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Manifesto por uma nova política energética

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    #31
    Originalmente Colocado por eu Ver Post
    Exactamente. É por isso que digo que não estamos preparados para a energia nuclear. Além disso, seria necessário criar uma série de agências para lidar com a segurança do nuclear, os resíduos, etc, o que tornaria a energia nuclear muito mais cara do que o que se pensa.

    O que eu considero um verdadeiro crime ambiental é a fraca adesão aos painéis solares térmicos. Num País como o nosso, com muito sol, os painéis deviam ser obrigatórios em todas as casas (já são nas novas).

    É uma vergonha que não se aproveite este sol para aquecer as águas sanitárias: a maior parte das casas gasta gás importado caro para esta tarefa que podia ser feita de forma gratuita pelo sol.
    É tudo uma questão de custos. Uma caldeira mural doméstica, a funcionar em pleno, tem um consumo aproximado de 20.000 kcal/h o que representa cerca de 23 kW/h.

    O gás natural - tarifário doméstico - custa cerca de 0,06€ por kW/h. Multiplicando pelos 23 kW/h temos um gasto de 1,38€ por cada hora de funcionamento pleno da caldeira.

    Se considerares que um sistema solar térmico tem um custo de 2500€ (podem ser mais baratos ou mais caros, é um custo médio) concluis que, pelo preço do sistema solar, podes ter uma caldeira a gás natural a trabalhar cerca de 1800 horas.

    Ou seja, 5 anos, se trabalhar uma hora por dia.

    Agora repara, tu, enquanto tomas duche não gastas 1/3 do potencial energético da caldeira, enquanto lavas a loiça idem, e mesmo que tenhas aquecimento central, só se o puseres a "bombar" a sério aproveitas a totalidade do potencial calorífico da caldeira.

    Portanto, na prática, é um investimento que possivelmente recuperarás em 6/7/8 anos dependendo do teu perfil de consumo.

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      #32
      Originalmente Colocado por Nephilim Ver Post
      Entao para ti o nuclear seria a unica solução... e tudo o resto não presta

      O nuclear tens um investimento altissimo, tem lixos radiactivos que ninguem sabe o que fazer com eles, nao tens um local para meter a central, só se fosse na ilha do corvo e mesmo assim... tem um risco enorme e um investimento para alimentar gulosos.

      Quanto ás energias o problema é estarem mal aproveitadas, como a solar que se todas as coberturas dos predios e casa tivessem essa exploração a conversa era outra,a eolica igual e mesmo outras como por exemplo numa casa se promada de aguas tivesse um dinamo só o simples facto de se puxar um autoclismo já se estava a produzir energia
      Sim, tapas os telhados de todas as casas com paineis solares e quantas lampadas alimentas? E depois os electodomesticos que tenham maior consumo? Isso é lindo de dizer já repararam na dimensão que tem de ter um painel solar para abastecer, uma unica lâmpada, ainda no fim de semana no Algarve reparei num projecto interessante que é uma avenida em V.R.StAntonio toda eletrificada com energia solar, cada candeeiro com uma unica lampada tem um mega painel com 64 celulas.

      Quanto ao nuclear, em Sacavém existe um reactor nuclear em funcionamento à mais de 50 anos para fins cientificos, e nunca ninguém se preocupou com radiações apesar de estar numa area urbana, em Badajoz existe um mesmo na fronteira que pode contaminar o Rio Tejo mas ninguém se preocupa, viva a ignorância.
      Editado pela última vez por VitorPatricio; 08 April 2010, 15:17. Razão: Erro ortográfico

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        #33
        Originalmente Colocado por cuica Ver Post
        Não concordo. Se algumas fontes de energia renovável, como a hídrica, estão perto do seu potencial máximo, outras, como a eólica, estão praticamente inexploradas (falo no caso da instalação no mar, onde por acaso há mais vento!).
        A biomassa tem MUITA viabilidade em Portugal, pois os resíduos industriais da indústria da madeira mas acima de tudo os resíduos resultantes da limpeza florestal estão a fazer nascer centrais de biomassa como cogumelos!
        A energia das marés e ondas está quase inexplorada mas existe viabilidade, existem várias tecnologias em estudo.
        A solar é uma boa opção para aquecimento de águas mas pode ser gerada electricidade sem ser com recurso a painéis fotovoltaicos. Lembro-me dos fornos solares e de motores Stirling, por exemplo.

