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    #91
    Montante ascende a quase 63 milhões de euros
    Rússia quer pagar dívida antiga a Portugal com quatro hidroaviões de combate fogos
    15.08.2006 - 17h50 Lusa


    A Rússia quer pagar a dívida contraída pela União Soviética a Portugal, que ascende a quase 63 milhões de euros, com quatro hidroaviões Beriev BE-200 usados para combater incêndios, anunciou hoje Serguei Storchak, vice-ministro das Finanças.

    Os quatro aviões anfíbios, que também podem ser usados em operações de resgate e como aviões de transporte de passageiros, permitem saldar 90 por cento da dívida soviética, que ultrapassa os 62,7 milhões de euros, afirmou Serguei Storchak, citado pela agência espanhola EFE.

    No início de Julho, o ministro da Administração Interna, António Costa, anunciou que o Governo português ia decidir até ao final do ano sobre a aquisição de meios aéreos pesados para combate a incêndios, estando a ser ponderada a aquisição dos Beriev.

    "Este ano teremos decisões definitivas sobre os meios aéreos pesados", afirmou António Costa, lembrando que a comissão técnica indicada para avaliar os meios tinha recomendado a aquisição de quatro aviões pesados.

    Durante o primeiro teste em Portugal do Beriev, o ministro explicou que caso Portugal optasse pela compra da aeronave russa, o Governo teria de estudar o modelo de pagamento, que poderia passar pela "amortização da dívida da ex-União Soviética a Portugal".

    A Beriev é uma empresa privada vocacionada para a construção de aeronaves de combate a fogos, mas existe a possibilidade de ser feito um acordo entre os dois países sobre a dívida que envolva esta operação, acrescentou António Costa.

    A necessidade de grandes albufeiras ou enseadas de rios para abastecer e uma menor versatilidade em voo são dois dos pontos fracos da aeronave pesada.

    A orografia, a falta de pontos de água de grandes dimensões e várias questões climáticas foram alguns dos problemas levantados na altura pelo comandante do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, Gil Martins, que reconheceu que a capacidade de descarga é uma "vantagem adicional" do Beriev sobre todos os outros aviões.

    A aeronave russa leva o dobro de água (12 mil litros) que o Canadair, outra das aeronaves ao actualmente ao serviço do SNBPC e cuja aquisição está a ser estudada pelo Governo.

    Além do mar, o Beriev tem somente 13 pontos de captação de água seleccionados no Continente, uma situação que limita a actuação do aparelho em comparação com as outras 50 aeronaves de combate a incêndios a actuar em Portugal, entre helicópteros e aviões.

    Ainda de acordo com a EFE, o Governo russo pagou hoje uma dívida que tinha com a Finlândia de 30 milhões de euros e ontem fez o mesmo com a Alemanha, a quem devia 8140 milhões de euros.

    O vice-ministro das Finanças russo adiantou que o Governo deverá pagar amanhã os 22.300 milhões de euros de dívida contraída ao Club de Paris, que agrupa os 18 países credores.

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      #92
      Do total da área ardida desde 01/JAN até 31/AGO quanto é que foi de floresta e quanto é que foi de mato?

      Comentário


        #93
        citação:Originalmente colocada por Zizo

        Do total da área ardida desde 01/JAN até 31/AGO quanto é que foi de floresta e quanto é que foi de mato?
        não sei.


        site para acompanhamento dos incêndios:
        http://incendiosflorestais.snbpc.pt/CNOSOn-Line.asp

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          #94
          Ó pipe, a minha pergunta era estilo advogado, eu já sabia a resposta antes de perguntar.:D

          Aqui ficam os dados

          citação:De acordo com a informação existente na base de dados nacional de apuramento de incêndios, registaram-se até 31 de Agosto, 18.7701 ocorrências (incêndios florestais e fogachos) e estão apurados 57.994 ha de área ardida (29.686 ha de povoamentos e 28.308 ha de matos).
          Fonte DGRF

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            #95
            citação:Seis incêndios estavam por controlar a meio da tarde desta sexta-feira em Portugal, sendo que quatro deles se verificavam no distrito de Vila Real, onde mais de 300 bombeiros estão no combate as chamas, segundo o último balanço do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil.

            Neste distrito, lavrava um fogo desde madrugada no lugar de Barbadães de Baixo, no concelho de Vila Pouca de Aguiar. Este incêndio é o segundo a mobilizar mais meios no terreno no distrito de Vila Real: 111 bombeiros e 31 viaturas. O mais complicado começou cerca das 14h30 em Rebelos, concelho de Murça, com 145 elementos no terreno, apoiados por 38 veículos e um helicóptero.

            Ainda neste distrito, deflagrou a meio da manhã um fogo numa zona de mato de São Domingos, concelho de Valpaços e no concelho de Alijó, 28 bombeiros, seis viaturas e um helicóptero tentam controlar um incêndio que lavra desde as 14h30 na Parafita.

            Na zona de Vila Nogueira de Azeitão, em pleno Parque Natural da Arrábida, no distrito e concelho de Setúbal, as chamas estão a consumir uma zona de floresta desde cerca das 15h00 e em Boussa Velha, concelho de Cinfães (Viseu), um incêndio numa zona de mato deflagrou cercas das 13h30.
            http://www.correiodamanha.pt/noticia...Canal=21&p=200

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              #96
              Será que o homem sabe o que diz, ou também é um "delirante" com teorias "conspirativas" !?

              Vale a pena ler de fio a pavio.



              Há pessoas que só dizem aberrações


              Jaime Marta Soares
              Há pessoas que só dizem aberrações

              Na cadeira presidencial da autarquia de Vila Nova de Poiares, onde se senta nos últimos 32 anos, sempre eleito com maioria absoluta, o autarca com mais anos de poder no nosso país, que também é comandante dos bombeiros locais e líder da Federação dos Bombeiros de Coimbra, levanta a voz e o dedo em riste. “Sem papas na língua”, como ele mesmo diz. Antes, tinha-se-lhe sugerido que, “já que Poiares é um dos municípios portugueses com mais hectares de floresta ardida”, o fôssemos fotografar com fato e gravata no meio de um pinhal queimado. No jipe que parece conhecer de salteado as estradas da terra, dirigimo-nos, sem cinto de segurança, até ao quartel onde lhe foi “batida a pala”. A grande maioria dos 40 carros estacionados estão, “como se costuma dizer, atados com arames”.



