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PSD quer flexibilizar leis laborais enquanto durar o PEC

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    #31
    Eu sou completamente a favor da liberalização das relações laborais, no entanto...

    A proposta do PSD é areia para os olhos, porque na realidade as relações de trabalho já estão liberalizadas há muito tempo. De facto, qualquer empresa pode fazer contratos a termo com a duração que quiserem.

    Comentário


      #32
      Originalmente Colocado por z0rg Ver Post
      Você parece não ter ideia alguma sobre como o Mundo funciona... Os centros de emprego (ou de desemprego) estão cheios de "mais valias". Pessoas boas, competentes e dedicadas, que foram dispensadas porque eram demasiado caras ou porque a sua empresa fechou. Mas a minha marquice esquerdista de lado e passemos a factos concretos.

      Qual é o mercado laboral mais flexível do Planeta? EUA. O que é que se originou nos EUA? A maior Grande Depressão da História Humana. Ou seja, a "flexibilização do mercado laboral" não foi suficiente para que ela se evitasse... Mas não é só isso. Ora veja:

      Underemployment Hits 20% in Mid-March

      A taxa de desemprego oficial (e por isso, irrealista e manipulada por motivos políticos óbvios) nos EUA é pouco menos de 10%. A taxa de desemprego real nos EUA, é dada pelo link da Gallup acima. Para além de não falar nas empresas americanas que fogem dos EUA para ir para a Índia.

      É perfeitamente óbvio que a "flexibilização do mercado laboral", não é solução nenhuma. Os EUA são prova disso mesmo.

      A direita do PNAC (Project for the New American Century - Wikipedia, the free encyclopedia) continua a insistir nos velhos dogmas, que foram postos em prática incontáveis vezes (a última vez foi esta década) e que sempre originaram catástrofes.

      Passando outra vez para a minha mariquice esquerdista, eu acho que olhar para as pessoas como produtos numa prateleira de supermercado, escolhendo aquilo que você chama de "mais-valias" (ou que parecem ser "mais-valias, por terem melhor aspecto), deixando os outros na prateleira, é imoral. Este Mundo é capitalista. O que significa que se alguém uer viver, tem de trabalhar para ganhar rendimento. Ora, toda a gente que vive no Mundo real, sabe que no Mundo daquela coisa do mercado, não há que chegue para 6 mil milhões de pessoas.

      Lá por eu ou alguém não se enquadrar na categoria de "mais-valia", não quer dizer que eu ou alguém tenha de morrer de fome e/ou condenado/a a uma vida de pobreza.

      Em Portugal, o PSD e o CDS/PP continuam a tentar passar a mentalidade pós-URSS dos anos 90... "Ganhámos! Deus escolheu o mercado!" Mas isso não é a realidade. Flexibilizar o mercado laboral (ou seja, tornar a vida pior para quem tem de trabalhar muito para ter pouco), para satisfazer a inflexibilidade do mercado na sua eterna demanda pelo Ser Humano Perfeito, é ridículo, irrealista e produto de uma mentalidade originada no maior dos confortos e que, por isso, nunca passou por necessidades, ignorando o que é o Mundo na realidade.
      Uma lufada de ar fresco! Parabéns!

      É isso tudo que se não quer ver e é por essas razões apontadas que o actual mundo civilizado está como está. Mas ainda temos quem defenda a flexibilidade laboral, que já existe e que... surpresa, engrossou as listas de desempregados! Resultado prático da flexi qualquer coisa? Desvalorização do trabalho e, em consequência, da economia de mercado.

      A flexibilidade dos vínculos, para quem ainda não se deu conta, já aí está há anos e o resultado à vista!

      Quanto à má funcionária, citada pelo air, a minha opinião é a de que os maus profissionais devem ser castigados, por exemplo em redução proporcional de vencimento e, no limite, despedidos. Mas isso não é o universo, que tanto se gosta de enunciar para justificar flexibilizar. A maioria das pessoas que trabalham fazem-no de forma dedicada e esforçada, fazem por merecer o que levam para casa a cada fim de mês e isso tem de ser respeitado!

