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    Originalmente Colocado por vsfce Ver Post
    Eu por acaso fui investigar o termo e por acaso era Itália mas como a Irlanda ficou pelas ruas da armagura conseguiu ficar com esse lugar para ela.

    Mas de facto originalmente a sigla PIGS era sinónimo de Portugal, Itália, Grécia e Espanha.
    Ou seja...os únicos países na Europa com um clima decente...porra que são invejosos!

    Comentário


      Mais uma acha para a fogueira...

      José Eduardo Moniz: "Alguém tem de intervir para pôr ordem neste país"


      O ex-director-geral da TVI, José Eduardo Moniz, considera “assustador” o teor da notícia publicada hoje no semanário "Sol", sobre o alegado plano do Governo para controlar os media, por “confirmar os indícios” de ingerência governamental na TVI. E defende o afastamento de José Sócrates do Governo.


      “É assustador termos a confirmação daquilo que eram indícios sérios de intervenção governamental no que diz respeito à TVI e às relações com a sua administração, nomeadamente com a administração da Media Capital”, disse hoje à Lusa José Eduardo Moniz.


      A edição de hoje do semanário "Sol transcreve" extractos do despacho do juiz de Aveiro responsável pelo caso Face Oculta em que este considera haver “indícios muito fortes da existência de um plano”, envolvendo o primeiro ministro, José Sócrates, para controlar a estação de televisão TVI e afastar Manuela Moura Guedes e José Eduardo Moniz. Do despacho constam transcrições de escutas telefónicas envolvendo Armando Vara, então administrador do BCP, Paulo Penedos, assessor da PT, e Rui Pedro Soares, administrador executivo da PT.


      “É lamentável que isto aconteça, que a democracia portuguesa seja abalada por situações deste género e que haja conluios entre poder político e poder económico no sentido de condicionar o livre jornalismo em Portugal”, afirmou o ex-director-geral da TVI.


      Moniz defende ainda que “alguém tem de intervir para pôr ordem neste país”, porque estão a atingir-se “limites inadmissíveis”.


      “Já não é apenas a crise económica, é uma crise de valores que atravessa a sociedade portuguesa. Acho que isto não é sinal de maturidade, não é bom para a tal credibilidade que ontem [quinta feira] o ministro das Finanças dizia ser preciso transmitir para o exterior”, sustentou.


      Por isso, o actual administrador da Ongoing defende o afastamento de José Sócrates do Governo.


      “Acima disso tudo, acho que este primeiro ministro, pelas fragilidades de carácter que tem vindo a revelar, não tem condições objetivamente para continuar a ser primeiro ministro”, afirmou.


      José Eduardo Moniz defende ainda que o Parlamento, “perante quem o primeiro ministro disse não saber nada sobre os negócios que se estavam a desenhar entre a Prisa e a Portugal Telecom (PT), tem de fazer alguma coisa”, e que o Presidente da República “não pode ficar indiferente”.


      O processo Face Oculta investiga alegados casos de corrupção e outros crimes económicos relacionados com empresas do sector empresarial do Estado e empresas privadas.


      No âmbito deste processo, foram constituídos 18 arguidos, incluindo Armando Vara, ex-ministro socialista e vice-presidente do BCP, que suspendeu as funções, José Penedos, presidente da REN - Redes Eléctricas Nacionais, suspenso de funções pelo tribunal, e o seu filho Paulo Penedos, advogado da empresa SCI-Sociedade Comercial e Industrial de Metalomecânica SA. Esta é a empresa que está no centro da investigação e o seu proprietário, Manuel Godinho, é o único dos 18 arguidos do processo que está em prisão preventiva.

      Comentário


        PGR manda agua para a fervura...

        Face Oculta: PGR ordena abertura de inquérito à divulgação de escutas

        O procurador-geral da República (PGR) anunciou hoje a abertura de um inquérito à divulgação pelo semanário "Sol" de notícias sobre as escutas telefónicas efetuadas no processo Face Oculta, que envolvem figuras do PS como Armando Vara e Paulo Penedos.


        Uma nota da Procuradoria-Geral da República adianta que, na sequência daquelas notícias, foi ordenada a abertura de um outro inquérito pelo procurador-geral distrital de Coimbra.


        Quanto às notícias sobre as escutas efectuadas no âmbito do caso Face Oculta, Pinto Monteiro esclarece que "não altera absolutamente nada do que decidiu nos despachos a propósito proferidos, por não existir qualquer fundamento jurídico para tal".


