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Professor quer que pais assumam absentismo e indisciplina dos filhos
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Mas este ano fiquei com 2 nonos, 2 décimos segundos e 1 décimo primeiro...
Só os nonos é que são turmas más e que me apetece correr tudo a chapada... Nunca termino a aula com a totalidade dos alunos
De resto, as turmas do secundário são calminhas e aí dá gosto ensinar com o feedback dos alunos
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Originalmente Colocado por rogerAjacto Ver PostOs pais têm que ser reponsabilizados pelos filhos. Isso já devia estar em vigor a muito tempo.´
Mas a verdade é que os professores mais novos também não têm mão neles. Não metem respeito e são tão baldas como os alunos. Tenho muitos amigos e conhecidos professores que saem a noite com os alunos. Que dão aulas de mini saia e decotes provocantes. Depois querem que os putos tenham respeito por alguém.
Quando era miudo, a maioria dos professores era de gancho e andavamos todos na linha. Os que não eram tinham direito a uma turma de desordeiros.
E se eu te disser que os professores mais velhos tb, por vezes, já nao conseguem manter o respeito na sala de aula??? É por levarem mini-saias??
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Originalmente Colocado por Miguel_Costa Ver PostOs miúdos que andam em cadeiras de rodas são os "entravadinhos"
E na 4f para ele ir à visita de estudo a Lisboa (a escola é em Braga) foi o cabo das tormentas para o convencer a ir...
Ele primeiro disse que não queria ir... Eu suspeitava que ele gostava mt de ir mas não queria dar trabalho...
Bem, demorei 2 semanas a convencê-lo... Só depois é que ele me disse, já a chorar, que não podia ir porque não tinha o dinheiro para pagar a visita de estudo (25 euros)... Ele vive numa instituição...
Um miudo de 14 anos privado de ir a uma visita de estudo só por a instituição não ter dinheiro disponivel.. O pá, este miúdo sofre mesmo.
Quando dei por mim, na viagem Braga-porto (de regresso a casa) já tinha a lágrima no canto do olho...
Conclusão: Eu é que lhe paguei a visita de estudo porque a directora de turma... 'ta quieto!!!
Miguel desculpe, mas aqui há um mau trabalho de DT e Conselho Executivo.
A visita deveria ser paga pelo SASE e a criança, nem sequer ser confrontava com esse problema. A DT, deveria ter tratado disso. Se não o professor devia saber a situação do aluno, pela DT, e deveria ter cobrado aos outros alunos mais um euro e não confrontar a criança com essa situação!!
Eu tenho uma Direcção de Turma com 4 NEE, um bipolor grave, um com dificuldades de Aprendizagem, que vive com uma tutora, duas crianças que vivem em instituições.
Todo o Conselho de turma, tem indicações do que se passa e como agir.
A minha intervenção na turma é no sentido que todos sejam amigos, fazendo questão que se ajudem uns aos outros em tudo, quero que eles se sintam um grupo,...uma família. O aluno bipolar foi internado, e quando veio à escola, apareceu de surpresa na minha aula, para nos visitar e todos lhe batemos palmas, ele até chorou, a partir desse dia, todos mudaram relativamente a ele,...e ele também mudou.
Eu considero que essa situação teria que ser resolvida na turma, com a presença da criança deficiente e, com o professor. Para mim ele tem que se confrontar com a sua deficiência, e fazer ver aos outros todos conversando porque estão a agir mal, e os outros perceberem, com a ajuda e condução do professor a discussão. Pode acreditar que dá resultado. Já resolvi casos idênticos dessa forma. A fuga nem ajuda a criança deficiente, nem os outros. O adolescente, tem que se confrontar com o problema real, e saber defender os seu direitos, mais vale que aprenda com ajuda e supervisão do professor, esta é a minha opinião.
Combinarem por exemplo uma escala para o transportarem caso não haja funcionários, que devia haver, com a supervisão claro do professor!! Os outros aprendem o que é cidadania e ele tem o problema resolvido. Pessoalmente os meus alunos só saem da minha aula, quando eu dou a aula por terminada e esta só está terminada, quando acabam as tarefas que eu determino que tem que fazer,...neste caso transportar o colega, não quando toca.
