Nem toda a gente que modifica o seu carro usa boné e tem um Saxo Cup. Nem toda a gente com um carro modificado anda nos picanços!
Nem todo o funcionário publico é incompetente e passa a vida a coçar os tomates. Nem todo o funcionário publico nos atende de forma rude porque o Benfica perdeu.
No entanto são todos colocados no mesmo saco e discriminados...
Estou a estagiar num organismo público e há dias precisei de dados de outro departamento. Eis os passos:
- preencher uma requisição;
- levar ao director do meu departamento para assinar;
- fotocopiar e arquivar a cópia;
- ir ao departamento que tinha aos dados entregar a requisição;
- aguardar que os funcionários desse departamento averiguassem se os dados estavam disponíveis;
- entregar a requisição ao superior hierárquico para este assinar, comprovando que tomava conhecimento;
- aguardar que o superior do superior estivesse disponível para receber pessoas, a fim de também tomar conhecimento e dizer se autorizava;
- se por algum motivo o superior do superior entender, a requisição deve ser reformulada (neste caso, ele achou que eu pretendia dados demais);
- uma vez autorizada, a requisição deve ser entregue pela secretária do superior do superior num novo departamento (se esta estiver presente, o que não foi imediato);
- neste departamento, é gravado um cd com a informação (neste caso queimou-se um cd com apenas 28 MB de dados).
Ao tentar utilizar os dados, concluí que por defeito da instalação do software no meu computador, não conseguia lê-los, por isso desloquei-me novamente ao departamento e pedi a uma técnica que me convertesse esses mesmos dados para outro formato. Fiquei a saber que era preciso... pedir nova autorização, caso contrário o superior do superior levantaria problemas.
Ora... batatas. Quando a simples partilha de dados entre departamentos da mesma instituição pública é um novelo de burocracia que atrasa processos por vários dias, questiono-me se o problema é de quem põe a mão na massa ou de quem tem a mania que manda.
Estou a estagiar num organismo público e há dias precisei de dados de outro departamento. Eis os passos:
- preencher uma requisição;
- levar ao director do meu departamento para assinar;
- fotocopiar e arquivar a cópia;
- ir ao departamento que tinha aos dados entregar a requisição;
- aguardar que os funcionários desse departamento averiguassem se os dados estavam disponíveis;
- entregar a requisição ao superior hierárquico para este assinar, comprovando que tomava conhecimento;
- aguardar que o superior do superior estivesse disponível para receber pessoas, a fim de também tomar conhecimento e dizer se autorizava;
- se por algum motivo o superior do superior entender, a requisição deve ser reformulada (neste caso, ele achou que eu pretendia dados demais);
- uma vez autorizada, a requisição deve ser entregue pela secretária do superior do superior num novo departamento (se esta estiver presente, o que não foi imediato);
- neste departamento, é gravado um cd com a informação (neste caso queimou-se um cd com apenas 28 MB de dados).
Ao tentar utilizar os dados, concluí que por defeito da instalação do software no meu computador, não conseguia lê-los, por isso desloquei-me novamente ao departamento e pedi a uma técnica que me convertesse esses mesmos dados para outro formato. Fiquei a saber que era preciso... pedir nova autorização, caso contrário o superior do superior levantaria problemas.
Ora... batatas. Quando a simples partilha de dados entre departamentos da mesma instituição pública é um novelo de burocracia que atrasa processos por vários dias, questiono-me se o problema é de quem põe a mão na massa ou de quem tem a mania que manda.
E A CULPA É DOS FUNCIONÁRIOS OU DAS REGRAS, OU SEJA, DE QUEM FEZ AS REGRAS!!!????
PERCEBESTE? EU TAMBÉM TENHO O MESMO PROBLEMA!!!!!![xx(][8)]
Segundo, podes ler novamente, mas com mais calma. Caso não tenhas reparado, o relato não é contra as pessoas que estão na base da hierarquia, mas no topo. Portanto, pelos vistos até pensas como eu, estás é um bocadinho nervoso...