      Incompetentes há-os em todo o lado, sendo que os piores são os que são directamente responsáveis por não se produzir (ou não declarar riqueza) neste país. Adivinhem de quem se trata!...

      Comentário


        #33
        Querem flexidade ???

        Se os patrões actualmente já cometem as maiores atrocidades contras as pessoas conforme as coisas estão, nem sequer quero imaginar como seria numa perspectiva ainda mais liberal do mercado de trabalho...

        Comentário


          #34
          Originalmente Colocado por DeCeIi Ver Post
          Querem flexidade ???

          Se os patrões actualmente já cometem as maiores atrocidades contras as pessoas conforme as coisas estão, nem sequer quero imaginar como seria numa perspectiva ainda mais liberal do mercado de trabalho...
          Não achas vamos ficar todos ricos..

          Comentário


            #35
            Querem ainda mais flexibilidade que isto?

            Contratos de 3 e 6 meses...o ser efectivo já não quer dizer nada, se quiserem despedir fazem-no a mesma com a mesma facilidade...ordenados da treta...horários de quase escravatura para quem quer tirar mais uns trocos...

            Cá no algarve os contratos raramente passam os 3~6 meses(nunca passa disto, a sazonalidade assim obriga), e quando chega a altura de renovar ou passar a efectivo, mandam-nos embora, quem é que pensa em sair da casa dos pais e iniciar a sua própria vida quando não sabe se no próximo mês ainda tem trabalho ou vai para o desemprego sem direito a subsidio...já pra não falar que a unica coisa que se consegue por aqui no verão (porque no inverno é pra esquecer, não ha nada)é trabalhar em caixa de supermercado, servir a mesa, trabalhar numa loja de centro comercial, parques aquaticos e pouco mais a ganhar nada mais que o ordenado minimo...
            Não se pode pensar no longo prazo quando andamos a saltitar de trabalho mal pago em trabalho mal pago com alguns tempos de desemprego pelo meio...

            Comentário


              #36
              Originalmente Colocado por paulo27 Ver Post
              Querem ainda mais flexibilidade que isto?

              Contratos de 3 e 6 meses...o ser efectivo já não quer dizer nada, se quiserem despedir fazem-no a mesma com a mesma facilidade...ordenados da treta...horários de quase escravatura para quem quer tirar mais uns trocos...

              Cá no algarve os contratos raramente passam os 3~6 meses(nunca passa disto, a sazonalidade assim obriga), e quando chega a altura de renovar ou passar a efectivo, mandam-nos embora, quem é que pensa em sair da casa dos pais e iniciar a sua própria vida quando não sabe se no próximo mês ainda tem trabalho ou vai para o desemprego sem direito a subsidio...já pra não falar que a unica coisa que se consegue por aqui no verão (porque no inverno é pra esquecer, não ha nada)é trabalhar em caixa de supermercado, servir a mesa, trabalhar numa loja de centro comercial, parques aquaticos e pouco mais a ganhar nada mais que o ordenado minimo...
              Não se pode pensar no longo prazo quando andamos a saltitar de trabalho mal pago em trabalho mal pago com alguns tempos de desemprego pelo meio...
              É no algarve e no resto não é muito melhor, pode fechar.

              Comentário


                #37
                Originalmente Colocado por eu Ver Post
                Eu sou completamente a favor da liberalização das relações laborais, no entanto...

                A proposta do PSD é areia para os olhos, porque na realidade as relações de trabalho já estão liberalizadas há muito tempo. De facto, qualquer empresa pode fazer contratos a termo com a duração que quiserem.
                Isso não é bem assim, existem requisitos e pressupostos a cumprir para que o contrato de trabalho a termo seja considerado válido e em relação à duração existem limites mínimos e máximos definidos no código de trabalho.

                Em relação à temática, concordo com o Air mas não deixo de dar uma certa razão ao PeLeve.

