18 Outubro 2008 - 00h30
Educação: Acer acusa Estado de falta de transparência
Governo esbanja 15 milhões de euros
A Acer, empresa fabricante de computadores de baixo custo, acusou ontem o Ministério da Educação (ME) de ter escolhido a proposta mais dispendiosa num concurso internacional para a instalação e manutenção de 111 491 computadores destinados a equipar as escolas dos 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e do Ensino Secundário. Em comunicado, a Acer garante ter apresentado uma proposta 15 milhões de euros inferior à da Hewlett Packard (HP), que ganhou o concurso, equacionando mesmo processar o Governo português.
"A grande questão é saber se é aceitável que, nesta altura de crise, o Governo português esteja a gastar fundos públicos desnecessariamente quando a solução com todos os requisitos técnicos está disponível e com um custo significativamente mais baixo", pode ler-se no comunicado, onde a Acer questiona os critérios de avaliação do concurso: "Além do mais, faltou transparência à metodologia de avaliação e, mais importante ainda, a proposta vencedora deveria ter sido excluída pois não preenche os requisitos exigidos".
António Papale, director-geral da Acer Ibérica, esclareceu ao CM que o objectivo desta denúncia é "justificar aos portugueses as razões do protesto". "Se a ministra não reconsiderar a sua posição, vamos fazer todos os possíveis para impugnar o resultado deste concurso", acrescentou António Papale, revelando que a proposta da Acer foi de cerca de 45 milhões de euros.
Em causa está o concurso público internacional lançado em Abril deste ano pelo ME, integrado no Plano Tecnológico da Educação, para a instalação e manutenção de 111 491 computadores, com um orçamento previsto de 70 milhões de euros.
Fonte do ME confirma a adjudicação do concurso à empresa HP, acrescentando que após "a fase formal de avaliação, o júri considerou que a proposta avançada pela HP era a que melhor preenchia os requisitos no concurso em causa".
NOTAS
PLANO TECNOLÓGICO
Um dos objectivos do ME é disponibilizar um computador para cada cinco alunos dos 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico.
ME DESDRAMATIZA
Em relação à ameaça de processo da Acer, o ME relativiza, dizendo estar no seu direito.
Educação: Acer acusa Estado de falta de transparência
Governo esbanja 15 milhões de euros
A Acer, empresa fabricante de computadores de baixo custo, acusou ontem o Ministério da Educação (ME) de ter escolhido a proposta mais dispendiosa num concurso internacional para a instalação e manutenção de 111 491 computadores destinados a equipar as escolas dos 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e do Ensino Secundário. Em comunicado, a Acer garante ter apresentado uma proposta 15 milhões de euros inferior à da Hewlett Packard (HP), que ganhou o concurso, equacionando mesmo processar o Governo português.
"A grande questão é saber se é aceitável que, nesta altura de crise, o Governo português esteja a gastar fundos públicos desnecessariamente quando a solução com todos os requisitos técnicos está disponível e com um custo significativamente mais baixo", pode ler-se no comunicado, onde a Acer questiona os critérios de avaliação do concurso: "Além do mais, faltou transparência à metodologia de avaliação e, mais importante ainda, a proposta vencedora deveria ter sido excluída pois não preenche os requisitos exigidos".
António Papale, director-geral da Acer Ibérica, esclareceu ao CM que o objectivo desta denúncia é "justificar aos portugueses as razões do protesto". "Se a ministra não reconsiderar a sua posição, vamos fazer todos os possíveis para impugnar o resultado deste concurso", acrescentou António Papale, revelando que a proposta da Acer foi de cerca de 45 milhões de euros.
Em causa está o concurso público internacional lançado em Abril deste ano pelo ME, integrado no Plano Tecnológico da Educação, para a instalação e manutenção de 111 491 computadores, com um orçamento previsto de 70 milhões de euros.
Fonte do ME confirma a adjudicação do concurso à empresa HP, acrescentando que após "a fase formal de avaliação, o júri considerou que a proposta avançada pela HP era a que melhor preenchia os requisitos no concurso em causa".
NOTAS
PLANO TECNOLÓGICO
Um dos objectivos do ME é disponibilizar um computador para cada cinco alunos dos 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico.
ME DESDRAMATIZA
Em relação à ameaça de processo da Acer, o ME relativiza, dizendo estar no seu direito.
André Pereira
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