Segundo, podes ler novamente, mas com mais calma. Caso não tenhas reparado, o relato não é contra as pessoas que estão na base da hierarquia, mas no topo. Portanto, pelos vistos até pensas como eu, estás é um bocadinho nervoso...
Desculpa lá RAD, mas é sempre a culpar nos FPs... Porra...[|)]
Estou a estagiar num organismo público e há dias precisei de dados de outro departamento. Eis os passos:
- preencher uma requisição;
- levar ao director do meu departamento para assinar;
- fotocopiar e arquivar a cópia;
- ir ao departamento que tinha aos dados entregar a requisição;
- aguardar que os funcionários desse departamento averiguassem se os dados estavam disponíveis;
- entregar a requisição ao superior hierárquico para este assinar, comprovando que tomava conhecimento;
- aguardar que o superior do superior estivesse disponível para receber pessoas, a fim de também tomar conhecimento e dizer se autorizava;
- se por algum motivo o superior do superior entender, a requisição deve ser reformulada (neste caso, ele achou que eu pretendia dados demais);
- uma vez autorizada, a requisição deve ser entregue pela secretária do superior do superior num novo departamento (se esta estiver presente, o que não foi imediato);
- neste departamento, é gravado um cd com a informação (neste caso queimou-se um cd com apenas 28 MB de dados).
Ao tentar utilizar os dados, concluí que por defeito da instalação do software no meu computador, não conseguia lê-los, por isso desloquei-me novamente ao departamento e pedi a uma técnica que me convertesse esses mesmos dados para outro formato. Fiquei a saber que era preciso... pedir nova autorização, caso contrário o superior do superior levantaria problemas.
Ora... batatas. Quando a simples partilha de dados entre departamentos da mesma instituição pública é um novelo de burocracia que atrasa processos por vários dias, questiono-me se o problema é de quem põe a mão na massa ou de quem tem a mania que manda.
Isso é endemico no estado e fazer uma sugestão de forma a melhorar o serviço é encarado como um ataque pessoal.
André, infelizmente a sociedade está cheia de gente sedenta de manifestar o seu poderzinho. Alertar consciências e lutar contra poderes instituídos depende mais do tempo (as pessoas reformam-se...) do que da teimosia de meia-dúzia de idealistas que chegaram ontem. O atraso nas mentalidades não se corrige em meses, leva anos, se calhar décadas.
André, infelizmente a sociedade está cheia de gente sedenta de manifestar o seu poderzinho. Alertar consciências e lutar contra poderes instituídos depende mais do tempo (as pessoas reformam-se...) do que da teimosia de meia-dúzia de idealistas que chegaram ontem. O atraso nas mentalidades não se corrige em meses, leva anos, se calhar décadas.
André, infelizmente a sociedade está cheia de gente sedenta de manifestar o seu poderzinho. Alertar consciências e lutar contra poderes instituídos depende mais do tempo (as pessoas reformam-se...) do que da teimosia de meia-dúzia de idealistas que chegaram ontem. O atraso nas mentalidades não se corrige em meses, leva anos, se calhar décadas.
Ora aí esta... ;)
2 meses a ver o "monstro" por dentro foram o suficiente para diagnosticar a origem do problema.
A verdade é que a mudança na FP vai ser feita COM ou SEM os FPs.
O país não pode continuar a gastar as enormidades que gasta com o sector público e a ter estes resultados.
Não pode! End of story!
Ao invés de andarem a gritar contra as reformas, entrem nas reformas e sejam parte construtiva;)
Porque isto vai fazer-se, mais cedo ou mais tarde! E vai doer IMENSO se vocês não quiserem mudar.
Porque não são só vocês, os chefiados, que são a raiz de todo o mal, nem são só os chefes que são a raiz de todo o mal.
O problema é geral. Existe falta de qualidade nas chefias e nos funcionários.
Mai nada, o resto são tretas para atrasados mentais.
