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    Originalmente Colocado por Pastis Ver Post
    É claro que é de lamentar a suspensão das obras. É claro que isso prejudica as populações locais. Mas afinal onde é que estão os políticos da Zona de Coímbra? Porque é que não se manifestam? Porque é que a Comunicação social se está marimbando para o Metro do Mondego?
    A comunicação social só dá noticias de lisboa. Quando aparece alguma coisa de Coimbra, são acidentes e desgraças. Felizmente temos dois bons jornais regionais (Diário de Coimbra e Diário As Beiras, que são por sinal os jornais diários com mais assinantes do país) que nos informam.

    Os politicos de Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo, bem como o presidente da SMM, têm feito os possíveis e os impossíveis para que este projecto não pare.

    Por iniciativa dos cidadãos de Coimbra, fizemos uma petição que atingiu as 10 mil assinaturas, com a ajuda do DC. Esta petição fui levada à assembleia, inclusive fizeram um reunião com o autor da petição e com o DC.
    Mudou alguma coisa? Não. Até podíamos ter feito uma manifestação...o resultado iria ser sempre o mesmo.

    Gostava que vocês percebessem a nossa indignação. Não se pode parar uma obra destas a meio. E muito menos alcatroar uma ferrovia para lá colocar autocarros como solução alternativa e como é óbvio se vai tornar definitiva. Esta ideia é completamente descabida e significa a morte de um projecto importantíssimo para Coimbra.

    Comentário


      Eu acho que esta manobra, foi feita por baixo da mesa para tirar a CP daí e permitir a algum amigo ganhar uns cobres, com esse pseudo metro que iam construir.

      Comentário


        Originalmente Colocado por nmyguel Ver Post
        Eu acho que esta manobra, foi feita por baixo da mesa para tirar a CP daí e permitir a algum amigo ganhar uns cobres, com esse pseudo metro que iam construir.
        Não fales sem saber. A CP também é accionista, tal como a REFER.

        Deve haver muitos "boys" a ganhar com o metro de lisboa e com os subsídios à exploração da carris.
        Editado pela última vez por DaniFR; 11 November 2010, 20:09.

        Comentário


          Originalmente Colocado por DaniFR Ver Post
          Não fales sem saber. A CP também é accionista, tal como a REFER.
          São accionistas da metro do Mondego?

          Comentário


            Originalmente Colocado por nmyguel Ver Post
            São accionistas da metro do Mondego?
            Sim.

            Comentário


              Originalmente Colocado por DaniFR Ver Post
              Sim.

              Isto é cá uns joguinhos e umas jogadas que não lembra a ninguém.

              Também como a CP anda a ser gerida, não é de estranhar.

              Comentário


                são, mas minoriários

                Comentário


                  Refer exclui colocação de carris no Ramal da Lousã


                  O autarca da Lousã, Fernando Carvalho, defende que o cancelamento de parte das empreitadas de reabilitação do Ramal da Lousã, que estão actualmente em curso e que já não vão incluir os trabalhos que permitiriam a circulação do eléctrico rápido de superfície entre Serpins e Coimbra, representam "mais um duro revés para o projecto". A decisão de cancelamento das empreitadas não foi formalmente comunicada aos municípios envolvidos no projecto mas, de acordo com o autarca, em dois ofícios datados de 15 de Novembro e dirigidos aos consórcios de empresas responsáveis pelas intervenções, a Refer comunicou a "supressão" dos trabalhos de "colocação das plataformas da via", de "colocação dos carris", bem como de toda a "catenária" (sistema de distribuição e de alimentação eléctrica de uma ferrovia).

                  "Das duas, uma: ou não sabem o que hão-de fazer com o projecto e por isso estão a cortar e a mandar parar, ou então têm uma solução que não passa pela ferrovia. As duas são igualmente graves porque, por incrível que pareça, não nos foi dito absolutamente nada", critica o autarca. Também ontem, o Núcleo da Lousã do Bloco de Esquerda emitiu um comunicado onde classifica a decisão da Refer e do Governo como uma "traição" às populações que "assistiram ao desmantelamento do Ramal da Lousã".

