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    #31
    Originalmente Colocado por BrunoGrilo Ver Post
    Acho VERGONHOSO que tanto fdp riquíssimo neste país e que podia dar uma milésima para ajudar outros e apenas uma pequena parte o faz.
    E ainda vêm para a TV anunciar lucros fabulosos sem um pingo de vergonha na p*ta da tromba.
    Eu não sou rico, nem lá perto, mas tenho consciência que poderia fazer mais para ajudar os outros.
    Criticar quem tem muito é fácil, difícil é olhar para aquilo que nós fazemos em prol dos outros e perceber que de facto não temos moral para criticar quem tem muito.

    Eu culpo mais a atitude negligente do nosso Estado que gasta milhões em coisas supérfluas e tão pouco no apoio a quem mais precisa.

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      #32


      Mais de duas mil pessoas em Portugal não têm casa ou vivem em centros de alojamento temporário. Os números divulgados pelo Instituto de Segurança Social revelam que a maioria destes sem abrigo são homens, portugueses e com idades entre os 30 e os 49 anos.

      A grande Lisboa e o grande Porto são as zonas mais problemáticas. Concentram 90 por cento dos casos. Mas o levantamento da Segurança Social aponta Coimbra, Braga, Setúbal e Faro como outros locais onde o número de sem abrigo continua a aumentar. No total foram identificadas 2200 pessoas que não têm casa ou vivem em centros de acolhimento temporário, mas a realidade pode ser ainda mais dura.

      A Estação do Oriente, em Lisboa, ser de casa a muitos sem abrigo. A maioria tem entre 30 e 49 anos, são portugueses, homens, a viver num completo estado de isolamento. São pessoas com baixas qualificações, muitas têm problemas de saúde, como dependência de drogas ou álcool. Um em cada quatro não tem qualquer tipo de rendimento.

      A crise pode vir a agravar ainda mais a situação em Portugal. A Segurança Social quer por isso avançar já em Janeiro para o alargamento do projecto casas primeiro. A medida visa dar tecto próprio aos sem abrigo. Depois de Lisboa, a ideia avançará no início do ano para Porto e Coimbra.
      IOL Diário - Conheça o perfil do sem abrigo português

      A ter, ainda, em atenção...:

      CRISE: HÁ MAIS DE DOIS MIL SEM-ABRIGO

      Algarve atento à crise olha de perto para os sem-abrigo | Jornal do Algarve

      Repórteres dormiram na rua com sem-abrigo - TV & Media - DN

      ...

      E, mais "antigo", mas não menos actual...:
      Crise aumenta insensibilidade para com mais desfavorecidos | DNOTICIAS.PT

      Comentário


        #33
        Originalmente Colocado por vsfce Ver Post
        Eu não sou rico, nem lá perto, mas tenho consciência que poderia fazer mais para ajudar os outros.
        Criticar quem tem muito é fácil, difícil é olhar para aquilo que nós fazemos em prol dos outros e perceber que de facto não temos moral para criticar quem tem muito.

        Eu culpo mais a atitude negligente do nosso Estado que gasta milhões em coisas supérfluas e tão pouco no apoio a quem mais precisa.
        E se calhar o Estado não ajuda mais porque só em fugas ao fisco são milhões de euros.......
        Não é o pobre que foge ao fisco.....
        Lógico que sei que há muito desperdício de recursos no Estado, mas não é só o Estado que tem deveres...os privados também têm responsabilidades sociais....

        Comentário


          #34
          Originalmente Colocado por xeLa Ver Post
          Para quem não teve oportunidade de ver, aqui fica o link onde a reportagem vai aparecer, penso que brevemente:
          RTP - LINHA DA FRENTE

          Eu vi e tocou-me, mas também houve ali umas coisas que enfim.
          Então uma associação põe-se a dar sopa aos sem abrigo, e diz um que não gosta daquela sopa, que é muito "grossa", e que não come o que não gosta,o que eu deduzi é que também não deve ter muita fome.
          Nem eu sou assim tão esquesito.

          Quanto ao geral, há vidas mesmo complicadas, e espero nunca passar pelo mesmo.

          Comentário


            #35
            Originalmente Colocado por Israel Ver Post
            Eu vi e tocou-me, mas também houve ali umas coisas que enfim.
            Então uma associação põe-se a dar sopa aos sem abrigo, e diz um que não gosta daquela sopa, que é muito "grossa", e que não come o que não gosta,o que eu deduzi é que também não deve ter muita fome.
            Nem eu sou assim tão esquesito.

            Quanto ao geral, há vidas mesmo complicadas, e espero nunca passar pelo mesmo.
            Eu tb vi a reportagem.
            Essa situação que relatas, ao principio também me causou comichão, mas depois percebi que afinal era uma forma de ele manter um bocadinho de dignidade em que ainda tem o direito de manifestar a sua opinião e puder dizer que gosta ou não de alguma coisa. Uma forma de dizer "eu apesar de tudo ainda controlo a minha vida e tenho um pouco de vontade própria".

            Comentário


              #36
              Originalmente Colocado por BrunoGrilo Ver Post
              E se calhar o Estado não ajuda mais porque só em fugas ao fisco são milhões de euros.......
              Não é o pobre que foge ao fisco.....
              Lógico que sei que há muito desperdício de recursos no Estado, mas não é só o Estado que tem deveres...os privados também têm responsabilidades sociais....
              O Estado não ajuda mais porque é preferível construir um TGV/Aeroporto/Estádio/etc do que garantir as condições mínimas de sobrevivência a todos os cidadãos portugueses.

