem tenha lutado pelo sonho de leccionar. Não só têm que aturar o reflexo hediondo de muitas famílias como o legado de muitos broncos que de professor só têm o nome.

                  Concordo, sobretudo com a qualidade e preparação dos professores, que melhorou e muito.
                  Quando eu andei no secundário cheguei a ter professores com o 12º ano de escolaridade. E qaunto aos professores primários, julgo que nem isso era preciso ter. Bastava ter o 9º ano e tirar o Magistério. Mesmo os licenciados eram licenciados em física, línguas, matemática, etc. Não tinham a mínima formação académica na área do ensino pedagogia. Isso veio mais tarde. Era gente que não tinha aprendido nada de minimamente estruturado e científico sobre métodos de ensino, psicologia infantil, psicologia de massas, etc, etc. E quanto à assiduidade? Muito pior que agora!

                  Eu continuo a dizer que a clivagem entre gerações é uma armadilha muito perigosa na qual é muito fácil caír e da qual todos temos o dever de tentar fugir. A tendência é real e repete-se ciclicamente a cada geração: à medida que vamos envelhecendo tendemos a cristalizar as nossas opiniões, tendemos olhar para quem vem depois com desconfiança, pior que isso, tendemos a temer que vem depois de nós. Isto nota-se em tudo, desde as opiniões quanto à música (que dantes é que era boa), às opiniões quanto à educação e de uma forma geral a tudo quanto está no domínio dos comportamentos. Ora, esta tendência, que todos nós temos e eu também não sou excepção, deve estar sempre bem presente nas nossas cabeças quando fazemos juízos de valor, e portanto se quisermos ser inteligentes devemos fazer um esforço para combater esse enviesamento "natural". Se o fizermos começamos a notar que as novas gerações são de facto melhores que as nossas, que são pessoas mais desempoeiradas, mais cosmopolitas, menos preconceituosas, espíritos mais livres. E se calhar é isso mesmo que nos assusta a nós, os mais velhos. Tal como nós assustámos os nossos pais.

                  Comentário


                    #99
                    Houve uma época em que o ensino era o caixote do lixo de várias classes profissionais. Nutricionistas a dar matemática, engenheiros químicos a dar biologia, psicólogos a ensinar línguas, etc. Assumia-se que qualquer um servia para ensinar, não precisava de ter competências específicas, era só pessoal a fazer umas horas a dar aulas.

                    Comentário


                      @33stradalle:

                      Compreendo bem os vícios de análise que expões. Mas há outros também importantes, nomeadamente no que toca à generalização da amostragem que conhecemos melhor. Repara, eu cresci num meio mais humilde que aquele onde hoje me movimento, tenho sempre esta tendência para pensar que os portugueses em geral ganham assim ou assado ou que vivem melhor ou pior ou que são mais instruídos. Depois os números do Portada colocam-me as coisas em perspectiva real, ainda há tempos tive aqui essa discussão aqui no fórum.

                      Em Coimbra vivi alguns anos perto do Dona Maria e da Avelar Brotero. Como é sabido a primeira é uma escola-exemplo. Depois como tenho andado a trabalhar pelo país fora tenho colocado esse realidade em perspectiva. Infelizmente essas escolas não são o mainstream - era bom.

                      A minha análise algo subjectiva do aluno médio é que ele hoje tem acesso a mais informação - não confundir com conhecimento. No nosso tempo não havia net... e isso pode ajudar a passar uma ideia de mais abertura para diversas áreas. No entanto a nível de raciocínio e conhecimento concreto não sei se estarão assim tão desenvolvidos - até porque demasiada info balofa ocupa bastante "espaço" no cérebro... passo a expressão. Mas a impressão que conseguem passar é reflexo desta contemporaneidade algo lustrosa.

                      Ainda há tempos um jovem me perguntava se eu tinha aprendido a tocar viola no youtube (tinha-lhe dito que aprendi sozinho). Pois, no nosso tempo não havia, o rapaz ficou algo perplexo... demorava-se muiiiiito mais nesse tempo... mas era tudo muito menos volátil.