                Existem bons e maus empresários assim como existem bons e maus trabalhadores, a diferença é que um bom trabalhador pode desistir de um mau emprego enquanto que um bom empresário tem que levar com um mau empregado para a vida.
                Não concordo de todo com a ideia de que a instabilidade laboral seja a causa para a crise que se instalou na nossa economia, não tenho qualquer dúvida que um bom trabalhador tem o seu emprego assegurado seja aqui ou na China, o problema é que aqui no Sul da Europa temos uma mentalidade muito diferente do Norte. Eles lá trabalham nem que seja para aquecer (até porque está frio ) e nós aqui trabalhamos porque somos "obrigados".

                Actualmente as relações laborais que existem em Portugal são um incentivo ao comodismo e contribuiem para a fraca produtividade e desempenho das nossas empresas.

                Comentário


                  #38
                  Originalmente Colocado por vsfce Ver Post
                  Isso não é bem assim, existem requisitos e pressupostos a cumprir para que o contrato de trabalho a termo seja considerado válido e em relação à duração existem limites mínimos e máximos definidos no código de trabalho.

                  Em relação à temática, concordo com o Air mas não deixo de dar uma certa razão ao PeLeve.

                  Existem bons e maus empresários assim como existem bons e maus trabalhadores, a diferença é que um bom trabalhador pode desistir de um mau emprego enquanto que um bom empresário tem que levar com um mau empregado para a vida.
                  Não concordo de todo com a ideia de que a instabilidade laboral seja a causa para a crise que se instalou na nossa economia, não tenho qualquer dúvida que um bom trabalhador tem o seu emprego assegurado seja aqui ou na China, o problema é que aqui no Sul da Europa temos uma mentalidade muito diferente do Norte. Eles lá trabalham nem que seja para aquecer (até porque está frio ) e nós aqui trabalhamos porque somos "obrigados".

                  Actualmente as relações laborais que existem em Portugal são um incentivo ao comodismo e contribuiem para a fraca produtividade e desempenho das nossas empresas.
                  Bom post!

                  Comentário


                    #39
                    A pergunta que se impõe é a seguinte: Temos em Portugal condições para implementar uma coisa destas? Nem de perto nem de longe, não temos a cultura nem a mentalidade para fazer algo do genero funcionar. Do lado dos empregadores (incluindo o próprio estado), o que importa muitas vezes é mão de obra jovem, barata e precária. E do lado dos trabalhadores (no geral), não sei até que ponto seria bem visto ou aceite ter de rodar por muitas empresas ao longo da vida.

                    Isto funciona em alguns países nórdicos porque a sua mentalidade e cultura está para aí virada, já estou farto, fartíssimo dos nossos políticos tentarem à força toda tentarem copiar o que se faz lá fora, não se dando conta que não basta copiar medidas, é necessário fomentar mentalidades pela mesma ocasião.

                    Comentário


                      #40
                      Originalmente Colocado por K2000 Ver Post
                      A pergunta que se impõe é a seguinte: Temos em Portugal condições para implementar uma coisa destas? Nem de perto nem de longe, não temos a cultura nem a mentalidade para fazer algo do genero funcionar. Do lado dos empregadores (incluindo o próprio estado), o que importa muitas vezes é mão de obra jovem, barata e precária. E do lado dos trabalhadores (no geral), não sei até que ponto seria bem visto ou aceite ter de rodar por muitas empresas ao longo da vida.

                      Isto funciona em alguns países nórdicos porque a sua mentalidade e cultura está para aí virada, já estou farto, fartíssimo dos nossos políticos tentarem à força toda tentarem copiar o que se faz lá fora, não se dando conta que não basta copiar medidas, é necessário fomentar mentalidades pela mesma ocasião.
                      Outro bom post! Mas na minha opinião só saímos do marasmo quando mudarmos de mentalidade, mas não deixando de termos a nossa própria identidade como cultura/povo claro.

                      Comentário


                        #41
                        Originalmente Colocado por mablopes Ver Post
                        E é com o actual panorama de empresários portugueses que lá vamos?!?