              A desculpa da fuga ao fisco é esfarrapada, não são só os ricos que fogem ao fisco, só não foge ao fisco quem não pode/quer e isto é crónico, está no adn de quase todos os portugueses.

              Todos temos o dever de ajudar, não é por ser rico que tenho mais ou menos obrigações, quanto a mim, todos temos essa obrigação/dever, no entanto, quando assistimos a este tipo de reportagens é mais fácil criticar aquele que tem muito e não faz nada do que perceber que nós também não fazemos nada para ajudar.
              Existem várias formas de ajudar quem precisa, não terá que ser obrigatoriamente através de um donativo monetário, ás vezes doar o nosso tempo a quem precisa será mais valioso do que um simples donativo monetário.

              Eu sei que é fácil olhar para quem tem muito e pensar que se ele abdicasse de metade da sua fortuna poderia ajudar muitos, no entanto, também é verdade que nós não somos capazes de abdicar de pequenas coisas supérfluas em prol dos outros, por isso pergunto, porque razão haverão eles de se preocupar em ajudar?

              Comentário


                #37
                fui arrumar a cozinha enquanto amadurecia as ideias, depois de ler os comentários até ao vsfce.

                depois de ter visto, durante a tarde, uma ajuda da parte da nossa oprah portuguesa, a fátima lopes, que ajudou, a meias com o continente e mais uma ou duas entidades, uma senhora a ter uma casa para ela e para os dois filhos, foi com algum mal-estar que comecei a ver a reportagem. apesar de algo supérflua e de abordar apenas os pontos-chave da vida diária de um sem-abrigo e de não os aprofundar em demasia, toca numa das maiores e mais ignoradas feridas da nossa sociedade.

                já estava à espera da indiferença das pessoas ao passarem na rua, habituadas a uma cidade grande, caótica e barulhenta. estava à espera das buscas aos caixotes do lixo, mas o que eu esperava mais, as histórias cruéis de vida das pessoas, essas acabaram por me marcar mais um pouco, apesar de eu já estar habituado a elas.
                alguém prostituir-se para conseguir ter um luxo de uma noite, em que esse luxo consiste numa cama, alguém arranjar um sítio quente para dormir ou mais um cartão que possa não estar rasgado, uma única refeição quente diária ou um banho semanal, tudo isso acaba por ser conseguido a muito custo pelos desalojados.

                vidas interrompidas por um simples despedimento, acidente ou algo do género e que dão origem a estas "tragédias" são mais que muitas, mas um dos casos apresentados era o de um homem que trabalhava em hotelaria e que vivia na rua, sem os colegas o saberem. vidas impensáveis até mesmo para os que trabalham diariamente com ele.

                quanto a sermos cómodos, penso que não é o português que o é. cada vez mais penso que é mesmo típico do ser humano. eu sou cómodo e podia fazer mais, tal como o vsfce se consciencializa. sabemos sempre de casos na nossa cidade ou zona, mas muitas das vezes não fazemos nada. outras vezes queremos fazer, mas falta-nos o tal empurrãozinho, como disse a fátima lopes hoje de tarde. ela dizia isto em relação aos desfortúnios das pessoas e das suas más orientações, eu adapto isto em relação a nós.

                eu falei de um caso neste tópico (perdoem-me não escrever tudo de novo, mas assim o post fica também mais pequeno e perco menos tempo em explicações- lá está, comodismo) e vou ajudar. pouco, mas vou. ao menos a pessoa terá uns dias mais felizes, sempre que olhar para os armários a imaginar o que irá fazer para a próxima refeição e ter noção que os 50€ mensais que sobram poderão ser esticados para mais alguns dias. ajudo um caso, como foram 50 ajudados no ano passado. é uma gota no oceano, mas se conseguirmos encher meio copo com essas gotas podemos cantar vitória, ainda que seja uma vitória trémula e discreta...

                Comentário


                  #38
                  Originalmente Colocado por caditonuno Ver Post
                  fui arrumar a cozinha enquanto amadurecia as ideias, depois de ler os comentários até ao vsfce.

                  depois de ter visto, durante a tarde, uma ajuda da parte da nossa oprah portuguesa, a fátima lopes, que ajudou, a meias com o continente e mais uma ou duas entidades, uma senhora a ter uma casa para ela e para os dois filhos, foi com algum mal-estar que comecei a ver a reportagem. apesar de algo supérflua e de abordar apenas os pontos-chave da vida diária de um sem-abrigo e de não os aprofundar em demasia, toca numa das maiores e mais ignoradas feridas da nossa sociedade.

                  já estava à espera da indiferença das pessoas ao passarem na rua, habituadas a uma cidade grande, caótica e barulhenta. estava à espera das buscas aos caixotes do lixo, mas o que eu esperava mais, as histórias cruéis de vida das pessoas, essas acabaram por me marcar mais um pouco, apesar de eu já estar habituado a elas.
                  alguém prostituir-se para conseguir ter um luxo de uma noite, em que esse luxo consiste numa cama, alguém arranjar um sítio quente para dormir ou mais um cartão que possa não estar rasgado, uma única refeição quente diária ou um banho semanal, tudo isso acaba por ser conseguido a muito custo pelos desalojados.