                      Os tempos são outros, é sempre complicado fazer comparações cegas. No entanto o que mais me preocupa (mais que o conhecimento e preparação) são os problemas reflexo de uma sociedade disfuncional, ou com lacunas nalguns aspectos. E isso tenho visto ser mais grave em pequenas vilas, aldeias e em grandes aglomerados urbanos. As cidades intermédias ainda conseguem manter uma matriz social algo sólida.

                      Comentário


                        Originalmente Colocado por Vocsa Ver Post
                        @33stradalle:



                        Os tempos são outros, é sempre complicado fazer comparações cegas. No entanto o que mais me preocupa (mais que o conhecimento e preparação) são os problemas reflexo de uma sociedade disfuncional, ou com lacunas nalguns aspectos. E isso tenho visto ser mais grave em pequenas vilas, aldeias e em grandes aglomerados urbanos. As cidades intermédias ainda conseguem manter uma matriz social algo sólida.
                        A que disfunções te referes? falas de coisas tipo ausência da família alargada (avós, tios, etc) no crescimento da criança?

                        Comentário


                          Originalmente Colocado por 33Stradale Ver Post
                          A que disfunções te referes? falas de coisas tipo ausência da família alargada (avós, tios, etc) no crescimento da criança?

                          Não necessariamente. Aliás escrevi um post já em reflexo dista lá atrás, sobre a função da escola na sociedade, apenas ensino técnico ou algo mais social.

                          Aquilo que vejo é que viver em Portugal tem as suas rudezas. Há pessoal em Lisboa que demora horas dentro de um carro para chegar ao trabalho, que mal vê os filhos. Nas aldeias há outros desafios como sejam a falta de acesso a cultura por exemplo, ou falta de trabalho.

                          Aquilo que vejo - e isto é 100% subjectivo - é que os mais novos estão muito mais entregues a si e a um certo vazio nestes extremos que são os centros maiores e os menores. Uns porque nem há tempo para respirar e outros talvez por excesso disso mesmo.

                          Nos centros urbano intermédios vejo as coisas a fluir de outro modo, com um pouco mais de qualidade entre tempo disponível, oferta de trabalho, oferta cultural, envolvimento das famílias nas escolas, nas actividades, etc.

                          Portanto neste aspecto parecem-me sociedades mais funcionais.

                          Comentário


                            Tenho 20 anos e no 7° ano apanhei a pior turma da escola e um prof banana (que hoje tenho de lhe agradecer o que fez por mim) a turma naquela disciplina comportava mal, e eu era um puto tímido e passava os 90 min a ler num livro como fazer instalações elétricas.

                            Ate que um dia esse prof chega a minha beira e pergunta se gostava se eletricidade, ao qual eu respondi sim, a partir dai todas as semanas durante aqueles 60 min eu era posto de "parte" com um esquema dado por ele e tinha que meter na pratica aquele esquema.

                            Nunca faltei ao respeito a ninguém, só no 10° a fazer um teste de matemática o prof mandou me calar sem eu tar a fazer barulho e eu disse um palavrão e ele mandou me sair, ( se aprendi, aprendi) nunca mais fiz aquilo. Ate porque os meus pais deram autorização para me chegarem a roupa ao pelo se fosse preciso.

                            E posso dizer ne desde o 10° ao 12° levei alguns cachaços merecidos

                            Comentário


                              Os filhos em última instância são de quem os tem, e não da escola.
                              Não nos podemos nunca esquecer que para quem não quer, nunca há tempo.
                              Pais que nem trabalham, putos ao abandono.
                              Pais que não têm tempo para nada com os putos... idas para ginasios, jogos de futebol depois do trabalho, comprinhas, para isso há sempre tempo.

                              Azarix.
                              O professor leva com eles é certo, mas os anormaizinhos depois dão com os costados num qualquer estabelecimento prisional e nessa hora é que se vê se são mesmo maus, ou apenas betinhos a brincar ao GTA.