                  As duas empreitadas parcialmente canceladas são as que prevêem a reabilitação das infra-estruturas no troço Alto S. João/Miranda do Corvo e no troço Miranda do Corvo/Serpins, e que se inseriam na 1.ª fase do Sistema de Mobilidade do Mondego. As intervenções globais de reabilitação do Ramal da Lousã tinham um custo global previsto de 51 milhões de euros.

                  Questionada pelo PÚBLICO, a Refer não prestou ainda qualquer esclarecimento sobre o cancelamento das empreitadas, no entanto, nos ofícios dirigidos às empresas, a justificação apresentada para a supressão de trabalhos prende-se com os limites ao endividamento que foram colocados pelo Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC) às empresas do sector empresarial do Estado.

                  "É com grande mágoa que vejo governantes de um Governo PS a proceder desta forma", lamenta o autarca da Lousã, também do PS.

                  Público
                  Daqui, facilmente se pode concluir que a Refer conseguiu aquilo que sempre quis: acabar com a linha da Lousã.
                  E não venham dizer que a culpa fui da SMM.

                  O dinheiro que gastaram até agora vai por água abaixo.
                  Editado pela última vez por DaniFR; 01 December 2010, 11:32.

                  Comentário


                    Já estou mesmo a prever qual irá ser o futuro do ramal da Lousã nos próximos anos, e infelizmente: um caminho de terra batida sem qualquer possibilidade de utilização...

                    Comentário


                      Uma bela ciclovia. Até começar a ser utilizada por 4x4 e se perder o €€€ lá investido.

                      Comentário


                        Originalmente Colocado por DaniFR Ver Post

                        O dinheiro que gastaram até agora vai por água abaixo.
                        Não porque aquilo vai arrancar novamente qd houver dinheiro...

                        Comentário


                          Originalmente Colocado por Pastis Ver Post
                          Não porque aquilo vai arrancar novamente qd houver dinheiro...
                          És crente...

                          Comentário


                            Originalmente Colocado por Pastis Ver Post
                            Não porque aquilo vai arrancar novamente qd houver dinheiro...
                            Claro!
                            Lá para 2100!

                            Comentário


                              Divulguem.

                              Esta injustiça não pode cair no esquecimento.













                              fonte

                              Comentário


                                Poderão dizer que uns são filhos outros são...

                                A verdade é que o Porto tem muito mais força que Coímbra...

                                Metro do Porto
                                Governo recebe na próxima semana proposta para mais 40 km de linhas

                                06 | 12 | 2010 16.45H
                                A Metro do Porto entrega na próxima semana ao Governo o processo para o lançamento do concurso público para a construção das linhas da segunda fase, que rondará os mil milhões de euros.

                                Destak/Lusa | destak@destak.pt

                                Em declarações à Lusa, fonte da empresa adiantou hoje que o dossier vai ser levado a reunião do conselho de administração, também na próxima semana, sendo depois enviado ao Governo.
                                Cabe agora ao Governo avaliar o projecto e decidir se a empresa lança o concurso, sendo que em causa estão as linhas Campo Alegre (extensão Matosinhos Sul-S. Bento), S. Mamede (Pólo da Asprela-Matosinhos Sul), prolongamento da linha de Gaia até Vila d’Este e Valbom (Campanha – Gondomar).
                                Até à data, o Conselho de Administração da Metro do Porto nunca referiu ter recebido qualquer sinal de adiamento da obra por parte do Governo.
                                Com estas linhas, a rede crescerá mais 40 quilómetros.
                                O metro do Porto conta actualmente com 70 quilómetros de linhas comerciais, maioritariamente à superfície, possuindo 80 estações
                                Destak.pt | Governo recebe na próxima semana proposta para mais 40 km de linhas

                                Comentário


                                  Uns são cidadãos de primeira outros são cidadãos de segunda. País de M*RD*. Justiça e igualdade é 0.

                                  O governo parou as obras do MM agora vai ter de pagar indemnizações aos empreiteiros por ter rescindido os contratos.