                  vidas interrompidas por um simples despedimento, acidente ou algo do género e que dão origem a estas "tragédias" são mais que muitas, mas um dos casos apresentados era o de um homem que trabalhava em hotelaria e que vivia na rua, sem os colegas o saberem. vidas impensáveis até mesmo para os que trabalham diariamente com ele.

                  quanto a sermos cómodos, penso que não é o português que o é. cada vez mais penso que é mesmo típico do ser humano. eu sou cómodo e podia fazer mais, tal como o vsfce se consciencializa. sabemos sempre de casos na nossa cidade ou zona, mas muitas das vezes não fazemos nada. outras vezes queremos fazer, mas falta-nos o tal empurrãozinho, como disse a fátima lopes hoje de tarde. ela dizia isto em relação aos desfortúnios das pessoas e das suas más orientações, eu adapto isto em relação a nós.

                  eu falei de um caso neste tópico (perdoem-me não escrever tudo de novo, mas assim o post fica também mais pequeno e perco menos tempo em explicações- lá está, comodismo) e vou ajudar. pouco, mas vou. ao menos a pessoa terá uns dias mais felizes, sempre que olhar para os armários a imaginar o que irá fazer para a próxima refeição e ter noção que os 50€ mensais que sobram poderão ser esticados para mais alguns dias. ajudo um caso, como foram 50 ajudados no ano passado. é uma gota no oceano, mas se conseguirmos encher meio copo com essas gotas podemos cantar vitória, ainda que seja uma vitória trémula e discreta...
                  Concordo contigo, mas lanço uma pergunta.
                  Não podemos só falar da sociedade a ajudar, (o que é preciso), mas que contributo é que eles poderiam dar á sociedade?
                  Eu acho que a maior ajuda passaria por aí.

                  Comentário


                    #39
                    Originalmente Colocado por Israel Ver Post
                    Eu vi e tocou-me, mas também houve ali umas coisas que enfim.
                    Então uma associação põe-se a dar sopa aos sem abrigo, e diz um que não gosta daquela sopa, que é muito "grossa", e que não come o que não gosta,o que eu deduzi é que também não deve ter muita fome.
                    Nem eu sou assim tão esquesito.

                    Quanto ao geral, há vidas mesmo complicadas, e espero nunca passar pelo mesmo.
                    Originalmente Colocado por quimbeto Ver Post
                    Eu tb vi a reportagem.
                    Essa situação que relatas, ao principio também me causou comichão, mas depois percebi que afinal era uma forma de ele manter um bocadinho de dignidade em que ainda tem o direito de manifestar a sua opinião e puder dizer que gosta ou não de alguma coisa. Uma forma de dizer "eu apesar de tudo ainda controlo a minha vida e tenho um pouco de vontade própria".
                    o vitorino, é como se chama o homem, todos os dias faz a barba e tenta andar dignamente. é a única réstia de esperança para ele, a única forma de acreditar que um dia conseguirá lutar mais e mais e que após essa luta terá uma vida pelo menos mais condigna.

                    há outros casos também que não perderam tudo por culpa própria ou por despedimentos. soube de um caso, há uns dois anos, de um senhor que andava em feiras de artesanato a vender simplesmente porque o contabilista dele lhe levou tudo. tinha um mercedes, uma fábrica que dava lucro e uma vida estável, mas foi obrigado a entregar tudo devido ao desfalque dado pelo suposto contabilista e em quem ele confiava.

                    Comentário


                      #40
                      Originalmente Colocado por Israel Ver Post
                      Concordo contigo, mas lanço uma pergunta.
                      Não podemos só falar da sociedade a ajudar, (o que é preciso), mas que contributo é que eles poderiam dar à sociedade?
                      Eu acho que a maior ajuda passaria por aí.
                      se estás a falar das pessoas que vivem na rua, não se pode dar emprego a todos, penso eu, mas a tal senhora do programa da tarde, por exemplo, tinha trabalhado numa fábrica de tapetes de arraiolos e depois tinha sido cantoneira a contratos de um ano. ela adorava ser cantoneira. aqui, suponho eu, ela adorava porque estava ao ar livre, podia conversar, trocar experiências, andar pelos jardins e ruas da aldeia/vila, ou seja, podia apreciar a sua liberdade aparente. esta situação poderia ser aplicada a muitos outros num futuro possível, já que conhecem bem as ruas.

                      não é desprestigiante ser varredor, andar a apanhar lixo ou mesmo a alcatroar estradas. é um salário que se traz e as pessoas têm que se focar nisto, nesta altura em que se tem que preocupar com as finanças, ou pelo menos controlá-las. não quero dizer a palavra crise. sei que há que ter contenção nas despesas e não gastar tanto, mas se não gastarmos, o dinheiro pouco circulará. se formos regrados teremos sempre uns euritos no bolso. pode não dar para luxos, pode não esticar, mas ao menos não andaremos em busca de vícios ou a desperdiçá-lo. pode-se perfeitamente viver com isso, mesmo com algum esforço financeiro.

