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RTP prepara série sobre o regicídio
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Originalmente Colocado por pacxito Ver PostDos mais recentes tiveste vários que não foram maçons: todos os do estado novo, o Ramalho Eanes e o Cavaco, pelo menos.
Consta-se que Ramalho Eanes não é maçon mas sim Opus Dei...
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Originalmente Colocado por Jorge Correia Ver PostDo mal o menos pacxito! Mas na Primeira República foi o descalabro!
Consta-se que Ramalho Eanes não é maçon mas sim Opus Dei...
Verdade seja dita, prefiro a maçonaria à opus dei, pelo menos os ideais e objectivos parecem-me mais "saudáveis".
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Originalmente Colocado por pacxito Ver PostEntram uns, saem outros, é como no bcp...
Verdade seja dita, prefiro a maçonaria à opus dei, pelo menos os ideais e objectivos parecem-me mais "saudáveis".
Em Portugal a maçonaria bateu tão fundo que se fragmentou tendo actualmente a maçonaria regular (crente no G.A.D.U.) uma conotação com membros do PSD e do PP e a liberal (laica) com o PS.
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Originalmente Colocado por Jorge Correia Ver PostEssa ideologia de laurear os mártires da causa republicana já é tão antiga quanto o regicídio. Miguel Sousa Tavares, por exemplo, foi criticado por se manifestar contra a "adoração" aos regicidas.
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Originalmente Colocado por TURBO Ver PostO membro Jorge Correia anda um pouco confuso nesta matéria, pois aqui não se anda a laurear absolutamente nada, apenas foi feito uma referência a uma notícia que invoca um determinado assunto enquadrado num tempo histórico, visto de uma perspectiva diferente (as ditas correntes ideológicas opostas!).
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Originalmente Colocado por Jorge Correia Ver PostAi é? Ora troque-me lá isso por miúdos!
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Originalmente Colocado por TURBO Ver PostNão vejo onde está a dificuldade em se ler os diversos artigos aqui colocados e relacionados com o assunto em questão e observar a existência de duas correntes opostas, que já o tinha referido atrás.
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Originalmente Colocado por Jorge Correia Ver PostO problema da maçonaria não são os seus ideais e pressupostos que são de grande valor espiritual e sobretudo humanitários, o grande problema são os maus maçons, os infiltrados, os novos-ricos, os oportunistas e médio-burgueses que pretendem benefícios pessoais, ascensão rápida na carreira política e privilégios em função de pertencerem a uma elite.
Em Portugal a maçonaria bateu tão fundo que se fragmentou tendo actualmente a maçonaria regular (crente no G.A.D.U.) uma conotação com membros do PSD e do PP e a liberal (laica) com o PS.
*EDIT
Em relação ao tópico, e sendo um republicano convicto, o regicídio também me parece um "pedaço mau" da história da implantação da república.Editado pela última vez por pacxito; 23 January 2008, 13:38.
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Originalmente Colocado por pacxito Ver PostPois, mas isso tanto tens na maçonaria, como na opus dei, ou como em qualquer outro sector da sociedade com algum poder económico, político ou social, não é característico da maçonaria e nem sequer da república ou da democracia.
No caso da implantação da república a história não é o "romance" que andam a ensinar desde 1910, apenas isso.
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Originalmente Colocado por Jorge Correia Ver PostSim de facto existem duas correntes opostas sendo uma republicana e outra monárquica, pelo que se entende o TURBO favorece a primeira. O que talvez seja estranho é haver republicanos como eu que condenam o acto do regicídio.
A divergência de raciocínio e de e de pensamento são de extremo valor na corrente Republicana.
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Camara de Castro Verde vai HOMENAGEAR regicidas
Assinalam-se no proximo dia 1 de Fevereiro os 100 anos do assassinato do rei D. Carlos I e do seu filho mais velho, no Terreiro do Paço em Lisboa. A Camara Municipal de Castro Verde decidiu homenagear os assassinos, organizando um programa de comemorações do assassinato, que inclui o descerramento de uma lapide evocativa de um dos assassinos do rei e do seu filho.