        O nuclear é bonito no papel mas implica:
        - importar tecnologia.
        - importar técnicos.
        - formar técnicos nacionais.
        - processar combustível.
        - encontrar sítio seguro para combustível usado.

        Fazendo bem as contas, acaba por ser mais económico (para já) continuar a comprar energia fora e apostar em renováveis mais viáveis. Quero com isto dizer, usar renováveis de última geração. A prova que existirá sustentabilidade será dada em 2013 (construção a partir deste ano). E mais não digo...

        Em relação a outras fontes de energia, continuam-se a estudar e ainda bem e obviamente todos os investigadores tentam obter os melhores resultados, no entanto ainda não são viáveis, já vi projectos interessantes em relação à energia das marés mas ainda falta muito para poderem ser implementados.

        Quanto à energia solar tem sido largamente estudada nos ultimos 20 anos e os resultados não são os melhores para a obtenção de energia electrica, já para aquecimento de àguas tem valores interessantes, embora o investimento só se recupere ao fim de 6-8 anos, por acaso ando a pensar em fazer obras e instalar um sistema destes em minha casa.

        Comentário


          #34
          Originalmente Colocado por Nephilim Ver Post
          Portugal tem fontes e energias que chegam e sobram só tem que ser exploradas devidamente, tou a falar da energia que se pode explorar dos barragens , rios, eolica, solar, podiamos explorar enegia das maré, etc.

          Curioso não falares em energia Geotermica, uma opção muito válida em ilhas com actividade vulcânica, aliás já existe um central nos Açores.

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            #35
            Trinta e seis personalidades apresentaram um manifesto contra a política energética. "Sem tabus", ameaçam. Excepto o tabu de dizerem ao que vêm: negócios para uns, política para outros e talvez algum renovável ressabiamento.

            O "Manifesto por uma Nova Política Energética em Portugal" foi apresentado ontem por Mira Amaral, que encabeça a lista. Critica o excesso de subsidiação das renováveis - embora esteja basicamente a falar da eólica - e pede outras formas de produção - embora esteja basicamente a falar de nuclear.

            Sim: nuclear, o tal tabu. Quem o defende desistiu de o afirmar, passou a insinuá-lo. Percebe-se a dificuldade: há preconceito e ignorância que são sempre jogados contra a energia nuclear. Mas não se percebe a camuflagem: por que não há-de este Manifesto assumir o que é? É um manifesto onde o lóbi nuclear se encontra com o PSD numa sala emprestada do Instituto Superior Técnico e arregimenta alguns anti-Sócrates que passam à porta.

            Não há mal em defender o nuclear. Ou um negócio. Mas há mal em ser sonso. E incoerente: há quem tenha assinado este manifesto sem que a tinta com que assinou outro, contra as obras públicas, tenha secado. Sendo que o anterior está contra grandes projectos que aumentem o endividamento e as importações na sua construção e este está a favor de grandes projectos que aumentam o endividamento e as importações na sua construção. Central nuclear é importação pura, da concepção à construção. Talvez fosse uma maneira de compensar os franceses dos submarinos que preterimos.

            O manifesto tem mais de enérgico que de energético. Diz quem sabe que está cheio de erros e falácias. Quem sabe? Sabe Jorge Vasconcelos, o maior insuspeito de "socratismo": saiu da ERSE levando de recordação uma caixa de alfinetes e um boneco "voodoo" de Sócrates. Pois bem, Vasconcelos já arrasou no "Público" a competência do Manifesto e as intenções dos que o assinam. Falando, sem nomear, de Sampaio Nunes ou de Valente de Oliveira, que estiveram em governos anteriores. Falando, sem nomear, de Francisco van Zeller, que agora está indignado com o custo das renováveis sobre as famílias mas que, como presidente da CIP, pressionou o Governo a isentar as empresas desse sobrecusto, remetendo-o... para as famílias.

            Não é fácil avaliar uma política energética a partir de um manifesto preguiçoso e que se limita a estar contra. Não estamos a falar do TGV que se há ou não de fazer. Mas de investimentos em curso. Não há tabus, de facto. Há uma tábua rasa sobre 15 anos de política energética.

            Portugal investe em energias eólicas e hídricas porque tem vento e rios, não tem petróleo. E são razões económicas - não ambientais - que movem a opção. Não é para salvar o mundo, é para substituirmos as importações de petróleo. Que, já agora, também é uma indústria altamente subsidiada. E quando o petróleo voltar a subir, com a retoma económica, as renováveis voltam a ser competitivas. Até lá, têm de ser subsidiadas.