                      Comentário


                        #41
                        Originalmente Colocado por caditonuno Ver Post
                        se estás a falar das pessoas que vivem na rua, não se pode dar emprego a todos, penso eu, mas a tal senhora do programa da tarde, por exemplo, tinha trabalhado numa fábrica de tapetes de arraiolos e depois tinha sido cantoneira a contratos de um ano. ela adorava ser cantoneira. aqui, suponho eu, ela adorava porque estava ao ar livre, podia conversar, trocar experiências, andar pelos jardins e ruas da aldeia/vila, ou seja, podia apreciar a sua liberdade aparente. esta situação poderia ser aplicada a muitos outros num futuro possível, já que conhecem bem as ruas.

                        não é desprestigiante ser varredor, andar a apanhar lixo ou mesmo a alcatroar estradas. é um salário que se traz e as pessoas têm que se focar nisto, nesta altura em que se tem que preocupar com as finanças, ou pelo menos controlá-las. não quero dizer a palavra crise. sei que há que ter contenção nas despesas e não gastar tanto, mas se não gastarmos, o dinheiro pouco circulará. se formos regrados teremos sempre uns euritos no bolso. pode não dar para luxos, pode não esticar, mas ao menos não andaremos em busca de vícios ou a desperdiçá-lo. pode-se perfeitamente viver com isso, mesmo com algum esforço financeiro.
                        Também, mas eu também estava a olhar para a parte em eles simplesmente terem algo para fazer e se concentrarem, um objectivo.
                        Porque dar emprego, ou casas ou dinheiro de inicio não me parece o melhor, do pouco que sei.Existe grande probabilidade de correr mal parece-me.
                        De inicio provavelmente dar-lhes algo para fazer de útil, e em troca sitio onde dormir, comida roupa etc.
                        E começar a integração por aí, a mim parece-me o mais adequado.

                        Comentário


                          #42
                          Eu não era capaz de viver nas ruas, pelo menos por muito tempo, preferia suicidar-me mas antes de o fazer assaltava uma ou duas espingardarias e das duas uma:

                          1-Desatava aos tiros em Lisboa e tentava matar algum "novo-rico" esburacando-lhe o seu belo mercedes\bmw (por eu viver na rua e ele estar bem na vida).

                          2-Dirigia-me a assembleia da republica e tentava entrar no parlamento (mas aqui já ia precisar de armas com silenciadores para não alertar os "animais")

                          São duas alternativas sem sentido mas quando se bate no fundo, se calhar chegamos a conclusão de que nada mais interessa.

                          Comentário


                            #43
                            israel, ou seja, trabalharem por comida ou por dormida. objectivos reais, concretos e atingíveis dia a dia. também penso que seja o melhor, mas se conseguirem para eles um emprego ou uma casa com renda paga por 2 meses, por exemplo, também pode ser meio caminho andado.

                            Comentário


                              #44
                              Originalmente Colocado por vsfce Ver Post
                              O Estado não ajuda mais porque é preferível construir um TGV/Aeroporto/Estádio/etc do que garantir as condições mínimas de sobrevivência a todos os cidadãos portugueses.

                              A desculpa da fuga ao fisco é esfarrapada, não são só os ricos que fogem ao fisco, só não foge ao fisco quem não pode/quer e isto é crónico, está no adn de quase todos os portugueses.

                              Todos temos o dever de ajudar, não é por ser rico que tenho mais ou menos obrigações, quanto a mim, todos temos essa obrigação/dever, no entanto, quando assistimos a este tipo de reportagens é mais fácil criticar aquele que tem muito e não faz nada do que perceber que nós também não fazemos nada para ajudar.
                              Existem várias formas de ajudar quem precisa, não terá que ser obrigatoriamente através de um donativo monetário, ás vezes doar o nosso tempo a quem precisa será mais valioso do que um simples donativo monetário.

                              Eu sei que é fácil olhar para quem tem muito e pensar que se ele abdicasse de metade da sua fortuna poderia ajudar muitos, no entanto, também é verdade que nós não somos capazes de abdicar de pequenas coisas supérfluas em prol dos outros, por isso pergunto, porque razão haverão eles de se preocupar em ajudar?
                              Meu caro, é também por estas situações que eu penso, convictamente, que o país está a ir por um caminho errado, profundamente errado...

                              Enquanto se discutem "décimas" na taxa de desemprego e se acha essa questão "numérica" muito aceitável (os políticos parecem conseguir dormir bem com isso, para além de alguns de "nós"...), há pessoas a perder a sua fonte de rendimento do trabalho que acabaram de perder, pois essas décimas, que politicamente são, de forma hedionda, aceitáveis (...), representam muitas centenas de pessoas, famílias e respectivas crianças, encargos assumidos, vidas desfeitas... e tudo em plena época natalícia, embora todas as demais épocas não desvirtuem estas tragédias!...

                              Eu não gosto de propalar aquilo que faço para ajudar, nunca gostei, mas, no que posso e quando posso, ao longo de todo o ano, pese embora fique sempre aquém do que deveria (do que deveria cada um de nós), faço o meu possível...

                              Vejo é o meu país, o meu semelhante, a considerar as pessoas números, a flexibilidade no trabalho (lá voltamos ao mesmo) necessária, como se fosse imprescindível instabilizar para estabilizar (...)!