              De volta à cadeira que o acolhe desde 1974, quando ainda não tinha a barba branca e a testa e o sobrolho indignados, Jaime Soares acusa os helicópteros da Lousã de chegarem aos incêndios sempre após os bombeiros, afirma que a GNR “pôs em causa o comportamento moral e ético, a honorabilidade, a dignidade e a competência técnica e operacional dos bombeiros”, critica o País “que assiste impávido e sereno ao esbanjamento de dinheiros públicos nos luxos do INEM ignorando aqueles que no terreno prestam os primeiros socorros”. Informa que já fez um pedido de auditoria ao ministro da Administração Interna para esclarecer este processo.

              Jaime Soares considera-se uma autoridade em termos de incêndios, diz que ninguém era capaz de fazer melhor do que ele, que “havemos de morrer todos e isto não se resolve, pois há excesso de leis que não se cumprem”.

              - Costuma dizer que se considera uma autoridade em matéria de incêndios. O que é que o leva a afirmar isso?

              - Tenho 45 anos de bombeiro e larga experiência como comandante operacional da maior zona de floresta de Portugal, em comissões, no terreno, no combate e na prevenção. O que as pessoas ligadas a este sector afirmam, sejam elas universitárias, autarcas ou governantes, já eu digo desde o 25 de Abril de 1974. A minha mágoa é por nada ter sido feito.

              - Então como é que explica que, só no ano passado, tivessem ardido no seu município 1500 hectares de floresta?

              - Isso só aconteceu porque o incendiário estava atento às nossas movimentações e sabia que estávamos com meios e pessoal no concelho vizinho de Miranda do Corvo. Assim que foi dado o alerta, deslocámo-nos com rapidez. Tivemos o fogo praticamente extinto mas o azar bateu-nos à porta. A água acabou e, em cinco minutos, o que era um incêndio circunscrito transformou-se num pandemónio. Bastava um avião ou um helicóptero para se evitar esta catástrofe.

              - Esse incêndio foi, para si, uma derrota?

              - Derrota porque vi o património do meu concelho a ser devorado pelas chamas. Assumo que foi um drama e o momento mais difícil da minha vida. Tenho a consciência tranquila, mas não nego que foram momentos dramáticos. Em dez minutos tivemos mais de 250 pátios a arder ao mesmo tempo. As populações em pânico. Mesmo assim, graças ao nosso esforço titânico, não ardeu nenhuma casa.

              É o autarca mais antigo do País e diz que tem “alma de bombeiro”. Um concelho que tem esse privilégio não deveria ser exemplar na luta contra os incêndios?

              - O facto de ser presidente da Câmara e bombeiro é importante mas tem inconvenientes. As populações misturam as exigências que podem fazer a um e ao outro.

              - Num estudo recente, numa lista de municípios com maior área ardida Vila Nova de Poiares surge em primeiro lugar.

              - Não acredito nessa estatística. Sei como se faz a prevenção mas não tenho meios para a fazer. Porque não tem havido sintonia entre as estruturas, nomeadamente por parte da Direcção Nacional das Florestas, entidade que pior trata as nossas florestas, que só olha até à dimensão do seu umbigo, que é altamente conservadora e sectária.

              - Pedro Almeida Vieira escreveu que os bombeiros são incompetentes e ineficazes; que nesta matéria há erros crónicos do ponto de vista político e que são produzidos fogos fictícios para as estatísticas. Como é que interpreta estas afirmações?

              - Não conheço esse senhor mas por aquilo que escreve deve ter algum trauma. É desumano dizerem que os bombeiros têm ‘lobbies’, que lutam por interesses, que são capazes de criar fogos fictícios para as estatísticas. Não há mentira, injustiça e atrocidade maior do que essas afirmações.

              - E o que é que responde a quem aponta Vila Nova de Poiares como sendo “um caso simbólico dos incêndios servirem para se ganhar estatuto perante a população”?

              - Há pessoas que cometem erros profundos de interpretação e análise à personalidade de outros. Pessoas política, profissional e intelectualmente desonestas. Duvido das capacidades de quem diz uma coisa dessas. Devia saber que eu apareci na vida política muito antes do 25 de Abril, que desde os meus 13 anos de idade que participo activamente na oposição aos poderes instituídos, que sou bombeiro desde os 18, que entrei na política com 30 anos.

              - E a quem o acusa de ter desmatado dezenas de quilómetros de floresta para abrir caminhos?

              - Isso é fundamental numa situação de emergência, para evitar a perda de vidas dos próprios combatentes do fogo e para se retirar a madeira.

              - Costuma afirmar que “isto dos incêndios é uma questão cultural”. Pode especificar?

              - As pessoas vêem a floresta como uma coisa abstracta, de onde tiram rendimento, o único pé de meia, a forma de sobreviverem. Não têm o alcance do que resulta da floresta.

              - Qual é a origem da maioria dos incêndios?

              - Não aceito que se diga que é por negligência. Cerca de 75% dos fogos florestais em Portugal são de origem criminosa: por interesses económicos, por desavenças com vizinhos, por problemas político-partidários, por doença. Os restantes 25% são por negligência. Negligência criminosa.

              - Que soluções aponta?

              - Os fogos evitam-se, não se combatem. Temos que analisar com responsabilidade que floresta queremos para Portugal, saber englobar o aspecto ambiental e económico. Há que fazer rapidamente o cadastro, o emparcelamento, o planeamento e o ordenamento. Os pinheiros e os eucaliptos não votam e estão em silêncio. Por isso os políticos deixam passar ao lado. Só se lembram de Santa Bárbara quando troveja. Há pessoas que se dizem entendidas nestas coisas dos incêndios mas que só dizem aberrações.

              - “Havemos de morrer todos e isto não se resolve”, afirmou. Acredita que o flagelo dos incêndios vai continuar até não existir mais nada para arder?

              - Tenho esperança que não. Mas se os nossos responsáveis, incluindo o poder político, não se sentarem com as pessoas que sabem desta matéria, não tenho dúvidas nenhumas que vou morrer sem ver mudar nada.