                                  E vai ter de continuar a pagar os serviços alternativos, que continuam a existir.

                                  Pelo menos agora os passageiros viajam mais confortáveis, do que nas velhas e barulhentas automotoras a diesel:






                                  Editado pela última vez por DaniFR; 10 December 2010, 18:19.

                                  Comentário


                                    E o sr da Turilis ganha uns cobres que com a velhinha Alan a funcionar não ganhava.

                                    Comentário


                                      Originalmente Colocado por nmyguel Ver Post
                                      E o sr da Turilis ganha uns cobres que com a velhinha Alan a funcionar não ganhava.
                                      Não é só a Turilis. Há mais umas quantas empresas a fazer este serviço, entre as quais está a Transdev, Topo do Universo, Vale do Ave, Ovnitur, U.T. Soares, Maia Transportes.

                                      €€.€€€.€€€









                                      Editado pela última vez por DaniFR; 10 December 2010, 21:40.

                                      Comentário


                                        Esses srs tavam a ver que a linha não acabava mais.

                                        Comentário


                                          Originalmente Colocado por nmyguel Ver Post
                                          Esses srs tavam a ver que a linha não acabava mais.

                                          Comentário


                                            È incrivel mandar arrancar a linha de caminho de ferro e a seguir mandar parar as obras.

                                            E continuam a pagar transportes alternativos até quando?

                                            Isto é uma gestão...

                                            Comentário


                                              Metro não tem uma, mas duas comissões de trabalho

                                              O Ministério das Obras Públicas propôs, no despacho final, a criação de dois grupos de trabalho, um para cortar “as gorduras” do projecto e outro para apresentar proposta de gestão do sistema

                                              A primeira reunião da comissão de trabalho do metro, definida para cortar as despesas supérfluas do projecto, de forma a torná-lo menos dispendioso, não aconteceu ontem, como era esperado, assim como não “aconteceu” o primeiro despacho que criou o novo organismo, enviado na semana passada aos vários órgãos de comunicação pelo assessor de imprensa do Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (MOTC). É o que referem as autarquias de Miranda do Corvo e Coimbra, que esclareceram ao nosso jornal só ontem ter recebido não um, mas dois despachos relativos à criação de duas comissões de trabalho. Deste modo, uma das comissões corresponde ao já anunciado grupo de trabalho que irá cortar as “gorduras a mais” no projecto, de forma a torná-lo menos dispendioso e outra diz respeito à proposta de implementação e gestão de um sistema de transportes supramunicipal nos concelhos do Baixo Mondego e Pinhal Interior Norte, que já constava do primeiro despacho enviado.
                                              «Aquele despacho que foi divulgado na semana passada não devia ser a proposta final», considerou ontem o presidente da Câmara Municipal de Coimbra, João Paulo Barbosa de Melo (PSD), referindo que «entretanto chegaram hoje [ontem] dois despachos». O autarca avançou ao nosso jornal ter tido conhecimento, através da comunicação social, do conteúdo do primeiro despacho elaborado, tendo contactado a Secretaria de Estado dos Transportes, por considerar que tal documento não seria suficientemente esclarecedor, na medida em que fugia ao estipulado na última reunião entre os presidentes de câmara da Lousã, Miranda e Coimbra, no MOTC. «Falámos sobre o assunto e ele [secretário de Estado] estava de acordo», concluiu Barbosa de Melo, considerando que as duas comissões terão surgido no sentido de clarificar as propostas a apresentar.
                                              Assim sendo o primeiro despacho não “existiu”, anulando também a primeira reunião da comissão de trabalho, marcada para ontem, e que não chegou sequer a ser agendada, ao contrário do avançado na semana passada pelo MOTC. «Foi só uma data hipotética, pensou-se nessa data, mas não foi possível», esclareceu ontem o MOTC.