                              Faz-me muita confusão a forma como esta sociedade actual lida com as questões humanas, pois parece adorar a comiseração mas nada parece importar-se em evitá-la! Vivemos numa sociedade umbiguista e plena de hipocrisia...

                              Não nos doemos com isto: YouTube - MOMENTOS

                              Estou cansado desta época desumana...

                              Comentário


                                #45
                                ...Mas este tópico vai morrer por mais algum tempo... Terá mais uma meia dúzia de respostas, se tanto, e será esquecido, como a problemática que encerra...

                                Comentário


                                  #46
                                  Só uma pergunta para o vsfce.
                                  Porque é que estas pessoas não tem direito a rsi?
                                  Estes são aqueles que não me fazia confusão nenhuma receberam isso, e ajudas (além do dinheiro, que já referi atrás)para mudarem de vida.

                                  Comentário


                                    #47
                                    Originalmente Colocado por Botzilla Ver Post
                                    Eu não era capaz de viver nas ruas, pelo menos por muito tempo, preferia suicidar-me mas antes de o fazer assaltava uma ou duas espingardarias e das duas uma:

                                    1-Desatava aos tiros em Lisboa e tentava matar algum "novo-rico" esburacando-lhe o seu belo mercedes\bmw (por eu viver na rua e ele estar bem na vida).

                                    2-Dirigia-me a assembleia da republica e tentava entrar no parlamento (mas aqui já ia precisar de armas com silenciadores para não alertar os "animais")

                                    São duas alternativas sem sentido mas quando se bate no fundo, se calhar chegamos a conclusão de que nada mais interessa.
                                    Desculpa mas eu não consigo perceber este tipo de raciocínio. Matar um novo rico porque a vida te corre mal?
                                    Que culpa tem essa pessoa? Será que ela tem culpa por subir na vida? Oh pá, não percebo.

                                    Originalmente Colocado por PeLeve Ver Post
                                    Meu caro, é também por estas situações que eu penso, convictamente, que o país está a ir por um caminho errado, profundamente errado...

                                    Enquanto se discutem "décimas" na taxa de desemprego e se acha essa questão "numérica" muito aceitável (os políticos parecem conseguir dormir bem com isso, para além de alguns de "nós"...), há pessoas a perder a sua fonte de rendimento do trabalho que acabaram de perder, pois essas décimas, que politicamente são, de forma hedionda, aceitáveis (...), representam muitas centenas de pessoas, famílias e respectivas crianças, encargos assumidos, vidas desfeitas... e tudo em plena época natalícia, embora todas as demais épocas não desvirtuem estas tragédias!...

                                    Eu não gosto de propalar aquilo que faço para ajudar, nunca gostei, mas, no que posso e quando posso, ao longo de todo o ano, pese embora fique sempre aquém do que deveria (do que deveria cada um de nós), faço o meu possível...

                                    Vejo é o meu país, o meu semelhante, a considerar as pessoas números, a flexibilidade no trabalho (lá voltamos ao mesmo) necessária, como se fosse imprescindível instabilizar para estabilizar (...)!

                                    Faz-me muita confusão a forma como esta sociedade actual lida com as questões humanas, pois parece adorar a comiseração mas nada parece importar-se em evitá-la! Vivemos numa sociedade umbiguista e plena de hipocrisia...

                                    Não nos doemos com isto: YouTube - MOMENTOS

                                    Estou cansado desta época desumana...
                                    Os números do desemprego são de facto assustadores e penso que ninguém fica indiferente a essa realidade, no entanto, o emprego não nasce por decreto lei e neste momento não há outro caminho a seguir (podemos discordar das medidas a aplicar mas a austeridade vai ter que estar presente em todos os caminhos), por isso, quanto a mim, acho que deveriam ser criadas condições de suporte para minimizar o impacto a estas famílias que ficam do dia para a noite sem qualquer fonte de rendimento/trabalho.

                                    Neste caso, estamos a discutir situações de pobreza extrema, situações de pessoas que não têm onde dormir, que não têm cama e roupa lavada, que vivem de uma refeição básica e que são ignoradas pela nossa sociedade.
                                    Eu sinto-me desconfortável quando leio/vejo este tipo de reportagens, sinto-me envergonhado por saber que existe tanta pobreza neste país de treta que vive de aparências.
                                    Para mim, é inconcebível existir este tipo de situações em Portugal quando vejo tanto dinheiro a ser esbanjado em porcarias fúteis e inúteis para a nossa sociedade.

                                    Será que é assim tão difícil dar a estas pessoas o mínimo de condições de sobrevivência, um sítio onde dormir, comida e a possibilidade de se reintegrarem na nossa sociedade?
                                    Porra, existem tantos elefantes brancos por este país fora, era pegar num deles e usar para o bem comum, existem tantos edifícios com capacidade para acolher estas pessoas durante uma noite e ninguém quer saber, oh pá, a indiferença é cada vez mais assustadora na nossa sociedade.

                                    Mas não é só em Portugal que existem pessoas a viver na rua, infelizmente já tive a oportunidade de ver o mesmo em capitais de muitos países desenvolvidos mas continuo sem perceber a indiferença do nosso governo/sociedade em relação aos mesmos.

                                    Eu dou a mão à palmatória, faço muito pouco para ajudar os outros mas é algo que estou a tentar mudar.