              - “Se multasse as pessoas por não limparem a floresta criava um problema social grave”, disse em entrevista. Importa-se de explicar?

              - Não é com atitudes repressivas que se resolve o problema das florestas. E não são os proprietários que sozinhos vão resolver o problema. Muitos deles, a maioria idosos, não têm dinheiro para comer quanto mais para limpar o pinhal. Isso é impossível e desumano. Responsabilizo os sucessivos governos deste País por arrastarem este problema. Estou farto de andar a pregar no deserto. Isto é saturante. Movimentam-se muitos interesses, ‘lobbies’, capelinhas e incompetências.

              - Que ‘lobbies’?

              - ‘Lobbies’ que se movimentam no campo económico.

              - Quer apontar nomes?

              - Não vale a pena.

              - Como é possível que o parque automóvel do vosso corpo de bombeiros esteja tão degradado? Das 40 viaturas que possuem apenas 8 estão em funcionamento.

              - Funcionam todas mas presas por arames. E ainda têm a sorte da Câmara Municipal as reparar quando avariam. Em Lisboa encontram-se viaturas com grande capacidade para o combate aos fogos florestais e nas zonas rurais não temos sequer os carros que necessitamos. O País está indisciplinado. As estruturas funcionam por compadrio. Mas como muitos ministros e secretários de Estado com responsabilidades neste sector nem sequer sabem diferenciar um eucalipto de um chaparro...

              - “Os governos legislam mas tudo espremido não deita sumo nenhum”, criticou. Na sua opinião o que é que o Governo já fez de válido nesta matéria?

              - Não falta legislação em Portugal, um dos países com mais decretos e projectos lei, portarias, etc. A questão é que não se fazem cumprir. Há planos a mais e vontade a menos de resolver os problemas da floresta portuguesa.

              - É verdade que um comandante da GNR o ameaçou e fez acusações graves a seu respeito?

              - Fizemos um pedido de auditoria ao ministro da Administração Interna para saber tudo o que se passou em relação a esse processo. Eu não lhe faço acusações e se ele me faz acusações a mim pode fazê-las à vontade, que estou cá para as receber. Se me tratar mal e eu sentir que são ofensas é claro que accionarei os mecanismos legais.

              - Como é que encara a nova proposta de lei das finanças locais?

              - É um ataque cerrado ao poder local. Essa estratégia está preparada para extinguir municípios ou para aumentar a diferença de qualidade de vida dos portugueses? Pode ser uma destruição dos valores da Revolução de Abril.

              José Manuel Simões
              In CM Domingo 2006-09-17

              Comentário


                #97
                [:0] [:0] [:0]

                Por esta não esperava eu !!

                O inquérito revela que os pilotos usavam para navegação Aerea mapas do GOOGLE retirados da Internet.



                2006-12-27 - 00:00:00
                Inquérito aponta para falhas graves
                Beriev usou mapas errados

                A utilização de mapas pouco rigorosos esteve na origem do acidente com o avião de combate a incêndios Beriev 200, em Julho deste ano. A ‘Missão Beriev’ usou cartas do Google, tiradas da internet, para obter as distâncias disponíveis nas albufeiras. O inquérito está concluído e aponta para deficiências na gestão dos recursos humanos da tripulação.



                O cálculo partiu de uma carta VFR+GPS publicada pela empresa Jeppesen, cujas coordenadas foram transpostas para cartas do Google. Mais tarde, foram usadas cartas do Exército. A investigação conclui que os cálculos foram mal feitos e houve erros na determinação de pontos de referência e distâncias.

                Segundo o coordenador do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAA), coronel Anacleto Santos, a tripulação do Beriev “não tinha cartas actualizadas” e o planeamento terá sido “um pouco descurado”. Em consequência disso, no dia 6 de Julho, tentou recolher 6200 litros de água na Barragem da Agueira, Santa Comba Dão, numa zona onde era tecnicamente impossível fazer a missão com sucesso.

                De acordo com relatório final do acidente, a que o CM teve acesso, a distância disponível para o avião deslizar e recolher água era de 2550 metros, quando a documentação em poder da tripulação referia existir uma distância de 3800 metros. Os investigadores do GPIAA chegaram ainda à conclusão que eram necessários 2839 metros para a manobra ser feita em segurança.

                No dia do acidente, o aerotanque russo que estava em testes para avaliar a capacidade de operação no combate a incêndios florestais, havia efectuado a recolha de 4000 litros, sem problemas. Ao tentar elevar a recolha para os 6200 litros, um “erro na determinação dos pontos de referência e na avaliação de distâncias” fez com que o avião colidisse com a copa de alguns eucaliptos nas margens da barragem.

                “A distância realmente disponível para a operação de ‘scooping’ (recolha de água) era substancialmente menor do que a distância prevista e não poderia comportar a recolha da quantidade de água pretendida”, referem os peritos responsáveis pelo inquérito ao acidente.

                Quando os pilotos se aperceberam da proximidade das árvores, tentaram evitar a colisão, mas já era tarde. Os motores ‘engoliram’ alguns ramos e um deles teve de ser desligado. O outro, apesar de também ter sofrido estragos, aguentou o aumento de potência e permitiu que a aeronave aterrasse na Base Aérea de Monte Real em segurança, depois de efectuada a descarga da água. O motor mais afectado, o esquerdo, teve de ser substituído devido aos “danos severos no compressor e zona envolvente das turbinas”.

                Para Paulo Galacha, director executivo da Aeronova, a empresa que representa a marca Beriev em Portugal, o acidente ficou a dever-se a “falha humana”. “Neste tipo de missões, não se pode querer fazer mais do que pode ser feito”, adianta o responsável, sublinhando o “excelente” desempenho da aeronave.

                O CM tentou também obter um comentário do SNBPC referente às conclusões do relatório, mas ninguém se mostrou disponível.

                RELATÓRIO

                RECOMENDAÇÕES

                Os investigadores do GPIAA referem a necessidade de haver precisão nos cálculos das distâncias disponíveis para recolha de água, em particular para as aeronaves pesadas de alta ‘performance’, como é o caso do Beriev. E aconselham o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC) a fazer uma avaliação correcta dos pontos de abastecimento para distribuir aos operadores, antes do início das operações de combate aos fogos.