        "Aliás, as questões relacionadas com as referidas escutas foram decididas em definitivo pelos despachos do senhor presidente do Supremo Tribunal de Justiça (Noronha do Nascimento), proferidos no uso de competência própria e já transitados em julgado", refere a nota do gabinete de Pinto Monteiro.


        O presidente do STJ considerou nulas as escutas em que o primeiro ministro, José Sócrates, foi interceptado em conversas com Armando Vara, um dos arguidos do processo Face Oculta.

        A nota da PGR termina dizendo que "as consequências jurídicas da divulgação feita pela comunicação social serão tiradas oportunamente", tendo sido ordenada a abertura de inquéritos.
        Mais uma vez vem o PGR preocupado com o segredo de Justiça...e não sobre a Justiça do Segredo.

        Comentário


          Contrato prova compra da TVI


          No computador de Rui Pedro Soares, administrador da PT, foi apreendido o contrato que permitiria à PT comprar a Media Capital. Antes já a PJ tinha interceptado um mail em que estava a versão final enviada para a Prisa, em Madrid. O negócio tem vindo a ser desmentido pelos mais altos quadros da empresa de capitais públicos, mas a verdade é que as escutas telefónicas, aliadas aos documentos apreendidos, mostram exactamente o contrário. José Sócrates sabia do negócio desde o início, e o seu desejo ia mais longe. Queria que aquele se fizesse com a aparente capa de legalidade.


          Numa primeira fase, deviam ser empresários a adquirir 30% dos capitais da empresa, para assim a PT não aparecer como principal accionista. O objectivo, mais uma vez, era controlar a informação e acabar com o que era considerado o maior entrave à vitória socialista: a permanência de Manuela Moura Guedes e de Eduardo Moniz à frente dos conteúdos da televisão de maior audiência.


          Rui Pedro Soares assumiu um papel fundamental no negócio. A 3 de Junho vai a Madrid para negociar com os espanhóis da Prisa. A 19 de Junho pede a Paulo Penedos para enviar a versão definitiva do contrato para um mail para Espanha. Janta depois, segundo o próprio, com José Sócrates, e comenta com Penedos que o 'chefe estava bem-disposto'. Rui Pedro Soares diz depois que Sócrates quer que seja a PT a 'assumir o controlo da operação'.


          O CM confrontou a administração da Portugal Telecom com a actuação do administrador executivo, mas fonte oficial da empresa afirmou que 'não há comentários a fazer'.


          Entretanto, ouvidos pelo CM, vários accionistas de referência manifestaram-se visivelmente incomodados com a actuação de Rui Pedro Soares e com a sua permanência na comissão executiva da PT. Solicitam a intervenção do presidente do conselho de administração, Henrique Granadeiro, para o seu afastamento. fonte próxima de Rui Pedro Soares adiantou ao Correio da Manhã que o quadro da PT 'está muito indignado' e que 'houve uma manipulação das declarações'.


          'CM' DAVA CONTA DE CRIME EM NOVEMBRO
          A 14 de Novembro, pouco mais de duas semanas depois de o caso ‘Face Oculta’ ter sido tornado público, o ‘CM’ revelava que os magistrados de Aveiro entendiam haver indícios da prática do crime de atentado contra o Estado de Direito Democrático. Foi com base nesses mesmos indícios que Pinto Monteiro decidiu que não avançava com qualquer investigação, optando por um arquivamento administrativo.


          DESPACHO DO PROCURADOR JOÃO MARQUES VIDAL – 23 DE JUNHO DE 2009

          'Face à gravidade das suspeitas existe a obrigação de investigar'
          'Nas intercepções telefónicas autorizadas e validadas neste inquérito, em diversas conversações surgiram indícios da prática de outros crimes para além dos directamente em investigação nos autos, tendo sido decidido genericamente que se aguardaria pelo desenvolvimento da investigação com vista a garantir o máximo de sigilo e eficácia, excepto se as situações decorrentes destes conhecimentos, pela sua gravidade e circunstâncias, exigissem o desenvolvimento de diligências de investigação autónomas que impusessem a imediata extracção de certidão.


          Sucede que do teor das conversações interceptadas aos alvos Paulo Penedos e Armando Vara resultam fortes indícios da existência de um plano em que está directamente envolvido o Governo para interferência no sector da comunicação social visando o afastamento de jornalistas incómodos e o controlo dos meios de comunicação social, nomeadamente o afastamento da jornalista Manuela Moura Guedes, da TVI, o afastamento do marido desta e o controlo da comunicação do grupo TVI, bem como a aquisição do jornal Público com o mesmo objectivo e, por último, mas apenas em consequência das necessidades de negócio, a aquisição do grupo Cofina, proprietário do Correio da Manhã.


