citação:Originalmente colocada por Phoenix
Carlos
Embora não tenha dirigido a resposta a mim, permita-me a pergunta.
Quando decidiu ser empresário abandonou uma posição estável numa empresa, e decidiu arriscar, ou estava numa posição de decisão (procura de emprego)?
Se estivesse numa posição estável numa empresa, com boas regalias, arriscaria, sabendo de antemão ser um bom profissional e conceituado perante a entidade empregadora ?
Edit
Eu nem estou a pôr em causa a precariedade de actualmente iniciar uma actividade, a insegurança de um salário (para quem trabalha por conta própria) os encargos, e sobretudo a razão de ser da abertura do negócio próprio, que passa por uma carteira de clientes (normalmente já conhecidos e por vezes aliciados a acompanhar o profissional na nova empresa).
Carlos
Embora não tenha dirigido a resposta a mim, permita-me a pergunta.
Quando decidiu ser empresário abandonou uma posição estável numa empresa, e decidiu arriscar, ou estava numa posição de decisão (procura de emprego)?
Se estivesse numa posição estável numa empresa, com boas regalias, arriscaria, sabendo de antemão ser um bom profissional e conceituado perante a entidade empregadora ?
Edit
Eu nem estou a pôr em causa a precariedade de actualmente iniciar uma actividade, a insegurança de um salário (para quem trabalha por conta própria) os encargos, e sobretudo a razão de ser da abertura do negócio próprio, que passa por uma carteira de clientes (normalmente já conhecidos e por vezes aliciados a acompanhar o profissional na nova empresa).
O que leva uma pessoa a tornar-se Empresário não é diferente do que leva uma pessoa a casar-se/divorciar-se ou outra coisa qualquer. São circunstâncias da vida sobre as quais ainda não há suficientes dados e muito menos discussão pública.
Nos USA sabe-se que em dada Universidade que num determinado curso n% dos alunos desejam ser Empresários. Noutros Países avançados, o mesmo. E ser Empresário faz parte das opções.
Aqui em Portugal, é um pouco ao Deus dará. Na minha Escola (Católica) e no meu curso (Gestão) lembro-me de nas nossas conversas sobre o futuro, quase todos desejavam ter uma Empresa própria, mas que na parte final do mesmo foi um corrupio às Empresas Chapa 4 do mercado. Consultoria/Auditoria, Bancos/Financeiras e “o que vier à rede é peixe”.
Por questão de formação familiar, sempre pensei um dia ser Empresário. Fora de questão entrar nos negócios da família (é tradição aqui em casa os filhos não seguirem os negócios dos pais... [8)]), mas sabia que teria de me preparar um nº razoável de anos antes de enveredar por esse caminho. Ganhar a tal tarimba.
Comecei a trabalhar ainda estava no 3º ano, por causa disso tive que frequentar mais um ano para concluir umas cadeirazitas, o que me deu 6 anos de Ensino Superior, mesmo assim bastante abaixo do record do Dr. Alberto João. :D
Passado uns anos, a maioria dos meus colegas trabalha por conta de outrém, e se contabilizarmos os que foram trabalhar com a família, chegamos aos 100%. Notável, mas se atendermos à natureza do curso não será de espantar.
Hoje em dia é mais vulgar haver génios nas áreas das ciências do que no resto.
Mas voltando à questão que colocaste. O que me tornou Empresário?
Simples. Estava a colaborar na altura numa empresa de Auditoria/Consultoria Multinacional que decidiu deslocalizar–se para Espanha, Madrid. E assim, 80 colaboradores tiveram que tratar da vida de outro modo. E como a maioria estava em regime de prestação de serviços, a protecção social que tivemos foi ter as calças vestidas na altura de levar um chuto no rabo.
Eu fui dos poucos que foi convidado a ir para Espanha. Pensei, repensei e tripensei, pois a proposta era muito, mas muito aliciante e como gosto muito de Espanha, estava tudo a favor. O único senão era a família, mas como sou solteiro e bom rapaz, as chicas em Espanha eram um poderoso atractivo. [8D]
Entretanto tive várias ofertas de trabalho, uma do meu Pai, mas pronto, também conta e um dia acordei bem disposto e pensei que até ter terminado a banhoca teria de decidir.
Pus-me a caminho de Madrid para falar com o ex-jefe e disse-lhe que iria ficar em Portugal. Fiz-lhe uma contra proposta, de gerir alguns dos seus clientes Portugueses a preço fechado. Falámos em números e fechámos o negócio.
Tinha nascido um Empresário.
Neste caso, foram as circunstâncias, uma certa audácia e também o conforto financeiro familiar.
Mas se não fosse nessa altura, seria noutra. Eu queria ter uma Empresa minha, geri-la à minha maneira, ir pró mercado à luta. Foi apenas mais cedo, mas a natureza temporal ninguém a domina, quando há oportunidades a serem aproveitadas.
Peço que me desculpem a extensão deste texto, mas entendi que por respeito para com as diversas pessoas, a resposta deveria ser mais elaborada. ;)
Comentário