O Fim da Papelaria Fernandes

[warmthboy]

Vou tentar ser breve e conciso. Trabalhei lá 10 anos, entrei com 18 e saí com 28. Hoje com 30 anos não me arrependo da minha opção, que foi a saída. Esta minha atitude teve como base o meu prognóstico para esta casa centenária, o seu fim. Aconteceu 2 anos e tal depois. Mas mais que a minha experiência nessa casa (que me deu algum know-how pessoal e profissional) é a experiência familiar, pois é meus amigos, a minha mãe trabalhou lá 13 anos e foi também indeminizada numa altura de restruturação e de ainda "vacas gordas", levou 2.5x mês. O meu pai ainda lá está, com mais de 40 anos ao serviço daqueles, desculpem-me a expressão " Filhos de uma Grande P*ta"... Neste momento o meu pai sabe que recebe este mês mas depois nada levará sem ser a carta para o fundo de desemprego. Triste sina, e triste pagamento para quem deu quase meio século aquela casa.

Com 10 anos daquela casa, e com as histórias que sempre ouvia e passei a presenciar, posso seguramente afirmar que quem passou pelas várias administrações após os anos 80, afundou e queimou o nome PAPELARIA FERNANDES, baseando-se numa política de baixos salários e péssimas condições de trabalho, os bom bons todos iam para os Doctores e Engenheiros que quando lá cegavam eram os senhores com a 4ª classe lhes ensinavam as coisas, sim porque a teoria é diferente da prática, esquecem-se é que um ordenado de 600€ é bem diferente de 1300 e 2500€, com telemóvel, carro e cartão de saúde à conta da casa. Nunca mas mesmo nunca cortaram no que havia "em grande" mesmo quando as contas se continuavam a afundar. 75 milhões de euros é o balanço final, e 400 trabalhadores a "xuxar no dedo" o funeral de tão grandiosa casa. Mas no meio disto tudo, pedem insolvência e passado uns meses abrem com outro nome. Fantástico.


p.s. Muitas das coisas que aqui disseram posso garantir que são verdadeiras:

- Pessoas à frente de departamentos sem formação para tal
- Total desorganização
- Antipatia (Apatia) quase geral
- Abertura de lojas só por abrir sem qualquer prospeção de mercado


etc,etc

[Real]

Por falar em Staples, tenho 3 relativamente perto de casa (Maia).

Há uma na circunvalação, perto do NS. Há outra na via norte, ao lado da Makro e finalmente, ainda tenho outra logo a seguir ao Jumbo da Maia, na zona industrial.

Parecem-me Staples a mais...

[PortuguesAoVolante]

A minha mulher trabalhou na Papelaria Fernandes durante um ano.

É IMPRESSIONANTE a quantidade de produtos de maior procura, sobretudo no segmento de arte, que a empresa PF deixou de representar em Portugal (nalguns casos, tinha mesmo o exclusivo) por incumprimento nos pagamentos a fornecedores.

Aliás, de um modo geral é também impressionante a inabilidade da PF para apostar nos produtos mais atractivos. O que a mantinha era sobretudo o nome, principalmente junto da classe média-alta.

Se existem exemplos de falência por incompetência ao mais alto nível, este é um deles. Só lamento pelos trabalhadores, que inevitavelmente são os únicos que sofrem.

Tem piada, estava mesmo a lembrar-me de quem é que conheci que disse que trabalhou na PF... e agora já me recordei!
Como é que anda por aí a vida nos trópicos?

[Laparo]

Papelaria Fernandes apresenta pedido de insolvência - RTP Notícias

Triste fim para tão histórica casa!!

Era o fim á muito esperado. As dificuldades não são de agora.
As empresas arrastam-se até mais não na tentativa de sobreviver.
Penso que é um erro, pois quando acabam por se apresentar á falência deixam uma data de gente pendurada. Não sei se é o caso mas normalmente é o que acontece.

[Echos]

Infelizmente já previa que isto acontece-se


A PF não se soube adaptar às novas leis de mercado. Além disso sempre passou uma imagem de ser mais cara do que as outras e ainda assim não acrescentar um valor que a diferencia-se para compensar...



PS: Já fui cliente, aliás ainda tenho cartão de cliente. Lamento a fraca gestão

[Vibri]

Só tenho pena de quem vai ficar desempregado...