Para mim isto faz parte da educação que a escola deve dar. Não é só na sala de aula, mas a atitude perante o colectivo.Editado pela última vez por MariaHelena; 28 March 2009, 22:23.
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Originalmente Colocado por Miguel_Costa Ver PostMas este ano fiquei com 2 nonos, 2 décimos segundos e 1 décimo primeiro...
Só os nonos é que são turmas más e que me apetece correr tudo a chapada... Nunca termino a aula com a totalidade dos alunos
De resto, as turmas do secundário são calminhas e aí dá gosto ensinar com o feedback dos alunos
Agora imagina que tens uma equipa de gente adulta para chefiar em que um ou dois são problemáticos, da tua idade ou mais velhos, chefes de família e teimosos que nem calhaus, mas muito aquém das expectativas em termos de produtividade...
Cada um tem a sua cruz...
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Originalmente Colocado por Maria Helena Ver PostMiguel desculpe, mas aqui há um mau trabalho de DT e Conselho Executivo.
A visita deveria ser paga pelo SASE e a criança, nem sequer se confrontava com esse problema. A DT, deveria ter tratado disso. Se não o professor devia saber a situação do aluno, pela DT, e deveria ter cobrado aos outros alunos mais um euro e não confrontar a criança com essa situação!!
Eu tenho uma turma com NEE, um bipolor grave, um com dificuldades de Aprendizagem, que vive com uma tutora, duas crianças que vivem em instituições.
Todo o Conselho de turma, tem indicações do que se passa e como agir.
A minha intervenção na turma é no sentido que todos sejam amigos, fazendo questão que se ajudem uns aos outros em tudo, quero que eles se sintam um grupo,...uma família. O aluno bipolar foi internado, e quando veio à escola, apareceu de surpresa na minha aula, para nos visitar e todos lhe batemos palmas, ele até chorou, a partir desse dia, todos mudaram relativamente a ele,...e ele também mudou.
Eu considero que essa situação teria que ser resolvida na turma, com a presença da criança deficiente e, com o professor. Para mim ele tem que se confrontar com a sua deficiência, e fazer ver aos outros todos conversando porque estão a agir mal, e os outros perceberem, com a ajuda e condução do professor a discussão. Pode acreditar que dá resultado. Já resolvi casos idênticos dessa forma. A fuga nem ajuda a criança deficiente, nem os outros. O adolescente, tem que se confrontar com o problema real, e saber defender os seu direitos, mais vale que aprenda com ajuda e supervisão do professor, esta é a minha opinião.
Combinarem por exemplo uma escala para o transportarem caso não haja funcionários, que devia haver, com a supervisão claro do professor!! Os outros aprendem o que é cidadania e ele tem o problema resolvido. Pessoalmente os meus alunos só saem da minha aula, quando eu dou a aula por terminada e esta só está terminada, quando acabam as tarefas que eu determino que tem que fazer,...neste caso transportar o colega, não quando toca.
Para mim isto faz parte da educação que a escola deve dar. Não é só na sala de aula, mas a atitude perante o colectivo.
Tens toda a razão mas neste caso não houve um bom funcionamento da DT e do CE...
Também não esperaria outra coisa da DT que se revelou muito imcompetente na resolução de outros casos importantes...
Quanto ao CE: não entendo porque puseram a turma em questão numa sala do 2º piso (já tentei mudar a sala das minhas aulas mas dizem-me que não ha espaços disponíveis)
Trata-se de uma turma muito pouco unida... Existem vários elementos na turma que não sabem estar e a única coisa que fazem ao aluno com este problema é magoa-lo psicológicamente. Até já ocupei uma aula de CFQ com esta turma para falar de relações interpessoais e como ajudar o próximo na esperança de ver facilitada a vida deste aluno em especial.
Como já se sabe que as amizades interferem no rendimento escolar do aluno... e o Duarte (é assim que ele se chama) tem visto os seus resultados escolares a descer!
Ele tem várias sessões com a professora do ensino especial mas parece que isso não esta a resultar muito, porque parece que ele não se dá muito bem com ela....
Como tenho um coração de manteiga (nem sei se é bom ou não) tenho, desde Fevereiro, disponibilizado várias horas no meu horário para o ajudar a estudar nas diversas disciplinas (para além do apoio que tem com os seus professores).