                                    Comentário


                                      #48
                                      Originalmente Colocado por Israel Ver Post
                                      Só uma pergunta para o vsfce.
                                      Porque é que estas pessoas não tem direito a rsi?
                                      Estes são aqueles que não me fazia confusão nenhuma receberam isso, e ajudas (além do dinheiro, que já referi atrás)para mudarem de vida.
                                      Não tenho a certeza mas pelo que vi na reportagem, um deles recebia uma pensão de 200 e poucos euros, logo, como a pensão é superior ao RSI já não tem direito a receber.
                                      Os outros, ou não estão inscritos no centro de emprego (é obrigatório), ou não têm residência legal , etc.

                                      Para ter direito é obrigatório cumprir estes requisitos:

                                      Quais as Condições Necessárias para ter Acesso ao RSI?

                                      1. Ter residência legal em Portugal;

                                      2. Residir em Portugal há pelo menos três anos, salvo se se tratar de cidadãos estrangeiros pertencentes a países que integram a União Europeia, Espaço Económico Europeu (Liechtenstein, Noruega e Islândia) e Suíça, que não se encontrem a exercer actividade em Portugal e a descontar para o sistema português;

                                      3. Estar em situação de carência económica grave (ver acima);

                                      4. Ter 18 anos ou mais, excepto se:

                                      estiver grávida;
                                      for casado ou viver em união de facto há mais de 2 anos;
                                      tiver menores a cargo (que dependam exclusivamente do agregado familiar, isto é, que não tenham rendimentos próprios iguais ou superiores a 70% da pensão social (€132,66);
                                      5. Estar inscrito no Centro de Emprego da área onde mora, se estiver desempregado e apto para trabalhar;

                                      6. Fornecer à Segurança Social os documentos necessários para verificar a sua situação económica.

                                      7. Comprometer-se (assinando um acordo) a cumprir o Programa de Inserção ou se estiver previamente inscrito no Centro de Emprego a assinar e cumprir o seu Plano Pessoal de Emprego (PPE).

                                      Nota: O momento da elaboração ou redefinição do PPE de um titular do RSI deverá assumir-se, desde logo, como o programa de inserção.
                                      Fonte

                                      Basta falhar uma destas para deixar de ter direito.
                                      Eu também achei estranho quando ouvi um deles afirmar que não tinha direito ou não recebia o RSI mas não sei bem porque razão não recebe!

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                                        #49
                                        Originalmente Colocado por xeLa Ver Post
                                        Para quem não teve oportunidade de ver, aqui fica o link onde a reportagem vai aparecer, penso que brevemente:
                                        RTP - LINHA DA FRENTE
                                        Já está lá a reportagem para quem quiser ver

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                                          #50
                                          Originalmente Colocado por xeLa Ver Post
                                          Já está lá a reportagem para quem quiser ver
                                          Obrigado pela partilha.

                                          Editado pela última vez por Agent; 02 December 2010, 01:27.

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                                            #51
                                            No seguimento desta temática:

                                            http://www.facebook.com/event.php?eid=176599852365444

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                                              #52
                                              Assisti a reportagem.


                                              Devo dizer que hoje, curiosamente, dirigi-me com a minha namorada a uma instituição no Porto que apoia precisamente os desalojados e deixei lá uns bons quilos de roupa que já não usamos, mas em óptimas condições e umas malas.


                                              Acredito que é da responsabilidade social de todos nós ajudarmos quem sentimos que devemos de ajudar à nossa volta.

                                              Ninguém obriga a nada, mas acreditem: Nada sabe tão bem como ajudar genuinamente alguém carenciado

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                                                #53
                                                Tb já vi.

                                                Não sei explicar mas desde sempre que este assunto dos sem abrigo é algo que me comove de forma muito intensa.

                                                Já desempenhei diversas formas de voluntariado e ultimamente andava virado para ajudar os sem abrigo.

                                                Acho que este foi o empurrao final.

                                                Comentário


                                                  #54
                                                  Acabei de ver agora.
                                                  É muito forte emocionalmente.

                                                  O que me custa mais é que todos eles, no fundo, sonham um dia voltar ao que eram e sair desta vida, e muito provavelmente não o vão conseguir. Eu acho que sinceramente, atirava-me logo da ponte e acho que só a tal esperança é que impede muitos deles de o fazerem.

                                                  Aquela senhora do vestido de noiva...o desespero dela, é horrivel.

                                                  Comentário


                                                    #55
                                                    Originalmente Colocado por Echos Ver Post
                                                    Assisti a reportagem.


                                                    Devo dizer que hoje, curiosamente, dirigi-me com a minha namorada a uma instituição no Porto que apoia precisamente os desalojados e deixei lá uns bons quilos de roupa que já não usamos, mas em óptimas condições e umas malas.


                                                    Acredito que é da responsabilidade social de todos nós ajudarmos quem sentimos que devemos de ajudar à nossa volta.

                                                    Ninguém obriga a nada, mas acreditem: Nada sabe tão bem como ajudar genuinamente alguém carenciado

                                                    Originalmente Colocado por Agent Ver Post
                                                    Tb já vi.

                                                    Não sei explicar mas desde sempre que este assunto dos sem abrigo é algo que me comove de forma muito intensa.

                                                    Já desempenhei diversas formas de voluntariado e ultimamente andava virado para ajudar os sem abrigo.

