Ainda ninguem criou um topico sobre o encerramento das maternidades[:0]
Os protestos contra o encerramento das maternidades continuam, um pouco por todo o país. A Comissão de Defesa das Maternidades organizou, ontem à noite, vigílias em Mirandela e em Santo Tirso. Hoje, o Dia da Mãe foi aproveitado para estender os protestos a outros pontos do país.
Mais de cinco mil pessoas participaram ontem à noite numa vigília, em Mirandela, contra o anunciado encerramento de uma das duas maternidades do distrito de Bragança. A manifestação reuniu todas as forças políticas locais e grande parte dos autarcas da região.
"Achamos que se o Governo vir uma força multiplicada por estes concelhos todos e envolvendo quase um milhão de pessoas vai pensar seriamente que isto não é só um problema técnico, é um problema político e aí vai ter que tomar uma decisão política", disse à agência Lusa o presidente da Câmara de Mirandela, José Silvano.
A Comissão de Defesa das Maternidades organizou uma outra vigília, em Santo Tirso. O fecho da maternidade da cidade está também nos planos do ministro da Saúde, uma vez que a unidade de saúde não atinge os 1500 partos por ano exigidos pelo Governo.
Na segunda-feira, a Câmara Municipal vai interpor uma providência cautelar para tentar suspender o encerramento da maternidade. Em Santo Tirso, exige-se ainda a construção de um novo hospital. A Comissão de Defesa das Maternidades alega que a área de influência desta unidade de saúde é de 150 mil pessoas.
Em Lamego, distrito de Viseu, um grupo de mulheres, com o apoio da Câmara Municipal e várias instituições do concelho, promoveu uma concentração contra o fecho da maternidade local, às 15h00, e uma marcha até ao hospital distrital.
O movimento cívico pró-maternidade de Elvas está a distribuir poemas nas ruas da cidade do distrito de Portalegre. O objectivo é alertar para a necessidade da continuidade do serviço obstétrico naquela cidade.
O movimento cívico "Nascer na Figueira" realizou, esta manhã, uma marcha contra a decisão governamental encerrar o bloco de partos do Hospital Distrital da Figueira da Foz.
Correia de Campos não cede
O ministro da Saúde, António Correia de Campos, minimizou, em entrevista à Antena 1, os protestos marcados para hoje contra o encerramento de maternidades e garante que a decisão é para manter.
Na entrevista, o ministro sublinhou que "não é possível rever uma decisão que é um imperativo técnico. O que está em causa é a qualificação dos locais".
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Acho uma vergonha fecharem maternidades em cidades como Bragança e outras. Com nascimentos não se brinca, quantas crianças podem vir a sofrer por nascerem em ambulancias e a caminho do hospital com maternidade mais proximo? se reduzissem os salarios dos gestores dos hospitais que cortam em tudo menos nos ricos salarios deles[8]
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