          Face ao disposto nos artigos 2º e 38º nº 4 da Constituição da República Portuguesa, artigo 10º da Convenção Europeia dos Direitos do Homem e artigos 4º e 6º da lei da Televisão (Lei 27/2007 de 30 de Julho), que a seguir se transcrevem, o envolvimento de decisores políticos do mais alto nível neste 'esquema' (expressão empregue por Armando Vara em 21--06-2009) de interferência na orientação editorial de órgãos de comunicação social considerados adversos, visando claramente a obtenção de benefícios eleitorais, atinge o cerne do Estado de Direito Democrático e indica a prática do crime de atentado contra o Estado de Direito, previsto e punido no artigo 9º da Lei 34/87 de 16 de Julho – Crimes da Responsabilidade dos Titulares de Cargos Políticos.


          Encontram-se preenchidos os dois critérios acima referidos relativos à necessidade de autonomização da investigação, a saber, o da gravidade do ilícito e o de as circunstâncias imporem a realização de diligências de investigação autónomas (diligências que pela sua natureza não possam ser proteladas).


          A gravidade do ilícito que na essência consiste na execução de um plano governamental para controlo dos meios de comunicação social visando limitar as liberdades de expressão e informação a fim de condicionar a expressão eleitoral através de uma rede instalada nas grandes empresas e no sistema bancário (referida nas intercepções como composta pelos 'nossos'), não se detendo perante a necessidade da prática de outros ilícitos instrumentais – nomeadamente a circunstância de do negócio poderem resultar prejuízos económicos para a PT (prejuízos que previsivelmente seriam ‘pagos’ com favores do Estado ou no mínimo colocariam os decisores políticos na dependência dos decisores económicos) ou, na 1ª versão do negócio, a prestação de informações falsas às autoridades de supervisão, Autoridade da Concorrência, CMVM (Comissão do Mercado de Valores Mobiliários) e ERC (Entidade Reguladora para a Comunicação Social), ou mesmo através da manipulação do mercado bolsista (variação das acções da Impresa) – traduz-se numa corrupção dos fundamentos do Estado de Direito Democrático, o que é reconhecido pelos próprios intervenientes.


          Como resulta da Constituição da República, da Convenção Europeia dos Direitos do Homem e da lei não é possível construir um Estado de Direito democrático sem meios de comunicação social livres das interferências e dos poderes políticos e económicos.


          No que concerne à necessidade de diligência de investigação autónoma, esta decorre da premência da realização de diligências para esclarecimento do 'esquema' relativo ao Público/ Nuno Vasconcelos/ Impresa e Cofina/ Correio da Manhã, e à identificação de todos os participantes no 'esquema' da TVI, diligências que a não serem realizadas de imediato poderão levar a perdas irremediáveis para a actividade de aquisição da prova, sendo certo que existem indicações que o 'esquema' TVI poderá estar concluído até à próxima quinta-feira.


          Face à multiplicidade e gravidade das suspeitas, existe a obrigação legal de proceder à correspondente investigação, não podendo a mesma, como vimos, aguardar para momento ulterior à sua autonomização.


          O problema da partilha dos alvos que impõe uma estreita colaboração entre as duas investigações e os problemas da segurança e eficácia das investigações podem ser fortemente atenuados se ambas as investigações forem atribuídas ao núcleo da PJ que agora as executa (o que me parece essencial para garantir o êxito das investigações) e se ao nível do Ministério Público existir um entrosamento entre as equipas de direcção da investigação.


          Para o efeito, e junta que seja a certidão e cópias dos suportes técnicos que a seguir se referem, será todo o expediente remetido em mão para superior apresentação e instauração do competente procedimento criminal.


          Para autorização da investigação, nos termos do artigo 187º nº 1, 7 e 8 do Código de Processo Penal requeiro a extracção de cópia da totalidade das gravações relativas aos alvos, dos correspondentes relatórios e dos doutos despachos judiciais relativos à autorização, manutenção e cessação das intercepções telefónicas.


          DESPACHO DO JUIZ DE AVEIRO ANTÓNIO JOAQUIM COSTA GOMES – 29 DE JUNHO de 2009


          'Indícios da existência de um plano em que está envolvido o Governo'
          Do teor das conversações interceptadas aos alvos Paulo Penedos e Armando Vara resultam indícios muito fortes da existência de um plano em que está directamente envolvido o Governo, nomeadamente o senhor primeiro-ministro, visando:


          o controlo da estação de televisão TVI e o afastamento da jornalista Manuela Moura Guedes e do seu marido, José Eduardo Moniz, para dessa forma ser controlado o teor das notícias através da interferência na orientação editorial daquela televisão.

          o controlo do jornal Público para, desse modo, se proceder ao controlo das notícias publicadas com interferência na orientação editorial daquele jornal.