Faz algum sentido uma camara municipal promover comemorações do assassinato daquele que era em 1908 o chefe de estado de Portugal e promover homenagens aos seus assassinos?
http://www.inesting.org/cm_castrover...alhe.asp?id=20
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Isto faz-me lembrar ...
As praças e locais deste pais que em 26 de Abril do longinquo ano de 1974 passaram a chamar-se praça da LIberdade, praça dos capitães de ABRIL, Praça a Otelo Saraiva de Carvalho ... etc, etc. Nem que para tal se retirasse do local o nome original pela qual a praça, rua ou viela foi baptizada.
Já agora se homenageiam os regicidas, porque razão não fazem uma homenagem ao Tenente Carrajola por fazer cumprir a lei, morreu uma mulher, mas isso são danos colaterais para fazer cumprir a lei.
E os operacionais das FP's 25 de Abril, grandes lutadores da liberdade ! Não foram foi compreendidos se calhar agora ninguém protestava contra este governo, teríamos outro muito melhor.
Bom isto sem falar no celebre atentado que vitimou um primeiro ministro um ministro da defesa, quem sabe, também não tenham sido mortos na defesa da liberdade e dos interesses da nação. Falta a homenagem.
Estranho !
Claro que é, homenageiam assassinos !
Não são !?
Depende do ponto de vista, mas uma coisa é certa, sempre que uma acção atenta contra a vida humana é assassínio, e nisso não há volta a dar.
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Originalmente Colocado por Excalibur Ver PostIsto faz-me lembrar ...
As praças e locais deste pais que em 26 de Abril do longinquo ano de 1974 passaram a chamar-se praça da LIberdade, praça dos capitães de ABRIL, Praça a Otelo Saraiva de Carvalho ... etc, etc. Nem que para tal se retirasse do local o nome original pela qual a praça, rua ou viela foi baptizada.
Já agora se homenageiam os regicidas, porque razão não fazem uma homenagem ao Tenente Carrajola por fazer cumprir a lei, morreu uma mulher, mas isso são danos colaterais para fazer cumprir a lei.
E os operacionais das FP's 25 de Abril, grandes lutadores da liberdade ! Não foram foi compreendidos se calhar agora ninguém protestava contra este governo, teríamos outro muito melhor.
Bom isto sem falar no celebre atentado que vitimou um primeiro ministro um ministro da defesa, quem sabe, também não tenham sido mortos na defesa da liberdade e dos interesses da nação. Falta a homenagem.
Estranho !
Claro que é, homenageiam assassinos !
Não são !?
Depende do ponto de vista, mas uma coisa é certa, sempre que uma acção atenta contra a vida humana é assassínio, e nisso não há volta a dar.
Verdadeiros terroristas e assassinos passaram a heróis nacionais...
Buiça e Costa eram pura e simplesmente uns meros saloios, marionetas da Carbonária que não era mais do que o braço armado da Maçonaria portuguesa naquilo que podemos comparar com o IRA, o braço armado do partido nacionalista irlandês Sinn Fein.
Bernardino Manchado, famalicense e 3.º Presidente da República, não queria uma democracia construida num crime de sangue mas aconteceu precisamente o contrário.
Acreditem que não sou monárquico, longe disso, mas como diz D. Duarte Nuno <<se o 5 de Outubro tivesse sido bom não precisaríamos de um 25 de Abril>>.Editado pela última vez por JorgeCorreia; 28 January 2008, 07:48. Razão: Bernardino Machado foi 3.º PR e não 1.º (Manuel José de Arriaga)
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Originalmente Colocado por Jorge Correia Ver Post
Buiça e Costa eram pura e simplesmente uns meros saloios, marionetas da Carbonária que não era mais do que o braço armado da Maçonaria portuguesa naquilo que podemos comparar com o IRA, o braço armado do partido nacionalista irlandês Sinn Fein.
Que mania tu tens de olhares a esses pormenores ...