Não sei porquê, mas queria mesmo que ele fizesse os exames de português e matemática bem e que passasse de ano...
Cumprimentos
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Originalmente Colocado por rogerAjacto Ver PostMas a verdade é que os professores mais novos também não têm mão neles. Não metem respeito e são tão baldas como os alunos. Tenho muitos amigos e conhecidos professores que saem a noite com os alunos. Que dão aulas de mini saia e decotes provocantes. Depois querem que os putos tenham respeito por alguém.
Se os profs saiem com os alunos (seja à noite, seja para onde fôr), é porque também estão minimamente interessados em socializar/conviver com eles. Ou agora o professor só porque é professor tem que se fechar a sete chaves do mundo exterior porque idiotas como tu pensam que isso incita o mau comportamento para com os alunos.
Pára de inventar desculpas para encobrires o descuido dos pais (e se calhar o teu, caso tenhas filhos). A partir do momento em que decidem ter pais (isto quando as coisas não correm mal), acho que deviam mas é fazê-lo, seguido de um balde de água gelada "nas bentas".
Se fosse pela tua ordem de ideias, só faltava ficar escandalizado por ter visto profs que me deram aulas, nas noites da Queima.
Quanto ao caso da DarkRose, era melhor nestes casos o docente começar a apontar os nomes dos alunos. Podes ter a certeza que era meio caminho andado para começar a haver mais respeito (mesmo que houvesse menos gente).
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Originalmente Colocado por Pé Leve Ver Postpois, só problemas...
Agora imagina que tens uma equipa de gente adulta para chefiar em que um ou dois são problemáticos, da tua idade ou mais velhos, chefes de família e teimosos que nem calhaus, mas muito aquém das expectativas em termos de produtividade...
Cada um tem a sua cruz...
E como ainda sou novo, tenho sempre estas turmas problemáticas!
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Originalmente Colocado por Pé Leve Ver PostAgora imagina que tens uma equipa de gente adulta para chefiar em que um ou dois são problemáticos, da tua idade ou mais velhos, chefes de família e teimosos que nem calhaus, mas muito aquém das expectativas em termos de produtividade...
Cumprimentos
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Originalmente Colocado por Miguel_Costa Ver PostÉ mesmo.... isto não está nada fácil...
E como ainda sou novo, tenho sempre estas turmas problemáticas!
Isto, actualmente, é tudo um "fartar vilanagem", e o chavão democracia é sempre chamado à liça, embora seja frequentemente esquecido de que Democracia (a verdadeira e com "D" grande) disponibiliza Liberdade, mas, esta última, termina onde começa a dos outros. E este é que é "o problema"!
Falta autoridade clara. Mas isso é um problema do país em que vivemos...
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Originalmente Colocado por Miguel_Costa Ver PostTens toda a razão mas neste caso não houve um bom funcionamento da DT e do CE...
Também não esperaria outra coisa da DT que se revelou muito imcompetente na resolução de outros casos importantes...
Quanto ao CE: não entendo porque puseram a turma em questão numa sala do 2º piso (já tentei mudar a sala das minhas aulas mas dizem-me que não ha espaços disponíveis)
Eu vou dizer-te o que faria, contactaria o CE e DT por escrito e se eles não sabem a situação do aluno, ficavam a saber, solicitava para ser resolvida. Não resolvida seria carta, levada pelo meu Coordenador ao Conselho Pedagógico, não resolvida, participação à IGE e DRE. Por último,..ainda haveria uma hipótese,...mas não digo qual,...
faria também uma declaração para todas as actas do CTurma, da situação e em meu nome.
Ps: Claro que no ano a seguir a avaliação de desempenho não seria boa,...
Originalmente Colocado por Miguel_Costa Ver PostTrata-se de uma turma muito pouco unida... Existem vários elementos na turma que não sabem estar e a única coisa que fazem ao aluno com este problema é magoa-lo psicológicamente. Até já ocupei uma aula de CFQ com esta turma para falar de relações interpessoais e como ajudar o próximo na esperança de ver facilitada a vida deste aluno em especial.
Como já se sabe que as amizades interferem no rendimento escolar do aluno... e o Duarte (é assim que ele se chama) tem visto os seus resultados escolares a descer!