            Se queremos baixar os custos eléctricos das famílias, devíamos começar por olhar para aquela sopa da pedra que é a tarifa, que inclui 7% para autarquias e taxa do audiovisual. Mas não confundir as razões do défice tarifário, um tremendo erro para esconder subidas de preços que começou com as gasolinas, não com as renováveis.

            O problema ibérico não é falta de centrais, mas o seu isolamento: não é uma península, é uma ilha energética, travada nos Pirinéus pelo proteccionismo francês. Há excesso de produção de água e vento na Ibéria. A EDP antecipou a descontinuação de centrais térmicas (como o Carregado), a Iberdrola desistiu da cogeração, há alturas em que todas as centrais térmicas do País estão paradas.

            Se é de políticas energéticas que queremos falar, vamos a isso. Se é de negócios, vamos a isso. Se é outra coisa, então continuem a mandar postais.
            In Jornal de negócios 08.04.2010

            Palavras para quê...está aqui tudo....

            O M. Amaral voltou a estatelar-se na minha consideração.....

            Comentário


              #36
              Menciona a tão afamada TARIFA DO AUDIOVISUAL (que nunca mais desaparece) e já agora acrescento o IMI que antes das eleições o Trocaste disse que iria descer, mas está quieto ò meu.....

              Comentário


                #37
                Originalmente Colocado por guisas Ver Post
                Menciona a tão afamada TARIFA DO AUDIOVISUAL (que nunca mais desaparece) e já agora acrescento o IMI que antes das eleições o Trocaste disse que iria descer, mas está quieto ò meu.....
                e o IMI baixou, as taxas máximas foram reduzidas creio que no ano passado. eu pago menos agora do que há uns anos atrás.
                Editado pela última vez por LuisCapelo; 08 April 2010, 16:12.

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                  #38
                  Portugal investe em energias eólicas e hídricas porque tem vento e rios, não tem petróleo. E são razões económicas - não ambientais - que movem a opção. Não é para salvar o mundo, é para substituirmos as importações de petróleo. Que, já agora, também é uma indústria altamente subsidiada. E quando o petróleo voltar a subir, com a retoma económica, as renováveis voltam a ser competitivas. Até lá, têm de ser subsidiadas.
                  Nós só temos uma central térmica a fuel, o resto é gás e carvão, ainda estou para saber como é que as importações de petróleo são substituídas com eólicas e hídricas, mas ok.

                  E além disso as turbinas eólicas também são importadas, mas adiante, continuem-se a construir parques eólicos e centrais fotovoltaicas ao desbarato, depois não se queixem é que a electricidade é cara. Os alemães e os espanhóis já sentiram em primeira mão as potencialidades da solar, os próximos somos nós.

                  Comentário


                    #39
                    Originalmente Colocado por Andree Ver Post
                    Nós só temos uma central térmica a fuel, o resto é gás e carvão, ainda estou para saber como é que as importações de petróleo são substituídas com eólicas e hídricas, mas ok.

                    E além disso as turbinas eólicas também são importadas, mas adiante, continuem-se a construir parques eólicos e centrais fotovoltaicas ao desbarato, depois não se queixem é que a electricidade é cara. Os alemães e os espanhóis já sentiram em primeira mão as potencialidades da solar, os próximos somos nós.
                    O gás, que eu saiba ainda é um produto petrolífero.

                    Quando se fala em independência energética fala-se, obviamente, na produção da mesma. Ser independente é produzir a totalidade (ou quase) no país e não importar as fontes de energia.


                    É que uma coisa é importar tecnologia (cujo rácio de importação tendencialmente diminuirá, em virtude de alguma tecnologia nacional que já existe e que tende a desenvolver-se) e outra é importar fontes de energia. São coisas distintas.

                    Contudo, precisaremos *sempre* de petróleo. Poderemos é contribuir para precisarmos menos.

                    Mas para isso as renováveis têm que ganhar (rapidamente) eficiência, sob pena de ser colocadas - de vez - em 2º plano.

                    Comentário


                      #40
                      Isso do eólico e do solar é andar a brincar às energias. A solução para Portugal e para o Mundo é o Nuclear.

                      Hidroeléctrico + Nuclear praticamente garantiriam um Portugal auto-suficiente a nível energético.