Manuel dos Reis da Silva Buíça
Manuel Buíça, de seu nome completo Manuel dos Reis da Silva Buíça (Bouçoães, 30 de dezembro de 1876 — Lisboa, 1 de fevereiro de 1908) foi o regicida que, efectivamente, alvejou de forma mortal, D. Carlos I.
Vida profissional
Começou a sua carreira profissional ao ingressar no exército, onde alcançou a categoria de 2º sargento no regimento de cavalaria de Bragança, exercendo também aí, o cargo de instrutor da carreira de tiro. Senhor de uma pontaria exímia, detinha o curso de mestre de armas e uma medalha de atirador de 1ª classe (que se viu justificada pela precisão com que, a 8 metros de distância do landau em que seguia o monarca, Buíça o alvejou na coluna vertebral). Contudo a sua carreira militar não deixou de ser algo atribulada, figurando na sua caderneta: três punições disciplinares, por infracções diversas. Demitido do exército, sabe-se que a partir de 1898, Buíça envereda pela carreira de docente do ensino livre, leccionando no Colégio Nacional; ministrava também, a nível particular, lições de música e francês.
O regicídio
Na madrugada do dia 1 de fevereiro de 1908, Manuel Buíça reúne-se com Alfredo Costa e outros carbonários na Quinta do Xexé, aos Olivais, onde planeiam o atentado. No mesmo dia pelas cinco horas da tarde: almoça com Alfredo Costa e mais três desconhecidos, numa mesa a um canto do Café Gelo, que fica perto da porta para a cozinha; saiem estes para dar lugar a um outro que se senta à mesma mesa, com quem os regicidas conversam baixo. Consta que durante esta conversa Buíça terá dito, em tom jocoso, a um outro freguês do mesmo café sentado numa mesa à parte, o seguinte dito muito banal na altura: “Estamos aqui, estamos em Timor...”, relacionado já com a empresa que ia tomar em mãos. Findo o diálogo, Buíça é o primeiro a se levantar, diz aos outros dois que vai buscar o varino e o resto, seria muito provavelmente a carabina winchester, modelo 1907, nº 2137, importada da Alemanha por Heitor Ferreira; com que alvejaria dali a algumas horas o rei Dom Carlos I e o princípe-herdeiro D.Luís Filipe. Pelas quatro horas da tarde, do mesmo dia, Manuel Buíça com: Domingos Ribeiro e José Maria Nunes, posiciona-se no Terreiro do Paço, perto da estátua de D. José, ficando o primeiro perto duma árvore, frente ao Ministério do Reino, junto a um quiosque. Alfredo Costa, Fabrício de Lemos e Ximenes assumem posições debaixo da arcada do mesmo ministério; os seis aguardam a chegada do monarca. Misturados com a população que espera o desembarque da família real, acompanham atentamente a atracagem do navio a vapor: D. Luís, onde seguia a mesma. Sensivelmente às cinco horas e vinte minutos, Manuel Buíça, avançando da placa central do Terreiro do Paço, a cinco ou oito metros de distância do landau régio, descobre a carabina, assenta um joelho em terra e abre fogo à rectaguarda do mesmo: atinge o rei no pescoço, partindo-lhe a coluna vertebral, que o vitima instantaneamente; Buíça alveja o rei uma segunda vez, desta feita, no ombro esquerdo. No princípe herdeiro também é desfechado um projéctil, que lhe atravessa a face esquerda, saindo-lhe pela nuca. Finalmente, o Tenente Figueira, que escoltava o landau real, abate Manuel Buíça com uma estocada, não sem antes ser ainda atingido por este numa coxa. Depois de morto, o seu cadáver é alvejado, trespassado e pisoteado, no Terreiro do Paço e no Arsenal, para onde é levado.
CARBONÁRIA
Em Portugal, a Carbonária foi estabelecida por volta de 1822. Nas suas primeiras décadas, teve um âmbito restrito e, sobretudo, localizado: surgiram várias associações independentes, sem ligação orgânica entre si e com pouca capacidade de intervenção social. De uma maneira geral, estas associações não duraram muito tempo nem tiveram realce histórico.
