Montante ascende a quase 63 milhões de euros
Rússia quer pagar dívida antiga a Portugal com quatro hidroaviões de combate fogos
15.08.2006 - 17h50 Lusa
A Rússia quer pagar a dívida contraída pela União Soviética a Portugal, que ascende a quase 63 milhões de euros, com quatro hidroaviões Beriev BE-200 usados para combater incêndios, anunciou hoje Serguei Storchak, vice-ministro das Finanças.
Os quatro aviões anfíbios, que também podem ser usados em operações de resgate e como aviões de transporte de passageiros, permitem saldar 90 por cento da dívida soviética, que ultrapassa os 62,7 milhões de euros, afirmou Serguei Storchak, citado pela agência espanhola EFE.
No início de Julho, o ministro da Administração Interna, António Costa, anunciou que o Governo português ia decidir até ao final do ano sobre a aquisição de meios aéreos pesados para combate a incêndios, estando a ser ponderada a aquisição dos Beriev.
"Este ano teremos decisões definitivas sobre os meios aéreos pesados", afirmou António Costa, lembrando que a comissão técnica indicada para avaliar os meios tinha recomendado a aquisição de quatro aviões pesados.
Durante o primeiro teste em Portugal do Beriev, o ministro explicou que caso Portugal optasse pela compra da aeronave russa, o Governo teria de estudar o modelo de pagamento, que poderia passar pela "amortização da dívida da ex-União Soviética a Portugal".
A Beriev é uma empresa privada vocacionada para a construção de aeronaves de combate a fogos, mas existe a possibilidade de ser feito um acordo entre os dois países sobre a dívida que envolva esta operação, acrescentou António Costa.
A necessidade de grandes albufeiras ou enseadas de rios para abastecer e uma menor versatilidade em voo são dois dos pontos fracos da aeronave pesada.
A orografia, a falta de pontos de água de grandes dimensões e várias questões climáticas foram alguns dos problemas levantados na altura pelo comandante do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, Gil Martins, que reconheceu que a capacidade de descarga é uma "vantagem adicional" do Beriev sobre todos os outros aviões.
A aeronave russa leva o dobro de água (12 mil litros) que o Canadair, outra das aeronaves ao actualmente ao serviço do SNBPC e cuja aquisição está a ser estudada pelo Governo.
Além do mar, o Beriev tem somente 13 pontos de captação de água seleccionados no Continente, uma situação que limita a actuação do aparelho em comparação com as outras 50 aeronaves de combate a incêndios a actuar em Portugal, entre helicópteros e aviões.
Ainda de acordo com a EFE, o Governo russo pagou hoje uma dívida que tinha com a Finlândia de 30 milhões de euros e ontem fez o mesmo com a Alemanha, a quem devia 8140 milhões de euros.
O vice-ministro das Finanças russo adiantou que o Governo deverá pagar amanhã os 22.300 milhões de euros de dívida contraída ao Club de Paris, que agrupa os 18 países credores.
Rússia quer pagar dívida antiga a Portugal com quatro hidroaviões de combate fogos
15.08.2006 - 17h50 Lusa
A Rússia quer pagar a dívida contraída pela União Soviética a Portugal, que ascende a quase 63 milhões de euros, com quatro hidroaviões Beriev BE-200 usados para combater incêndios, anunciou hoje Serguei Storchak, vice-ministro das Finanças.
Os quatro aviões anfíbios, que também podem ser usados em operações de resgate e como aviões de transporte de passageiros, permitem saldar 90 por cento da dívida soviética, que ultrapassa os 62,7 milhões de euros, afirmou Serguei Storchak, citado pela agência espanhola EFE.
No início de Julho, o ministro da Administração Interna, António Costa, anunciou que o Governo português ia decidir até ao final do ano sobre a aquisição de meios aéreos pesados para combate a incêndios, estando a ser ponderada a aquisição dos Beriev.
"Este ano teremos decisões definitivas sobre os meios aéreos pesados", afirmou António Costa, lembrando que a comissão técnica indicada para avaliar os meios tinha recomendado a aquisição de quatro aviões pesados.
Durante o primeiro teste em Portugal do Beriev, o ministro explicou que caso Portugal optasse pela compra da aeronave russa, o Governo teria de estudar o modelo de pagamento, que poderia passar pela "amortização da dívida da ex-União Soviética a Portugal".
A Beriev é uma empresa privada vocacionada para a construção de aeronaves de combate a fogos, mas existe a possibilidade de ser feito um acordo entre os dois países sobre a dívida que envolva esta operação, acrescentou António Costa.
A necessidade de grandes albufeiras ou enseadas de rios para abastecer e uma menor versatilidade em voo são dois dos pontos fracos da aeronave pesada.
A orografia, a falta de pontos de água de grandes dimensões e várias questões climáticas foram alguns dos problemas levantados na altura pelo comandante do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, Gil Martins, que reconheceu que a capacidade de descarga é uma "vantagem adicional" do Beriev sobre todos os outros aviões.
A aeronave russa leva o dobro de água (12 mil litros) que o Canadair, outra das aeronaves ao actualmente ao serviço do SNBPC e cuja aquisição está a ser estudada pelo Governo.
Além do mar, o Beriev tem somente 13 pontos de captação de água seleccionados no Continente, uma situação que limita a actuação do aparelho em comparação com as outras 50 aeronaves de combate a incêndios a actuar em Portugal, entre helicópteros e aviões.
Ainda de acordo com a EFE, o Governo russo pagou hoje uma dívida que tinha com a Finlândia de 30 milhões de euros e ontem fez o mesmo com a Alemanha, a quem devia 8140 milhões de euros.
O vice-ministro das Finanças russo adiantou que o Governo deverá pagar amanhã os 22.300 milhões de euros de dívida contraída ao Club de Paris, que agrupa os 18 países credores.
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