Mais uma morte na noite do Porto...
Jovem morto à facada por grupo rival em "ambiente de cowboys"
Vizinhança diz que o Centro Comercial Stop torna-se, aos domingos, num verdadeiro faroeste
Um jovem de 18 anos foi morto à facada, na madrugada de ontem, por outro jovem, de 17, já detido pelas autoridades. O palco do homicídio foi o Centro Comercial Stop, no Porto, pouco depois da vítima ter saído do bar "Kizomba", após mais uma noite de diversão.
Mário, residente em Gondomar, foi esfaqueado duas vezes no peito e uma nas costas por vários elementos de um grupo rival, que, segundo fontes policiais contactadas pelo JN, actuaram por vingança.
A vizinhança, que diz já não ser o primeiro caso de violência que ocorre no Stop, sobretudo aos domingos à noite, protesta contra o funcionamento do bar. No espaço de um mês, esta é a terceira morte que ocorre na noite do Porto, em quatro rixas registadas pelas autoridades.
Encontrões na pista
Pouco passava das três da manhã quando, segundo amigos da vítima e outras testemunhas que assistiram aos desentendimentos, Mário foi interpelado por um outro jovem que se encontrava a dançar na pista. Queixava-se de vários encontrões. Sem se perceber porquê, os grupos de um e outro lado começaram a agredir-se, até que um amigo da vítima terá partido um copo na cabeça do queixoso.
Acabaram todos por ser expulsos do estabelecimento nocturno. Segundo relataram ao JN, Mário teria saído um pouco depois dos desacatos com a cara cheia de sangue.
Foi aí que, já no piso inferior do Centro Comercial, Mário sofreu as agressões que o levaram à morte. "Os dois jovens que deram início à rixa no interior do bar terão ido chamar reforços que estavam num carro, perto do local. O segurança nocturno ainda tentou fechar o portão do centro, mas eles ameaçaram rebentar com aquilo", contam várias testemu nhas.
Enquanto esperavam Mário, os jovens terão entrado e saído várias vezes do Centro Comercial, até que um deles, que se encontrava no interior, terá alertado o resto do grupo. Foi nessa altura que todos se juntaram e o agrediram. Só terão fugido depois de verem o jovem de Gondomar a cambalear e a e esvair-se em sangue. Ainda terá conseguido subir as escadas e pedido ajuda a um amigo, que ainda se encontrava à porta do bar. "Já estava a cair e com os olhos quase revirados", conta um dos amigos de Mário.
Assustado, o amigo da vítima terá, de imediato, chamado o INEM. A equipa de emergência ainda encontrou o jovem com vida, o qual, não resistindo aos ferimentos sofridos, acabaria por morrer pouco depois.
Reclamações apontadas
"Nós estávamos dentro do bar quando ele foi esfaqueado e depois começamos a ouvir alguém dizer que um tipo tinha sido morto lá fora, mas não nos deixaram sair do bar. Só no fim é que soubemos que tinha sido ele", desabafou um amigo de Mário, muito afectado pelo que acontecera.
Amigos da vítima queixam-se de que o problema do local é o controlo. "Devia haver mais fiscalização, ninguém é revistado, logo quem quiser pode entrar armado", dizem.
Um vizinho contactado pelo JN diz que o Centro Comercial, "principalmente ao domingo à noite, parece o faroeste, com miúdos menores a exibir armas de fogo à cintura, e outros a limpar as unhas com facas e navalhas. É um bar que tem grande mistura racial, o que por vezes dá confusão".
No local esteve a Polícia de Segurança Pública e também a Polícia Judiciária, que prossegue com as investigações. De acordo com fonte policial, um dos agressores terá sido já detido e outros identificados.
Esta é a terceira morte desde o início de Julho, consequência de rixas em bares e discotecas do Porto. As autoridades mostram-se preocupadas.
*Com António Soares e Elsa Touceira
Centro Comercial Stop tenta melhorar a imagem
Desde a sua fundação que vários têm sido os problemas a afectar o normal funcionamento do Centro Comercial Stop, situado na Rua do Heroísmo, no Porto.
Ferreira da Silva, administrador do condomínio, explicou ao JN alguns dos passos de-senvolvidos no sentido de dar "uma nova cara ao estabelecimento".
É um ambiente frio e vazio que os lojistas estão a tentar mudar, de modo a chamar mais público. "Para além da pintura exterior, que exibe cores quentes, estamos a tentar renovar o interior e a criar oportunidades aos jovens que vão frequentando o local".
Alguns comerciantes explicam tudo o que as lojas oferecem, sendo que os pisos superiores estão destinados a bandas musicais para ensaios. "Para além dos grupos de música, temos todo um conjunto de lojas que tende para as artes e para o isoterismo", contam. Mas, entredentes, queixam-se dos desacatos ocorridos na sequência de rixas nocturnas. "Não temos nada contra o bar "Kizomba", mas pelo menos podia haver mais segurança, de forma a evitar problemas", desabafam.