                      Comentário


                        #41
                        Originalmente Colocado por hpventura Ver Post
                        O gás, que eu saiba ainda é um produto petrolífero.

                        Quando se fala em independência energética fala-se, obviamente, na produção da mesma. Ser independente é produzir a totalidade (ou quase) no país e não importar as fontes de energia.


                        É que uma coisa é importar tecnologia (cujo rácio de importação tendencialmente diminuirá, em virtude de alguma tecnologia nacional que já existe e que tende a desenvolver-se) e outra é importar fontes de energia. São coisas distintas.

                        Contudo, precisaremos *sempre* de petróleo. Poderemos é contribuir para precisarmos menos.

                        Mas para isso as renováveis têm que ganhar (rapidamente) eficiência, sob pena de ser colocadas - de vez - em 2º plano.
                        Lá por o gás ser um combustível fóssil não deixa de ser errado associar a produção energética à dependência do petróleo, que está mais relacionada com o sector dos transportes (em Portugal, pelo menos). E o nosso jornalismo peca muito por não ser suficientemente claro - uma coisa é dizer que as energias alternativas nos permitem abandorar os combustíveis fósseis para produção eléctrica, outra é dizer que susbtituem as importações de petróleo.

                        Quando à importação das turbinas, toquei nesse assunto porque muita propaganda tem sido feita quanto à suposta criação de emprego com as renováveis (já ouvi um sec. de estado dizer que iam ser criados 121 000 novos postos de trabalho ) e com a nossa "liderança" no ramo e etc., quando comparados com outros países o número de empregos criados no sector é muito menor.

                        No último ponto não poderia concordar mais. Não podemos andar a subsidiar tudo para sempre. E eu acho que em vez de enterrar milhões de euros em centrais fotovoltaicas perfeitamente inúteis mais valia investir em R&D a sério ou, no mínimo, num planeamento mais baseado em engenharia e menos em política.

                        Porque os países como o nosso, sem grandes recursos naturais, têm 2 hipóteses para produzir energia a baixo custo:

                        - Um mix de energias onde o carvão e o gás dominam e o restante com uma mistura de hídrica, biomassa e eólica;

                        - Ou seguir o exemplo da França, onde o nuclear domina;

                        Comentário


                          #42
                          Originalmente Colocado por Andree Ver Post
                          - Um mix de energias onde o carvão e o gás dominam e o restante com uma mistura de hídrica, biomassa e eólica;
                          A política energética eléctrica actual aponta claramente neste sentido.

                          Também há uma política clara para melhorar a eficiência energética dos edifícios, mas para já os efeitos só se notam nos novos edifícios. Devia haver uma aposta mais forte na melhoria dos edifícios mais antigos.

                          Comentário


                            #43
                            Pedro Santos Guerreiro
                            O manifesto anti-dantes
                            psg@negocios.pt



                            Trinta e seis personalidades apresentaram um manifesto contra a política energética. "Sem tabus", ameaçam. Excepto o tabu de dizerem ao que vêm: negócios para uns, política para outros e talvez algum renovável ressabiamento. O "Manifesto por uma...


                            Trinta e seis personalidades apresentaram um manifesto contra a política energética. "Sem tabus", ameaçam. Excepto o tabu de dizerem ao que vêm: negócios para uns, política para outros e talvez algum renovável ressabiamento.

                            O "Manifesto por uma Nova Política Energética em Portugal" foi apresentado ontem por Mira Amaral, que encabeça a lista. Critica o excesso de subsidiação das renováveis - embora esteja basicamente a falar da eólica - e pede outras formas de produção - embora esteja basicamente a falar de nuclear.

                            Sim: nuclear, o tal tabu. Quem o defende desistiu de o afirmar, passou a insinuá-lo. Percebe-se a dificuldade: há preconceito e ignorância que são sempre jogados contra a energia nuclear. Mas não se percebe a camuflagem: por que não há-de este Manifesto assumir o que é? É um manifesto onde o lóbi nuclear se encontra com o PSD numa sala emprestada do Instituto Superior Técnico e arregimenta alguns anti-Sócrates que passam à porta.

                            Não há mal em defender o nuclear. Ou um negócio. Mas há mal em ser sonso. E incoerente: há quem tenha assinado este manifesto sem que a tinta com que assinou outro, contra as obras públicas, tenha secado. Sendo que o anterior está contra grandes projectos que aumentem o endividamento e as importações na sua construção e este está a favor de grandes projectos que aumentam o endividamento e as importações na sua construção. Central nuclear é importação pura, da concepção à construção. Talvez fosse uma maneira de compensar os franceses dos submarinos que preterimos.