                        Quando 95% do tecido empresarial são PME's ou empresas familiares... cujos donos, (que são muitas vezes ex-funcionários de uma qualquer empresa) têm muitas vezes apenas a escolaridade obrigatória, percebendo 0 de gestão (quer empresarial, quer de RH), e em que o objectivo não é desenvolver a empresa, mas sim suportar o nivel de vida que pretende atingir (vivenda com piscina, Mercedes para toda a familia, telemóveis e recheio da casa à conta da empresa, etc), pagando muitas vezes o SMN aos funcionários (porque não podem pagar menos, senão...), fugindo aos impostos o mais que se puder, sorvendo o maior número de subsidios possivel, tudo para que o vizinho julgue que é um Doutor...

                        Já dizia a minha avózinha, que Deus tem: "Não peças a quem pediu, nem sirvas a quem serviu!"

                        E se muita gente mais nova, hoje fala na flexibilização, não devia cuspir no prato que comeu, porque se hoje tem estudos, foi porque "o emprego para a vida" permitiu que os seus pais estabelecessem um projecto estável de vida, que permitiu o desenvolvimento com poucas ou nenhumas perturbações da sua personalidade.

                        Coisa que actualmente, com a precariedade e a incerteza, leva a que se adiem ou extingam projectos de vida.

                        Depois admiram-se da inversão da piramide populacional, da baixa natalidade, e do país estar à beira da bancarrota.

                        Continuo a dizer, o mal deste país é mentalidade tacanha na distribuição da riqueza... o Mexia ganhou 3.100.000€ o ano passado ou sejam + de 6.800 SMN's.

                        Não faria melhor ao país ele ganhar apenas 100.000€ e os 3.000.000€ serem distribuidos pelos restantes funcionários? O que desenvolve mais a economia? Além desses 3,1 milhões quantos "aterraram" em off-shores?!?
                        Conheces assim tantos empresários para dizer que querem é ter a casa com piscina, mercedes e recheio do melhor à conta da empresa? Olha que eu conheço alguns e só os que têm empresas já com considerável volume de negócios podem ter um nível de vida desses. A maioria anda com a corda ao pescoço, trabalha e recebe quando calha, tendo todos os meses de pagar salários, impostos, etc.

                        O mal da mentalidade é também as pessoas nunca se meterem na pele dos outros, só pensam no bem delas.

                        Mas já deixei a minha opinião sobre este assunto! Como já foi dito, não espero grande futuro para Portugal e daqui a 10 anos ainda estaremos piores.

                        Comentário


                          #42
                          Originalmente Colocado por air Ver Post
                          Mas já deixei a minha opinião sobre este assunto! Como já foi dito, não espero grande futuro para Portugal e daqui a 10 anos ainda estaremos piores.
                          Sobre isso é que não tenho a menor duvida

                          Deixem lá começarem a cair as contas das PPP a partir de 2013/2014 para verem o que é uma crise a serio

                          Comentário


                            #43
                            Falaram aqui da idade de reforma, esta semana tive acesso a um estudo sobre a imigração europeia em Portugal.

                            -Facto, a imigração dos países desenvolvidos com destino a Portugal é feito por pessoas entre os 45 e os 60 anos, reformados, oriundos da baixa e media classe media, que escolhem o nosso país pela subida de qualidade vida.

                            Falaram aqui da formação, este facto está estudado é suportado por números e é do domínio publico.

                            -Facto, Portugal ainda não chegou a um terço dos números de literacia da UE e fica muito longe dos números de licenciados, quem estudou nos EUA ou na Europa dificilmente entende a estrutura do ensino nacional.

                            Tenho também tido acesso a vários estudos e conclusões, principalmente de universidades holandesas e inglesas, sobre a chamada liberalização laboral.

                            -Facto, os esperados benefícios de tal 'liberalização' ficam aquém das expectativas das empresas, uma vez que estas realizam que, esta opção não lhes permite reduzir custos, mas antes dificulta as vendas (quem não ganha não compra).

                            -Facto, a liberalização representa, em países com elevados valores morais devo dizer, um aumento dos números do desemprego entre 1,5 e 2 %. Imaginem o resultado num país como o nosso!!

                            Por ultimo, uma noticia do DN de hoje revela que:

                            Comentário


                              #44
                              Originalmente Colocado por Peste Ver Post
                              Falaram aqui da idade de reforma, esta semana tive acesso a um estudo sobre a imigração europeia em Portugal.