Jovem morto à facada por grupo rival em "ambiente de cowboys"
Vizinhança diz que o Centro Comercial Stop torna-se, aos domingos, num verdadeiro faroeste
Um jovem de 18 anos foi morto à facada, na madrugada de ontem, por outro jovem, de 17, já detido pelas autoridades. O palco do homicídio foi o Centro Comercial Stop, no Porto, pouco depois da vítima ter saído do bar "Kizomba", após mais uma noite de diversão.
Mário, residente em Gondomar, foi esfaqueado duas vezes no peito e uma nas costas por vários elementos de um grupo rival, que, segundo fontes policiais contactadas pelo JN, actuaram por vingança.
A vizinhança, que diz já não ser o primeiro caso de violência que ocorre no Stop, sobretudo aos domingos à noite, protesta contra o funcionamento do bar. No espaço de um mês, esta é a terceira morte que ocorre na noite do Porto, em quatro rixas registadas pelas autoridades.
Encontrões na pista
Pouco passava das três da manhã quando, segundo amigos da vítima e outras testemunhas que assistiram aos desentendimentos, Mário foi interpelado por um outro jovem que se encontrava a dançar na pista. Queixava-se de vários encontrões. Sem se perceber porquê, os grupos de um e outro lado começaram a agredir-se, até que um amigo da vítima terá partido um copo na cabeça do queixoso.
Acabaram todos por ser expulsos do estabelecimento nocturno. Segundo relataram ao JN, Mário teria saído um pouco depois dos desacatos com a cara cheia de sangue.
Foi aí que, já no piso inferior do Centro Comercial, Mário sofreu as agressões que o levaram à morte. "Os dois jovens que deram início à rixa no interior do bar terão ido chamar reforços que estavam num carro, perto do local. O segurança nocturno ainda tentou fechar o portão do centro, mas eles ameaçaram rebentar com aquilo", contam várias testemu nhas.
Enquanto esperavam Mário, os jovens terão entrado e saído várias vezes do Centro Comercial, até que um deles, que se encontrava no interior, terá alertado o resto do grupo. Foi nessa altura que todos se juntaram e o agrediram. Só terão fugido depois de verem o jovem de Gondomar a cambalear e a e esvair-se em sangue. Ainda terá conseguido subir as escadas e pedido ajuda a um amigo, que ainda se encontrava à porta do bar. "Já estava a cair e com os olhos quase revirados", conta um dos amigos de Mário.
Assustado, o amigo da vítima terá, de imediato, chamado o INEM. A equipa de emergência ainda encontrou o jovem com vida, o qual, não resistindo aos ferimentos sofridos, acabaria por morrer pouco depois.
Reclamações apontadas
"Nós estávamos dentro do bar quando ele foi esfaqueado e depois começamos a ouvir alguém dizer que um tipo tinha sido morto lá fora, mas não nos deixaram sair do bar. Só no fim é que soubemos que tinha sido ele", desabafou um amigo de Mário, muito afectado pelo que acontecera.
Amigos da vítima queixam-se de que o problema do local é o controlo. "Devia haver mais fiscalização, ninguém é revistado, logo quem quiser pode entrar armado", dizem.
Um vizinho contactado pelo JN diz que o Centro Comercial, "principalmente ao domingo à noite, parece o faroeste, com miúdos menores a exibir armas de fogo à cintura, e outros a limpar as unhas com facas e navalhas. É um bar que tem grande mistura racial, o que por vezes dá confusão".
No local esteve a Polícia de Segurança Pública e também a Polícia Judiciária, que prossegue com as investigações. De acordo com fonte policial, um dos agressores terá sido já detido e outros identificados.
Esta é a terceira morte desde o início de Julho, consequência de rixas em bares e discotecas do Porto. As autoridades mostram-se preocupadas.
*Com António Soares e Elsa Touceira
Centro Comercial Stop tenta melhorar a imagem
Desde a sua fundação que vários têm sido os problemas a afectar o normal funcionamento do Centro Comercial Stop, situado na Rua do Heroísmo, no Porto.
Ferreira da Silva, administrador do condomínio, explicou ao JN alguns dos passos de-senvolvidos no sentido de dar "uma nova cara ao estabelecimento".
É um ambiente frio e vazio que os lojistas estão a tentar mudar, de modo a chamar mais público. "Para além da pintura exterior, que exibe cores quentes, estamos a tentar renovar o interior e a criar oportunidades aos jovens que vão frequentando o local".
Alguns comerciantes explicam tudo o que as lojas oferecem, sendo que os pisos superiores estão destinados a bandas musicais para ensaios. "Para além dos grupos de música, temos todo um conjunto de lojas que tende para as artes e para o isoterismo", contam. Mas, entredentes, queixam-se dos desacatos ocorridos na sequência de rixas nocturnas. "Não temos nada contra o bar "Kizomba", mas pelo menos podia haver mais segurança, de forma a evitar problemas", desabafam.
, nestes últimos meses o porto anda a ficar muito perigoso ....
Conhecido empresário «da noite» e actual proprietário da «Chic», situada na zona industrial do Porto, foi baleado várias vezes, esta madrugada, em frente ao espaço nocturno. Aurélio Palha foi assistido no local, mas não resistiu aos ferimentos. Testemunha terá visto o autor dos disparos pôr-se em fuga numa viatura
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