                                                    Acho que este foi o empurrao final.

                                                    neste momento tenho conhecimento de 2 campanhas de angariação de roupas, brinquedos e do género e vou contribuir pelo menos para 1 delas. atenção que mesmo a roupa gasta (desde que não seja rota) pode ser aproveitada para andar em casa, para trabalhar nas obras, em jardinagem, etc. todos nos fazemos isso.


                                                    Originalmente Colocado por miguel2017 Ver Post
                                                    Acabei de ver agora.
                                                    É muito forte emocionalmente.

                                                    O que me custa mais é que todos eles, no fundo, sonham um dia voltar ao que eram e sair desta vida, e muito provavelmente não o vão conseguir. Eu acho que sinceramente, atirava-me logo da ponte e acho que só a tal esperança é que impede muitos deles de o fazerem.

                                                    Aquela senhora do vestido de noiva...o desespero dela, é horrivel.
                                                    é algo que quero fazer, voluntariado semanal, no mínimo e contribuir mais um pouco não para dar roupas ou algo do género, mas sim falar e ficar a conhecer alguns dos desalojados e saber a via deles. torna-nos mais humanos e faz com que eles se sintam mais úteis.

                                                    Comentário


                                                      #56
                                                      Originalmente Colocado por vsfce Ver Post
                                                      ...

                                                      Os números do desemprego são de facto assustadores e penso que ninguém fica indiferente a essa realidade, no entanto, o emprego não nasce por decreto lei e neste momento não há outro caminho a seguir (podemos discordar das medidas a aplicar mas a austeridade vai ter que estar presente em todos os caminhos), por isso, quanto a mim, acho que deveriam ser criadas condições de suporte para minimizar o impacto a estas famílias que ficam do dia para a noite sem qualquer fonte de rendimento/trabalho.

                                                      Neste caso, estamos a discutir situações de pobreza extrema, situações de pessoas que não têm onde dormir, que não têm cama e roupa lavada, que vivem de uma refeição básica e que são ignoradas pela nossa sociedade.
                                                      Eu sinto-me desconfortável quando leio/vejo este tipo de reportagens, sinto-me envergonhado por saber que existe tanta pobreza neste país de treta que vive de aparências.
                                                      Para mim, é inconcebível existir este tipo de situações em Portugal quando vejo tanto dinheiro a ser esbanjado em porcarias fúteis e inúteis para a nossa sociedade.

                                                      Será que é assim tão difícil dar a estas pessoas o mínimo de condições de sobrevivência, um sítio onde dormir, comida e a possibilidade de se reintegrarem na nossa sociedade?
                                                      Porra, existem tantos elefantes brancos por este país fora, era pegar num deles e usar para o bem comum, existem tantos edifícios com capacidade para acolher estas pessoas durante uma noite e ninguém quer saber, oh pá, a indiferença é cada vez mais assustadora na nossa sociedade.

                                                      Mas não é só em Portugal que existem pessoas a viver na rua, infelizmente já tive a oportunidade de ver o mesmo em capitais de muitos países desenvolvidos mas continuo sem perceber a indiferença do nosso governo/sociedade em relação aos mesmos.

                                                      Eu dou a mão à palmatória, faço muito pouco para ajudar os outros mas é algo que estou a tentar mudar.
                                                      O combate à pobreza e pelo apoio à integração tem de ser abrangente e total, considerando que cada cidadão é, acima de tudo, um ser humano!

                                                      Pessoalmente, apesar de ajudar sempre e como posso, acho que aplicar ajudas específicas é apenas "paliatizar" o problema. A solução tem de ser geral, pois numa sociedade realizada o número de pobres cairá para perto do desejável, o zero!

                                                      Desse modo, o combate tem de ser sério e abrangente, precisamente ao contrário do que está a ser feito que apenas produz mais desemprego, mais pobreza e mais tragédias humanas, das quais muitos mais cairão nas ruas, não tenhamos dúvidas!

                                                      Comentário


                                                        #57
                                                        Originalmente Colocado por PeLeve Ver Post
                                                        O combate à pobreza e pelo apoio à integração tem de ser abrangente e total, considerando que cada cidadão é, acima de tudo, um ser humano!

                                                        Pessoalmente, apesar de ajudar sempre e como posso, acho que aplicar ajudas específicas é apenas "paliatizar" o problema. A solução tem de ser geral, pois numa sociedade realizada o número de pobres cairá para perto do desejável, o zero!

                                                        Desse modo, o combate tem de ser sério e abrangente, precisamente ao contrário do que está a ser feito que apenas produz mais desemprego, mais pobreza e mais tragédias humanas, das quais muitos mais cairão nas ruas, não tenhamos dúvidas!
                                                        Soluções em tempo de crise são como milagres, muita gente diz que eles existem mas na prática quase ninguém os vê.

                                                        Eu não concordo com muito do que é feito e não acho que estamos a ir pelo melhor caminho, no entanto, qual é mesmo o melhor caminho?
                                                        O caminho faz-se caminhando e é assim que temos feito até ao dia de hoje, com imensos percalços é certo mas vamos indo e vamos vendo o que o futuro nos reserva, sempre com a esperança de que o amanhã será melhor do que hoje.