                              -Facto, a imigração dos países desenvolvidos com destino a Portugal é feito por pessoas entre os 45 e os 60 anos, reformados, oriundos da baixa e media classe media, que escolhem o nosso país pela subida de qualidade vida.

                              Falaram aqui da formação, este facto está estudado é suportado por números e é do domínio publico.

                              -Facto, Portugal ainda não chegou a um terço dos números de literacia da UE e fica muito longe dos números de licenciados, quem estudou nos EUA ou na Europa dificilmente entende a estrutura do ensino nacional.

                              Tenho também tido acesso a vários estudos e conclusões, principalmente de universidades holandesas e inglesas, sobre a chamada liberalização laboral.

                              -Facto, os esperados benefícios de tal 'liberalização' ficam aquém das expectativas das empresas, uma vez que estas realizam que, esta opção não lhes permite reduzir custos, mas antes dificulta as vendas (quem não ganha não compra).

                              -Facto, a liberalização representa, em países com elevados valores morais devo dizer, um aumento dos números do desemprego entre 1,5 e 2 %. Imaginem o resultado num país como o nosso!!

                              Por ultimo, uma noticia do DN de hoje revela que:
                              Trata-se, e apenas, do óbvio que esses estudos, que nem deveriam ser necessários, apenas vêm confirmar.

                              Portugal não está ao nível da mentalidade dos países nórdicos. Logo, e como já foi, muito bem, referido, as receitas que para eles funcionam por cá não têm aplicação por todas as razões que todos nós, naturalmente, sabemos que existem...

                              A flexibilidade, sublinho e reitero, gera empresários com muito menor sentido de responsabilidade. Ora, no momento actual é precisamente desse tipo de empresários de que não precisamos, antes pelo contrário!

                              Comentário


                                #45
                                Originalmente Colocado por PeLeve Ver Post
                                Trata-se, e apenas, do óbvio que esses estudos, que nem deveriam ser necessários, apenas vêm confirmar.

                                Portugal não está ao nível da mentalidade dos países nórdicos. Logo, e como já foi, muito bem, referido, as receitas que para eles funcionam por cá não têm aplicação por todas as razões que todos nós, naturalmente, sabemos que existem...

                                A flexibilidade, sublinho e reitero, gera empresários com muito menor sentido de responsabilidade. Ora, no momento actual é precisamente desse tipo de empresários de que não precisamos, antes pelo contrário!
                                A inflexibilidade, digo e reitero, gera apenas mais precariedade, mais comodismo e menos produtividade, se queremos mudar a mentalidade temos que começar por algum lado.

                                Este tipo de mudanças tem uma maior receptividade por parte da minha geração (jovens portanto ) porque não temos tantas responsabilidades sobre os nossos ombros e porque não temos receio da mudança e de novos desafios.
                                Mas eu até compreendo o receio que as gerações mais velhas têm em relação a esta temática, não nego que uma familia que tem uma ou mais dividas ao banco ache que este tipo de medidas seja prejudicial, até porque poderá colocar em risco a sua estabilidade económica, mas as empresas não devem ser encaradas como um seguro de vida nem como uma instituição de solidariedade social, o objectivo da empresa é o lucro e quem não contribui para isso não deveria fazer parte da empresa.

                                Actualmente as empresas usam e abusam de outras artimanhas para contornar a inflexibilidade do código de trabalho porque contratar um funcionário é um casamento desigual, o trabalhador pode cessar o contrato quando lhe apetece enquanto que o empregador apenas pode cessar o contrato quando morrer (fechando a empresa ou abrindo falência).

                                Comentário


                                  #46
                                  Originalmente Colocado por PeLeve Ver Post

                                  A flexibilidade, sublinho e reitero, gera empresários com muito menor sentido de responsabilidade. Ora, no momento actual é precisamente desse tipo de empresários de que não precisamos, antes pelo contrário!
                                  No momento em que estamos, o que precisamos é de criar empregos, independentemente do tipo de empresário que seja.
                                  Dai para a frente, deverá ser o mercado a ditar quem prospera e quem fecha a porta.

