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    #61
    citação:Originalmente colocada por TURBO

    citação:Originalmente colocada por J.R.
    [Mais uma fuga[8D].
    Mas quem te obriga a ser uma empresário "à tuga"???
    Sê como os que tu veneras: com princípios, caracter e espírito elevado.

    Como as DESCULPAS que deste foram "não ter dinheiro"... isso arranja-se[:I].

    Tu não és empresário por isso.

    O que te impede????
    Não deixa de ser pertinente as questõs colocadas;).

    Não vão ter resposta como sempre

    Comentário


      #62
      citação:Originalmente colocada por J.R.

      Mais uma fuga[8D].
      Não sou eu que afirmo que não sou empresario pq não tenho "vocação" [8D].


      citação:Originalmente colocada por J.R.

      Mas quem te obriga a ser uma empresário "à tuga"???
      Sê como os que tu veneras: com princípios, caracter e espírito elevado.
      Por esses princípios já eu tento me reger, isso já depende da formação de cada um.

      citação:Originalmente colocada por J.R.

      Como as DESCULPAS que deste foram "não ter dinheiro"... isso arranja-se[:I].
      Há muitas maneiras de facto, até tenho algumas ideias.

      citação:Originalmente colocada por J.R.

      Tu não és empresário por isso.

      O que te impede????
      Puxa o tópico para cima.




      Comentário


        #63
        citação:Originalmente colocada por Nthor

        citação:Originalmente colocada por hpventura

        Já dizia o outro, não se muda o mundo com palavras, mas sim com actos !
        Qual o acto de escravizar quem trabalha?

        Mudar ou retroceder?


        Actos, neste caso, criar a empresa ou o modelo de negócio que seja viável em Portugal a pagar salários superiores a 1.000 € mês a mão de obra indiferenciada e pouco qualificada, que seja honesto e transparente, que pague todos os tostoes possiveis ao estado sempre a tempo e horas que pague sempre aos fornecedores a tempo e horas, que preste um serviço exemplar e inovador a aos clientes que não engane ninguem !

        Mas sabes que mais, isto faz-se, há quem o faça ! Só que para faze-lo tem que estar CONSTANTEMENTE a observar as varaveis do negocio, a mudar, a inovar... é esgotante ! E não é para qq um !

        Pr isso digo... deixem-se de palavras e passem aos actos, e vão ver o quão confortavel é pagar ordenados de 500€ e fazer outras coisas q tal...

        Comentário


          #64
          citação:Originalmente colocada por hpventura

          citação:Originalmente colocada por Nthor

          citação:Originalmente colocada por hpventura

          Já dizia o outro, não se muda o mundo com palavras, mas sim com actos !
          Qual o acto de escravizar quem trabalha?

          Mudar ou retroceder?


          Actos, neste caso, criar a empresa ou o modelo de negócio que seja viável em Portugal a pagar salários superiores a 1.000 € mês a mão de obra indiferenciada e pouco qualificada, que seja honesto e transparente, que pague todos os tostoes possiveis ao estado sempre a tempo e horas que pague sempre aos fornecedores a tempo e horas, que preste um serviço exemplar e inovador a aos clientes que não engane ninguem !

          Mas sabes que mais, isto faz-se, há quem o faça ! Só que para faze-lo tem que estar CONSTANTEMENTE a observar as varaveis do negocio, a mudar, a inovar... é esgotante ! E não é para qq um !

          Pr isso digo... deixem-se de palavras e passem aos actos, e vão ver o quão confortavel é pagar ordenados de 500€ e fazer outras coisas q tal...
          Mas isso não depende só de uma empresa, depende de varias e havendo uma que que não cumpra todas as outras acabam por falhar, isso é já uma instituição nacional.

          Ainda há dias falei com um conhecido que se queixava disso mesmo, o fornecedor enganou-se na encomenda e ia demorar cerca de 15 dias para enviar uma nova, enquanto isso ele estava a perder dinheiro, dinheiro esse que ninguém lhe ia pagar.

          Claro que se pode pagar 1000€ de vencimento mínimo basta não gastar as ajudas que o estado dá e os fundos de coesão em carros topo de gama, afinal as empresas no resto da UE fazem-no.



          Comentário


            #65
            citação:Originalmente colocada por hpventura

            Actos, neste caso, criar a empresa ou o modelo de negócio que seja viável em Portugal a pagar salários superiores a 1.000 € mês a mão de obra indiferenciada e pouco qualificada, que seja honesto e transparente, que pague todos os tostoes possiveis ao estado sempre a tempo e horas que pague sempre aos fornecedores a tempo e horas, que preste um serviço exemplar e inovador a aos clientes que não engane ninguem !
            Por acaso gostei desta intervenção.

            Focou todos os aspectos negativos pelo qual o Grupo de Referência em Portugal (e outros) norteiam a sua actuação.

            Ou seja mostrou exactamente o que essas "referências" não fazem.

            Comentário


              #66
              citação:Originalmente colocada por Nthor

              citação:Originalmente colocada por J.R.

              Mais uma fuga[8D].
              Não sou eu que afirmo que não sou empresario pq não tenho "vocação" [8D].
              Qd respondi ao Phoenix não disse SÓ isso;).
              [^]Pela memória;).
              citação:
              citação:Originalmente colocada por J.R.

              Mas quem te obriga a ser uma empresário "à tuga"???
              Sê como os que tu veneras: com princípios, caracter e espírito elevado.
              Por esses princípios já eu tento me reger, isso já depende da formação de cada um.
              Exacto.
              Independente se és empresário ou não.
              Logo foi um desvio na conversa;).
              citação:
              citação:Originalmente colocada por J.R.