                            O manifesto tem mais de enérgico que de energético. Diz quem sabe que está cheio de erros e falácias. Quem sabe? Sabe Jorge Vasconcelos, o maior insuspeito de "socratismo": saiu da ERSE levando de recordação uma caixa de alfinetes e um boneco "voodoo" de Sócrates. Pois bem, Vasconcelos já arrasou no "Público" a competência do Manifesto e as intenções dos que o assinam. Falando, sem nomear, de Sampaio Nunes ou de Valente de Oliveira, que estiveram em governos anteriores. Falando, sem nomear, de Francisco van Zeller, que agora está indignado com o custo das renováveis sobre as famílias mas que, como presidente da CIP, pressionou o Governo a isentar as empresas desse sobrecusto, remetendo-o... para as famílias.

                            Não é fácil avaliar uma política energética a partir de um manifesto preguiçoso e que se limita a estar contra. Não estamos a falar do TGV que se há ou não de fazer. Mas de investimentos em curso. Não há tabus, de facto. Há uma tábua rasa sobre 15 anos de política energética.

                            Portugal investe em energias eólicas e hídricas porque tem vento e rios, não tem petróleo. E são razões económicas - não ambientais - que movem a opção. Não é para salvar o mundo, é para substituirmos as importações de petróleo. Que, já agora, também é uma indústria altamente subsidiada. E quando o petróleo voltar a subir, com a retoma económica, as renováveis voltam a ser competitivas. Até lá, têm de ser subsidiadas.

                            Se queremos baixar os custos eléctricos das famílias, devíamos começar por olhar para aquela sopa da pedra que é a tarifa, que inclui 7% para autarquias e taxa do audiovisual. Mas não confundir as razões do défice tarifário, um tremendo erro para esconder subidas de preços que começou com as gasolinas, não com as renováveis.

                            O problema ibérico não é falta de centrais, mas o seu isolamento: não é uma península, é uma ilha energética, travada nos Pirinéus pelo proteccionismo francês. Há excesso de produção de água e vento na Ibéria. A EDP antecipou a descontinuação de centrais térmicas (como o Carregado), a Iberdrola desistiu da cogeração, há alturas em que todas as centrais térmicas do País estão paradas.

                            Se é de políticas energéticas que queremos falar, vamos a isso. Se é de negócios, vamos a isso. Se é outra coisa, então continuem a mandar postais

                            Comentário


                              #44
                              Originalmente Colocado por VitorPatricio Ver Post
                              Sim, tapas os telhados de todas as casas com paineis solares e quantas lampadas alimentas? E depois os electodomesticos que tenham maior consumo?
                              Ninguém "tapa telhados" com células foto-voltaicas (embora haja uma nova geração que deu um salto quântico em eficiência). Usam-se sim, painéis solares térmicos, para aquecer água (para banhos, ou aquecimento central). Uma vez que uma parte significativa dos gastos de energia (eléctrica e não só) domésticos vão para o aquecimento, é um contributo bastante importante para uma menor dependência em relação ao gás e electricidade.

                              Originalmente Colocado por VitorPatricio Ver Post
                              Quanto ao nuclear, em Sacavém existe um reactor nuclear em funcionamento à mais de 50 anos para fins cientificos, e nunca ninguém se preocupou com radiações apesar de estar numa area urbana, em Badajoz existe um mesmo na fronteira que pode contaminar o Rio Tejo mas ninguém se preocupa, viva a ignorância.
                              Agora, disseste tudo!

                              Comentário


                                #45
                                Originalmente Colocado por hpventura Ver Post
                                O gás, que eu saiba ainda é um produto petrolífero.
                                O GN (que é do que se trata), não!

                                Comentário


                                  #46
                                  Originalmente Colocado por eu Ver Post
                                  A política energética eléctrica actual aponta claramente neste sentido.
                                  Nem por isso. Se o governo avançar com o plano actual passamos a ter 5700 MW de potência instalada eólica e os novos aproveitamentos hidroeléctricos vão servir para armazenar eólica em excesso. Isto tudo para dizer que vamos ter uma percentagem de eólica muito (demasiado) elevada. Por alguma razão é que mesmo países com melhores condições de vento não ultrapassam os ~25% de eólicas.