                              Comentário


                                Os últimos posts e a ultima página colocaram o tópico na berma do foco levando-o para o campo do conhecimento e da informação comparativa entre a "boa época" e a "má época", mas o facto é que o âmbito do post inicial não é bem este, mas sim o carácter comportamental anti-social e até á margem da lei por parte de alunos e encarregados de educação, e por outro lado os valores da escola, o respeito e a admiração pelo Mestre" e do gosto pela aprendizagem.

                                Alguém ainda se lembra de há dois anos atrás um grupo de pais de etnia cigana terem fechado durante dois dias a escola secundária de Quinta do Conde? E da agressão a contínuos e a dois professores? e da agressão a jornalistas que vão fazer perguntas a uma escola sobre comportamentos desviantes? Do que o autor fala é disto, é das profundas mudanças de costumes e valores da instituição escola.

                                Comentário


                                  Originalmente Colocado por OffGirl Ver Post


                                  E não pode mesmo! Não faltava mais nada... Estando o problema nos pais, nas mães, nos vizinhos, no cão, no gato, ou no piriquito, na professora, ou na criança, uma professora não tem que bater em ninguém. E sim, uma chapada é bater.
                                  Tem algum problema, confronta os pais, põe a criança fora da aula, há muitas soluções (muitas delas, que não são pacificas, compreendo).

                                  Mas ameaçar de uma chapada? Fosse isso com o meu filho, e ia ter que me ouvir, sim. Há muitas formas de punição.
                                  Por curiosidade que idade tens??

                                  É por pais assim que os putos hoje em dia são como são. Sabes o que essa miúda respondia sobre a mãe também?? A mesma coisa. " Se a minha mãe me bater faço queixa dela", agora diz-me quem falhou aqui? Achas que umas chapadas de vez em quando (e apenas de vez em quando quando o diálogo não faz efeito) não fazem bem? Crianças de 7 ou 8 anos a responder aos professores e a chamarem nomes aos professores é erro de quem?

                                  Estamos a falar de miúdos dos 6 aos 9 anos, põe o miúdo fora da aula? É muito bonito falar mas as escolas primárias cada vez têm menos funcionárias (quando não é só a professora e só lá vai uma funcionária à noite limpar), deixa um miúdo dessa idade sozinho? Confronta os pais?? E eles dizem está bem e a seguir vão comprar um gelado à menina.

                                  Um caso que a minha mãe teve com a última turma que apanhou, havia lá um miúdo que tinha um problema, era hiperativo, a minha mãe mandou-o ao psicólogo do agrupamento e nada feito, falou com os pais a própria mãe andava desesperada sem saber o que fazer, levou-o a um psicólogo fora da escola e lá lhe deram uns comprimidos que o acalmavam mas mesmo assim ele era mau comportado, batia nos colegas, mandava as coisas da sala ao chão só fazia porcaria. Chegou a um ponto que a própria mãe desistiu do miúdo, ela dizia mesmo que não sabia o que fazer com ele, já não conseguia fazer mais nada em casa "batia-lhe" o pai igual e o miúdo pura e simplesmente nem assim acalmava. O que faz um professor neste caso?? Gostava de saber as tuas soluções se o bater não faz efeito. (e para que não haja confusões a minha mãe não bate nos miúdos como é óbvio, hoje em dia se batesse tinha a televisão à porta da escola no dia seguinte, e como é óbvio quando falo em bater não é andar a malhar nos miúdos, mas em último recurso um puxão de orelhas ou um cachaço não vejo que faça mal)

                                  Isso que dizes resulta bem quando eles são bem educados de casa, quando em casa os pais não têm tempo para eles metem-nos a jogar consola jogos violentos e não lhes dão educação levam um professor ao desespero. Ela que à uns anos gostava de ser professora (visto que já é professora à muitos anos) diz que a evolução que as crianças estão a ter estão a deixar os professores à beira do desespero, hoje em dia é um sacrifício ir dar aulas.