              Como as DESCULPAS que deste foram "não ter dinheiro"... isso arranja-se[:I].
              Há muitas maneiras de facto, até tenho algumas ideias.
              Para ser empresário ou para arranjar dinheiro???

              Comentário


                #67
                citação:Originalmente colocada por Excalibur


                Focou todos os aspectos negativos pelo qual o Grupo de Referência em Portugal (e outros) norteiam a sua actuação.

                Ou seja mostrou exactamente o que essas "referências" não fazem.

                Cuidado Nthor.

                Olha que as maiores empresas de Portugal competem em mercados externos com SUCESSO.
                Aliás, muito dos Lucros até vêm de lá.



                Comentário


                  #68
                  citação:Originalmente colocada por J.R.

                  citação:Originalmente colocada por Excalibur


                  Focou todos os aspectos negativos pelo qual o Grupo de Referência em Portugal (e outros) norteiam a sua actuação.

                  Ou seja mostrou exactamente o que essas "referências" não fazem.

                  Cuidado Nthor.

                  Olha que as maiores empresas de Portugal competem em mercados externos com SUCESSO.Aliás, muito dos Lucros até vêm de lá.

                  Até que enfim que alguém vê isso[^][^][^][^][^][^], [u]e até já aqui coloquei alguns exemplos que isto (Portugal) Ainda não é o deserto/pasmaçeira que por aí querem fazer tranparecer.</u>

                  Comentário


                    #69
                    citação:Originalmente colocada por J.R.

                    citação:Originalmente colocada por Excalibur


                    Focou todos os aspectos negativos pelo qual o Grupo de Referência em Portugal (e outros) norteiam a sua actuação.

                    Ou seja mostrou exactamente o que essas "referências" não fazem.

                    Cuidado Nthor.

                    Olha que as maiores empresas de Portugal competem em mercados externos com SUCESSO.
                    Aliás, muito dos Lucros até vêm de lá.

                    Ham, ham ..

                    Engano ;)

                    Pois se os lucros maiores vêm de lá ... mais uma razão para o dizer.

                    Porque razão norteiam a forma de actuar de forma diversa em Portugal em relação a outros paises onde actuam ?

                    Comentário


                      #70
                      citação:Originalmente colocada por Excalibur

                      citação:Originalmente colocada por J.R.

                      citação:Originalmente colocada por Excalibur


                      Focou todos os aspectos negativos pelo qual o Grupo de Referência em Portugal (e outros) norteiam a sua actuação.

                      Ou seja mostrou exactamente o que essas "referências" não fazem.

                      Cuidado Nthor.

                      Olha que as maiores empresas de Portugal competem em mercados externos com SUCESSO.
                      Aliás, muito dos Lucros até vêm de lá.

                      Ham, ham ..

                      Engano ;)

                      Pois se os lucros maiores vêm de lá ... mais uma razão para o dizer.

                      [u]Porque razão norteiam a forma de actuar de forma diversa em Portugal em relação a outros paises onde actuam ?</u>
                      Retórica, retórica, retórica!!!!!!

                      São empresas que tem lucros, lideram nos seus sectores, tem colaboradores portugueses e estão implantadas Cá.!

                      Comentário


                        #71
                        citação:Originalmente colocada por J.R.

                        citação:Originalmente colocada por Excalibur


                        Focou todos os aspectos negativos pelo qual o Grupo de Referência em Portugal (e outros) norteiam a sua actuação.

                        Ou seja mostrou exactamente o que essas "referências" não fazem.

                        Cuidado Nthor.

                        Olha que as maiores empresas de Portugal competem em mercados externos com SUCESSO.
                        Aliás, muito dos Lucros até vêm de lá.
                        Estas a misturar alhos com bugalhos essas empresas lá fora sujeitam-se as regras desses mercados e pagam vencimentos mais altos, impostos mais altos e são ainda "obrigadas" a investir em investigação e em constante modernização para continuarem a ser competitivas.

                        A grande questão é, se lá fora conseguem ter lucro e ser grandes empresas com estes "condicionantes" pq raio não fazem o mesmo cá?

                        Mais, os vencimentos lá são bastante superiores aos 1000€ referidos, portanto este valor acaba por ser uma pechincha cá.




                        Comentário


                          #72
                          Nem a propósito do tópico...não é bem é por/para "estas bandas"

                          Sessenta e sete empresários acompanham o Presidente da República, Cavaco Silva, na visita de Estado à Índia entre 10 e 17 de Janeiro. A escolha da comitiva empresarial obedeceu a regras inéditas: a Agência Portuguesa para o Investimento e o ICEP realizaram um inquérito aos empresários, que responderam sem conhecer o seu objectivo: a viagem...

                          in http://www.correiodamanha.pt/noticia...Canal=90&p=200

                          Comentário


                            #73
                            citação:Originalmente colocada por Excalibur

                            citação:Originalmente colocada por hpventura

                            Actos, neste caso, criar a empresa ou o modelo de negócio que seja viável em Portugal a pagar salários superiores a 1.000 € mês a mão de obra indiferenciada e pouco qualificada, que seja honesto e transparente, que pague todos os tostoes possiveis ao estado sempre a tempo e horas que pague sempre aos fornecedores a tempo e horas, que preste um serviço exemplar e inovador a aos clientes que não engane ninguem !
                            Por acaso gostei desta intervenção.

                            Focou todos os aspectos negativos pelo qual o Grupo de Referência em Portugal (e outros) norteiam a sua actuação.