                                  E depois estas centrais fotovoltaicas são uma verdadeira palhaçada, como aquela em Loures - 31 milhões de euros para 6 MW... de dia e em condições perfeitas...

                                  Eu estava mais a pensar em algo como a Holanda, com a vantagem de termos recursos hídricos razoáveis. Mas por outro lado o mercado de electricidade lá é completamente diferente.

                                  Comentário


                                    #47
                                    Viva o nuclear, Sou a favor

                                    A energia eólica sai muito cara, neste momento está a ser fortemente subsidiada.

                                    A energia das centrais de biomassa também fica muito cara (mão de obra e transportes da lenha)

                                    A hídrica... já não há espaço para muito mais. Só se acabarem de vez com o resto da natureza de alguns rios

                                    A das ondas parece que o projecto piloto deu barraca

                                    Sobrará a solar

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                                      #48
                                      Eu continuo sem compreender porque não se investe a sério no sentido de levar a que cada casa produza/armazene o máximo de energia que consiga, só indo buscar á rede o que faltar para o gasto total...


                                      Desse modo já não seriam necessários tantos pontos centrais de fornecimento de energia, nem necessitariam de ser tão potentes...


                                      Ou se calhar até sei: quanto mais auto-suficiente for cada casa, e desse modo, menos necessitar de comprar á rede...


                                      O grande travão de tudo é sempre o mesmo...

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                                        #49
                                        Originalmente Colocado por Baiones Ver Post
                                        Eu continuo sem compreender porque não se investe a sério no sentido de levar a que cada casa produza/armazene o máximo de energia que consiga, só indo buscar á rede o que faltar para o gasto total...
                                        A culpa é da mentalidade das pessoas. Quantos têm painéis solares térmicos em casa? Bastava que 50% das casas tivessem painéis para reduzir de forma brutal o consumo de energia do País

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                                          #50
                                          Originalmente Colocado por VitorPatricio Ver Post
                                          Quanto ao nuclear, em Sacavém existe um reactor nuclear em funcionamento à mais de 50 anos para fins cientificos, e nunca ninguém se preocupou com radiações apesar de estar numa area urbana, em Badajoz existe um mesmo na fronteira que pode contaminar o Rio Tejo mas ninguém se preocupa, viva a ignorância.
                                          Da última vez que olhei para o mapa o rio tejo entrava em Portugal em Vila Velha de rodão (Portalegre) e que eu saiba o reactor espanhol mais perto da fronteira fica em Almaraz (~100km da fronteira), já fui algumas vezes a Badajoz e nunca lá vi nenhuma central...

                                          O problema do nuclear em Portugal está mais do que fundamentado (técnica e economicamente) e aquele artigo que o Celsius colocou não podia ser mais sistemático e claro.

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                                            #51
                                            Originalmente Colocado por Motronic Ver Post
                                            O GN (que é do que se trata), não!
                                            Sim e não. Simplifica-se assumindo que sim. Mas é verdade, há jazidas de GN que são independentes das jazidas de petróleo.

                                            Muito embora muito do GN consumido seja extraído na extracção do petróleo.

                                            Mas é um combustível fóssil na mesma, é um hidrocarboneto na mesma, e resulta também da decomposição orgânica de sedimentos.

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                                              #52
                                              Originalmente Colocado por Baiones Ver Post
                                              Eu continuo sem compreender porque não se investe a sério no sentido de levar a que cada casa produza/armazene o máximo de energia que consiga, só indo buscar á rede o que faltar para o gasto total...


                                              Desse modo já não seriam necessários tantos pontos centrais de fornecimento de energia, nem necessitariam de ser tão potentes...


                                              Ou se calhar até sei: quanto mais auto-suficiente for cada casa, e desse modo, menos necessitar de comprar á rede...


                                              O grande travão de tudo é sempre o mesmo...
                                              É simples. Os equipamentos de produção de energia eléctrica para fins "domésticos" não são eficientes.

                                              Tens períodos de retorno enormes. Não quer dizer que seja sempre assim, porque a tecnologia evolui. Mas para já assim é.

                                              O travão de tudo isso é a tecnologia e a sua relação custo benefício. Porque por mais voltas que demos, não há volta a dar.

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                                                #53
                                                Originalmente Colocado por eu Ver Post
                                                A culpa é da mentalidade das pessoas. Quantos têm painéis solares térmicos em casa? Bastava que 50% das casas tivessem painéis para reduzir de forma brutal o consumo de energia do País
                                                Já te expliquei em cima porque é que a maioria das pessoas não tem. Porque para a maioria das pessoas não compensa.