                                              Reunião adiada para terça-feira

                                              Ontem ao longo do dia, o Diário de Coimbra só conseguiu falar com um dos representantes na comissão de trabalho, das três autarquias envolvidas no projecto, Carlos Ferreira, de Miranda, que confirmou não ter sido convocado para tal reunião. «Não estou habituado e nem recebo convocatórias pelos jornais, portanto nunca teria estado numa reunião para a qual não fui convocado», assinalou o responsável.
                                              De acordo com o presidente da Câmara de Coimbra a primeira reunião da comissão de trabalho “anti-gordura” deverá ocorrer na próxima terça-feira. «Chegou-me nota de que seria dia 22», afirmou João Paulo Barbosa de Melo.
                                              As duas comissões têm dois meses para apresentar as respectivas propostas e em traços gerais mantêm os representantes anunciados na semana passada, à excepção da comissão de trabalho que apresentará uma proposta para a ordenação regio-nal dos transportes, para a qual é indigitado apenas um representante de uma das Câmaras Municipais envolvidas, neste caso, o engenheiro Rui Figueiredo da autarquia de Coimbra.

                                              Recomendação para continuidade das obras no Diário da República

                                              O Diário da República publicou ontem a resolução da Assembleia da República que recomenda ao Governo a continuidade das obras do Metro do Mondego. «A Assembleia da República resolve, nos termos do n.o 5 do artigo 166.o da Constituição, recomendar ao Governo que concretize, através do MOTC, a continuação das obras do Sistema de Mobilidade do Mondego em 2011», refere o Diário da República, onde se recomenda a continuação das empreitadas «desde já nos troços Miranda do Corvo/Serpins e Alto de São João/Miranda do Corvo», bem como a «prossecução do projecto relativo à linha urbana em Coimbra». Do mesmo modo, a resolução aprovada, por unanimidade, no dia 21 de Janeiro, recomenda à tutela que «proceda à concretização de todos os compromissos assumidos, de molde a não colocar em risco o acesso aos fundos afectados pelo QREN, à concretização do Sistema de Mobilidade do Mondego».


                                              »»» Fonte - DC «««

                                              Comentário


                                                Comissão de revisão do projeto do Metro Mondego reúne hoje

                                                A comissão ]criada para rever o projeto Metro Mondego vai reunir esta terça-feira às 15H00, pela primeira vez, nas instalações do Ministério das Obras Públicas, Comunicações e Transportes (MOPCT).



                                                Esta estrutura foi criada na sequência de uma reunião dos autarcas da Lousã, Miranda do Corvo e Coimbra com o secretário de Estado dos Transportes, Correia da Fonseca, realizada a 2 de fevereiro, em que o governante assumiu o compromisso do Governo de executar o projeto Metro Mondego entre Serpins (Lousã) e Coimbra-Portagem até 2014.
                                                A comissão é constituída por elementos indicados pela sociedade Metro Mondego, as três autarquias e a Secretaria de Estado, para ver “que simplificações é que se pode fazer ao projeto, no sentido de o tornar menos oneroso e cumprir a sua vocação fundamental que não é embelezar cidades mas oferecer soluções de transportes para as pessoas”.

                                                Segundo fonte do MOPCT, a comissão tem como objetivo “encontrar soluções de redução não essenciais do projeto”, devendo apresentar uma proposta no prazo de “60 dias após a assinatura” do despacho pelo secretário de Estado Correia da Fonseca.

                                                Carlos Ferreira, elemento indicado pela autarquia de Miranda do Corvo, disse à agência Lusa que a comissão deve ser “essencialmente eficaz na eliminação de todos os eventuais custos que possam reduzir o valor global do projeto, sem colocar em causa a solução final”.
                                                “Espero que a comissão trabalhe bem e rápido para não ser ela também um fator de atraso nas obras”, sublinhou Carlos Ferreira.
                                                O técnico da autarquia de Miranda do Corvo defendeu ainda que deve ser acordado “um calendário, com datas exatas, para o lançamento de todos os concursos e adjudicações necessárias para colocar o metro a funcionar entre Serpins (Lousã) e Coimbra Portagem até 2014, conforme prometido pelo secretário de Estado, e para as fases seguintes”.