A Carbonária que teve importância na vida política nacional portuguesa foi fundada em 1896 por Artur Augusto Duarte da Luz de Almeida. Desenvolveu alguma actividade no domínio da educação popular e esteve envolvida em diversas conspirações antimonárquicas. Merece destaque óbvio a sua participação no assassínio do Rei D.Carlos I e do Príncipe Herdeiro Luís Filipe, e na revolução de 5 de Outubro de 1910, em que esteve associada a elementos da Maçonaria e do Partido Republicano.
Vivam os pedreiros livres ...
Ou serão os assassinos livres ???
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Falei do alto em relação ao Buiça, meti água, afinal o homem era culto mas não deixa de ser um assassino...
A seguinte entrevista e esclarecedora de algumas circunstancias relativas ao regicídio e sobretudo ao intrigante desaparecimento do processo judicial sobre o regicídio, algo semelhante ao desaparecimento da pasta de cabedal de Adelino Amaro da Costa, dos instrumentos do Cessna, da limpeza ao escritório do ministro etc...
Pelos vistos encerrar processos e desaparecer com provas é quase uma tradição da justiça portuguesa...
In: Correia da Manha
2008-01-25 - 00:00:00
D. Carlos I a 7 dias do regicídio
Carbonária mais forte do que Partido Republicano
Autor de ‘A Carbonária em Portugal, 1897--1910’, o prof. António Ventura, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, falou ao CM da organização a que pertenciam Manuel Buiça e Alfredo Costa, autores glorificados do atentado contra o rei D. Carlos e o príncipe herdeiro. E não tem dúvidas em considerá-la decisiva para o derrube da monarquia e mais poderosa do que o Partido Republicano
João Miguel Rodrigues
Correio da Manhã – A Carbonária foi responsável pelo regicídio?
António Ventura – Eu direi que carbonários fizeram o regicídio, o que é diferente de afirmar que a Carbonária, enquanto associação secreta, planeou, preparou e executou em 1908 a morte do rei D. Carlos e do príncipe herdeiro. Falta saber se a segunda referência é verdadeira.
– O processo judicial sobre o regicídio que desapareceu daria outras certezas sobre o assunto?
– Penso que sim, mas a verdade é que o estudo histórico do regicídio é feito com base em poucos documentos, depoimentos desencontrados, uma certa confusão e muita emotividade. Há questões fundamentais que falta esclarecer: a primeira é se o alvo era de facto o rei ou era João Franco e D. Carlos surgiu como um alvo de oportunidade. A segunda tem a ver com o facto de morrer o rei e também o herdeiro e a morte do príncipe Luís Filipe que estava já envolvido na governação ter maiores consequências no abreviar do fim da monarquia do que a do próprio D. Carlos. A terceira é saber se foi um acto isolado de um grupo de radicais que concentrava o ódio ao regime no rei e em João Franco – e nesse tempo ocorreram na Europa e na América muitos outros casos de tiranicídios – ou de facto um plano para derrubar a monarquia. Enquanto não aparecer documentação nova que faça luz sobre o assunto, estamos limitados a especular. No caso de se tratar de um plano em que o regicídio seria o primeiro passo, surgiriam depois outras acções.
– Então tratou-se de acto isolado?
– Acabou por ser, porque não houve mais nada. Se existisse um plano para acabar com a monarquia, a altura do regicídio era melhor do que, depois, Outubro de 1910. Quando sondaram Bernardino Machado sobre a possibilidade de um atentado contra o jovem D. Manuel II ele falou com carbonários, como José do Vale, e deu garantias de que não haveria nada disso e a República nunca seria construída em cima de um crime. Mas enquanto não se descobrir o tal processo dos regicidas – que, segundo se diz, era volumoso, desapareceu e me faz lembrar um pouco a demanda do graal – considero não existirem bases para conclusões. Tratando-se de um inquérito policial, creio que deveria conter informações novas e decisivas para o estudo do regicídio. Não se pode esquecer que nem só os republicanos conspiraram para mudar a situação existente. Uma dissidência progressista do sector monárquico participou activamente no trabalho revolucionário com os republicanos, comprando armas e entrando em várias sublevações frustradas. Eles tiveram como figura mais notória o visconde de Ribeira Brava e contribuíram decisivamente para o fim da monarquia. Diz-se até que estiveram envolvidos no regicídio, mas não há provas documentais dessas suspeitas. Após a implantação da República, o visconde teve um papel preponderante no Partido Democrático, mas acabou assassinado no tempo de Sidónio Pais, na chamada ‘leva da morte’.