                FALHANÇO À QUARTA

                Para 6 de Julho, o Beriev tinha previstas oito acções de abastecimento, para treino das tripulações, nas albufeiras de Castelo de Bode e da Aguieira. Quando ocorreu o acidente – às 14h53 – já tinham sido efectuadas três acções com sucesso.

                NOVE A BORDO

                A bordo seguiam nove pessoas: os dois pilotos russos e três tripulantes, outros três pilotos em observação e um representante do Ministério da Administração Interna com a missão de avaliar as capacidades da aeronave. Nenhum ficou ferido.

                SAIU A 200 KM/HORA

                O Beriev saiu da água a uma velocidade entre os 200 e os 205 km/hora. Logo no início da subida, a tripulação apercebeu--se de que não ia conseguir ultrapassar os eucaliptos, com dez a 15 metros de altura e tentou um aumento de altitude e volta à esquerda, sem sucesso.

                INCÊNDIO FLORESTAL NA ZONA FOI "COINCIDÊNCIA"

                Na sequência do acidente com o Beriev, os moradores de uma aldeia próxima da Barragem da Aguieira garantiram que este originou um incêndio. Mas os técnicos do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAA) não encontraram elementos que provem a denúncia. “Na análise efectuada não foram encontradas evidências que permitam associar as duas ocorrências e sustentar tal nexo de causalidade”, refere o relatório.

                Segundo o coordenador do GPIAA, coronel Anacleto Santos, o avião não descarregou combustível e os ramos engolidos pelos motores saíram praticamente em cinza. Por isso, a deflagração do incêndio ter-se-á tratado de uma “coincidência”.

                O avião russo esteve em testes nos meses de Verão, para se avaliar as suas capacidades de operação em solo português, com vista a uma eventual aquisição por parte do Governo.

                CONHECIMENTO DOS PILOTOS É FUNDAMENTAL

                O conhecimento que o piloto tem do terreno é decisivo no desempenho dos aviões de combate a fogos, considera o coronel Vítor Brito, presidente da Aerocondor, que há 12 anos colabora com o Governo. “Os nossos pilotos já sabem quais os melhores locais para ‘scooping’ [abastecimento de água] porque já lá foram centenas de vezes”, disse.

                No último Verão, a Aerocondor disponibilizou dois aviões Canadair para combate aos incêndios florestais. A informação sobre as albufeiras é baseada em trabalho interno, cartografia militar, mapas de autoridades ligadas à aeronáutica e sistemas de posicionamento por satélite (GPS).
                Francisco Pedro, Leiria/C.G.

                Diário de Referência

                Comentário


                  #98
                  [:0][:0]

                  Será que os gajos são membros do fórum? É que a malta desenrasca-se bem no Google e foi o que esse fizeram!:D

                  Incrivel! [8)]

                  Ainda bem que não, mas se o avião se despenhasse numa zona habitacional e matasse algumas dezenas de pessoas, sempre queria ver se a verdade vinha ao de cima, como veio![8]

                  Comentário


                    #99
                    "Quem anda a matar a Floresta?" - Reportagem

                    Só para alertar que hoje a RTP 1 após o telejornal, vai exibir uma reportagem executada pelo ISCTE, que revela indicios de fogo posto nos 69 incêndios que deflagraram em Proença a Nova em 2006.


                    Fica uma breve descrição


                    "Quem anda a matar a Floresta?"

                    Durante o Verão de 2006 registaram-se 69 ignições no concelho de Proença-a-Nova. Este número elevado de ocorrências e as características dos incêndios apontam para que a maioria dos fogos tenha origem criminosa.
                    Este é o resultado de um estudo realizado no verão passado pelo ISCTE que concluiu haver uma motivação económica. Para a Polícia Judiciária raramente existe interesse financeiro por detrás de um fogo posto e no caso de Proença-a-Nova, foram abertos doze inquéritos mas não se encontrou qualquer fonte de ignição ou qualquer suspeito.
                    Em Agosto de 2003 um grande incêndio devastou a maior mancha contínua de pinhal da Europa. Ardeu 35 por cento da área total do concelho.
                    Depois da tragédia ambiental perdeu-se mais uma oportunidade para se fazer o ordenamento da floresta. Há muito tempo que os proprietários baixaram os braços. Cansados de ver as chamas lavrar ano após ano...

                    “Quem anda a matar a floresta?” é uma reportagem do jornalista Jorge Almeida, com imagem de Rui Rodrigues, edição de imagem de Luís Vilar e pós-produção audio de Luís Mateus.

                    Comentário


                      Sem palavras...

                      A ultima vez que sai de Portugal num avião lembro-me de ver colunas de fumo desde o aeroporto Francisco Sá Carneiro até a fronteira com a Galiza...

                      Comentário


                        Kamov Parados

                        Lindo

                        O governo de Portugal compra Helicopteros pesados para combate a incêndios, no que é considerado um investimento estratégico, mas que corresponde a vários milhões de Euros.

                        Da encomenda de 6 3 chegam a Portugal no verão de 2007 (Agosto) e ...


                        INCÊNDIOS
                        Pilotos e supervisores ainda não assinaram contratos com EMASeis pilotos e quatro supervisores, que deveriam trabalhar no combate aos incêndios, ainda não assinaram contrato com a Empresa de Méios Aéreos, num processo que se arrasta desde Março. O presidente da EMA disse à TSF que os contratos deverão ser assinados esta semana.

                        ( 10:49 / 21 de Agosto 07 )


                        Seis pilotos civis e quatro supervisores de manutenção aérea ainda não assinaram contrato com a Empresa de Meios Aéreos (EMA), empresa tutelada pelo Ministério da Administração Interna, num processo que já se arrasta desde Março.

                        Este pessoal deveria trabalhar nos meios aéreos de combate aos incêndios, meios que foram adquiridos em 2006 pelo Estado e que não estão a funcionar, uma vez que os meios comprados para o efeito estão parados no Aeródromo de Tires.