Ao que parece, não era nada de especial, nem tentavam decentemente ter sucesso... enfim... os gestores portugueses...



Mas também... D. Beatriz ftw!!!!! Lá é que é!

[Romao]

Que é isto?

Googla por qrcode

[Alpiger]

Em contrapartida, a zona de Odivelas/Loures não tem nada do género, e já se justificava! Já muitas vezes me perguntei, porquê?

Daqui a um mes já tens um perto de casa

[Nephilim]

Mas afinal o que é isto?

[Gongax]

O Joe Berardo qualquer dia tem de ir para a rua pedir esmola....

[editar] História

José (Joe) Berardo é um coleccionador compulsivo. Desde menino que juntava selos, caixas de fósforos ou postais de navios que atracavam na sua ilha. Hoje, o quinto homem mais rico de Portugal[carece de fontes?] , com uma fortuna estimada em 980 milhões de euros.
Aos 19 anos emigrou para África do Sul onde casou com Carolina Conceição de quem tem dois filhos, Renato e Cláudia.
Na década de 1980 chegou a Presidente do então Bank of Lisbon, agora Mercantile Bank Holdings do Grupo Caixa Geral de Depósitos [3].
Em 1989 disse que nunca regressaria a Portugal, facto que não se confirmou. O sentido pelos negócios nasceu em solo africano. Em poucos anos ergueu o grupo Egoli Consolidated Mines Limited. O grupo – que congregava diversas explorações mineiras de ouro e de extracção do ouro a partir de recuperação em areias auríferas – transformou-se numa das 1000 maiores empresas sul-africanas[carece de fontes?]. Foi também em 13-03-1985 que recebeu o grau de comendador pela Ordem do Infante D. Henrique entregue pelo então Presidente da República, general Ramalho Eanes[carece de fontes?]. Em 2004 recebeu a Grã-Cruz da mesma Ordem[carece de fontes?].

[Gongax]

O Joe Berardo qualquer dia tem de ir para a rua pedir esmola....

[editar] História

José (Joe) Berardo é um coleccionador compulsivo. Desde menino que juntava selos, caixas de fósforos ou postais de navios que atracavam na sua ilha. Hoje, o quinto homem mais rico de Portugal[carece de fontes?] , com uma fortuna estimada em 980 milhões de euros.
Aos 19 anos emigrou para África do Sul onde casou com Carolina Conceição de quem tem dois filhos, Renato e Cláudia.
Na década de 1980 chegou a Presidente do então Bank of Lisbon, agora Mercantile Bank Holdings do Grupo Caixa Geral de Depósitos [3].
Em 1989 disse que nunca regressaria a Portugal, facto que não se confirmou. O sentido pelos negócios nasceu em solo africano. Em poucos anos ergueu o grupo Egoli Consolidated Mines Limited. O grupo – que congregava diversas explorações mineiras de ouro e de extracção do ouro a partir de recuperação em areias auríferas – transformou-se numa das 1000 maiores empresas sul-africanas[carece de fontes?]. Foi também em 13-03-1985 que recebeu o grau de comendador pela Ordem do Infante D. Henrique entregue pelo então Presidente da República, general Ramalho Eanes[carece de fontes?]. Em 2004 recebeu a Grã-Cruz da mesma Ordem[carece de fontes?].

[CarlosL]

Se o Berardo tivesse hoje que pagar o que deve (...) pelos seus desvairos, nomeadamente BCP, ficava a viver por debaixo da ponte.

Deve ter algum debaixo do colchão, mas acima de tudo uma grande compreensão por parte das autoridades financeiras.

E nos tais super projectos onde está envolvido, os sócios querem a toda a força metê-lo no olho da rua.

Eu se fosse a ele, ia registar-me no Centro de Emprego mais próximo...

[warmthboy]

Ainda ninguém comentou o meu post!?!? Devo ter sido tão explícito que ninguém me questiona nem desmente nada...estranho mas ok.

[RDSBorges]

Mas afinal o que é isto?

Então mas tu não sabes?!?!?!?...

[RAD]

Tem piada, estava mesmo a lembrar-me de quem é que conheci que disse que trabalhou na PF... e agora já me recordei!
Como é que anda por aí a vida nos trópicos?

Próspera QB. Espero e acredito que por aí nos "arredores do Pólo" (passe o exagero) também se esteja bem melhor do que nosso rectângulo natal.