                            Ou seja mostrou exactamente o que essas "referências" não fazem.

                            Por acaso conheço (pessoalmente) casos que ilustram um e outro extremo da situação...

                            A empresa em que trabalho paga a um ajudante, sem experiencia, completamente indiferenciado em termos das qualificações necessárias 750€ liquidos mensais + 8,00€ de subsidio de refeição !

                            E tem oportunidades de formação para subir... ainda um deles agora passou a Tecnico Junior e viu os seus rendimentos aumentados para 930 € liquidos mais o subs de refeição.... Um tecnico senior atira-se pra os 1200€ liquidos...

                            E julgas q o pessoal nao vem c/ a mesma tanga dos aumentos e q esta tudo mal e o catano ?! Vem...apesar de condiçoes acima da media, alias, cerca de 60% acima da tabela !!!

                            A resposta do patrao, sabendo que da condições mt acima da media, tendo para isso que fazer outros sacrificios, é so uma "estas mal muda-te"...quantos ja sairam.... ZERO !!!!

                            às vezes um salario mais elevado é "alimentar burros a pao de lo" !!!!

                            Comentário


                              #74
                              citação:Originalmente colocada por Nthor

                              Estas a misturar alhos com bugalhos essas empresas lá fora sujeitam-se as regras desses mercados e pagam vencimentos mais altos, impostos mais altos e são ainda "obrigadas" a investir em investigação e em constante modernização para continuarem a ser competitivas.

                              A grande questão é, se lá fora conseguem ter lucro e ser grandes empresas com estes "condicionantes" pq raio não fazem o mesmo cá?

                              Mais, os vencimentos lá são bastante superiores aos 1000€ referidos, portanto este valor acaba por ser uma pechincha cá.
                              [u]Exactamente</u>[^][^].

                              Então o que se passa???
                              Os nossos empresários lá fora são bons e cá são maus??? sendo exactamente os mesmos.

                              Os nossos trabalhadores cá dentro são maus e qd vão para fora em comissão de serviço a ganhar muito mais, dessas mesmas empresas, são bons???

                              Ou em Portugal existem condições que travam o empreendorismo que lá fora não existem??? Tipo uma existência de uma FP amiga do imobilismo e da burocracia e inimiga dos negócios, das empresas, das actividades económicas.

                              Falei da FP Portuguesa só a titulo de exemplo;) de algo que existe cá e não existe fora de portas, e para me meter contigo.
                              Como já provaste a memória que tens sabes perfeitamente do que falo: burocracia.

                              Como na nova lei das Finanças Locais onde qq aumento de orçamento tem que ter o aval de TRÊS ministros[:0][:0].
                              TRÊS???? Mas não bastava o aval do das Finanças???
                              Três é para andarem os papeis a passear e termos uma data de funcionários, dos verdadeiros ou dos falsos;), a andarem a trabalhar [u]imenso</u> mas a produtividade ser.... baixa.

                              Comentário


                                #75
                                citação:Originalmente colocada por Nthor

                                citação:Originalmente colocada por J.R.

                                citação:Originalmente colocada por Excalibur


                                Focou todos os aspectos negativos pelo qual o Grupo de Referência em Portugal (e outros) norteiam a sua actuação.

                                Ou seja mostrou exactamente o que essas "referências" não fazem.

                                Cuidado Nthor.

                                Olha que as maiores empresas de Portugal competem em mercados externos com SUCESSO.
                                Aliás, muito dos Lucros até vêm de lá.
                                Estas a misturar alhos com bugalhos essas empresas lá fora sujeitam-se as regras desses mercados e pagam vencimentos mais altos, impostos mais altos e são ainda "obrigadas" a investir em investigação e em constante modernização para continuarem a ser competitivas.

                                A grande questão é, se lá fora conseguem ter lucro e ser grandes empresas com estes "condicionantes" pq raio não fazem o mesmo cá?

                                Mais, os vencimentos lá são bastante superiores aos 1000€ referidos, portanto este valor acaba por ser uma pechincha cá.




                                Aonde?
                                na polonia? na hungria? na roménia? [}]
                                Na turquia? em marrocos?[}]

                                Jasus não fazes a minima ideia da realodade onde vives.

                                As nossas emprsas la fora jogam com as regras de la, e as estregeiras cá jogam com as nossas regras.
                                Moral da "estória" estão todas a querer bazar....
                                agora reflecte

                                Comentário


                                  #76
                                  Segue aqui a minha opinião sobre a Inovação e Empreendorismo, que eu até já parcialmente partilhei noutros tópicos.

                                  Para mim há muitas razões para a falta de inovação e a suposta falta de empreendorismo

                                  Falta de Empreendorismo
                                  Para começar, acho que a falta de empreendorismo nos portugueses é um mito. Acho que os portugueses são muito empreendedores, às vezes até demasiado e de forma irresponsável. Aqui há uns anos, a quando do 1º Boom da Net , fui a uma série de encontros de venture-capital e seed-capital, onde o objectivo era apresentar pessoas com ideias a pessoas com dinheiro. Para mim, a maioria dos projectos muitas vezes eram simplesmente cómicos. Havia todo o tipo de gente, até putos que queriam arranjar capital para fazer um portal sobre Musica Reggae e outros tão maus que já nem me recordo. Não havia falta de empreendorismo, mas havia muita infantilidade. Se forem ao site da Empresa na hora veem que empresas novas são muitas, mas só de olhar para os nomes, parece que estamos a ver o Gato Fedorento.