                                                        Entretanto, dei de caras com esta notícia:
                                                        Portugal em segundo lugar no top das desigualdades na União Europeia

                                                        Portugal apresenta o segundo valor mais alto no índice de desigualdade social da União Europeia, indica o livro "Desigualdades Sociais 2010 - Estudos e Indicadores", lançado hoje, quinta-feira, pelo Observatório das Desigualdades.

                                                        O livro indica que a Letónia é o país com mais desigualdade na distribuição de rendimentos, mas logo a seguir vêm, ex-aequo, Portugal, Bulgária e Roménia, refere o estudo apresentado no Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa, em Lisboa.

                                                        No que toca às diferenças de rendimento total entre os mais ricos e os mais pobres Portugal está no quarto lugar da lista dos países mais desiguais.

                                                        O rendimento dos 20 por cento da população mais ricos é 6,1 vezes superior ao dos 20 por cento mais pobres, concluiu a equipa coordenada pelo investigador Renato Miguel do Carmo.

                                                        Usando dados de 2007, os responsáveis pela investigação concluíram também que 18 por cento da população estava em risco de pobreza em 2007, com especial incidência para os jovens até aos 17 anos (23 por cento em risco) e para os idosos com mais de 65 anos (22 por cento).

                                                        "A baixa escolaridade, o desemprego, a monoparentalidade, o número elevado de filhos e viver só são fatores que contribuem para elevar a taxa de risco de pobreza", indica-se no livro.

                                                        Um dos factores que mais contribui para aumentar este risco de pobreza é o desemprego, que no último trimestre de 2009 afectava mais 504 mil portugueses, contando com os inscritos no Instituto de Emprego e Formação Profissional.

                                                        Três quartos deste meio milhão de pessoas só tinham estudado até ao 9º ano de escolaridade.

                                                        A maior parte destes desempregados tinha entre 35 e 54 anos. Nesta faixa etária, o desemprego em Dezembro de 2009 aumentou 30,1 por cento face ao que se verificava em Dezembro de 2008.

                                                        Os investigadores registaram que o maior aumento de desemprego de 2008 para 2009 se registou entre pessoas que tinham concluído no máximo o ensino secundário, com uma taxa de 34 por cento.

                                                        Nas conclusões, a equipa do Observatório das Desigualdades estabelece que "a economia portuguesa depara-se não só com o problema das baixas qualificações da população trabalhadora, mas também com a questão da baixa oferta de emprego de qualificação intermédia".

                                                        O Observatório das Desigualdades funciona no âmbito do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), contando com apoio governamental.
                                                        Fonte

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                                                          #58
                                                          Cada caso é um caso, no entanto acredito que 80% dos sem abrigo estão nesta situação sem realizarem bem como.. foram demasiados pequenos passos dados em sentido contrário, alguma falta de sorte pelo meio que tanta falta faz na vida, e algum desanimo como companhia..
                                                          Quando vejo algum tento sempre dar a salvação, é pouco e até pode parecer estupido, mas até obter resposta vou continuando.. as vezes gostava de poder ajudar mais e ser mais útil, no entanto nem sei bem onde me dirigir, ver se me informo melhor..

                                                          Comentário


                                                            #59
                                                            Originalmente Colocado por caditonuno Ver Post
                                                            estava agora mesmo a dar a reportagem do pedro abrunhosa (nao gosto da música dele, calma! , que centra o single novo dele nos sem abrio do porto. calcula-seque sejam cerca de 600 no porto, no país cerca de 9000. sim, nove mil!

                                                            decidi pesquisar e encontrei isto. alguém imagina o que eles e elas já passaram neste mundo?

                                                            leiam a entrevista na dianogal, mas leiam. acho que vale a pena e vou ler o resto também.

                                                            Reportagem Uma noite com os sem-abrigo - dn - DN


                                                            30% dos sem-abrigo têm entre 25 e 34 anos - dn - DN



                                                            "É o grito íntimo de um homem, o grito de uma cidade, do país, é o grito do mundo. Quem me leva os meus fantasmas? A canção nasce de uma viagem nocturna pelas ruas do Porto, e atravessa todas as fronteiras.
                                                            É a história de um sem-abrigo, de um operário que vai ser despedido, de uma criança assassinada na Faixa de Gaza.
                                                            É a história da miséria interior, de cada pessoa e de todos."

                                                            http://www.janelaurbana.com/home/ler...tegoria-3.html



                                                            Podes não gostar da "musica" dele mas a parte disso o Pedro abrunhosa ja conheçeu sem-abrigos entre muitos outros em dificuldades alias ele conheçe bem as pessoas e a realidade urbana do Porto e ja esteve presente em muitas discussões e entrevistas, apoios partidarios e formas de "intervenção".

                                                            Ele tem uma moradia numa zona de Gaia.
                                                            Editado pela última vez por miguelGTI; 02 December 2010, 23:38.

                                                            Comentário


                                                              #60
                                                              eu só disse que não gosto da música dele, não abominei as canções dele!

                                                              eu sei que ele conhece alguns sem-abrigo e que costuma ajudar de vez em quando. só prova que os "famosos" não são diferentes de nós.

                                                              daqui a pouco vou às compras e vou trazer já algumas coisas para ajudar a senhora de que falei aqui neste tópico e no do banco alimentar contra a fome.

                                                              Comentário

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