Ou os sindicatos percebem isso e começam a contribuir positivamente para uma mudança na FP (pedindo EXIGÊNCIA, MÉRITO, PROGRESSÕES DIFERENCIADAS e abadonando a velha lenga lenga dos direitos e de mais ordenados e isto e mais aquilo...) ou isto vai chegar ao ponto onde o PS e o PSD vão alterar a constituição, permitir o despedimento e mandar os 200.000 que estão a mais para a rua, arbitrariamente e sem discussões, com uma indminização.
É que o vai acontecer, não tarda.
Eu vejo muita gente a reclamar, mas é curioso que a maioria dos FPs prefere manter a situação actual, do igualitarismo e da falta de exigência, a uma mudança para um sistema que premeie os melhores e que seja mais exigente.
Há que matar de vez este subproduto do 25A que já vinha do Estado Novo e que foi amplificado que é o Estado do emprego para toda a vida, da falta de exigência, a inexistência de mobilidade e de...concorrência.
Caput! Chegou ao limite! Chegou a hora de dizer que não podemos nem ser o Portugal fechadinho atrasadinho do Salazar nem o Portugal do Estado tentacular ineficiente do igualitarismo que é a linha oficial desde o 25A.
Abri-nos pó Mundo! Quanto mais tarde, pior, disso podem ter a certeza!
A mim não me doi nada. Vim do sector privado e a minha única reserva a regressar ao sector privado são os recibos verdes, de que o estado também se serve. Venham essas mudanças, eu aplaudo. Quem está preparado, não teme. Quem gosta da situação actual e não está preparado para se renovar... bem, temos pena.
Espero é que as medidas sejam implacáveis na altura de deitar fora as frutas tocadas e não sejam poupadas as que estão nos ramos mais elevados.
A mim não me doi nada. Vim do sector privado e a minha única reserva a regressar ao sector privado são os recibos verdes, de que o estado também se serve. Venham essas mudanças, eu aplaudo. Quem está preparado, não teme. Quem gosta da situação actual e não está preparado para se renovar... bem, temos pena.
Espero é que as medidas sejam implacáveis na altura de deitar fora as frutas tocadas e não sejam poupadas as que estão nos ramos mais elevados.
Se toda a gente fosse assim. No publico e no privado. Venham as mudanças que eu aguento-me. Nunca fui acusado de incompetência portanto quem não deve não teme.
citação:
Não é a dizer que os outros são isto ou aquilo que vocês passam a ter razão ou deixam de ter que mudar.
Pois, é verdade...
citação:Será difícil perceber isso?
Não será!... Ou talvez seja...
citação:Vocês não ganham em continuar assim, a desculpabilizar a situação e com isso a tentar justificar a sua permanência ou a não necessidade de mudança.
Tu és engraçado, consegues dizer isto a mesma coisa e o seu contrário ao mesmo tempo...:D:D:D
citação:Que raio Não vão lá assim...
Você, vocês e mais vocês...
Percebes o raciocínio a que estou a fazer apelo?...;)
Na verdade o problema deste país até é o sector privado (não quem lá trabalha) que deixara-se ultrapassar em tecngia e continuam a usar tacticas dignas de um sistema feudal em que só lhes interessa explorar a mão de obra quase escrava que temos neste país.
Agora veem neste ataque a fp por parte do governo, como uma maneira de fugirem ainda mais da sua responsabilidade e mais uma maneira de se vingarem da influencia "negativa" que é haver trabalhadores com alguns direitos e com salarios ligeiramente superiores, são um "mau exemplo" que quem trabalha no privado por vezes teima em seguir.
É um espinho que os incomoda e que tentam espurgar, por isso aplaudem todos contentes.
Há problemas na fp, mas são migalhas comparado com o estrago que politicos e empresarios fazem neste país.
Pé Leve, tu estás apenas e tão só a brincar com as palavras, mais nada.