                                  Inovação
                                  Os portugueses são bastante empreendedores, mas 99% das vezes em coisas com zero inovação. Todos os dias são criadas dezenas de empresas, e sempre negócios que nada tem de novo nem original. Uma mania tipica nacional é a da cópia. Alguém abre uma loja para animais de estimação que é um aparente sucesso, passado uns meses abrem logo mais duas ou três. Alguém ganha dinheiro a fazer sites e toda a gente começa a fazer sites, até a empregada de limpeza diz ao administrador da empresa que o filho faz sites. Isto é transversal a todos os sectores de activdade, das pastelarias à publicidade.

                                  Serviços
                                  Os portugueses criam 99% de empresas na área dos serviços. Serviços e mais serviços, pelas razões apontadas no ponto anterior. Criar produtos quase não existe, muito menos produtos inovadores.

                                  Capital
                                  Quem já quis criar empresas sabe que existe de facto pouco capital disponível para investir. Quem queira recorrer ao banco ou tem pais ricos ou chucha no dedo. Capital de risco também é ficção.
                                  Ainda há uma semana vinha uma reportagem no Expresso dum dos maiores produtores de presunto de porco preto do Alentejo (considerado um dos melhores presuntos do mundo), que tem um negócio próspero e clientes em lista de espera, mas que precisa de capital para crescer pois tem muito mais encomendas do que aquilo que consegue produzir e precisa de construir maternidades, instalações de fumeiro, etc. E mesmo assim, com um mercado e um produto considerada iguaria de elevada valor e qualidade, ele simplesmente não consegue arranjar dinheiro em Portugal, quer de bancos, quer de investidores. E está iminente a entrada duma empresa espanhola no capital para injectar liquidez para crescer. O empresário lamentava-se de ter que abrir o capital a um qualquer tubarão espanhol, mas que não tinha outra alternativa.

                                  Ora a pergunta que se coloca é: porque é que não há capital ?
                                  A resposta é muito simples, a culpa na verdade é toda nossa. O nosso sistema financeiro tem elevadas rentabilidades mesmo sem arriscar. A mania dos portugueses de quererem comprar casa própria (somos um dos países com mais casas próprias do mundo) conjugada com a inexistência dum mercado de aluguer (por causa da irresponsabilidade do Estado durante décadas) faz com que o nosso sistema financeiro seja muito rentável sem ter que andar a arriscar dinheiro em empreendedores. A mesma coisa para os investidores privados e detentores de capital. Durante a última década quem tinha dinheiro para rentabilizar investia em imobiliário e obtinha rentabilidades fabulosas, praticamente sem risco. Se as rentabilidades eram elevadas, para quê colocar dinheiro em projectos que comportam sempre risco ?
                                  Nesta assunto, também houve muita irresponsabilidade fiscal do Estado, pois além de existirem elevadas rentabilidades, os impostos devidos raramente eram de facto pagos. Houve muitas histórias de apartamentos de cem ou duzentos mil contos comprados em cash... Isso já mudou bastante nos últimos 2/3 anos... Só a % fiscal por si só já representava uma rentabilidade elevada para qualquer negócio rival ...

                                  Nos EUA há muito mais capital de risco, quer sociedades, quer privados detentores de capital à procura de projectos onde colocar a massa porque as rentabilidades que eles obtem no sistema financeiro tradicional não são atractivas.

                                  Sobre este assunto, penso que a situação em Portugal irá melhorar nos próximos anos, pois o mercado imobiliário está a estagnar e quem tem dinheiro (bancos e outros) começará aos poucos a procurar alternativas, e além do mais, hoje já é muito mais dificil fugir às obrigações fiscais no mercado imobiliário ou mesmo nos paraisos fiscais como a operação Furacão da PJ parece demonstrar.

                                  Dimensão
                                  Portugal é um país muito pequeno, a dimensão é critica. Um portal de Musica Reggae que falei atrás se calhar nos EUA seria uma boa ideia, cá não faz sentido nenhum.
                                  Mesmo quando se criam produtos inovadores, raramente se pensa na dimensão do país.
                                  Por outro lado, há coisas onde nós temos boa dimensão. Por exemplo, somos o 2º país com maior consumo de peixe per capita do mundo. Deveriamos tirar partido disso. Mas ainda esta semana li desabafos de pessoas que andaram anos a tentar criar aquiculturas, projectos que esbarraram durante décadas em pareceres ambientais negativos e a burocracia da administração central e local, e agora mutos empresários do sector estão furiosos, porque o próprio Estado que travou tantos e tantos projectos aos nacionais, vai agora apoiar um projecto duma empresa espanhola, a Pescanova.

                                  A Função do Estado
                                  Muitos pedem apoios do Estado para a inovação, o que é uma coisa profundamente contraditória. Inovação é a antitese do Estado burocrático e lento a agir. Cada vez que vejo alguém a pedir apoios para inovar dá-me voltas ao estomâgo. A maior parte dos raros projectos e empresários inovadores nacionais tem um comum o facto de nunca pedirem o que quer que seja ao Estado.

                                  A função do Estado é criar uma ambiente competitivo. Nos impostos, na justiça, nos mercados, burocracia, etc. Tudo coisas que de facto em Portugal não existem de todo. Como já disse uma vez num tópico, a justiça é fundamental. A maior dificuldade das jovens empresas é que muitas são inovadoras mas depois fracassam por falta de liquidez porque há clientes que não pagam ou pagam tarde. Um só negócio que acaba mal muitas vezes é suficiente para atirar ao charco uma jovem empresa que até era interessante e inovadora.