Um abraço para ti e um beijo para a minha colega.

[RAD]

Ainda ninguém comentou o meu post!?!? Devo ter sido tão explícito que ninguém me questiona nem desmente nada...estranho mas ok.

Estamos em sintonia (vê o meu post na 1ª página).

Na PF, salvo raras excepções, o critério na atribuição de cargos de responsabilidade são as simpatias, não a competência, o que resulta numa hierarquia cheia de imbecis.

[Nephilim]

Então mas tu não sabes?!?!?!?...

Sei que é um codigo usado nas fabricas como o codigo de barras, mas nao tou a ver é o que tem a ver com o que se estava a falar no topico.

[Echos]

Ainda ninguém comentou o meu post!?!? Devo ter sido tão explícito que ninguém me questiona nem desmente nada...estranho mas ok.

Eu acreditei naquilo que disseste!


É de lamentar, mas infelizmente não me surpreende! Essa "Casa" sempre passou uma imagem de incompetência grosseira, nomeadamente no atendimento a público e gestão de prazos e até na visão estratégica

[Nthor]

Sei que é um codigo usado nas fabricas como o codigo de barras, mas nao tou a ver é o que tem a ver com o que se estava a falar no topico.

Tem a ver que, eu, já tinha reparado no avatar do mundano e ontem lembrou-me de lhe responder.

Desde que não se desconverse e que se continue dentro do tema do tópico (regra de etiqueta que muitos parecem desconhecer) não estou a ver o problema.

Mas já agora, para não te sentires excluído:

The Kaywa Reader

qrcode.png

Desculpem o off tópic.

[Nthor]

Ainda ninguém comentou o meu post!?!? Devo ter sido tão explícito que ninguém me questiona nem desmente nada...estranho mas ok.

É embaraçoso demais para muita gente e é algo do qual já tinha falado por aqui há uns meses.

Mas o grave não é uma empresa nacional "funcionar" assim, o grave é bastantes empresas, mais do que seria aceitável, funcionarem assim, culpando depois, tudo a sua volta estado, colaboradores, sindicatos, o ordenado mínimo, etc, etc... e acharem que estão bem.

E pior em vez de ouvirem quem os avisava, mataram o mensageiro acusando-o de ser vermelho, amarelo e azul...

Não será a ultima, infelizmente.

[PortuguesAoVolante]

Próspera QB. Espero e acredito que por aí nos "arredores do Pólo" (passe o exagero) também se esteja bem melhor do que nosso rectângulo natal.

Um abraço para ti e um beijo para a minha colega.

Está dado. Abraços.

[MLopes]

Felizmente, esta crise vai permitir separar o trigo do joio, no que se refere à gestão das empresas em Portugal.

Está mais que visto que não é possível manter uma gestão despreocupada e irresponsável, com vista a maximizar o lucro das empresas.
Muitas empresas são estupidamente mal geridas, e que só se mantêm em funcionamento por:
- Área de negócio não muito afectada pela crise
- Clientes ou contas regulares, que vão permitindo sobreviver
- Lucros de exercicios anteriores que vão sendo utilizados neste momento mais dificil
- Capital dos sócios para cobrir prejuízos
- Não cumprimentos das obrigações, dificultando o funcionamento de outras empresas relacionadas
- Exploração dos funcionários

Estamos num momento em que os erros de gestão pagam-se caro, em que os custos não controlados podem deitar abaixo uma empresa num ápice.

A Papelaria Fernandes é um exemplo, mas muitos mais vão acontecer durante este ano....

Ou os patrões, directores, gestores e demais funcionários se mentalizam que temos de lutar para o mesmo objectivo, ou nunca mais sairemos deste marasmo...

[warmthboy]

É embaraçoso demais para muita gente e é algo do qual já tinha falado por aqui há uns meses.

Mas o grave não é uma empresa nacional "funcionar" assim, o grave é bastantes empresas, mais do que seria aceitável, funcionarem assim, culpando depois, tudo a sua volta estado, colaboradores, sindicatos, o ordenado mínimo, etc, etc... e acharem que estão bem.

E pior em vez de ouvirem quem os avisava, mataram o mensageiro acusando-o de ser vermelho, amarelo e azul...

Não será a ultima, infelizmente.

O que me custa são as milhares de pessoas, que estão e irão sofrer com o fecho das empresas. Muitas delas já com idades complicadas para serem inseridas em empresas alternativas...