– Seria possível derrubar a monarquia sem a Carbonária?
– Não podemos fazer esse tipo de conjecturas, mas não há dúvida de que a sua acção foi decisiva. No regicídio, com ou sem direcção da Carbonária, foram carbonários que o executaram. E no 5 de Outubro de 1910 foram também carbonários que tiveram um papel preponderante. Na Rotunda, foi Machado Santos, um dos três chefes máximos da Carbonária, quem comandou as hostes desiludidas das forças republicanas que eram relativamente poucas mas contaram com a acção de grupos carbonários que assaltaram quartéis.
– O que era importante: a Carbonária ou o Partido Republicano?
– A Carbonária era sem dúvida mais poderosa e, segundo contam livros de alguns carbonários, estendia-se a todo o País. A acção era muito mais eficaz. O Partido Republicano valia apenas dezena e meia de deputados e só existia em Lisboa, Porto e outras cidades.
"ERA REVOLUÇÃO E NÃO TERRORISMO"
CM – A Carbonária era um movimento terrorista?
A.V. – Não. A Carbonária era uma associação secreta virada para a luta política republicana. Na linha das carbonárias que aparecem na Europa desde 1830, a Portuguesa e a Lusitânia surgiram em 1897 e 1899 e uniram-se numa única em 1907, altura da sua entrada em força no Exército e na Marinha. A Carbonária era republicana e revolucionária, visava a instauração da República pela força. Os carbonários preparavam-se, armando-se e fabricando bombas. Em 1907 houve duas explosões acidentais em Lisboa, na rua do Carreão e na Lapa, devido ao manuseamento de explosivos. Numa dessas casas vivia Aquilino Ribeiro. Mas a Carbonária não planeava actos terroristas. Preparava a revolução.
ERA NECESSÁRIO ASSASSINAR O REI PARA A INSTAURAÇÃO DO REGIME REPUBLICANO EM PORTUGAL?
LEONEL MOURA (Artista plástico)
“O repúdio do uso da violência como forma de resolver os conflitos políticos e sociais tornou-se num dado de civilização. Que todos devemos promover. Mas há que compreender que no contexto histórico referido a morte do rei surge como solução para pôr fim a um regime intolerável. Aliás, na senda da Revolução Francesa, que faz hoje parte do património cultural e civilizacional do Ocidente.”
JOÃO BRAGA (Fadista e monárquico)
“A única coisa para que serviu o regicídio foi mostrar ao Mundo que havia portugueses capazes de cometer os actos mais vis. A República mostrou a seguir a sua face com o assassinato do único presidente eleito por sufrágio directo, Sidónio Pais. Os republicanos lidam mal com a liberdade. Portugal não precisava de nenhuma República. O nosso destino seria melhor com a monarquia.”
O ALVOD A LUTA
DITADOR
A chamada de João Franco para chefiar um governo monárquico com o Parlamento suspenso abriu um período de ditadura que só exacerbou a revolta do povo e a luta dos republicanos.
MAL-AMADO
O presidente do conselho de ministros limitou as liberdades individuais, fez presos políticos e até fez uma lei para os deportar. Era um homem impopular e alvo predilecto do zé-povinho.
RUPTURA
Em 1893, o rei D. Carlos entrega a chefia do Governo a Hintze Ribeiro e João Franco, os mais poderosos dirigentes do Partido Regenerador. Acabaram por se desentender e Franco revelou-se mais forte.