                                  O resultado prático disso é que ficam no mercado muitas vezes sozinhas determinadas empresas velhas, burocráticas, ferrugentas e pouco inovadoras, mas que tem uma dimensão que lhes permite aguentar este estado de coisas, secando contudo todos os pequenos projectos inovadores que nasceram e que poderiam um dia ter outra dimensão. São também estas empresas que muitas vezes recorrem a sacos azuis e à corrupção e outros esquemas, tudo coisas que não estão ao alcance de pequenas e dinâmicas jovens empresas...

                                  No dia em que uma pequena empresa recorra à justiça por falta de pagamento duma factura e no mês seguinte o Estado entrar no escritório do devedor e a apreender equipamentos, créditos, etc, nesse dia o mercado terá milhares de empresas muito mais inovadoras do que existem hoje. E dessas milhares, muitas irão crescer e tornar o país muito mais competitivo, inovador e exportador. Olhem para a rapidez com que o Veiga do Benfica chegou a acordo com a tal empresa estrangeira depois de lhe terem levado os sofás e o plasma. Como tudo seria tão diferente em Portugal se isso fosse a norma...

                                  Flexibilidade fiscal e laboral
                                  Acho que deveria haver muito maior flexibilidade fiscal e laboral na criação de novas empresas ou na expansão de empresas inovadoras.
                                  Para uma pequena e nova empresa, é muito arriscado contratar pessoas sabendo que o negócio pode ou não resultar. Muitas vezes as empresas querem crescer mais mas tem medo de contratar os recursos correctos. O resultado de uma maior flexibilidade é que em 10 empresas novas, metade se calhar fechavam, mas outras cresciam e criavam muito mais emprego no futuro. O resultado da falta de flexibilidade é que se calhar nenhuma cresce e está sub-dimensionada prestando um mau serviço ou que poderia ser melhor e um dia acabam por fechar todas.

                                  As especificidades nacionais
                                  Disse no ponto 2) e 3) que os portugueses criam a maior parte das vezes empresas sempre com a mesma actividade e geralmente relacionada com os serviços e com zero inovação. Também falei da nossa dimensão.

                                  Acho que os portugueses raramente olham para as nossas especificidades. Às vezes os nossos maiores problemas podem ser as nossas maiores oportunidades. Se olharem para o passado, vemos que em Portugal inventámos o telemóvel pré-pago e que hoje existe em todo o mundo. E porque é que criámos o telefone pré-pago ? Por causa dum problema, que era o facto dos portugueses não terem crédito ou seram maus pagadores. Neste caso transformou-se um problema numa grande oportunidade. Foi exactamente a mesma coisa que permitiu construir a melhor rede mundial de multibanco e multiplos serviços nesses terminais. Foi o facto dos portugueses não terem crédito que permitiu criar essa rede.
                                  O que quero dizer com isto tudo, é que acho que muitas vezes deveriamos tentar negócios inovadores para resolver aquilo que são problemas. Por exemplo, Portugal é assolado todos os anos com imensos fogos florestais. Se calhar deveriamos ter já empresas a criar produtos novos para lidar com isso (vigilância por UAV's, software de simulação e previsão, sensores, satelites, etc,etc) e aproveitar a nossa infeliz experiência nessa área para exportar depois para outros países o nosso know-how e respectivos produtos.
                                  São meras ideias, mas há muitas coisas onde apesar de sermos um país pequeno temos especificidades onde temos uma grande dimensão. Os telemoveis são outro exemplo.

                                  Formação
                                  Outro problema que eu vejo muitas vezes é a falta de formação. Há muitos empresários muito criativos, mas ao qual lhes falta conhecimentos de gestão mesmo básicos. Muita gente dinâmica faz a gestão de forma completamente artesanal, quase a olhar apenas para a caixa e o saldo bancário. Faltam-lhes conhecimentos de quase tudo: gestão, marketing, design, etc, etc. Aqui sim, deveria haver algum esforço do Estado nesse sentido, quer de formação dos empresários, quer de aproximar as empresas das instituições de ensino.
                                  Na formação, temos um passado vergonhoso onde quase todos fomos culpados. Os fundos sociais europeus foram esbanjados à grande em Portugal. A maioria das pessoas participava nestas acções de formação só para receber um cheque ao fim do mês. E quem organizava as formações também alinhava no esquema, pois o objectivo não era formar bem mas receber o cheque da CEE. Foram tempos de vergonha total, todos nós deveriamos meter a cabeça na areia, do Estado, às empresas, aos formadores e aos formandos. Uma vergonha, que nunca deveriamos esquecer, deveria constar da nossa história em lugar destacado, pois foi transversal a todos os envolvidos.

                                  Rivalidades e inveja nacional
                                  Para além do problema da cópia de negócios que falei no inicio, há em Portugal um grande sentimento de inveja. Quem tem sucesso é muitas vezes arrasado. Para além disso há muitas rivalidades. As próprias empresas deveriam muitas vezes colaborar mais umas com as outras e pôr as rivaldades de lado. No Douro, a união de vários produtores de vinho tem feito milagres pelo sucesso dos vinhos tintos a nível internacional. E quem diz empresas, diz entidades do Estado. Não fazem ideia das imensas rivalidades que há por vezes entre organismos do Estado. Ou mesmo de universidades. As negociações para o MIT em Portugal iam falhando por causa desta rivalidade mesquinha. Os americanos ficaram chocados com tamanha pequenez...