                                  Comentário


                                    #47
                                    Originalmente Colocado por vsfce Ver Post
                                    Isso não é bem assim, existem requisitos e pressupostos a cumprir para que o contrato de trabalho a termo seja considerado válido e em relação à duração existem limites mínimos e máximos definidos no código de trabalho.
                                    Isso é em teoria. Na prática, qualquer posto de trabalho pode ser preenchido nos moldes do contrato a termo. Aliás, é isso mesmo que acontece por esse País fora...

                                    Comentário


                                      #48
                                      Originalmente Colocado por vsfce Ver Post
                                      as empresas não devem ser encaradas como um seguro de vida nem como uma instituição de solidariedade social, o objectivo da empresa é o lucro e quem não contribui para isso não deveria fazer parte da empresa.
                                      É por este tipo de mentalidade que os trabalhadores devem ser protegidos .
                                      O que as empresas querem é usar e deitar fora .
                                      Comem a carne , comam os ossos !

                                      Comentário


                                        #49
                                        Originalmente Colocado por SECURITAS Ver Post
                                        É por este tipo de mentalidade que os trabalhadores devem ser protegidos .
                                        O que as empresas querem é usar e deitar fora .
                                        Comem a carne , comam os ossos !
                                        E as empresas devem se proteger de contratar quem não tenha esta mesma mentalidade.

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                                          #50
                                          Originalmente Colocado por Dannymad Ver Post
                                          Bom post!

                                          Concordo uma vez mais...

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                                            #51
                                            Originalmente Colocado por Alpiger Ver Post
                                            E as empresas devem se proteger de contratar quem não tenha esta mesma mentalidade.
                                            Sim se o PSD fizer passar esta lei é mesmo a pensar nas empresas e não nos trabalhadores !

                                            Comentário


                                              #52
                                              Originalmente Colocado por eu Ver Post
                                              Isso é em teoria. Na prática, qualquer posto de trabalho pode ser preenchido nos moldes do contrato a termo. Aliás, é isso mesmo que acontece por esse País fora...
                                              Na prática existem muitos falsos contratos a termo assim como existem muitos falsos recibos verdes.
                                              É a forma que as empresas encontram de contornar o código de trabalho mas isto não significa que esteja correcto ou que seja legal, existe é pouca inspecção.

                                              Originalmente Colocado por SECURITAS Ver Post
                                              É por este tipo de mentalidade que os trabalhadores devem ser protegidos .
                                              O que as empresas querem é usar e deitar fora .
                                              Comem a carne , comam os ossos !
                                              Originalmente Colocado por Alpiger Ver Post
                                              E as empresas devem se proteger de contratar quem não tenha esta mesma mentalidade.
                                              Mai nada.

                                              Comentário


                                                #53
                                                Originalmente Colocado por SECURITAS Ver Post
                                                Sim se o PSD fizer passar esta lei é mesmo a pensar nas empresas e não nos trabalhadores !
                                                Sem empresas não há trabalhadores, não há salários para a FP, não há escolas, não há hospitais, não há subsídios de desemprego, não há RSI....

                                                Comentário


                                                  #54
                                                  Originalmente Colocado por air Ver Post
                                                  Sem empresas não há trabalhadores, não há salários para a FP, não há escolas, não há hospitais, não há subsídios de desemprego, não há RSI....
                                                  Da mesma maneira que sem trabalhadores as empresas não ganham dinheiro!

                                                  Comentário


                                                    #55
                                                    Originalmente Colocado por air Ver Post
                                                    Conheces assim tantos empresários para dizer que querem é ter a casa com piscina, mercedes e recheio do melhor à conta da empresa? Olha que eu conheço alguns e só os que têm empresas já com considerável volume de negócios podem ter um nível de vida desses. A maioria anda com a corda ao pescoço, trabalha e recebe quando calha, tendo todos os meses de pagar salários, impostos, etc.

                                                    O mal da mentalidade é também as pessoas nunca se meterem na pele dos outros, só pensam no bem delas.