[CarlosL]

O que me custa são as milhares de pessoas, que estão e irão sofrer com o fecho das empresas. Muitas delas já com idades complicadas para serem inseridas em empresas alternativas...

Esta é a parte mais complexa da questão. As pessoas.

Quanto ao resto, desde o princípio (já são uns anitos...) que se tem vindo a alertar as pessoas que é preciso mudar a mentalidade e sair do imobilismo dos tais direitos e garantias que alguns apregoam como inquestionáveis, a apregoar modelos de intervenção que infelizmente deram provas de desastrosos.

O resultado está à vista.

O mar está cada vez mais vermelho...

[Valium]

O que me custa são as milhares de pessoas, que estão e irão sofrer com o fecho das empresas. Muitas delas já com idades complicadas para serem inseridas em empresas alternativas...

Um qq administrador disse a uma das Tv, que nenhum dos 400 trabalhadores (?) seria dispensado... mas pelos vistos não é bem assim.

[Nthor]

O que me custa são as milhares de pessoas, que estão e irão sofrer com o fecho das empresas. Muitas delas já com idades complicadas para serem inseridas em empresas alternativas...

A mim também, mas quem gere desta maneira criminosa, não tem em conta as pessoas, nem os seus direitos elementares, vivem num mundo de luxos e previlegios incomportaveis, mas culpam os outros da sua soberba, porque afinal nunca chega e há sempre a mesma velha k7, a da fraca produtividade, a do povo, a da falta de maneiras, as cores, os passarinhos, o alinhamento dos planetas, dos designios dos deuses, para justificar a velha e tacanha maneira de viver.

Achar que o direito a estabilidade na vida, especialmente como referes, em idades em que já são velhos para trabalhar e demasiado novos para se reformarem, o direito a um vencimento decente, a um futuro, são imobilismo e privilégios e desta maneira culpa-se quem trabalha.

Quem trabalha, é quem acaba a pagar os erros da ganancia alheia.

[Nthor]

Um qq administrador disse a uma das Tv, que nenhum dos 400 trabalhadores (?) seria dispensado... mas pelos vistos não é bem assim.

Temos de ser racionais acima de tudo, afinal há agora esta crise, que veio piorar a já difícil situação de muitas empresas e cidadãos.

O que temos de garantir é que quem despede, o faz de maneira racional e porque não tem outra alternativa.

Não porque se quer aproveitar da situação.

[Valium]

Temos de ser racionais acima de tudo, afinal há agora esta crise, que veio piorar a já difícil situação de muitas empresas e cidadãos.

O que temos de garantir é que quem despede, o faz de maneira racional e porque não tem outra alternativa.

Não porque se quer aproveitar da situação.

O meu comentário vem no seguimento do que foi dito pelo sr. na televisão e o que foi dito pelo user, sobre o despedimento do seu pai.

Se é absolutamente necessário ou não para a saúda da empresa, eu não sei, mas o tal administrador disse que não estavam em causa postos de trabalho

[Nthor]

O meu comentário vem no seguimento do que foi dito pelo sr. na televisão e o que foi dito pelo user, sobre o despedimento do seu pai.

Se é absolutamente necessário ou não para a saúda da empresa, eu não sei, mas o tal administrador disse que não estavam em causa postos de trabalho

Bem esperemos para ver.

[foo]

A mim também, mas quem gere desta maneira criminosa, não tem em conta as pessoas, nem os seus direitos elementares, vivem num mundo de luxos e previlegios incomportaveis, mas culpam os outros da sua soberba, porque afinal nunca chega e há sempre a mesma velha k7, a da fraca produtividade, a do povo, a da falta de maneiras, as cores, os passarinhos, o alinhamento dos planetas, dos designios dos deuses, para justificar a velha e tacanha maneira de viver.

Achar que o direito a estabilidade na vida, especialmente como referes, em idades em que já são velhos para trabalhar e demasiado novos para se reformarem, o direito a um vencimento decente, a um futuro, são imobilismo e privilégios e desta maneira culpa-se quem trabalha.

A questão é que não é preciso haver gestão criminosa para as coisas correrem mal.

Quem trabalha, é quem acaba a pagar os erros da ganancia alheia.

Quem trabalha por conta de outrem.. parra os erros de outrem. Se não lhe agrada... todos sabemos qual é a solução.