                                  Por exemplo, outra historia que me recordo. Às vezes quando estou parado no transito não percebo como em Portugal há tantos telemoveis e ainda não foi construído um sistema decente a tirar partido disso para ajudar os condutores na estrada. Em Inglaterra sei que já estão a testar sistemas em que fazem uso dos sinais de telemovel para obter e prever os fluxos do transito e indicar alternativas. E isso faz-me recordar sempre as rivalidades. Aqui há uns anos sei que houve empresas que queriam fazer coisas interessantes nesta área e recorrer também as camaras de transito das diversas entidades, ntegrar GPS's e telemoveis, etc. Mas segundo me disseram, nunca conseguiram fazer nada porque todas as entidades (Brisa, JAE, etc) queriam fazer e explorar o seu próprio sistema. O resultado disso é que se calhar hoje poderia haver um produto interessante nesta área e que não existe de todo. Por causa das rivalidades entre as diversas entidades.

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                                    #77
                                    Alguém ontem disse num programa de TV, que estamos em risco de não tomar consciência do que se está passar.

                                    Dos riscos em que estamos a incorrer, a nível social e económico, que tal como sucedeu no final do Sec. XIX, com as devidas diferenças é nesse sentido que estamos novamente a caminhar, para o descontentamento, e para a exploração, o uso de trabalhadores e o seu descartar quando não nos são úteis.

                                    Ele falou mas ninguém vai querer perceber o que ele quis dizer.


                                    Basta ver que num tópico que era para ser de divulgação de projectos, onde se fala de investimentos a quem provávelmente pode investir, logo surge a insunuação fácil e o olhar para o lado.

                                    Pelos vistos (para alguns) é mais exigível e exequível que uma pequena empresa invista, do que a Grupos, Holdings e SGPS.

                                    A proporcionalidade das coisas está distorcida em definitivo.

                                    Comentário


                                      #78
                                      boa posta Liberal

                                      Comentário


                                        #79
                                        Liberal o teu post merece ser lido e re-lido várias vezes.



                                        Excelete análise.

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                                          #80
                                          Liberal, partilho essas opiniões a 90%. Só não concordo com a parte da flexibilização laboral, pois, embora seja a favor de maior flexibilidade, actualmente já é possível contratar pessoas a prazo.

                                          Logo, não me parece que a legislação laboral seja impeditiva do empreendedorismo.

                                          Comentário


                                            #81
                                            Mais uma brilhante intervenção do Estado.

                                            Para reduzir a poluição[:0][:0]??? os taxis vão ser obrigados a parar um dia por semana[:0].

                                            O ESTADO mandar no que é dos outros, leia-se propriedade privada, é o maior.
                                            Então os taxis têm que estar parados um dia???


                                            Consequências???
                                            Mais pobreza.

                                            Mas pq não mandam os aviões da TAP parar um dia por semana???
                                            Ou os carros dos ministros???

                                            NÃO.
                                            Mandar e intervir no que não é deles é que é.
                                            Este país é uma anedota[xx(].




                                            Liberal
                                            Mais uma vez[^][^].
                                            Permite-me destacar algo que disseste no teu fantástico post:


                                            Por outro lado, há coisas onde nós temos boa dimensão. Por exemplo, somos o 2º país com maior consumo de peixe per capita do mundo. Deveriamos tirar partido disso. Mas ainda esta semana li desabafos de pessoas que andaram anos a tentar criar aquiculturas, [u]projectos que esbarraram durante décadas em pareceres ambientais negativos e a burocracia da administração central e local</u>, e agora mutos empresários do sector estão furiosos, porque o próprio Estado que travou tantos e tantos projectos aos nacionais, vai agora apoiar um projecto duma empresa espanhola, a Pescanova.

                                            Mais uma actuação dos "fura-filas" da API;).
                                            O "estado de direito", assim, fica difícil.

                                            Comentário


                                              #82
                                              [u]"A Função do Estado</u>

                                              Muitos pedem apoios do Estado para a inovação, o que é uma coisa profundamente contraditória. Inovação é a antitese do Estado burocrático e lento a agir. Cada vez que vejo alguém a pedir apoios para inovar dá-me voltas ao estomâgo. A maior parte dos raros projectos e empresários inovadores nacionais tem um comum o facto de nunca pedirem o que quer que seja ao Estado."

                                              Bem dito/escrito Liberal;) a "malta" pensa que ainda estão no tempo do PREC ou seja reclamar do Estado e depois pedir subsídios a torto e a direito[8], assim é uma maravilha (pudera!), arriscar e criar riqueza indep. do risco é que não fazem.

                                              Comentário


                                                #83
                                                No último ano e meio tenho tentado levantar um negocio, uma residência assistida para idosos na região centro. Instalações de raíz, capacidade para 40 pessoas, muito longe dos padrões das misericórdias e dos lares habituais. Se vocês soubessem o tempo e dinheiro que se gasta com burocracias e informações prévias, para depois ninguem garantir que as coisas são mesmo assim!!

                                                Comentário


                                                  #84
                                                  citação:Originalmente colocada por J.R.

                                                  Mais uma brilhante intervenção do Estado.
                                                  Para reduzir a poluição[:0][:0]??? os taxis vão ser obrigados a parar um dia por semana[:0].
                                                  O ESTADO mandar no que é dos outros, leia-se propriedade privada, é o maior.
                                                  Então os taxis têm que estar parados um dia???
                                                  Consequências???
                                                  Mais pobreza.
                                                  Confesso que ontem também fiquei basbaque a olhar para essa história. Fiquei sem perceber afinal a ideia. Seguramente uma coisa atirada ao ar por um qualquer burocrata, mas que pelos vistos foi tão mal embrulhada que ninguém percebeu o alcance da medida.