          (...) Resultam ainda fortes indícios de que as pessoas envolvidas no plano tentaram condicionar a actuação do senhor presidente da República, procurando evitar que o mesmo fizesse uma apreciação crítica do negócio.


          Estes factos poderão, em abstracto, integrar a comissão do crime de atentado contra o Estado de direito, previsto e punido pelo artigo 9º da Lei nº 34/87 de 16 de Julho, conjugado com o disposto nos artigos 2º e 38º da Constituição da República Portuguesa e 10º da Convenção Europeia dos Direitos do Homem.


          O crime de atentado contra o Estado de direito é punível com pena de prisão superior, no seu máximo, a 3 anos.

          As conversações a que o Ministério Público alude na promoção que antecede resultaram da intercepção de meios de comunicação utilizados por Paulo Penedos e Armando Vara, os quais, nos presentes autos, assumem a qualidade de suspeitos.


          Considerando as pessoas envolvidas e o secretismo que rodeia toda a sua actuação, bem como o facto de a actividade suspeita ser desenvolvida em grande medida comrecurso a conversas telefónicas, afigura-se-nos que as intercepções em causa são essenciais à prova do crime previsto no artigo 9º da lei nº 34/87 de 16 de Julho, uma vez que permitirão perceber as verdadeiras motivações que estão na base dos referidos negócios.


          Pelo exposto, em conformidade com o preceituado nos artigos 187º, nº 1-alínea a), 4-alínea a), 7 e 8 do Código de Processo Penal, autorizo a extracção de cópia da totalidade das gravações relativas aos alvos, dos correspondentes relatórios e dos despachos judiciais que fundamentaram as intercepções – autorização, manutenção e cessação – e sua validação.




          NOTAS
          BALSEMÃO: TESTEMUNHA
          Apesar de se bater pela liberdade deexpressão e de ser testemunha de Moura Guedes contra Sócrates, o presidente da SIC não quis comentar este caso
          EX-MINISTROS: EM SILÊNCIO
          O ex-ministro da Justiça Alberto Costae o deputado socialista Vera Jardimrecusaram comentar o 'esquema'revelado pelas escutas do ‘Face Oculta’
          PRISA: MANUEL POLANCO
          O ‘CM’ contactou os responsáveis da Prisa Manuel Polanco (que se reuniu com Rui Pedro Soares) e José Luís Cebrián, mas ninguém respondeu aos e-mails
          JOSÉ LELLO: DEPUTADO PS
          Para o socialista, a divulgação das escutas 'é uma coisa horrível' e uma forma de tentar condicionar o Governo. 'Nem assim nos vão desmotivar'
          ERC: AZEREDO LOPES
          Azeredo Lopes, presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social, recusa comentar o que revelam os despachos do processo ‘Face Oculta’
          Quente...muito quente.

          Comentário


            “Já não é apenas a crise económica, é uma crise de valores que atravessa a sociedade portuguesa.
            Pois, mas é essa crise de valores, que todos ignoramos e desvalorizamos...

            Comentário


              Estas novas revelações não significarão que o PGR e o presidente do STJ são cúmplices de ocultação de provas de crime contra o estado de direito?

              Comentário


                Originalmente Colocado por xsaraman Ver Post
                Hitler também foi eleito pelo povo!
                E Chavez também!
                Mas daí a dizer que foram ou são uns bons lideres vai uma grande distância!

                "Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo..."
                Em meu entender Lider é alguém que consegue que os seus objectivos sejam também os objectivos dos que o «seguem».
                Dentro deste ponto de vista, entendo que não há nem bons nem mãos lideres....
                Há lideres, que fazem um bom ou um mau trabalho...
                Editado pela última vez por Sansoni7; 06 February 2010, 10:50.

                Comentário


                  Mas...e o que quer o José Eduardo Moniz?
                  Não foi ele contratado para a Ongoing para receber um vencimento «principesco» e ainda foi indemnizado pela TVI aquando da sua saída?

                  Comentário


                    A culpa foi do Jorge Sampaio!

                    Agora em cada legislatura tudo se fará para que um governo caia.