                                                    Mas já deixei a minha opinião sobre este assunto! Como já foi dito, não espero grande futuro para Portugal e daqui a 10 anos ainda estaremos piores.
                                                    Conheço bastantes, ou não fosse esse o meu ramo de actividade... está sempre mau para pagar ao TOC, mas quando chega vêm de BMW e Mercedes de 2008 para cima...

                                                    Originalmente Colocado por Alpiger Ver Post
                                                    No momento em que estamos, o que precisamos é de criar empregos, independentemente do tipo de empresário que seja.
                                                    Dai para a frente, deverá ser o mercado a ditar quem prospera e quem fecha a porta.
                                                    Exacto, empregos, com remuneração justa e não exploração com subterfúgios legais!

                                                    Se for como o dos combustíveis...
                                                    Editado pela última vez por mablopes; 04 June 2010, 14:08.

                                                    Comentário


                                                      #56
                                                      Originalmente Colocado por SECURITAS Ver Post
                                                      Da mesma maneira que sem trabalhadores as empresas não ganham dinheiro!
                                                      Claro.. Um trabalha para o outro lhe poder pagar, quando não trabalha (porque não há trabalho ou porque não há vontade de trabalhar) o outro não lhe pode pagar...

                                                      Se há alguma coisa a mudar é o trabalho extra não-remunerado! Isso sim é que se tem de combater, ganhar 8h e trabalhar 10 ou mais...

                                                      Comentário


                                                        #57
                                                        Originalmente Colocado por K2000 Ver Post
                                                        A pergunta que se impõe é a seguinte: Temos em Portugal condições para implementar uma coisa destas? Nem de perto nem de longe, não temos a cultura nem a mentalidade para fazer algo do genero funcionar. Do lado dos empregadores (incluindo o próprio estado), o que importa muitas vezes é mão de obra jovem, barata e precária. E do lado dos trabalhadores (no geral), não sei até que ponto seria bem visto ou aceite ter de rodar por muitas empresas ao longo da vida.

                                                        Isto funciona em alguns países nórdicos porque a sua mentalidade e cultura está para aí virada, já estou farto, fartíssimo dos nossos políticos tentarem à força toda tentarem copiar o que se faz lá fora, não se dando conta que não basta copiar medidas, é necessário fomentar mentalidades pela mesma ocasião.
                                                        Bom post.

                                                        Acima de tudo há que ter bom senso, bem raro e por isso precioso, quando os funcionários e os empregadores têm a capacidade e preocupação de conseguir mais valias para a empresa tudo corre bem.

                                                        Não concordo com flexibilizações.
                                                        Concordo é com fiscalização das entidades estatais responsaveis e colaboração dos sindicatos.
                                                        As empresas não podem continuar a fazer contratos sucessivos e quando chega a altura de integrar as pessoas passarem-nas para outra empresa do grupo.
                                                        As empresas não podem beneficiar de beneficios do estado para integrar licenciados, e depois ao fim de certo período nunca os integra.
                                                        As empresas não podem continuar a usar recibos verdes para lugares "efectivos" da empresa.
                                                        As empresas têm que pensar que prémios e outras regalias fornecidas, são muitas vezes garantia de motivação das pessoas.
                                                        Os funcionários não podem pensar que a empresa tem que pagar os seus luxos e erros sem serem responsabilizados.
                                                        Os funcionários não podem pensar que a evolução acontece com o tempo e não por mérito.
                                                        Os funcionários não podem pensar que sem saberem realizar tarefas específicas são especialmente valiosos para a empresa.
                                                        Os funcionários têm que perceber que o horário de trabalho não são 6, 7, 8h na empresa, mas sim a trabalhar. Sou grande fan de pausas, almoços extensos etc, mas sei bem definir fronteiras.
                                                        Os sindicatos devem paerceber-se que o seu papel tem que ser mais rico.
                                                        Devem incentivar os seus associados à formação e "provocar" a empresa para o fazer.
                                                        Devem particpar nos processos disciplinares de maneira imparcial, e não assumir sempre que o funcionário está correcto.
                                                        Devem ajudar a encontrar meios de encaixar as pessoas em sitios correctos, e não simplesmente incentivar o seu encaixe.
                                                        Devem incentivar os funcionários a solicitar regalias, especialmente as que dependem de objectivos.