                                                  citação:Originalmente colocada por J.R.
                                                  Permite-me destacar algo que disseste no teu fantástico post:
                                                  Por outro lado, há coisas onde nós temos boa dimensão. Por exemplo, somos o 2º país com maior consumo de peixe per capita do mundo. Deveriamos tirar partido disso. Mas ainda esta semana li desabafos de pessoas que andaram anos a tentar criar aquiculturas, [u]projectos que esbarraram durante décadas em pareceres ambientais negativos e a burocracia da administração central e local</u>, e agora mutos empresários do sector estão furiosos, porque o próprio Estado que travou tantos e tantos projectos aos nacionais, vai agora apoiar um projecto duma empresa espanhola, a Pescanova.

                                                  Mais uma actuação dos "fura-filas" da API;).
                                                  O "estado de direito", assim, fica difícil.
                                                  Poix !!
                                                  É a contradição que existe no próprio Estado. Eles sabem que temos um economia fiscalmente pouco competitiva e que para conseguirem atrair negócios, tem que dar isenções fiscais, e ainda por cima criam mecanismos desburocratizantes para acelerar os processos para fugir à burocracia com que o mesmo Estado inferniza a vida dos restantes portugueses.

                                                  Contradições e ironias deste nosso país ...

                                                  A pergunta que se pode fazer é simples: porque é que dão bonificações fiscais e decisões rápidas a estrangeiros que não dão a portugueses ? Como é que se sentem os donos da Moviflor e de muitas outras empresas nacionais quando veem o Estado a apoiar ali ao lado empresas estrangeiras como a IKEA e ao mesmo tempo sobrecarregam de impostos e burocracias as empresas nacionais ?

                                                  Não era muito mais simples aligeirar os impostos para todos, do que aligeirar os impostos para alguns ? Não é muito mais arriscado diminuir impostos a meia duzia de projectos que criam 1000 empregos do que diminuir os impostos a mil pequenos projectos que criam 5000 empregos ?

                                                  Comentário


                                                    #85
                                                    Excelentes análises, Liberal.
                                                    Limando umas arestas, concordo no geral.

                                                    Comentário


                                                      #86
                                                      citação:Originalmente colocada por J.R.

                                                      Os nossos trabalhadores cá dentro são maus e qd vão para fora em comissão de serviço a ganhar muito mais, dessas mesmas empresas, são bons???
                                                      Sim e não, os trabalhadores na generalidade por cá são bons mas lá fora são, tão bons como os outros, basta trabalharem com melhores meios e condições em empresas modernas e competitivas, que se renovam e investem constantemente em novos equipamentos, para serem "bons", portanto a maioria deles não são maus.

                                                      Donde se conclui que o problema não é a força de trabalho mas a entidade empregadora e a constante falta de visão das empresas no mercado nacional.

                                                      Mas...

                                                      citação:Originalmente colocada por J.R.

                                                      Ou em Portugal existem condições que travam o empreendorismo que lá fora não existem???
                                                      ...e há sempre um mas.

                                                      Tb tens razão neste ponto, temos um "condicionante de carácter" temos primeiro empresários mal formados e com um baixo nível académico com falta de visão para perceber que não é com baixos vencimentos que se torna uma empresa competitiva, mas antes só se adia um fim trágico (para quem depende do seu trabalho para viver), um estado burocrático fruto da varias nomeações politicas que roda a cada governo e que usam essa mesma burocracia para escudarem a sua incompetência e inaptidão para "as missões que lhe são confiadas".

                                                      Liberal tas quase lá, isso com uma grosa e vai ao sitio.

                                                      pmct as empresas que estão a "querer bazar...." são as mesmas que durante anos se mantivera a tona devido aos baixos vencimentos, empresas dessa vão saltitar de país em país sempre a procura de mão de obra o mais barata possível, até um destes dias chegarem á terra de um maluco qql como o chavez.





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                                                        #87
                                                        citação:Originalmente colocada por Liberal
                                                        Rivalidades e inveja nacional
                                                        Para além do problema da cópia de negócios que falei no inicio, há em Portugal um grande sentimento de inveja. Quem tem sucesso é muitas vezes arrasado. Para além disso há muitas rivalidades. As próprias empresas deveriam muitas vezes colaborar mais umas com as outras e pôr as rivaldades de lado. No Douro, a união de vários produtores de vinho tem feito milagres pelo sucesso dos vinhos tintos a nível internacional. E quem diz empresas, diz entidades do Estado. Não fazem ideia das imensas rivalidades que há por vezes entre organismos do Estado. Ou mesmo de universidades. As negociações para o MIT em Portugal iam falhando por causa desta rivalidade mesquinha. Os americanos ficaram chocados com tamanha pequenez...

                                                        Por exemplo, outra historia que me recordo. Às vezes quando estou parado no transito não percebo como em Portugal há tantos telemoveis e ainda não foi construído um sistema decente a tirar partido disso para ajudar os condutores na estrada. Em Inglaterra sei que já estão a testar sistemas em que fazem uso dos sinais de telemovel para obter e prever os fluxos do transito e indicar alternativas. E isso faz-me recordar sempre as rivalidades. Aqui há uns anos sei que houve empresas que queriam fazer coisas interessantes nesta área e recorrer também as camaras de transito das diversas entidades, ntegrar GPS's e telemoveis, etc. Mas segundo me disseram, nunca conseguiram fazer nada porque todas as entidades (Brisa, JAE, etc) queriam fazer e explorar o seu próprio sistema. O resultado disso é que se calhar hoje poderia haver um produto interessante nesta área e que não existe de todo. Por causa das rivalidades entre as diversas entidades.
                                                        [^] [^] [^]

                                                        Excelente, lá terei de o dizer, sob pena de ser rotulado de comuna reaccionário, ou um dinaussáurio dos tempos do PREC.