Originalmente Colocado por Miguel_Costa Ver PostEle tem várias sessões com a professora do ensino especial mas parece que isso não esta a resultar muito, porque parece que ele não se dá muito bem com ela....
Como tenho um coração de manteiga (nem sei se é bom ou não) tenho, desde Fevereiro, disponibilizado várias horas no meu horário para o ajudar a estudar nas diversas disciplinas (para além do apoio que tem com os seus professores).
Não sei porquê, mas queria mesmo que ele fizesse os exames de português e matemática bem e que passasse de ano...
Cumprimentos
Ajuda-o a confrontar-se com a sua deficiência e desafia-o a superar-se, e a saber que tu estás lá,...vais ver que ele ganha confiança.Editado pela última vez por MariaHelena; 28 March 2009, 22:51.
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Originalmente Colocado por Jeandré Ver PostCá está, e pela ordem actual de ideias o chefe deveria ser avaliado negativamente, visto que segundos os métodos de avaliação vigentes, a culpa da produtividade aquém das expectativas é claramente de quem chefia a equipa e não dos elementos problemáticos.
Cumprimentos
É tudo, parece-me, uma questão de dignidade, de honra e de auto avaliação nos casos dos mais velhos e de responsabilização, de todos os "interessados", nos mais novos.
Em todos os casos falta, claramente, autoridade e esta tem de ser, urgentemente, reposta, ou continuaremos nesta "madorna imbecil"!
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Pois Helena... por vezes até é ele que vem a sala dos profs. falar comigo.
Não quero ter chatices dessa natureza pq dps lá vai o "bom" da minha avaliação...
Estou a tentar resolver isto com conversinhas com o aluno para o acalmar quando é preciso e às vezes até me passo com a DT.
Mas obrigado pelos conselhos
Comentário
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Originalmente Colocado por Pé Leve Ver Postpois, só problemas...
Agora imagina que tens uma equipa de gente adulta para chefiar em que um ou dois são problemáticos, da tua idade ou mais velhos, chefes de família e teimosos que nem calhaus, mas muito aquém das expectativas em termos de produtividade...
Cada um tem a sua cruz...
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Originalmente Colocado por Miguel_Costa Ver PostPois Helena... por vezes até é ele que vem a sala dos profs. falar comigo.
Não quero ter chatices dessa natureza pq dps lá vai o "bom" da minha avaliação...
Estou a tentar resolver isto com conversinhas com o aluno para o acalmar quando é preciso e às vezes até me passo com a DT.
Mas obrigado pelos conselhos
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Originalmente Colocado por Miguel_Costa Ver PostOs miúdos que andam em cadeiras de rodas são os "entravadinhos"
E na 4f para ele ir à visita de estudo a Lisboa (a escola é em Braga) foi o cabo das tormentas para o convencer a ir...
Ele primeiro disse que não queria ir... Eu suspeitava que ele gostava mt de ir mas não queria dar trabalho...
Bem, demorei 2 semanas a convencê-lo... Só depois é que ele me disse, já a chorar, que não podia ir porque não tinha o dinheiro para pagar a visita de estudo (25 euros)... Ele vive numa instituição...
Um miudo de 14 anos privado de ir a uma visita de estudo só por a instituição não ter dinheiro disponivel.. O pá, este miúdo sofre mesmo.
Quando dei por mim, na viagem Braga-porto (de regresso a casa) já tinha a lágrima no canto do olho...
Conclusão: Eu é que lhe paguei a visita de estudo porque a directora de turma... 'ta quieto!!!
Há pessoas que sofrem mesmo muito...
Se acontecer algo de novo desse género manda-me uma PM que terei todo o gosto de lhe financiar a visita de estudo!
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Originalmente Colocado por air Ver Post
Há pessoas que sofrem mesmo muito...
Se acontecer algo de novo desse género manda-me uma PM que terei todo o gosto de lhe financiar a visita de estudo!
Muito bonito Air e acredito que o diz com o coração!
Quero dizer, que nós professores nos confrontamos diariamente com n situações das deste género, contadas aqui pelo colega Miguel. Que não têm resposta, muitas vezes nem as oficiais, e que as tentamos resolver da melhor maneira.