                                                »»» Fonte - AsBeiras «««

                                                Comentário


                                                  Parlamento quer saber para onde foram os 52 milhões de euros do Metro Mondego

                                                  O Parlamento quer ouvir explicações do ex-ministro do Ambiente Nunes Correia e do ex-secretário de Estado Rui Baleiras acerca de contradições na disponibilidade de 52 milhões de euros inicialmente destinados ao Metro Mondego.

                                                  As duas audições, propostas pelo PSD, foram hoje (23) aprovadas na Comissão de Assuntos Económicos, Inovação e Desenvolvimento Regional, com o voto contra do PS. Os 52 milhões estavam inicialmente atribuídos ao Metro Mondego através do programa regional.

                                                  “A tutela de então terá consentido em desviar esses 52 milhões para outros projetos, porque a verba ficaria disponível através do POVT, mas detetamos que afinal esta verba não existe no POVT. E é isso que pretendíamos que, tanto o senhor ministro à altura como o senhor secretário de Estado deem a sua versão sobre o que de facto aconteceu”, disse à Lusa o deputado social-democrata Pedro Saraiva.

                                                  Pedro Saraiva salientou que “esta é apenas uma tentativa de perceber o que aconteceu à verba”, que acabou por não estar inscrita em nenhum dos programas, para “numa fase subsequente encontrar uma solução para o problema”.

                                                  No final de janeiro, numa audição parlamentar, o presidente da Comissão de Coordenação do Centro disse desconhecer o destino dos 52 milhões de euros para o Metro Mondego que estavam no Programa Operacional Regional e que a anterior tutela decidiu passar para os programas nacionais. Posteriormente, numa nota enviada à Lusa, esclareceu que os 52 milhões nunca desapareceram e que acabaram por ser destinados a outros projetos na área da regeneração urbana.

                                                  Diário As Beiras

                                                  Comentário


                                                    Para onde foi e vai o dinheiro? Essa é fácil:

                                                    A empresa Metro do Mondego tem 12 trabalhadores, sete dos quais são administradores - que, somadas todas as remunerações e regalias, custam cerca 320 mil euros anuais (dados de 2009).
                                                    Além disso, todos os administradores desempenham funções remuneradas noutras empresas e instituições - isto é, não são administradores em exclusividade.
                                                    _________________________

                                                    Notícia completa:

                                                    Encargos do Metro do Mondego dispararam de 55 para 450 milhões de euros.

                                                    O metro do Mondego tem viajado por linhas tortas. Começou por ser em 1993 um projecto de transporte ferroviário suburbano avaliado em 55 milhões. Mas, 18 anos e cinco primeiros-ministros depois, transformou-se numa rede de metropolitano de 450 milhões de euros, ao nível de cidades europeias como Valência ou Lausanne.

                                                    A inclusão do centro de Coimbra na rede suburbana original, a falta de coordenação entre as várias entidades envolvidas, as expropriações ruinosas e as estações mais caras ajudam a explicar esta subida de 395 milhões de euros - valor que daria para a construção de quatro hospitais.

                                                    No caso de algumas das 44 estações previstas, por exemplo, existiam orçamentos de quatro milhões de euros apenas para a respectiva cobertura e chão. Em termos gerais, o custo médio de cada estação mais do que duplicou face ao projecto inicial. Este é um dos custos onde o Ministério das Obras Públicas, ao que o SOL apurou, pretende cortar de forma severa.

                                                    O mesmo vai acontecer com o número de gestores do projecto. A empresa Metro do Mondego tem 12 trabalhadores, sete dos quais são administradores - que, somadas todas as remunerações e regalias, custam cerca 320 mil euros anuais (dados de 2009). Além disso, todos os administradores desempenham funções remuneradas noutras empresas e instituições - isto é, não são administradores em exclusividade.