                                  Eu sou muito sincero, não tinha perfil para ser professor, não tenho paciência nenhuma para ensinar, mas quem diz que os professores são bananas e que não sabem impor respeito acredito que nunca pararam para pensar mesmo como é ter de cuidar de 20 crianças todas diferentes, umas bons alunos outras mal educadas e conseguir no meio disto tudo ensinar.

                                  Eu sou do tempo em que já não era as réguadas ou as canas, mas os professores ainda mandavam uma chapada quando ela era necessária, e só bastava a primeira a partir daí quem se portasse mal bastava o professor ou mandar um berro ou levantar-se e impunha logo respeito.
                                  Editado pela última vez por tiagooliveira20; 05 April 2017, 17:21.

                                  Comentário


                                    Eu discordo de castigos corporais. Não têm qualquer efeito positivo na educação das crianças. Note-se que por castigos corporais refiro-me a bater induzindo dor física. Uma palmada no rabo de vez em quando é mais um processo de intenções do que uma concretização.

                                    A universidade de Columbia desenvolveu uma investigação extremamente abrangente sobre o assunto, aqui há uns anos. Compilaram informação de quase 100 investigações independentes umas das outras, e dados recolhidos ao longo de mais de 50 anos. Já não me recordo das conclusões exactas, mas a conclusão geral é que o tiro sai sempre pela culatra, ou seja, a utilização de castigos corporais tem efeitos inversos aos que são pretendidos. O único efeito "positivo" é conseguir o cumprimento imediato da ordem dada pelo adulto, mas depois há uns 10 efeitos negativos de curto, médio e longo prazo. E os mais gravosos são precisamente o instigar de comportamentos violentos pelo exemplo, o instigar de comportamentos anti-sociais, etc.
                                    Havia também uma conclusão bastante inquetante: numa percentagem muito significativa de pais o castigo corporal confere algum nível de prazer ao castigador...

                                    Comentário


                                      O problema do castigo corporal, é como disse o 33stradale, uma forma de o adulto se "vingar", e isso é perceptível na maioria das palmadas ou outros castigos mais agressivos que os Pais aplicam durante uma fase da educação dos filhos.

                                      O adulto está muito mais a "vingar-se" está a "ajustar contas" e bastante menos a educar. Também apliquei umas palmadas nos meus filhos durante a sua educação, umas mais justificáveis á luz da educação e da correção dos comportamentos, outras bem menos. Estas percebi alguns anos depois, serviram apenas para eu ou a mãe se vingar, ou descarregar a ira da provocação, ou da desobediência, ou da insolência, ou fosse qual a linha vermelha pisada.

                                      Mas mesmo um "baby-boom" como eu, nunca aceitou a punição física na escola. Isso é missão dos pais em casa, e até uma determinada altura do crescimento. Não faz qualquer sentido aplicar uma palmada num adolescente com 14, 15, ou 16 anos.

                                      Comentário


                                        no caso de uma criança a agredir outra criança, o/a professor/a deve poder interferir usando a força? até que ponto?

                                        No caso da professora mandar sair o aluno da sala de aula e ele não sair, continuar a perturbar a aula que deve fazer o professor?

                                        E no caso em que o aluno vê a expulsão da sala de aula como algo agradável, que pode ser feito para corrigir o aluno?

                                        E sim, um professor é um educador. Se fosse apenas para instruir, colocavam-se os alunos a ver vídeos do youtube e depois tiravam duvidas.

                                        quanto à qualificação dos professores/as. Tive um ou outro muito maus, nunca deviam ter sido autorizados a ensinar.
                                        Mas também vi as vergonhosas notas que os candidatos a professores tiveram quando Nuno Crato institui o exame de acesso à profissão, pelo que hoje ainda devem andar a ensinar muitas professoras mal preparadas.

                                        Comentário


                                          Originalmente Colocado por lll Ver Post
                                          no caso de uma criança a agredir outra criança, o/a professor/a deve poder interferir usando a força? até que ponto?
                                          Até ao ponto absolutamente indispensável para impedir a agressão. Querer quantificar mais do que isso é estar a tentar medir o imensurável.