É aqui que muitos de nós perdemos muitas horas, que não são contabilizadas, nem podem ser levadas à letra, porque não é possível, assim como o desgaste por elas provocado. E por isso muita da nossa revolta, quando só nos somam as horas lectivas e nós sabemos com o que lidamos diariamente. O trabalho de um professor, não pode ser matemático, porque é um trabalho baseado no relacionamento humano. Às vezes podemos não perder tempo, outras vezes perdemos 3 horas só com um aluno.
Por exemplo se o Miguel viesse a intervir seriamente relativamente a este aluno, iria perder muito tempo, iria ganhar, muitas dores de cabeça, iria ganhar inimizades na escola, iria provavelmente ter uma má avaliação, para não se andar armar em esperto e fazer queixinhas da escola e dar uma imagem de que não funcionam bem. As escolas não gostam de professores que levantam muitas ondas, que são críticos e não são obedientes, ao sistema. Assim, vai fazendo o que lhe deixam,...
Em Outubro na minha Dt, foi pedido um esclarescimento à DRE sobre como fazer a avaliação de um aluno, do ensino especial, já que ele tem que faltar muito,..a escola ainda não obteve resposta. A lei foi feita mas não regulamentada, pelo menos para alguns casos, que as escolas, não sabem como devem fazer.
Antigamente este aluno poderia fazer faseado, por disciplinas, mas assim não poderá. As faltas estão justificadas pelo decreto, mas não sabemos como fazer já que é um caso muito particular.
Ps: Miguel, sou de Ed. Física.Editado pela última vez por MariaHelena; 29 March 2009, 00:02.
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Originalmente Colocado por rogerAjacto Ver PostOs pais têm que ser reponsabilizados pelos filhos. Isso já devia estar em vigor a muito tempo.´
Mas a verdade é que os professores mais novos também não têm mão neles. Não metem respeito e são tão baldas como os alunos. Tenho muitos amigos e conhecidos professores que saem a noite com os alunos. Que dão aulas de mini saia e decotes provocantes. Depois querem que os putos tenham respeito por alguém.
Quando era miudo, a maioria dos professores era de gancho e andavamos todos na linha. Os que não eram tinham direito a uma turma de desordeiros.
já vi que é de longe, não adianta..... quando tiver paciência vou escrever aqui sobre "os novos professores"Editado pela última vez por pvox; 29 March 2009, 01:26.
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Originalmente Colocado por Pé Leve Ver Postpois, só problemas...
Agora imagina que tens uma equipa de gente adulta para chefiar em que um ou dois são problemáticos, da tua idade ou mais velhos, chefes de família e teimosos que nem calhaus, mas muito aquém das expectativas em termos de produtividade...
Cada um tem a sua cruz...
Do que o Pé Leve se queixa só vem confirmar a urgência de medidas efectivamente importantes para a melhoria das escolas, e por conseguinte, da sociedade portuguesa. É que essa equipa de gente adulta problemática sem responsabilidade nem educação que tem de chefiar já passou pelas “nossas mãos”, e não tivemos os instrumentos necessários que nos permitissem moldar os maus hábitos e a falta de educação que eles traziam de casa. Os governos preferem atirar com Magalhães para as escolas para com eles nós resolvermos os problemas de educação (ou falta dela). Mas também, nós professores, somos culpados pela falta de valores e de educação daqueles que nos governam. Fomos nós que os fizemos assim com as leis que eles nos deram. Por isso eles são como são – uns mal formados.
Se atentarmos aos casos de alunos que fazem frente a professores com atitudes de imposição e desrespeito total, da forma que já vimos na televisão (e outras piores que não são filmadas), e o máximo que lhes acontece é serem transferidos para outra escola (pois se perdessem o ano estragavam as estatísticas do governo), então perante a turma, com que cara ficam os professores atingidos por esse desrespeito que chega muitas vezes até a intentar contra a sua integridade física. Imagine, por exemplo, que um desses seus subalternos o confronta, insulta e lhe espeta dois murros, e o patrão da sua empresa repreende-o transferindo-o para outra sucursal na rua mais abaixo. Com que cara apareceria no dia seguinte no trabalho para impor o respeito necessário perante os que hierarquicamente lho devem (claro, tirando o “pormenor” os olhos negros).