                                                        Mas um pequeno aparte, eu até aceito, que me chame de invejoso, porque tenho uma pequena participação numa sociedade e ainda não me fui empenhar para investir, ou quem sabe prostituir, é que sabe, prostituir não é só vender o corpo por sexo .
                                                        Mas claro é mais fácil eu fazer qualquer uma dessas coisas, e não ser chamado de invejoso, ou então ser apelidado de invejoso quando digo que quem pode investir em Portugal não o faz, mas adiante.

                                                        Já agora por respeito, não digam e não generalizem de inveja enquanto houver casos como estes, que INFELIZMENTE, não são tão poucos quanto isso na nossa sociedade.

                                                        citação:Ano bate à porta com desemprego

                                                        Reportagem - Ricardo Estudante


                                                        Lisete Silva tem apenas 26 anos, mas muitos problemas para resolver. Começou a trabalhar muito nova, há uma década, numa empresa rotulada de “exemplar”, e mesmo sendo solteira resolveu aventurar-se, há sete anos, no pagamento de um apartamento.

                                                        Na última sexta-feira estava já em casa quando uma colega lhe mandou uma mensagem para o telemóvel com apenas duas palavras: “Despedimento colectivo.” Era este o resultado da reunião entre a administração da Yazaki Saltano e a comissão de trabalhadores, em Ovar, e que Lisete aguardava impaciente que terminasse.

                                                        Depois desta notícia, que para ela foi “uma bomba”, a jovem afirma que passou “a noite em claro”. “Estou desesperada. Já tinha dificuldades a pagar a casa com o ordenado e agora, se ficar sem emprego, vou de certeza perdê-la”, diz numa voz sumida, enquanto os olhos ficam mareados com lágrimas.

                                                        Lisete é apenas uma mulher, entre os 533 trabalhadores da multinacional japonesa que vão ser despedidos, após o fecho de uma das duas linhas de produção de cablagens eléctricas para os automóveis Toyota. Restarão depois apenas 450 operários.

                                                        Nesta fábrica, que já em 2005 enfrentou outra crise idêntica, com a dispensa de 800 trabalhadores, todos os casos mereciam ser contados. Trata-se sobretudo de mulheres, com longos anos de trabalho naquela empresa, que têm filhos para criar, despesas para pagar e, muitas delas, maridos que estão desempregados ou em situação de emprego instável.

                                                        Esta começa a ser a imagem de uma larga fatia da população que reside na região industrializada do Norte do distrito de Aveiro. Crises sucessivas no sector do calçado, têxtil, madeiras, metalurgias e agora nas indústrias eléctricas atiraram milhares para o desemprego. A falta de qualificações, a idade e a ausência de alternativas só lhes deixam duas saídas: sobreviver de biscates ou tentar a sorte no estrangeiro.

                                                        Para já, Lisete não assume tal desespero. É nova e tem força de vontade. “Se me derem uma oportunidade, seja no que for, eu vou provar que consigo”, salienta, num momento de energia em que o olhar, esse, continua triste.

                                                        PERFIL

                                                        Lisete Silva deixou a escola aos 16 anos para começar a trabalhar na Yazaki. É solteira, ganha 500 euros mensais, de onde retira 325 euros para o empréstimo da casa. O resto é para pagar as contas, pelo que não sobra nada. Actualmente tem meia prestação em dívida ao banco e não sabe por mais quanto tempo vai conseguir manter a casa. As compras na mercearia também vão passar a ser mais pequenas, quando apenas puder contar com o ‘magro’ subsídio de desemprego.

                                                        Pois é, esta "invejosa" empregou-se com 16 anos, deu 10 anos á mesma empresa e ganha 500€ actualmente, agora irá para o desemprego, conjuntamente com mais 500 Colegas.

                                                        Como é que uma pessoa destas tem a ousadia de pedir que NÃO DESINVISTAM.

                                                        INVEJA só pode, malandros dos invejosos.

                                                        Olhem lá para os lucros que a Salvador Caetano (SALTANO) teve no ano transacto, vejam quanto pagaram de prémios de produtividade, e depois vejam como é fácil não ser INVEJOSO em Portugal.

                                                        É que além de explorados os trabalhadores em Portugal também deviam ser mudos, mas nunca invejosos, porque os salários, esses são o espelho da sua inveja.

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                                                          citação:Originalmente colocada por J.R.
                                                          Para reduzir a poluição[:0][:0]??? os taxis vão ser obrigados a parar um dia por semana[:0].
                                                          [}][}][}][}][}][}][}][}][}][}][}][}][}][}]

                                                          De vez em quando sai cada anedota e certos políticos. Mas não se preocupem, não passa de um fait-divers

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                                                            #89
                                                            Excalibur

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                                                              citação:Originalmente colocada por Nthor


                                                              pmct as empresas que estão a "querer bazar...." são as mesmas que durante anos se mantivera a tona devido aos baixos vencimentos, empresas dessa vão saltitar de país em país sempre a procura de mão de obra o mais barata possível, até um destes dias chegarem á terra de um maluco qql como o chavez.





                                                              Essas empresas são basicamente todas as multinacionais.
                                                              :D

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