                        Contactado pelo TSF, o presidente da EMA, empresa criada em Conselho de Ministros em Fevereiro de 2007, disse que conta assinar os contratos com este pessoal ainda esta semana, mas não explicou os motivos que levaram a estes atrasos.

                        Rogério Pinheiro confirmou que vão ser liquidados os retroactivos a que têm direitos, recebendo o montante relativo às horas de formação, mas não as horas de voo, uma vez que não as têm.

                        O presidente desta empresa tutelada pelo Ministério da Administração Interna explicou ainda que só na semana passada terminou o período de aceitação dos quatro aparelhos ligeiros Eurocopter, exigido por lei.

                        Segundo Rogério Pinheiro, a aceitação dos Eurocopter foi conseguida, se bem que existam algumas condicionantes que, mesmo assim, não os impedem de voar. Já no que toca aos Kamov, o processo de aceitação começou apenas na semana passada.

                        Contudo, falta ainda que a EMA seja acreditada como operadora aérea pelo Instituto nacional de Aviação Civil, um processo que ninguém sabe quando poderá terminar.

                        Para além destes seis pilotos civis e quatro supervisores de manutenção, a EMA tem ainda mais oito pilotos que têm a sua situação salvaguardada, dado que são pilotos do Exército e foram cedidos pelo Ministério da Defesa por três anos.

                        Todos estes pilotos têm já a sua formação teórica completa, depois de a terem feito durante cerca de quatro semanas na Rússia, mas falta-lhes ainda a parte prática.

                        TSF

                        Então hoje em sede de audiência parlamentar solicitada por deputados da oposição, que pediram justificações ao Ministro, este afirma que ...

                        "Estamos a fazer um projecto ambicioso, sem par a nível Europeu ou Mundial, e dois anos para formar uma empresa (que vai gerir os meios aéreos de combate a incêndios do estado) está perfeitamente dentro do razoável ... "


                        Eu nem quis acreditar que um responsável governativo, que gere um investimento de milhões de euros, proveniente dos bolsos dos contribuintes, achasse normal gastar essa verba e que os meios adquiridos só estejam disponiveis no VERÃO DO PRÒXIMO ANO devido à BURROCRACIA vigente neste pais deficitário em meios próprios para combate a incêndios.

                        Haja pachorra.

                        Comentário


                          alguns ja estão em tires, e não são só kamov

                          estranho é nenhum ter voado quando o fogo foi em sintra

                          Comentário


                            Originalmente Colocado por Excalibur Ver Post
                            Lindo

                            O governo de Portugal compra Helicopteros pesados para combate a incêndios, no que é considerado um investimento estratégico, mas que corresponde a vários milhões de Euros.

                            Da encomenda de 6 3 chegam a Portugal no verão de 2007 (Agosto) e ...



                            Então hoje em sede de audiência parlamentar solicitada por deputados da oposição, que pediram justificações ao Ministro, este afirma que ...

                            "Estamos a fazer um projecto ambicioso, sem par a nível Europeu ou Mundial, e dois anos para formar uma empresa (que vai gerir os meios aéreos de combate a incêndios do estado) está perfeitamente dentro do razoável ... "


                            Eu nem quis acreditar que um responsável governativo, que gere um investimento de milhões de euros, proveniente dos bolsos dos contribuintes, achasse normal gastar essa verba e que os meios adquiridos só estejam disponiveis no VERÃO DO PRÒXIMO ANO devido à BURROCRACIA vigente neste pais deficitário em meios próprios para combate a incêndios.

                            Haja pachorra.

                            O homem ainda não conhece a "Empresa na hora"

                            Comentário


                              Originalmente Colocado por Alpiger Ver Post
                              O homem ainda não conhece a "Empresa na hora"


                              Mauzinho !!

                              Comentário


                                Sobre a audiência parlamentar

                                Ministro hoje na AR para esclarecer meios aéreos

                                DS/PP exigiu respostas de Rui Pereira sobre compra de helicópteros

                                Porque é que os meios aéreos adquiridos pelo Estado e previstos para este ano ainda não estão a combater os incêndios? Porque é que foi escolhido um modelo de helicóptero que não está licenciado para operar no espaço europeu? São estas, entre outras, as questões que o CDS/PP quer ver esclarecidas hoje pelo ministro da Administração Interna, Rui Pereira, na Assembleia da República.

                                Ao DN, Hélder Amaral, deputado do PP, afirmou que a aquisição dos meios aéreos é um assunto cheio de questões mal esclarecidas, seja o seu aluguer seja a sua aquisição. Por isso, os democratas-cristãos pediram a presença de Rui Pereira na Comissão Eventual de Acompanhamento e Avaliação da Política Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios.

                                A aquisição de dez meios pesados foi equacionada no ano passado, mas a empresa que gere os meios aéreos só foi criada quase um ano depois.

                                Começou a funcionar em Maio, um mês depois da sua criação ter sido publicada em Diário da República, mas a primeira administração demitiu-se após dois meses em funções, sem que os aparelhos fossem certificados pelo Instituto Nacional de Aviação Civil.

                                O pedido de certificação foi enviado há dias e o INAC tem três meses para responder. Por isso, os meios pesados não devem ser utilizados este Verão, apesar de os helicópteros Kamov já estarem no País.


                                Rui Pereira deverá esclarecer ainda se já foram estabelecidos contratos de trabalho com os pilotos que vão operar estes meios.

                                Num Verão em que o fogo tem sido muito menos devastador, a polémica sobre os meios aéreos tem sido a questão mais complicada para o recém-ministro gerir.

                                Até ao dia 15 de Agosto, o fogo tinha consumido 6359 hectares de mato e floresta. Apesar de os fogos da semana passada não estarem contabilizados, esta área não chega a 4% da média dos últimos cinco anos.

                                Diário de referência

                                Comentário


                                  O que o homem disse ...

                                  Helicópteros Kamov de combate aos fogos

                                  Ministro explicou no Parlamento porque ainda não entraram ao serviço

                                  O ministro da Administração Interna disse que não está previsto que os helicópteros russos participem já este ano no combate aos incêndios e explicou que não precisam de certificação europeia para trabalharem para o Estado.


