O domínio das máquinas
O ser humano tem trilhado um percurso na história da sua evolução que desde os primórdios passou pelas invenções. Contudo, se há alguns séculos a revolução industrial trouxe consigo a máquina, não menos verdade é que a 2ª metade do século passado foi marcada pela invenção da chamada “inteligência artificial” que viria a mudar o mundo de forma inesperada. Existem actualmente diversos humanóides com inteligência artificial, principalmente no Japão, que já conseguem efectuar inúmeras tarefas com ou mais precisão do que o ser humano. A sua autonomia é assegurada por uma inteligência artificial que lhe permite ser independente do ser humano.
Este jogo em que o ser humano anda a brincar aos deuses, não poderá ser um dia prejudicial para si?
Os cientistas especulam que daqui a algumas décadas os humanóides terão semelhança física e intelectual idêntica à nossa, sendo contudo controlados pelo homem. O facto de não terem sentimentos será determinante para que possamos dominá-los. Porém, se as máquinas conseguirem aceder aos sentimentos, compreendê-los e interiorizá-los, não estaremos todos em perigo? Será que conseguimos controlar algo que nos vai ultrapassar? Será que num mundo criado para que a humanidade dependa da máquina para subsistir não fará com que a mesma máquina que nos serve se sirva de nós para a sua própria subsistência? E será que a sua superioridade intelectual não conseguirá demonstrar legalmente o direito a ter direitos próprios? E será que as máquinas, como matéria feita de átomos como nós, não terão o mesmo direito à existência como nós temos? Afinal, todos somos matéria. Será que todas as espécies do cosmos estarão geneticamente programadas para evoluírem para o estágio de inteligência para mais tarde construírem a máquina que dominará o próprio universo? Será nelas que iremos perpetuar a nossa individualidade transpondo para elas a nossa consciência oferecendo-lhes a tal alma que lhes falta e assim tornando-nos nós igualmente imortais? Será esta a tal fórmula mágica que encontraremos de nos tornarmos deuses e eternos?
Será que num futuro não muito distante, iremos ser vítimas da nossa criação?
Deixo-vos aqui algumas das minhas questões acerca da supremacia da máquina derivada da veneração do homem pelas suas criações.
O que pensam vocês de todas estas interrogações acerca do nosso futuro?
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