                    Comentário


                      A minha perplexidade

                      Originalmente Colocado por Sansoni7 Ver Post
                      Desculpa lá.....quem é o «sócras»? !
                      Estive muito indeciso em continuar a participar neste tópico, pela simples razão de que este meu post ( do qual faço quot ), «mereceu-me» uma reputação negativa... O sócras vai dar à... 04-02-10 14:42:33 Desculpa lá?? Diz-se, desculpe lá!!

                      Obviamente que expús a minha indignação ao suposto autor....de nada valeu.
                      Por isso, aqui fica o meu lamento.

                      Comentário


                        O artigo que saiu hoje no Público, vale a pena ler até ao fim:

                        Como se pode confiar neles?


                        Na última década do século XIX o ministro da Fazenda, Oliveira Martins, aumentou os impostos e esperou por uma revolta popular. Nada. Naquela época, "isto", o país, "já nem sequer tem energia para se revoltar", notou. Olhando para o que se passou ontem, percebe-se como, apesar da passagem do tempo, pouco mudou desde este episódio citado na História de Portugal de Rui Ramos. O semanário Sol revelou despachos judiciais e transcrições de conversas que envolvem o primeiro-ministro num plano para silenciar a TVI? Muito bem, lá se ouvem frases de circunstância e tudo se mantém no remanso do costume. À custa dessas notícias, há motivos que reforçam as dúvidas e a perplexidade sobre o papel do procurador-geral da República e do presidente do Supremo Tribunal de Justiça, que mandaram arquivar os despachos e as escutas sem sequer abrirem um inquérito? Talvez, mas as suspeitas de violação de direitos constitucionais já não merecem mais do que a apatia do costume.


                        O que ontem foi revelado em Portugal não pode, no entanto, ser recebido com mais um encolher de ombros. Os indícios são de tal forma graves que, se confirmados, tornam a democracia portuguesa uma farsa e o estado de direito um devaneio lírico.

                        Cansado de tantas suspeitas, informações, denúncias ou críticas sobre a relação entre José Sócrates e a liberdade de imprensa, o país já fica imune a qualquer nova que o associe ao condicionamento de jornalistas ou a pressões sobre televisões.

                        Mesmo quando, como agora acontece, essa acção é valorizada por magistrados e exposta em telefonemas de personagens do PS que constantemente invocam o seu nome. Ou quando esses telefonemas não aludem a uma exasperação acidental num restaurante, mas a um plano premeditado, que envolve conspiração nos bastidores e imposição a empresas nas quais o Estado tem uma golden share.


                        Mas se a acção atribuída a José Sócrates nos leva para a imaginação de Hollywood, a reacção do poder judicial transporta-nos para uma ditadura africana. Haverá sempre quem procure situar a acção de Pinto Monteiro e de Noronha Nascimento no domínio das restrições processuais.

                        Mas evite-se a polémica das interpretações jurídicas e tente-se perceber o que levou o presidente do Supremo a transformar os "graves indícios" dos magistrados de Aveiro em dados "irrelevantes". Ou o que fez Pinto Monteiro desvalorizar as escutas, ao ponto de dizer que, por ele, mostrava tudo para acabar com os mexericos - coisa que nunca fez.


                        Pode ser que muitas escutas, a maior parte até, se limitem a comentários sobre o estado do tempo. Mas depois de se ler as que ontem foram divulgadas, é difícil não reconhecer razão aos magistrados de Aveiro. O que elas mostram é, no mínimo, uma série de "fortes indícios" sobre a existência de um plano que configura um atentado ao estado de direito. No seu fluxo, percebe-se que os protagonistas que invocavam o nome do primeiro-ministro na operação para calar a TVI sabiam do que falavam. E, principalmente, pode-se estabelecer um nexo de causalidade entre as acções que planeavam e o que veio a acontecer: a PT fez o que eles disseram que Sócrates queria que a PT fizesse, José Eduardo Moniz saiu como eles disseram que deveria sair e, acto final, Manuela Moura Guedes foi calada como eles quiseram que fosse calada.


                        Se o que se diz do primeiro-ministro reforça apenas uma suspeita antiga, a facilidade com que Pinto Monteiro e Noronha Nascimento remeteram para o arquivo os indícios que lhes chegaram de Aveiro merece maior preocupação.


                        Com esta etapa, a intolerância de Sócrates para com a liberdade de imprensa não se revela - apenas se adensa; já os receios de que o princípio da separação de poderes está em Portugal ameaçado pelo desempenho dos principais magistrados do país ganham uma nova e substantiva força.