                                  Rui Pereira esteve ontem no Parlamento para falar aos deputados dos meios aéreos de combate aos fogos. Com carácter de urgência, o CDS-PP tinha pedido na semana passada a presença do ministro na Assembleia da República.

                                  O partido queria saber porque é que os dez helicópteros Kamov comprados em 2006 na Rússia não estavam a ser usados no combate aos incêndios deste ano.

                                  O ministro explicou que há 52 aeronaves aos serviço, mais quatro do que o numero aconselhado por uma comissão cientifica, e que os Kamov não faziam parte desse plano.

                                  A discussão centrou-se ainda sobre a possibilidade de certificar os aparelhos e sobre a polivalência para outras actividades que não o combate dos fogos.

                                  Sobre a Empresa de Meios Aéreos (EMA), constituída para gerir a frota, o ministro disse que foram necessários dois anos para fazer os estudos de viabilização económica. Rui Pereira disse ainda que a recente substituição do presidente do conselho de administração não acarretou atrasos para o funcionamento da entidade.
                                  (o que o Sr. Ministro disse e pode ser visto na Video Reportagem da RTP, é que é um projecto ambicioso sem paralelo a nível Europeu e que dois anos, não é exagerado, para a constituição de uma empresa)

                                  "Não confundam as coisas", realçou Rui Pereira, ao dirigir-se aos deputados da Comissão Parlamentar Eventual de Acompanhamento e Avaliação da Política Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios. O governante afirmou que os meios aéreos adquiridos pelo Estado para missões de protecção civil e segurança interna não necessitam de certificação, o que só será exigido se prestarem serviço a particulares.

                                  O Governo criou a EMA para gerir a frota aérea adstrita às missões de combate a incêndios, protecção civil e segurança interna, mas esses meios poderão no futuro ser rentabilizados em fins comerciais.

                                  Os aparelhos "podem voar após os testes por serem naves do Estado", realçou Rui Pereira, equiparando a situação ao que se verifica com a frota da Força Aérea Portuguesa.

                                  De qualquer forma, o Governo pretende que os meios aéreos destinados ao combate aos incêndios, protecção civil e segurança interna tenham a necessária certificação para poderem prestar também serviços fora do âmbito público.

                                  Rui Pereira disse ainda que esteve sempre previsto que os Kamov só estariam operacionais a partir de 15 de Setembro.

                                  "Por que razão não estão ainda celebrados os contratos com pessoal para trabalhar nestes meios aéreos?", interrogou o CDS-PP, ao que o ministro respondeu que "os sete pilotos de maneira nenhuma foram esquecidos". "Estiveram a fazer formação e testes com todo o rigor", referiu Rui Pereira.


                                  O ministro realçou também que uma "comissão idónea e independente" tinha aconselhado o Estado a possuir uma frota de 48 meios aéreos, comprados ou alugados, durante Julho a Setembro, o período de maior risco de incêndios.

                                  "Mas o Governo tem 52 meios aéreos operacionais nesta altura", disse Rui Pereira, referindo que entre eles se contam dois aviões Beriev e dois aviões Canadair.

                                  Com Lusa
                                  De referir que os meios em 2006 já haviam sido adjudicados, com a respectiva polémica na adjudicação.

                                  Sábado, Abril 29, 2006

                                  Adjudicação de helicópetros em tribunal



                                  Kamov Ka32A, o helicóptero da discórdia
                                  As empresas portuguesas que perderam a "corrida" para fornecimento de dez helicópteros ao Estado, no âmbito da constituição da frota permanente de combate a fogos florestais, prometem tentar travar nos tribunais a decisão do Governo, ontem aprovada no Conselho de Ministros.

                                  A Helisul e a Helibravo invocam haver irregularidades nos concursos, um para aquisição de seis aeronaves médias e outro de quatro ligeiras, ambos ganhos pela Heliportugal.

                                  No caso dos helicópteros médios, que vão custar ao Estado 42.100.000 de euros, a que se somam 4.169 euros por cada hora de voo efectuada, a título de manutenção garantida, admite que a proposta vencedora era cara e perdeu no critério preço, mas "ganhou na qualidade".

                                  A aeronave em causa, Kamov Ka32, tem capacidade para transportar 15 pessoas, incluindo 2 elemntos da tripulação, e 4.800 litros de água, ou seja, "quase tanto como um avião anfíbio Canadair", como destaca Rocha Andrade.

                                  Perante o elevado preço horário para manutenção, concorda estar "um pouco encarecido" e explica que parte do valor unitário de cada aparelho, considerado baixo, foi transferido para a operação.

                                  Contudo, salienta que esse custo poderá ser contornado a médio prazo, já que o caderno de encargos prevê a hipótese de renúncia unilateral, pelo Estado, ao serviço de manutenção, após os primeiros cinco anos.

                                  Já no caso dos helicópteros ligeiros, afirma ter sido apresentado pelos três concorrentes nacionais o mesmo aparelho, o Eurocopter AS 350 B3, e pela Agusta italiana um modelo "bastante mais caro", razão para que o factor decisivo na escolha tenha sido o preço que será de 2.200.000 de euros, acrescidos de 1.931 euros por hora de voo.

                                  João Bravo, proprietário da Helibravo, contesta e promete interpor uma providência cautelar para suspender a adjudicação acusando que "nos dois concursos, ao fim de cinco anos qualquer proposta é mais cara que a minha".

                                  Para Luís Tavares, da Helisul, o preço nem sequer é o único factor em causa e opta por focar o concurso dos helicópteros médios para invocar incumprimento do caderno de encargos.

                                  Isto porque o certificado de origem do Kamov não lhe permite fazer transporte de passageiros, mas apenas trabalho aéreo, logo, salienta, "ficam inviabilizados voos de emergência".

                                  Rocha Andrade nega e resguarda-se em "contactos oficiais" com o Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) para garantir que o impedimento de transporte de passageiros não é aplicável em casos de busca e salvamento, embora impeça, como admite, o transporte hospitalar, que afirma não constar do caderno de encargos.

                                  "Os quatro helicópteros ligeiros podem transportar doentes e são mais adequados para essa missão", afirma este governante, que acrescenta que previamente foi contactado o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) no sentido de se abrirem concursos conjuntos para as duas entidades, hipótese posta de lado pelo facto de ambas as instituições terem "picos" de actividade no mesmo período, ou seja, no Verão.