                                                O retorno que dá não compensa o investimento. E no fim do dia é isso que interessa.

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                                                  #54
                                                  Originalmente Colocado por pacxito Ver Post
                                                  Da última vez que olhei para o mapa o rio tejo entrava em Portugal em Vila Velha de rodão (Portalegre) e que eu saiba o reactor espanhol mais perto da fronteira fica em Almaraz (~100km da fronteira), já fui algumas vezes a Badajoz e nunca lá vi nenhuma central...

                                                  O problema do nuclear em Portugal está mais do que fundamentado (técnica e economicamente) e aquele artigo que o Celsius colocou não podia ser mais sistemático e claro.

                                                  Tem razão existe um cruzamento de informações que saiu errado, a nuclear na fronteira não tem rio Tejo, a Central nuclear de Trillo na parte Espanhola do Tejo é que utiliza a àgua do Rio para refrigeração, com todos os riscos dai inerentes, mas isso já não importa porque é na parte Espanhola, e rio não corre até Lisboa ou corre? Existem leis Internacionais que podem ser invocadas nestes casos, alguém ouviu alguma coisa? Em contrapartida até fizemos um acordo "historico" da àgua.

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                                                    #55
                                                    Originalmente Colocado por hpventura Ver Post
                                                    Mas é verdade, há jazidas de GN que são independentes das jazidas de petróleo.
                                                    Não fazia ideia.

                                                    Sempre me venderam o peixe de que o GN se formava nas mesmas jazidas do petróleo, que era um produto resultante da formação do petróleo.

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                                                      #56
                                                      Originalmente Colocado por hpventura Ver Post
                                                      Já te expliquei em cima porque é que a maioria das pessoas não tem. Porque para a maioria das pessoas não compensa.

                                                      O retorno que dá não compensa o investimento. E no fim do dia é isso que interessa.
                                                      Discordo completamente. Eu diria que compensa em quase todos os cenários.

                                                      No exemplo que dás, partes logo do cenário menos favorável para os painéis solares, que é a utilização do gás natural. Recordo-te que uma grande percentagem da população não tem acesso ao gás natural.

                                                      Também te esqueceste de contabilizar a aquisição da caldeira de gás, o IVA do preço do gás e as componentes fixas da factura do gás.

                                                      Além disso, o preço que consideras para os painéis solares (2500 euros) é para sistemas de circulação forçada. O custo médio dos sistemas termosifão de 300 litros é de cerca de 1500 euros.

                                                      Mesmo assim, nesse cenário enviesado, tu próprio concluíste que o investimento seria amortizado ao fim de 6 ... 7 anos. Portanto, até na pior situação de comparação (gás natural) compensa claramente, pois os painéis podem durar até 30 anos !!!

                                                      Agora imagina aquelas casas que usam gás butano ou gasóleo...
                                                      Editado pela última vez por eu; 09 April 2010, 12:03.

                                                      Comentário


                                                        #57
                                                        Originalmente Colocado por eu Ver Post
                                                        Discordo completamente. Eu diria que compensa em quase todos os cenários.

                                                        No exemplo que dás, partes logo do cenário menos favorável para os painéis solares, que é a utilização do gás natural. Recordo-te que uma grande percentagem da população não tem acesso ao gás natural.

                                                        Também te esqueceste de contabilizar a aquisição da caldeira de gás, o IVA do preço do gás e as componentes fixas da factura do gás.

                                                        Além disso, o preço que consideras para os painéis solares (2500 euros) é para sistemas de circulação forçada. O custo médio dos sistemas termosifão de 300 litros é de cerca de 1500 euros.

                                                        Mesmo assim, nesse cenário enviesado, tu próprio concluíste que o investimento seria amortizado ao fim de 6 ... 7 anos. Portanto, até na pior situação de comparação (gás natural) compensa claramente, pois os painéis podem durar até 30 anos !!!

                                                        Agora imagina aquelas casas que usam gás butano ou gasóleo...
                                                        Queres ter um sistema solar sem caldeira/ esquentador? Eu não !

                                                        E não quero porque é certo como tudo que vou ter momentos de água fria.

                                                        Os cálculos que eu fiz até foram no cenário mais desfavorável para o GN e não para o solar térmico.