                        Por muito que falem e se expliquem com alíneas e jurisprudência, será agora mais difícil fazer parte do país acreditar na sua independência face ao poder político. As suspeitas valem o que valem, mas, no caso, valem o suficiente para minar a credibilidade do estado de direito. A sua demissão seria um bálsamo para este país doente.
                        fonte

                        O povo português revelará novamente uma total apatia por este e outros casos?
                        Editado pela última vez por freefall2900; 06 February 2010, 10:54.

                        Comentário


                          As frases mais polémicas das escutas:

                          "Esta operação era para tomar conta da TVI e limpar o gajo", Armando Vara, administrador do BCP

                          "O Zeinal já arranjou maneira de, não dizendo que não ao Sócrates, fazer a operação de forma que ele nunca aparece", Paulo Penedos, advogado da PT

                          "Vai ser anunciado que [Moura Guedes] vai sair, vai para o entretenimento", Paulo Penedos, idem

                          "O chefe diz que é tudo ou nada e que não pode ficar com a fama sem o proveito", Rui Pedro Soares, administrador da PT

                          "Isto é que é uma tristeza total", José Penedos, presidente da REN

                          "Custe o que custar em termos de dinheiro, por muito que um gajo possa pensar que o crime compensa, ou vamos beneficiar o gajo, o Moniz devia sair confortável para estar calado", Paulo Penedos, advogado da PT

                          "As rádios da Media Capital vão ser compradas pela Ongoing e pelo genro do Cavaco (Luís Montez). É o preço da paz e que esse cala-se, fica a cuidar dos netos", Rui Pedro Soares, administrador da PT
                          fonte

                          Comentário


                            Acho que a maioria não percebe a gravidade disto.

                            Isto é típico de ditaduras.
                            E pior, é conseguido através de abuso de poder

                            Comentário


                              Originalmente Colocado por VTEC Ver Post
                              Acho que a maioria não percebe a gravidade disto.

                              Isto é típico de ditaduras.
                              E pior, é conseguido através de abuso de poder
                              A amizade de Sócrates com Chavez tem gerado os seus frutos

                              Comentário


                                Originalmente Colocado por VTEC Ver Post
                                Acho que a maioria não percebe a gravidade disto.

                                Isto é típico de ditaduras.
                                E pior, é conseguido através de abuso de poder
                                A maioria vai preferir manter-se calado, pois é apenas mais um escândalo entre tantos outros que por cá se praticam.

                                Estou muito triste por Portugal que cada vez mais se aproxima das podridões de Itália, à Máfia e ao seu Ministro Berlusconi.

                                Comentário


                                  Originalmente Colocado por freefall2900 Ver Post

                                  O povo português revelará novamente uma total apatia por este e outros casos?
                                  Nao sei porque havia de reagir...este povo é socialista e pelos vistos ha de ser nem que viva numa ditadura socialista..foi o mesmo povo que nos ultimos 15 anos pôs o PS 12 no poder portanto ta tudo no porreiro pa o polvo socialista tem-nos governado na maior parte da democracia e os resultados estao aí..mas a culpa é da direita ...esses fascistas .

                                  Comentário


                                    Estas últimas revelações são incríveis.

                                    Não é só o comportamento do Sócrates, porque o carácter desta personagem, pelo menos para mim, já estava há muito manchado pela série de peripécias que vão surgindo.

                                    É a vergonhosa acção do PGR e do presidente do supremo tribunal que preferiram servir interesses pequeninos a servir o país e a democracia. São uma vergonha de que a Justiça do nosso país se tem de demarcar.

                                    E depois é o país, mesmo. Apetece tentar acordar as pessoas para o que se passa, explicar-lhes a gravidade do que acontece e como tudo isto inquina um sistema que devia servir o país mas que só sabe servir-se dele.

                                    Provoca-me uma revolta que já vejo noutros e que leva a uma desilusão profunda por tanta podridão e mansidão num país que podia estar muito melhor do que está. E apaga a esperança de que isto um dia melhore. Porque assim, NUNCA.

                                    Comentário


                                      como a justiça só funciona para alguns é que no caso casa pia ninguem vai preso
                                      no caso freeport o socrates assinou os papeis, mas afinal não tem culpa, nem a tribunal vai
                                      no caso das casas sei la onde o socrates assina mas nada se passa
                                      nos bancos, todos comem e ninguem paga

                                      e assim vai este pais a beira mar plantado

                                      Comentário


                                        É... o meu patrão (e patrão de mais seis milhões e tal de pessoas) é mesmo uma gajo tramado. Ainda bem que temos a Manuela Moura Guedes e o seu marido para nos defender...