                                  Já se sabia que parte do custo dos Kamov fora transferido para a manutenção, o que corresponde a uma forma encapotada de empurrar pagamentos para datas posteriores, sabendo-se que desta forma haverá um encarecimento do produto por razões financeiras do conhecimento de todos.

                                  No entanto, sem certificação para transporte, a busca e salvamento estarão efectivamente fora de questão, dado que existe, mesmo antes do início da missão, o pressuposto de que será necessário proceder ao transporte de passageiros, sendo que o argumento utilizado não nos parece válido.

                                  A situação não é a de um imprevisto, onde para salvaguardar valores mais altos, como a vida humana, se opta por desrespeitar regras estabelecidas, facto que é reconhecido em vários tipos de situações classificadas como "de necessidade".

                                  Neste caso, opta-se por uma aquisição que pode premeditadamente violar regulamentos, o que sendo protagonizado por um Governo, é inaceitável dada a falta de prudência que revela.

                                  Assim, estamos perante uma situação típica em que o barato pode sair caro, quer pelos encargos financeiros resultantes da manutenção, quer pela eventual impossibilidade de utilizar em pleno um helicóptero que poderia ter muitas outras missões para desempenhar caso possuisse as necessárias certificações.

                                  Brevemente voltaremos a este assunto, quer para noticiar eventuais desenvolvimentos, quer para descrever um pouco as características principais deste helicóptero que tantas polémicas levanta.

                                  Publicada por Nuno M. Cabeçadas em 12:00 AM

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                                  Editado pela última vez por Excalibur; 29 August 2007, 08:43.

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                                    Incêndios: por apurar causas da queda de helicóptero na Peneda-Gerês
                                    10.11.2007 - 21h43 Lusa, PUBLICO.PT
                                    Desconhecem-se ainda as causas que levaram à queda do helicóptero que esta tarde combatia um incêndio no Parque Nacional da Peneda-Gerês, em Melgaço. O piloto era considerado experiente neste tipo de operações.
                                    O aparelho – um helicóptero Ecureille B-3, pertencente à Empresa de Meios Aéreos (EMA) – despenhou-se cerca das 14h00 em Parada do Monte, quando preparava a primeira descarga de água.

                                    O acidente ocorreu junto a um parque eólico, mas as autoridades garantem que o aparelho não embateu em nenhuma torre nem em qualquer cabo de electricidade. Uma fonte dos bombeiros ouvida pela Lusa deu conta de uma “forte explosão”, seguida de incêndio, quando o aparelho embateu em terra, provocando a morte do piloto, de 43 anos.

                                    Segundo o tenente-coronel Costeira Antunes, comandante de operações de socorro de Viana do Castelo, tratava-se de um piloto "com bastante experiência”.

                                    O delegado do Ministério Público autorizou, ao final da tarde, a remoção do corpo do piloto, que será autopsiado no Centro Hospitalar do Alto Minho, em Viana do Castelo, enquanto o Instituto Nacional de Aviação Civil abriu um inquérito à apurar as causas do acidente.

                                    O aparelho, que se encontrava ao serviço da ANPC, era um dos dois aparelhos sediados em Fafe, para acorrer a incêndio na região Norte.

                                    Em declarações à Lusa, Costeira Antunes revelou que o helicóptero transportou para a frente de fogo cinco bombeiros, que se encontravam já em terra quando se deu o acidente.

                                    Após a queda do aparelho, os efectivos foram retirados do local e reconduzidos à base, devido ao "forte abalo psicológico" que sofreram. "Ficaram muito combalidos com o acidente, porque praticamente assistiram à morte do colega e foram recolhidos de imediato e conduzidos à base, onde receberão apoio psicológico", referiu Costeira Antunes.

                                    O helicóptero participava no combate ao incêndio que deflagrou pouco depois do meio-dia numa zona de mato da freguesia de Travassos, incluída no Parque Nacional da Peneda-Gerês. O incêndio continuava por circunscrever cerca das 21h30, estando neste momento a ser combatido por 94 bombeiros, apoiados por 27 viaturas. No local está já um grupo de reforço da coluna nacional 2, estando a caminho mais um grupo.

                                    O incêndio foi um dos vários que deflagrou durante a tarde na área do PNPG, depois de circunscrito um fogo declarado durante a madrugada em São Sebastião da Geira, no concelho de Terras de Bouro. À excepção do que lavra em Travassos foram todos extintos mas, ao início da noite, deflagrou um novo incêndio em Rio Dola, concelho de Montalegre.

                                    Comentário


                                      O que é que a queda do helicóptero tem a ver com "O negócio, incêndios!"?

                                      Comentário


                                        Originalmente Colocado por André Ver Post
                                        O que é que a queda do helicóptero tem a ver com "O negócio, incêndios!"?


                                        Esta tua duvida explica muita coisa....

                                        Comentário


                                          Piloto não tinha qualificação ...

                                          E agora, quem vai responder criminalmente pela perda de uma vida humana, e pela perda de património do estado ?

                                          Quem foi o responsável por ter colocado um piloto nesta função sem ter qualificações para tal ?

                                          Ficamos a aguardar ... sentados .


                                          Piloto de helicóptero que morreu nunca tinha combatido fogos
                                          Publico - 13.11.2007, Mariana Oliveira
                                          O presidente da Empresa de Meios Aéreos, que tinha os Ecureil no ar há menos de um mês, e o MAI recusam-se a fazer comentários ao acidente


                                          O piloto José Nunes Abreu, de 43 anos, que morreu no sábado passado depois do helicóptero Ecureil B3 que comandava se ter despenhado na freguesia de Parada do Monte, no concelho de Melgaço, onde havia um fogo, realizava pela primeira vez operações de combate a incêndios florestais.
                                          Quem o diz é o director de operações da Helibravo, comandante José Pereira, a empresa onde o piloto trabalhou até ao início de Agosto, altura em que se mudou para a recém-criada Empresa de Meios Aéreos (EMA), que gere os helicópteros adquiridos pelo Estado.