                                                        Falando em propano/ butano, o seu custo por kW não é assim tão superior ao do GN. Quanto ao gasóleo, de momento não tenho aqui os dados, ,as anda algures a meio entre GN e GPL.

                                                        Obviamente que falei de um sistema de circulação forçada (a que ainda acresce os gastos de electricidade, embora reduzidos) pois um sistema de termosifão, além de incrivelmente inestético é limitado.

                                                        No meio disso tudo não coloquei os custos da manutenção dos painéis, que não é de borla (excepto na campanha do governo e promoções ocasionais).

                                                        Um sistema de solar térmico é um bom sistema auxiliar ou um sistema principal razoável para quem tem necessidades muito reduzidas de água quente. Porque é ineficiente, ponto.
                                                        Enquanto não evoluir tecnologicamente não é mais do que isso.

                                                        Comentário


                                                          #58
                                                          Originalmente Colocado por hpventura Ver Post
                                                          Queres ter um sistema solar sem caldeira/ esquentador? Eu não !

                                                          E não quero porque é certo como tudo que vou ter momentos de água fria.

                                                          Os cálculos que eu fiz até foram no cenário mais desfavorável para o GN e não para o solar térmico.

                                                          Falando em propano/ butano, o seu custo por kW não é assim tão superior ao do GN. Quanto ao gasóleo, de momento não tenho aqui os dados, ,as anda algures a meio entre GN e GPL.

                                                          Obviamente que falei de um sistema de circulação forçada (a que ainda acresce os gastos de electricidade, embora reduzidos) pois um sistema de termosifão, além de incrivelmente inestético é limitado.

                                                          No meio disso tudo não coloquei os custos da manutenção dos painéis, que não é de borla (excepto na campanha do governo e promoções ocasionais).

                                                          Um sistema de solar térmico é um bom sistema auxiliar ou um sistema principal razoável para quem tem necessidades muito reduzidas de água quente. Porque é ineficiente, ponto.
                                                          Enquanto não evoluir tecnologicamente não é mais do que isso.
                                                          Um Sistema Solar Térmico para águas quentes sanitárias bem dimensionado consegue muito bons resultados. Consegues ter o apoio eléctrico a funcionar poucas horas por dia e o pay-back é relativamente curto (dos que já fiz, entre 7 a 12 anos, dependendo da área instalada, nº de pessoas, orientação, etc.).
                                                          Dependendo se queres aquecer também a casa (radiodores ou ainda melhor piso radiante), não é de descurar um queimador de pellets. Nesta altura do campeonato, os equipamentos estão pouco mais caros que as caldeiras a gasóleo e o combustível é 2/3 mais barato, mais ecológico (renovável se considerarmos que as árvores absorvem o CO2 da queima), limpos (2% cinza) e eficientes. E se tiveres um alimentador com tremonha, cá no Norte acho que já andam camiões a distribuir pellets ao domicílio.

                                                          Comentário


                                                            #59
                                                            Estamos a esquecer-nos de uma coisa, assume-se o nuclear como uma opção sem olhar para nenhuma das outras tecnologias promissoras que estão a caminho. A prova de que é possível aliar sustentabilidade e rentabilidade começa a ser construída este ano...

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                                                              #60
                                                              Originalmente Colocado por cuica Ver Post
                                                              Um Sistema Solar Térmico para águas quentes sanitárias bem dimensionado consegue muito bons resultados. Consegues ter o apoio eléctrico a funcionar poucas horas por dia e o pay-back é relativamente curto (dos que já fiz, entre 7 a 12 anos, dependendo da área instalada, nº de pessoas, orientação, etc.).
                                                              Dependendo se queres aquecer também a casa (radiodores ou ainda melhor piso radiante), não é de descurar um queimador de pellets. Nesta altura do campeonato, os equipamentos estão pouco mais caros que as caldeiras a gasóleo e o combustível é 2/3 mais barato, mais ecológico (renovável se considerarmos que as árvores absorvem o CO2 da queima), limpos (2% cinza) e eficientes. E se tiveres um alimentador com tremonha, cá no Norte acho que já andam camiões a distribuir pellets ao domicílio.
                                                              Sou mais adepto de biomassa, biogás, por exemplo, do que de energia solar. O problema quer de um quer de outro, é que facilmente são esgotáveis se forem massificados.

                                                              Atenção, eu nada tenho contra a energia solar, seja térmica ou fotovoltaica. Mas é a fonte de energia mais ineficiente (por enquanto) que temos disponível no mercado.

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