Quando o caso, mesmo sendo grave, não atinge estas proporções, o aluno é suspenso por uns dias, passeando-se à porta da escola e gozando com os colegas, alegando que está a passar uns belos dias de férias. E quando regressa tem uma auréola de poder e respeito perante os colegas, sendo que ainda se ri com gozo na cara do professor atingido. E fora da escola o docente ainda é confrontado com insultos, ameaças e desafios de confronto físico além de brindado com o carro riscado se tiver a sorte de não ter os pneus furados. Não esqueçamos ainda que a maioria na classe são professoras (80%) e que sentimentalmente saem muito mais afectadas com tudo isto.
Imagine, agora, o Pé Leve que a sua esposa é professora, chegando constantemente a casa nervosa e a chorar sempre que deu ou vai dar aulas aquela tal turma e toma ansiolíticos e calmantes para conseguir aguentar. Acrescente-lhe a isso, por exemplo, o facto de ela estar a viver num quarto alugado 300km longe de si e que só a consegue consolar por telefone, pois só se vêm uma vez por mês quando regressa a casa de fim de semana para o ver a si e aos filhos. Além disso, sabe que isso irá durar por 4 anos, pois os concursos de professores agora têm de vigência essa duração (para bem da estabilidade do ensino como apregoa o governo). A realidade é muito pior do que a ficção, acredite (embora, felizmente a situação cá por casa não ser esta, conheço imensos casos assim).
O povo português não se apercebe que se um professor der um estalo a um aluno apanha um processo disciplinar e poderá mesmo ser expulso do ensino ficando sem sustento para si e para os seus. Se não é fácil educar um filho, imagine-se educar trinta de uma vez numa sala, com diferenças abissais entre eles e ainda com alunos deficientes à mistura, além de ter de leccionar todo um programa de matéria e de no final ser avaliado por aquilo que os alunos se dispuseram dar-se ao trabalho de aprender. É que há umas décadas atrás o principal papel do professor era o de pedagogo, cabendo-lhe essencialmente ensinar os conteúdos programáticos que iriam preparar a criança ou o jovem a ser um cidadão profissionalmente competente e civicamente responsável. Hoje em dia, a docente gasta a maior parte do seu tempo a educar boas maneiras e incutir respeito aos alunos e sobra-lhe um pouco para ensinar conteúdos. É algo aberrante, pois normalmente esse papel cabe mais às educadoras de infância que estão a dar educação às crianças de tenra idade integrando conteúdos em menor quantidade.
Afinal, qual o pai que gosta que o filho deficiente seja insultado pelos seus pares na escola? Qual o pai que gosta que o filho não consiga aprender o que por lei tem direito porque na turma existe um ou dois alunos cujo único objectivo de ali estar é fazer frente ao professor e com isso ganhar um estatuto de notoriedade perante os seus pares? Qual o pai que gosta que o seu filho seja mal tratado, insultado ou agredido na escola sem que o agressor seja realmente punido? E em última análise, qual o pai que gosta de pagar os seus impostos contribuindo para que um outro seu congénere possa receber subsídios e não eduque o seu próprio filho que na escola irá prejudicar o filho de quem lhe está a pagar a subsistência?
É que ser pai, qualquer um pode ser, pois estamos morfologicamente apetrechados para isso, mas assumir verdadeiramente esse papel na educação e formação dos filhos só alguns o fazem realmente, pois a maioria demite-se dessa responsabilidade depositando a mesma nas escolas onde abandonam os filhos durante todo o dia.
Por isso, eu digo que esta medida de penalizar os pais que não se responsabilizam pela educação dos seus filhos através da retirada dos apoios sociais, é a única medida que poderá levar a que eles se preocupem realmente com o que os seus educandos fazem dentro e fora de casa.
A segunda medida passaria pela criação de verdadeiros cursos profissionais e profissionalizantes para aqueles alunos que não querem “seguir os estudos”, ao invés desta panóplia de CEFs em que os alunos vão brincar um pouco com os computadores para no fim lhes darem um canudo.
Por último, mas não menos importante, restituir a autoridade às escolas e aos professores, para o ensino ser nivelado pela qualidade e respeito introduzido pelos professores e não pelos valores vindos de casa daqueles que tomaram de assalto as escolas.