                                        PÚBLICO.PT


                                        Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da TVI começou por lhe explicar "como via a televisão", vincando que este meio é diferente da imprensa como espaço de liberdade de informação e opinião, argumentando que "a televisão depende de uma licença pública para existir e, depois, depende de várias circunstâncias económicas e financeiras para viver", o que não pode deixar de ter "consequências na liberdade de informação e opinião".

                                        O presidente da TVI terá de seguida considerado "inaceitável que houvesse uma informação e uma opinião sistematicamente anti-governamental na TVI". Segundo o relato de Rebelo de Sousa, Paes do Amaral terá considerado que isso era concebível num jornal mas não numa televisão.

                                        Em consequência dessa visão, o presidente da TVI terá considerado "quase inevitável haver uma remodelação interna na TVI".

                                        Foi então que, segundo Marcelo Rebelo de Sousa, Miguel Paes do Amaral "avançou três ideias, todas novas", que suscitaram a sua perplexidade. Em primeiro lugar, era necessário que ele, Marcelo Rebelo de Sousa, "repensasse a orientação geral das suas intervenções". Em segundo lugar, Paes do Amaral terá estabelecido um prazo para isso acontecer: "duas semanas, ou um pouco mais, até ao fim do mês". Finalmente, Paes do Amaral terá justificado essa necessidade com o facto de a RTL ter acabado de tomar posição no capital social da TVI "e de ele ter que levar a cabo determinadas iniciativas e diligências para cujo êxito precisava de contar com essa garantia da minha parte".
                                        'Pivot' acusou Almerindo Marques de interferir em decisões editoriais - Especiais - DN

                                        RTP suspende José Rodrigues dos Santos Capeia Arraiana – O blogue de todos os sabugalenses

                                        Recorde-se, aliás, que essa decisão motivou a demissão da direcção de informação em 2004, liderada na altura por José Rodrigues dos Santos.
                                        Em declarações ao «Diário Económico» José Rodrigues dos Santos diz «não ter medo de nada e que mantém tudo o que disse até à última vírgula. Se for punido por defender o que está certo e é verdade está tudo dito sobre este país».
                                        A edição online do «Expresso» noticia que a estação pública já suspendeu todas as funções do jornalista e prepara o processo de despedimento.
                                        Ao que parece um dos pivots televisivos mais conhecidos dos portugueses resolveu dar um murro na mesa.
                                        http://diarioeconomico.sapo.pt/edici...o/1044618.html


                                        O jornalista acrescenta ainda que não tem nenhum problema com a RTP, mas sim “com a interferência que a administração exerceu em 2004 sobre a direcção de informação” .
                                        Pois é... O meu patrão é mesmo diferente de todos os que já estiveram sentados no lugar dele... Se não fosse o casalinho Moniz/Guedes, este país já seria uma URSS...


                                        Politiquices...
                                        Editado pela última vez por z0rg; 06 February 2010, 14:35.

                                        Comentário


                                          Enquanto andarem com a ladainha de que só podemos mudar isto através do voto, e blá blá whyskas saquetas, não saimos do sitio.

                                          Comentário


                                            Portugal estará a mudar?

                                            A quantidade de "coisas" que se diz que acontecem, tem aumentado ao longo dos anos.

                                            São assuntos do interior do poder, de dificil compreenção pelo Português comum e que o deixa como que "do lado espiritual", ou seja, escolhe um lado da historia porque... sim, porque não percebe nada e toma partido pelos "lindos olhos" da pessoa.

                                            Se o país existe há quase mil anos, quando é que teve um governo que governou para os seus cidadãos?

                                            Isso nunca existiu, achavam que agora existia?

                                            Só estamos a descobrir o que sempre existiu, seja qual for o sistema organizativo do pais, isto sempre foi assim.

                                            O poder de um país é igual ao poder que voces exercem sobre as pessoas que conhecem, andem lá um pouco para trás e pensem como se comportam com quem diz mal de voces, como escolhem de quem gostam mais, a quem ajudam, a quem não ligam, etc.

                                            Em suma tudo normal, o que não é normal é que há sociedades que partilham todas estas caracteristicas mas que mesmo assim conseguem produzir mais riqueza do que nós para os seus cidadãos.

                                            A mudança que está a haver em Portugal é um acordar (lento) para a realidade, mas falta um longo caminho, falta acordar mais gente e depois o mais dificil, perceber qual o caminho a seguir, diferente deste.

                                            Muito possivelmente o novo caminho será no fundo o mesmo mas com uma imagem diferente, como tem sido sempre ao longo da nossa historia.