ATENTADO
O estilo autoritário de João Franco e do seu governo de homens ricos faz pensar que o alvo do atentado dos carbonários a 1 de Fevereiro de 1908 podia afinal ser ele e não D. Carlos e o príncipe.
MONÁRQUICOS
O combate à monarquia aproveitou os seus erros e a má fama dos seus políticos. ‘A Corja’ era o epíteto justo para homens como João Franco, a que se atribuíam todos os males do País.
NOTAS
CONSPIRAÇÃO DE MASSAS
A Carbonária contava em todo o País com dezenas de milhar de pessoas e era quase uma organização de massas, embora secreta e conspirativa.
TREINO E RITO EM MONSANTO
Os carbonários treinavam tiro em Monsanto, às portas de Lisboa, onde havia umas furnas também utilizadas para tétricos rituais de iniciação.
COLÓQUIO SOBRE REGICÍDIO
António Ventura é um dos participantes no colóquio académico ‘O Regicídio, 1908/2008’, promovido pelo Instituto de História Contemporânea nos dias 8 e 9 de Fevereiro em Lisboa.
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A nossa historia ( e a dos outros também) está recheada de batalhas, guerras, mortos, literalmente todas as nações foram assim estabelecidas, bem como todos os regimes políticos por este mundo fora....
Para uns viverem outros morriam, para se fazer valer ideais matava-se e morria-se, e ainda hoje é assim neste mundo civilizado...
O devido distanciamento temporal aos factos, faz diminuir a conotação negativa do acto, e apreciar a nova oportunidade, a mudança, a liberdade de escolha que graças a esse acto, surgiram
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Independentemente de sermos republicanos ou monárquicos não me parece correcto defendermos homicidas.
Um homicida, ainda que, por razões políticas, não deixa de ser um homicida. Além disso que raio de sinal daremos ao promovermos a figura daqueles que mataram um chefe de estado?
Sobretudo numa época em que o terrorismo se afirma e a que todos temos de dar luta que mensagem daremos?
Uma leitura atenta da figura do Senhor Dom Carlos revela-nos, além disso, um monarca culto, um cientista e um artista, alguém de enorme estatura, craveira e prestígio nacional e internacional coisa que nenhum dos governantes da 1.ª república (já para não falar da 2.ª e 3.ª conseguiu alcançar).
O episódio do regicídio, analise-se sobre que prisma, é uma das páginas negras da História de Portugal.
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Originalmente Colocado por Panzerfaust Ver PostAssinalam-se no proximo dia 1 de Fevereiro os 100 anos do assassinato do rei D. Carlos I e do seu filho mais velho, no Terreiro do Paço em Lisboa. A Camara Municipal de Castro Verde decidiu homenagear os assassinos, organizando um programa de comemorações do assassinato, que inclui o descerramento de uma lapide evocativa de um dos assassinos do rei e do seu filho.
Faz algum sentido uma camara municipal promover comemorações do assassinato daquele que era em 1908 o chefe de estado de Portugal e promover homenagens aos seus assassinos?
http://www.inesting.org/cm_castrover...alhe.asp?id=20
Faz sentido por esses regicidas fizeram uma coisa importante para se instaurar a republica e acabar com um sistema politico ultrapassado que era a monarquia...
Se sao assassinos...eles tinham que os matar pois era a unica maneira que acabar com a monarquia...e alem disso se falarmos em assassinos a monarquia tb cometeu mtos crimes.
Se comemoramos a Republica temos de homenagear quem contribuio para a sua formação
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Originalmente Colocado por Nephilim Ver PostFaz sentido por esses regicidas fizeram uma coisa importante para se instaurar a republica e acabar com um sistema politico ultrapassado que era a monarquia...
Se sao assassinos...eles tinham que os matar pois era a unica maneira que acabar com a monarquia... e alem disso se falarmos em assassinos a monarquia tb cometeu mtos crimes.
As seguintes familias reais:
Italiana
Espanhola (em Cascais/Estoril)
Grega
E até o Xá Rhezha Pallevi (num pais extremamente conturbado politica e religiosamente)
Tiveram direito ao exilio, sem derramamento de sangue.