(Desculpem o testamento, mas isto que escrevi é tão pouco comparado com o tanto que é preciso fazer-se nas escolas para começarmos a transformar isto num país de verdade onde o civismo, a tolerância, o respeito e, em suma, a educação seja uma realidade).Editado pela última vez por BLADERUNNER; 29 March 2009, 09:58.
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Originalmente Colocado por Maria Helena Ver PostMuito bonito Air e acredito que o diz com o coração!
Quero dizer, que nós professores nos confrontamos diariamente com n situações das deste género, contadas aqui pelo colega Miguel. Que não têm resposta, muitas vezes nem as oficiais, e que as tentamos resolver da melhor maneira.
É aqui que muitos de nós perdemos muitas horas, que não são contabilizadas, nem podem ser levadas à letra, porque não é possível, assim como o desgaste por elas provocado. E por isso muita da nossa revolta, quando só nos somam as horas lectivas e nós sabemos com o que lidamos diariamente. O trabalho de um professor, não pode ser matemático, porque é um trabalho baseado no relacionamento humano. Às vezes podemos não perder tempo, outras vezes perdemos 3 horas só com um aluno.
Por exemplo se o Miguel viesse a intervir seriamente relativamente a este aluno, iria perder muito tempo, iria ganhar, muitas dores de cabeça, iria ganhar inimizades na escola, iria provavelmente ter uma má avaliação, para não se andar armar em esperto e fazer queixinhas da escola e dar uma imagem de que não funcionam bem. As escolas não gostam de professores que levantam muitas ondas, que são críticos e não são obedientes, ao sistema. Assim, vai fazendo o que lhe deixam,...
Em Outubro na minha Dt, foi pedido um esclarescimento à DRE sobre como fazer a avaliação de um aluno, do ensino especial, já que ele tem que faltar muito,..a escola ainda não obteve resposta. A lei foi feita mas não regulamentada, pelo menos para alguns casos, que as escolas, não sabem como devem fazer.
Antigamente este aluno poderia fazer faseado, por disciplinas, mas assim não poderá. As faltas estão justificadas pelo decreto, mas não sabemos como fazer já que é um caso muito particular.
Ps: Miguel, sou de Ed. Física.
Era bom que todos os professores sentissem a sua profissão assim, não como uma profissão, mas como um sentido de responsabilidade enorme por estar a lidar com pessoas em formação.
Os pais da minha namorada são professores, um primário e o outro do secundário. E a conclusão a que chegamos é que o que é professor primário tem muito mais "responsabilidade" e lhe deveria ser dada outra atenção. Este tem também turma com miúdos cheios de problemas sociais. Quando é no secundário já não há muito a intervir na formação pessoal dos alunos, a maior parte está feita (bem ou mal).
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Originalmente Colocado por air Ver PostÀs vezes (ou muitas vezes) gasto 25€ em coisas que poderia passar tão bem sem elas, que até fico triste de alguém com essas dificuldades não ter esse dinheiro para ir a uma visita de estudo...
Era bom que todos os professores sentissem a sua profissão assim, não como uma profissão, mas como um sentido de responsabilidade enorme por estar a lidar com pessoas em formação.
Os pais da minha namorada são professores, um primário e o outro do secundário. E a conclusão a que chegamos é que o que é professor primário tem muito mais "responsabilidade" e lhe deveria ser dada outra atenção. Este tem também turma com miúdos cheios de problemas sociais. Quando é no secundário já não há muito a intervir na formação pessoal dos alunos, a maior parte está feita (bem ou mal).
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Originalmente Colocado por air Ver PostÀs vezes (ou muitas vezes) gasto 25€ em coisas que poderia passar tão bem sem elas, que até fico triste de alguém com essas dificuldades não ter esse dinheiro para ir a uma visita de estudo...
Era bom que todos os professores sentissem a sua profissão assim, não como uma profissão, mas como um sentido de responsabilidade enorme por estar a lidar com pessoas em formação.
Os pais da minha namorada são professores, um primário e o outro do secundário. E a conclusão a que chegamos é que o que é professor primário tem muito mais "responsabilidade" e lhe deveria ser dada outra atenção. Este tem também turma com miúdos cheios de problemas sociais. Quando é no secundário já não há muito a intervir na formação pessoal dos alunos, a maior parte está feita (bem ou mal).
Por vezes, esquecemo-nos que existem pessoas em África que vivem com menos de 1 dólar por dia
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