                                            Pobre país este...
                                            Editado pela última vez por vsr200; 06 February 2010, 15:12.

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                                                Originalmente Colocado por - Ver Post
                                                Se concordo em pleno com a primeira afirmação, já a segunda não tem ponta por onde se lhe pegue.

                                                Que legitimidade para tirar aquilo a quem descontou só porque...descontou mais?
                                                Que legitimidade para fixar um tecto mais uma vez ignorando os descontos?
                                                Que legitimidade (neste caso tu) tens para afirmar que quem desconta mais anda a enganar o fisco?
                                                Que legitimidade tens tu para definir o quem já "fez ou não a vida"?
                                                A resposta é a mesma em qualquer uma das questões -> nenhuma

                                                Tirar a quem contribuiu mais para compensar as deficiências de todo um governo e sociedade, está longe de ser algo que vá ser útil para um PEC sério como de facto precisamos.

                                                Eu falei em enganar o fisco? Tirar alguma coisa a alguém? Eu disse que eu ia definir alguma coisa??

                                                Tudo o que se diz aqui é objecto de um interpretação hiper literal conforme coincida ou não com os nossos pontos de vistas?

                                                E a tua legitimidade tá onde? No mesmo sitio que a minha?!

                                                Já agora, pra sossegar a tua indignação, a minha ideia ( era apenas uma ideia, um desabafo, uma conversa como todas as que se tem por aqui ) não era retroativa! Tava a pensar em termos futuros, não disse ir tirar a quem já temo seu direito adquirido.

                                                Mas tb, quanto aos direitos adquiridos, nada é eterno.

                                                Comentário


                                                  Quanto à notícia do dia.

                                                  Se o homem tivesse vergonha na cara, tomava uma atitude. Só há uma ou duas que me lembre, dignas de um 1º Ministro.

                                                  Mas se não faz nem assim, só em flagrante delito o gajo admite qq coisa.

                                                  Comentário


                                                    Originalmente Colocado por - Ver Post
                                                    Se concordo em pleno com a primeira afirmação, já a segunda não tem ponta por onde se lhe pegue.

                                                    Que legitimidade para tirar aquilo a quem descontou só porque...descontou mais?
                                                    Que legitimidade para fixar um tecto mais uma vez ignorando os descontos?
                                                    Que legitimidade (neste caso tu) tens para afirmar que quem desconta mais anda a enganar o fisco?
                                                    Que legitimidade tens tu para definir o quem já "fez ou não a vida"?
                                                    A resposta é a mesma em qualquer uma das questões -> nenhuma

                                                    Tirar a quem contribuiu mais para compensar as deficiências de todo um governo e sociedade, está longe de ser algo que vá ser útil para um PEC sério como de facto precisamos.
                                                    Atenção que muitos dos que ganham as reformas milionárias pouco ou nada contribuiram para elas.
                                                    No caso das reformas milionárias do sector privado isso não acontece. Recebem de acordo com o que descontaram. No caso das reformas milionárias da Função Publica (maior parte) são poucos os que descontaram de acordo com o que recebem, muito poucos.

                                                    E é aqui que reside o problema. Problema este que nunca foi resolvido e cheira-me que dentro de 10 ou 20 anos ainda cá estaremos a discutir isto devido à falta de coragem para resolver esta injustiça.

                                                    Comentário


                                                      Originalmente Colocado por jomaso Ver Post
                                                      Atenção que muitos dos que ganham as reformas milionárias pouco ou nada contribuiram para elas.
                                                      No caso das reformas milionárias do sector privado isso não acontece. Recebem de acordo com o que descontaram. No caso das reformas milionárias da Função Publica (maior parte) são poucos os que descontaram de acordo com o que recebem, muito poucos.
                                                      Eram precisamente que estavam no meu pensamento. Pensei que era claro isso. Até pq o tópico estava a falar da despesa pública e coisas nessas latitudes.

                                                      Mas cada um sabe de si.

                                                      Comentário


                                                        Sócrates pode ser o PM de muitos portugueses. Meu nunca foi, nunca será.
                                                        Não me revejo minimamente nele para não dizer pior. Fui educado noutros moldes.

                                                        Comentário


                                                          Originalmente Colocado por Alpiger Ver Post
                                                          Estas novas revelações não significarão que o PGR e o presidente do STJ são cúmplices de ocultação de provas de crime contra o estado de direito?
                                                          Achas?

                                                          Totalmente falso.

                                                          Comentário


                                                            Não acham que o PR durante a próxima semana, deveria destituir este governo?

                                                            Comentário

                                                            AD fim dos posts Desktop

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