                                          "José Abreu começou na aviação aos 40 anos e tirou connosco o curso de piloto comercial de helicópteros. Nos dois anos seguintes fez missões de fotografias, filmagens e transporte de passageiros, mas nunca combateu incêndios", explica José Pereira. E acrescenta: "Se ele tivesse preparação e experiência para fazer combate a fogos tê-lo-ia feito para nós em Julho deste ano, e evitaria que tivéssemos chamado um piloto do estrangeiro".

                                          O director de operações da Helibravo realça que o combate a incêndios é uma missão muito exigente e muito perigosa. "Até 2006, éramos a única empresa em Portugal a ter os B3 e as companhias de seguros exigiam-nos que os pilotos tivessem 2500 horas de voo para segurarem a operação toda", exemplifica José Pereira.

                                          O director do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAA), Anacleto dos Santos, responsável por um dos inquéritos que estão a ser efectuados, explicou ao PÚBLICO que uma das dúvidas dos investigadores é saber se o piloto estava preparado para combater incêndios. "A EMA está formada há pouco tempo, queremos saber se o piloto tinha experiência com voos de montanha, com o balde e que treinos teve", afirma Anacleto dos Santos. E adianta : "O que sabemos é que tinha entre 800 e 900 horas de voo".

                                          José Pereira não sabe que formação tiveram os pilotos na EMA, mas a intenção que tinha para José Abreu era pô-lo a fazer algum trabalho de carga suspensa. "São missões com algum risco, mas não tanto quanto os incêndios". Com essa experiência talvez para o ano José Abreu estivesse preparado para os fogos.

                                          Para já, o GPIAA não tem razões para suspeitar de qualquer avaria mecânica. Mas irá tentar analisar a oscilação exagerada do balde e o efeito da turbulência orográfica, que puxa o helicóptero para o solo.
                                          Contactados pelo PÚBLICO o presidente da EMA, Rogério Pinheiro, e o Ministério da Administração Interna, dizem que, enquanto estiverem inquéritos a decorrer, não farão quaisquer comentários.

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                                            Não deve ser negócio, pois não, esta empresa ...

                                            Aeronaves do Estado
                                            13.11.2007Ecureil estavam a operar há menos de um mês
                                            Três dos quatro Ecureil B3 comprados pelo Ministério da Administração Interna para combater os incêndios florestais, actuar noutras acções de protecção civil e em missões de segurança, estão a voar desde 12 de Outubro. E um deles, menos de um mês depois de começar a operar, estreou-se da pior forma, num acidente em que ficou totalmente destruído, reduzindo logo no início a frota do Estado a nove aparelhos. Neste momento, a Empresa de Meios Aéreos, que vai gerir as aeronaves, ainda não tem o certificado de operador de trabalho aéreo, que lhe permitirá operar os meios sem restrições, mas a situação foi ultrapassada com a declaração dos aparelhos como aeronaves de Estado até Dezembro. Além do inquérito que está a ser feito pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves, o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, mandou abrir um outro que será conduzido pela Inspecção-Geral da Administração Interna.
                                            Este é o segundo acidente aéreo mortal no combate aos fogos deste ano. O outro ocorreu em Agosto com um aerotanque ligeiro Dromader M-18B no concelho de Torres Novas, quando o aparelho se despenhou entre as povoações de Alvorão e de Mias. M.O.

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                                              Em breve aparece já um diploma em como o piloto do helicoptro tirou um curso de combate a fogos e passou com distinção.

                                              Curso esse tirado á noite e aos fim se semana numa universidade conceituada no meio governativo.

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                                                Originalmente Colocado por Alpiger Ver Post
                                                Em breve aparece já um diploma em como o piloto do helicoptro tirou um curso de combate a fogos e passou com distinção.

                                                Curso esse tirado á noite e aos fim se semana numa universidade conceituada no meio governativo.



                                                Mas a Independente neste momento está fechada, pelo que vão ter que arranjar outra Universidade.

                                                Mas de facto o estado é um espectáculo, as leis são para os outros cumprirem, o estado é uma coisa à parte...

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                                                  novos incêndios voltaram a ser registados no pais.

                                                  Azambuja e Sintra.

                                                  Neste ultimo, uma vez mais o Parque Natural esteve ameaçado.

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                                                    Existem os condutores de Domingo. E pelos visto tb existem os pirómanos de Domingo.

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                                                      Originalmente Colocado por Excalibur Ver Post
                                                      novos incêndios voltaram a ser registados no pais.

                                                      Azambuja e Sintra.

                                                      Neste ultimo, uma vez mais o Parque Natural esteve ameaçado.
                                                      Onde é que foi este incendio de Sintra?

                                                      Eu tenho vista para o lado sul da serra, vi o fumo vi que não era na serra. Seria na zona do Autodromo? Que fica paredes meias com o parque natural?

                                                      Comentário


                                                        Originalmente Colocado por rum Ver Post
                                                        Onde é que foi este incendio de Sintra?

                                                        Eu tenho vista para o lado sul da serra, vi o fumo vi que não era na serra. Seria na zona do Autodromo? Que fica paredes meias com o parque natural?
                                                        Entre a Zona compreendida Autodromo/Penha Longa/Rio da Mula

                                                        Comentário


                                                          Originalmente Colocado por Excalibur Ver Post
                                                          Entre a Zona compreendida Autodromo/Penha Longa/Rio da Mula
                                                          Pois, bem me parecia ser daí. Entretanto passei lá próximo e já não vi vestigios, mas havia muito fumo vindo da zona de Colares e vi 1 helicopetro com o balde a regressar de lá. Não sei se não estaria a abastecer na barragem do Rio da Mula.

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                                                            Hoja passei perto de um posto de observação em Valongo e o vigia disse que tem andado bastante calmo. Só uma ou outra queimada. Nada de grave. Ainda bem!

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                                                              Um UP a este tema tendo em consideração o seguinte:

                                                              - A Republica portuguesa contratou plurianulamente ou adquiriu meios próprios de combate a incêndios.

                                                              Curiosamente as "pressões" que havia em termos de combate a incêndios parecem ter-se esbatido.

                                                              Parece que se acabaram por ai algumas negociatas de aluguer de Helicopteros e respectivos contratos por ajuste directo.

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