                                                        Comentário


                                                          #58
                                                          Originalmente Colocado por vsfce Ver Post

                                                          Existem bons e maus empresários assim como existem bons e maus trabalhadores, a diferença é que um bom trabalhador pode desistir de um mau emprego enquanto que um bom empresário tem que levar com um mau empregado para a vida.
                                                          O pior é os empresários que preferem ter um mau trabalhador precário a um bom trabalhador efectivo...

                                                          Comentário


                                                            #59
                                                            Originalmente Colocado por Strider Ver Post
                                                            O pior é os empresários que preferem ter um mau trabalhador precário a um bom trabalhador efectivo...
                                                            Ao empresário cabe decidir qual o futuro que quer para a sua empresa, se prefere ter trabalhadores incompetentes ele acabará por sofrer as consequências dessa escolha.
                                                            Mas um bom trabalhador também não quer trabalhar para um mau empresário e quanto mais depressa descobrir isso melhor.

                                                            Comentário


                                                              #60
                                                              Originalmente Colocado por PeLeve Ver Post
                                                              Trata-se, e apenas, do óbvio que esses estudos, que nem deveriam ser necessários, apenas vêm confirmar.

                                                              Aparentemente, o óbvio, nem sempre é claro. Quando a media nacional anda pelo 6º ano (contra a média de 10º anos de estudo nos colaboradores), percebe-se porque há dificuldades em entender o óbvio.

                                                              Portugal não está ao nível da mentalidade dos países nórdicos. Logo, e como já foi, muito bem, referido, as receitas que para eles funcionam por cá não têm aplicação por todas as razões que todos nós, naturalmente, sabemos que existem...

                                                              Não concordo nada com essa distinção, as pessoas são naturalmente más, num mundo sem regras e fiscalização, todos aproveitam como podem. A diferença entre os nórdicos e os do sul, acaba por ser a fiscalização, as leis racionais e a mão pesada para os que não cumprem. É isso que cria e molda mentalidades. Assim sendo, não basta aplicar receitas que funcionam lá, é preciso fiscalizar e punir a precariedade induzida, a facilidade com que se despede e um conjunto de estruturas que facilitam a precariedade.

                                                              A flexibilidade, sublinho e reitero, gera empresários com muito menor sentido de responsabilidade.

                                                              Há um abuso da palavra 'flexibilidade' quando aplicada nesta situação. Noutros países, flexibilizar é, por exemplo, transferir uma pessoa de uma 'empresa mãe' para outra do mesmo grupo, mantendo vencimento e vinculo, assim como regalias, por cá trata-se apenas de despedir, recorrendo a todo e qualquer subterfúgio.

                                                              Lá fora flexibilizar é pegar numa pessoa que ocupa um posto de trabalho obsoleto, dar-lhe formação para a integrar na estrutura produtiva actualizada, por cá é apenas despedir porque se comprou um mac para uma função onde antes estava um pc.

                                                              Flexibilizar é agilizar, é trabalho de equipa, é racionalizar e estudar métodos de produção, renovar, motivar pessoas, actualizar e modernizar.

                                                              Aquilo que se faz por cá é liberdade e impunidade para despedir.


                                                              Ora, no momento actual é precisamente desse tipo de empresários de que não precisamos, antes pelo contrário!

                                                              Talvez o problema seja um pouco esse, nós não podemos querer empresários bons e renunciar aos maus, nas actuais condições os bons acabarão por se tornar maus e voltamos à mesma situação. Precisamos mesmo é de gente com iniciativa, com educação e sem o velho espírito de que 'nada dá por cá, até vir um espanhol ou alemão tirar partido disso e provar que dá', precisamos de regras e leis claras, de fiscalização constante e meios humanos para tal, de uma justiça isenta e rápida e de uma legislação laborar que, em vez de proteger quem nada quer fazer, ou facilitar o abuso do despedir, proteja o trabalho e incentive as boas soluções de gestão.
                                                              Opinião a verde

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