                                          No caso da professora mandar sair o aluno da sala de aula e ele não sair, continuar a perturbar a aula que deve fazer o professor?
                                          Chamar um auxiliar de acção educativa.


                                          E no caso em que o aluno vê a expulsão da sala de aula como algo agradável, que pode ser feito para corrigir o aluno?
                                          Não expulsar!


                                          E sim, um professor é um educador. Se fosse apenas para instruir, colocavam-se os alunos a ver vídeos do youtube e depois tiravam duvidas.
                                          Não é educador coisa nenhuma. Melhor: devia sê-lo mas apenas passivamente, através do seu próprio bom exemplo.
                                          Telescola é uma coisa, ter um professor ao vivo, a ensinar e a adaptar a explicação em tempo real conforme a turma e os alunos que estão à sua frente é outra. É para isso que serve um professor: para instruir, para transmitir conhecimentos de forma mais personalizada (ao nível da turma, já que ao nível do aluno é impossível com 30 jovens enfiados numa sala) do que um livro ou um vídeo consegue fazer.



                                          quanto à qualificação dos professores/as. Tive um ou outro muito maus, nunca deviam ter sido autorizados a ensinar.
                                          Mas também vi as vergonhosas notas que os candidatos a professores tiveram quando Nuno Crato institui o exame de acesso à profissão, pelo que hoje ainda devem andar a ensinar muitas professoras mal preparadas.
                                          A escola não serve para nada e os professores são uns imbecis. O que interessa é tirar um 9,5 para ir passando no fim do ano.
                                          Toda a gente precisa de trabalhar e é claro que algum desse pessoal, mais cedo ou mais tarde, consegue passar a malha e chegar ao lugar de professor (ou de engenheiro, ou economista, ou deputado ou coisas do género ). De qualquer maneira, fica o consolo de saber que esses apenas lá chegaram por serem filhos ou afilhados de alguém - não há nada a fazer e chegariam sempre lá - ou então quando a procura de professores é tanta que já se admite qualquer jagunço que tenha frequentado a universidade.
                                          coisos

                                          Comentário


                                            então se o aluno perturbar a aula e se recusar a sair chama-se o auxiliar da ação instrutiva (não educativa pois pelo arrazoado que a escola é apenas instrutiva e não educativa)
                                            se o aluno continuar a recusar-se a sair (o que nestes caso é frequente) chama-se quem?

                                            se o aluno vir a saída da sala de aula como algo agradável então deve manter-se esse aluno a perturbar a aula...

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                                              Originalmente Colocado por lll Ver Post
                                              então se o aluno perturbar a aula e se recusar a sair chama-se o auxiliar da ação instrutiva (não educativa pois pelo arrazoado que a escola é apenas instrutiva e não educativa)
                                              se o aluno continuar a recusar-se a sair (o que nestes caso é frequente) chama-se quem?

                                              Chama-se um elemento da direcção. (estás a confundir Filosofia/Psicologia/whateverlogia da Educação, isto é, a definição daquilo que deve ser a Escola, com simples nomenclatura em vigor; e, sim, toda a gente sabe que as nomenclaturas estão mais do que desajustadas e em muitos casos são uma verdadeira anedota)



                                              se o aluno vir a saída da sala de aula como algo agradável então deve manter-se esse aluno a perturbar a aula...
                                              É uma hipótese. A outra é fazer-lhe a vontade.
                                              De uma maneira ou de outra, parece-me sempre uma lose-lose situation. É uma situação para o professor analisar na altura e decidir o que lhe parecer melhor. Achar que há soluções únicas e definitivas é uma ilusão.
                                              coisas

                                              Comentário


                                                Sempre quero ver se esta solidariedade toda com a função publica, se vai manter no dia da greve dos funcionários públicos que apenas tentam repor a legalidade e o respeito por quem trabalha, que este governo (geringonça incluindo) tanto gostam de esquecer.