Achas mesmo que era necessário para implementar a Républica recorrer ao assassinato ?
Se para tirar um regime totalitário, fascista e com maior represssão ideologica recorreram a Cravos e flores, porque razão defendem que para destituir a Familia Real Portuguesa, era preciso usar chumbo.
Já agora perguntem-se a quem interessava o desaparecimento rápido do Rei, e quem com isso lucrava.
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Originalmente Colocado por Excalibur Ver PostAchas mesmo !!??
As seguintes familias reais:
Italiana
Espanhola (em Cascais/Estoril)
Grega
E até o Xá Rhezha Pallevi (num pais extremamente conturbado politica e religiosamente)
Tiveram direito ao exilio, sem derramamento de sangue.
Achas mesmo que era necessário para implementar a Républica recorrer ao assassinato ?
Se para tirar um regime totalitário, fascista e com maior represssão ideologica recorreram a Cravos e flores, porque razão defendem que para destituir a Familia Real Portuguesa, era preciso usar chumbo.
Já agora perguntem-se a quem interessava o desaparecimento rápido do Rei, e quem com isso lucrava.
é claro que existem outras formas, mas matando o rei e o seu filho foi a forma mais simples , rapida e eficaz de acabar com a monarquia.
Todas as outras formas não teriam esta eficacia...é um facto
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Originalmente Colocado por Nephilim Ver Posto rei de Espanha só não foi morto pk estava em portugal...
é claro que existem outras formas, mas matando o rei e o seu filho foi a forma mais simples , rapida e eficaz de acabar com a monarquia.
Todas as outras formas não teriam esta eficacia...é um facto
Foi bárbaro e deve ser considerado como um facto histórico e nada mais.
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Originalmente Colocado por Jorge Correia Ver PostA questão não é se foi necessário o regicídio ou não (talvez não fosse)... a questão é Castro Verde celebrar um assassinato e homenagear quem matou um miúdo com um tiro na cara que lhe dilacerou os ossos da face e da nuca e lhe desfez a medula e um homem que ficou também com a coluna vertebral desfeita e crivado de balas (morto pelas costas)... e tudo isto feito em frente do resto da sua família.
Foi bárbaro e deve ser considerado como um facto histórico e nada mais.
realmente o que eles fizeram foi barbaro para serem homenageados mas se formos analizar a historia veremos que tudo é barbaro...desde o tempo do Afonso Henriques, ao tempos das matanças no tempo dos descobrimentos, a tantas outras coisas...
acredita se nao tivesse havido guerras e mortes e mtas delas injustas hoje não estariamos aqui...pelo menos da forma que estamos.
Mas que tens razao no que dizes tens...a historia é que acenta em barbaridades...
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Originalmente Colocado por Nephilim Ver PostFaz sentido por esses regicidas fizeram uma coisa importante para se instaurar a republica e acabar com um sistema politico ultrapassado que era a monarquia...
Se sao assassinos...eles tinham que os matar pois era a unica maneira que acabar com a monarquia...e alem disso se falarmos em assassinos a monarquia tb cometeu mtos crimes.
Se comemoramos a Republica temos de homenagear quem contribuio para a sua formação
qualquer dia apanhamos esses paises ultrapassados que são espanha, inglaterra, monaco, etc....
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Não vejo qual o problema em homenagear os regicidas: quem quiser vá e quem não quiser pode faltar ou pode ir lá manifestar-se...
Foi um assassinato político como tantos outros, concorde-se ou não:
Execução da Maria Stuart, Rainha da Escócia
Execução do Luis XVI
Execução da Familia Real Russa
Assassinato do Arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono Austro-Húngaro.
Não é só em Portugal. Esta Europa tem tradição de matar Reis...
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Originalmente Colocado por Movyk Ver Postright
qualquer dia apanhamos esses paises ultrapassados que são espanha, inglaterra, monaco, etc....
quem governa nesses paises é os 1ºministros tal como cá.
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