                                                    A falta de planeamento do projecto (característica comum a muitas obras públicas portuguesas) tem o seu máximo exemplo nas expropriações e demolições que a Metro Mondego já realizou e pagou. Por um lado, tiveram que ser realizadas demolições em mais de 30 edifícios do centro de Coimbra, cujo custo ficou muito acima do previsto. Por outro lado, as alterações de traçado e as demolições não previstas ou erradamente decididas - como a de uma casa do séc. XVII - levaram a despesas extraordinárias de montantes muito significativos.

                                                    Metro obrigado a expropriar Bragaparques

                                                    Em termos de falta de coordenação, pode-se dar o exemplo do caso do Largo da Olaria, situado na baixa da cidade, por onde passa a linha do metro. A Câmara de Coimbra, accionista da empresa do metro, vendeu por 3,7 milhões de euros o largo em regime de propriedade plena à Bragaparques e a um empreiteiro local - que, por sua vez, revendeu mais tarde a sua parte à sociedade de Domingos Névoa. Contudo, a autarquia não assegurou na escritura de compra e venda realizada em 2004 a constituição do direito de superfície. Apenas foi assegurada a utilização pública da praça. Resultado: a empresa Metro do Mondego terá que expropriar a Bragaparques.

                                                    Metro previsto para 1997

                                                    Os atrasos na conclusão do empreendimento são outra causa da derrapagem financeira e começaram logo à nascença. O Governo de Cavaco Silva autorizou a criação da empresa do metro em 1993. Contudo, a Sociedade Metro do Mondego SA só foi formalizada três anos depois - o que obrigou ao primeiro de muitos adiamentos das obras.

                                                    A data original para a inauguração era 1997, mas chegou o ano de 1999 e o metro ainda estava no papel. «O metro do Mondego irá circular em 2000», prometeu o então edil de Coimbra, Manuel Machado.

                                                    Mas o ano de 2000 já se esgotava quando o presidente da SMM, Albertino de Sousa, prometeu: «Se tudo correr dentro do previsto, as obras ficam concluídas em 2004, o mais tardar». Pelos vistos, não correu tudo dentro do previsto. Nessa altura, a previsão do custo total já tinha disparado para 130 milhões de euros, devido à integração da linha urbana de Coimbra.

                                                    2014 é a nova data

                                                    «Nem consigo explicar estas mudanças todas. É a bronca total», atira Carlos Encarnação, ex-presidente da Câmara Municipal de Coimbra, que se demitiu em Dezembro do ano passado. As promessas falhadas do Governo sobre o Metro do Mondego foram a gota de água. «Foram tantas situações destas que eu fiquei farto de tudo! Foram efectuadas demolições de prédios, expropriações, e o planeamento da cidade foi sempre condicionado pelo metro. Há anos que está uma cratera enorme no centro de Coimbra devido ao metro», afirmou ao SOL.

                                                    Poucos dias antes da demissão de Encarnação, o Governo tinha ordenado a suspensão do projecto do metro. Isto apesar de já terem sido levantados 30 km de carris da linha de comboio entre Serpins e o Alto de S. João (a linha suburbana). Os habitantes da região agora não têm nem comboio, nem metro. «É uma vergonha o que está a acontecer», acusa a deputada Carina João (PSD).

                                                    A população veio para a rua protestar. O Governo cedeu. O Ministério das Obras Públicas garante agora que o metro estará nos carris em 2014 e comprometeu-se a lançar o concurso para as obras entre São José e a Portagem (cinco estações no centro de Coimbra). Esta semana foi formada uma comissão com as autarquias e com o Governo, para «se encontrarem soluções de redução», explica fonte do Executivo de José Sócrates.

                                                    75 milhões de euros em risco de se perderem

                                                    Desde 1997 já foram gastos 55 milhões de euros, segundo Álvaro Maia Seco, presidente demissionário do Metro do Mondego. Mas, apesar de o projecto estar em dúvida, os custos continuam a crescer. «Este montante pode chegar aos 75 milhões de euros, porque as obras continuam», explica o socialista Horácio Antunes, ex-governador civil.
                                                    Em vigor estão os contratos das infra-estruturas entre Serpins e São José. A rescisão destes contratos levará inevitavelmente, como Maia Seco já admitiu, ao pagamento de indemnizações

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