                                                Normalmente por aqui, parece que se esquecem que "os do estado", estão sujeitos aos mesmos problemas e leis absurdas e só não estão ainda piores, porque se souberam organizar noutros tempos.

                                                Comentário


                                                  repetindo-me

                                                  lá diz o ditado africano, é preciso uma aldeia inteira para educar uma criança

                                                  um professor é também um educador
                                                  a convivência num meio como a escola é mais complexa que no meio familiar

                                                  faltam nas escolas meios para corrigir a indisciplina

                                                  falta responsabilizar mais os pais pelos comportamentos dos filhos

                                                  Comentário


                                                    Originalmente Colocado por Peste Ver Post
                                                    Sempre quero ver se esta solidariedade toda com a função publica, se vai manter no dia da greve dos funcionários públicos que apenas tentam repor a legalidade e o respeito por quem trabalha, que este governo (geringonça incluindo) tanto gostam de esquecer.

                                                    Normalmente por aqui, parece que se esquecem que "os do estado", estão sujeitos aos mesmos problemas e leis absurdas e só não estão ainda piores, porque se souberam organizar noutros tempos.
                                                    Com o que se insultam os FP's neste forum, verdadeiros insultos e do mais baixo possível, acho este tópico de uma hipocrisia sem paralelo.

                                                    Comentário


                                                      Na primária ainda apanhei as coisas "à antiga".

                                                      Ainda fui do tempo em que apanhávamos uma reguada por cada erro gramático que déssemos nos ditados. Portanto, ninguém se atrevia a fazer absolutamente mais nada.

                                                      Na preparatória e na secundária foi uma diferença abismal.

                                                      Só comecei a notar uma melhoria no comportamento do pessoal ali para o 11º, 12º. Entre o 5º e o 10º ano foi o descalabro total. Não sei se devido à idade do pessoal, se por ter apanhado piores turmas nessa altura ou que foi, mas não foi fácil. Nem para os professores nem para alguns colegas.

                                                      Os únicos professores que se safavam eram normalmente aqueles "porreiros" que deixavam sair mais cedo, os que passavam metade da aula a falar de assuntos que não tinham nada a ver com a mesma e que era do interesse do pessoal e por aí fora. Ou seja, os que se integravam nas turmas como se fossem colegas e não professores.

                                                      Os que tentavam manter uma distância bem grande entre Professor/Aluno e separar bem as coisas, estavam feitos. Principalmente os que tinham umas personalidade mais "mole".

                                                      As disciplinas também tinham bastante influencia. Um professor de Matemática ou Físico-Química estava logo "marcado". Por outro lado um de Educação Física ou de Informática até era um "gajo porreiro".
                                                      Editado pela última vez por DoubleM101; 06 April 2017, 11:58.

                                                      Comentário


                                                        Há pessoas que vêm mesmo o mundo às cores... é impressionante.

                                                        Comentário


                                                          E outras que só o vêm negro, 365 dias por ano, 24 horas por dia. Não conseguem sair da escuridão, e quando se atrevem a luz ofusca-os.

                                                          Comentário


                                                            Originalmente Colocado por lll Ver Post
                                                            repetindo-me

                                                            lá diz o ditado africano, é preciso uma aldeia inteira para educar uma criança

                                                            um professor é também um educador
                                                            a convivência num meio como a escola é mais complexa que no meio familiar

                                                            faltam nas escolas meios para corrigir a indisciplina

                                                            falta responsabilizar mais os pais pelos comportamentos dos filhos
                                                            estava agora a ler o livro "adolescentes" da professora catedrática de pediatria Maria do Céu Machado, publicado pela fundação Francisco Manuel dos Santos e ela no capitulo 7 cita este mesmo provérbio, é precisa toda uma aldeia para educar uma criança

                                                            Comentário


                                                              Originalmente Colocado por Vocsa Ver Post
                                                              Há pessoas que vêm mesmo o mundo às cores... é impressionante.
                                                              Deixa-os vir.

                                                              Comentário

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