Também estou!...;)
Mas, na verdade, o que eu quero dizer com o que referi, brincadeira de palavras à parte, é que se nos fecharmos, se nos cristalizarmos na presunção de que apenas a nossa ideia é que é correcta nunca seremos capazes de perceber a dos outros, até porque nem sequer fazemos um esforço, e olha que isso não é assim tão incomum...;)
Até nem é tanto o teu caso, embora a tua experiência de vida seja muito relevante mas, deixa que te diga, não pode avaliar-se tudo só a partir dela, por muito respeito e realidade que ela transmita!
citação:Originalmente colocada por Pé Leve
Mas, na verdade, o que eu quero dizer com o que referi, brincadeira de palavras à parte, é que se nos fecharmos, se nos cristalizarmos na presunção de que apenas a nossa ideia é que é correcta nunca seremos capazes de perceber a dos outros, até porque nem sequer fazemos um esforço, e olha que isso não é assim tão incomum...;)
Até nem é tanto o teu caso, embora a tua experiência de vida seja muito relevante mas, deixa que te diga, não pode avaliar-se tudo só a partir dela, por muito respeito e realidade que ela transmita!
Pé Leve, eu sei perfeitamente de isso.
Agora, desculpa, mas eu limito-me a ver o que outros fizeram para estar onde nós queremos estar e onde não estamos.
Simplesmente isso.
E a verdade é que nós temos que pôr o Estado a funcionar bem e a experiência de todos os outros países revela que existem 2 tipos de países com Estados a funcionar bem, que diferem no peso do Estado na economia (grande no 1º caso, pequeno no 2º).
Um grupo onde podemos colocar a França, Alemanha e os países nórdicos e outro grupo onde podemos colocar os países anglo-saxónicos em geral.
E a verdade é que o primeiro grupo ou está em decadência económica (vide França principalmente e Alemanha) ou está a caminhar para o 2º grupo (como os países nórdicos) desde a década de 80.
E a verdade é que esse 1º grupo tem uma tradição de exigência e elitismo no Estado que Portugal nunca teve, nem realisticamente nunca terá. E a mesma realidade mostra-nos que o Estado apesar de funcionar bem nesses países, como é tão grande, rouba "espaço" à socieade civil e atrofia a economia, por melhor que funcione.
A França é o caso típico, uma FP excelente, super qualificada, hiper elitizada e uma economia estagnada há anos.
Exactamente o mesmo que estava a acontecer aos países nórdicos que a partir dos anos 80 depois de fortes crises devida à estagnação começaram a liberalizar a economia e, consequentemente, o próprio Estado, diminuindo o seu peso.
Com isto quero dizer que a única solução passa por copiar o modelo do 2º grupo que é: Estado eficiente reduzido ao máximo, sociedade civil forte.
E a verdade é que Portugal tem um problema. Tem um Estado grande como o caso do 1º grupo mas que funciona mal, o que torna insustentável a situação.
Isto aqui não é fazer invenções, é ver o que a realidade dos outros nos demonstra.
Nós todos olhamos para Espanha então que se olhe para Espanha, para além das dos resultados finais (carros mais baratos, maior qualidade de vida, etc), mas principalmente olhe-se para o caminho que levou a esses resultados!
E desde há 30 anos, quando é que nós deixamos de seguir o caminho que a Espanha estava a seguir?
Resposta: Na década de 90, particularmente na era Aznar vs Guterres, que se revela uma diferença ABISSAL de políticas.
Eles tiveram desemprego alto (aliás já no tempo do Gonzalez), eles deixaram morrer a economia e as empresas ineficientes (com enormes custos e dificuldades sociais), o Aznar diminuiu o peso do Estado e aumentou a eficiência da FP, foi exigente com a FP mantendo o número de funcionários estagnado.
E o que nós fizemos?
Nós fizemos exactamente o contrário. O peso do Estado aumentou, a sua força laboral aumentou em 1/3!, continuamos a subsidiar as empresas ineficientes e não as deixámos morrer e o desemprego manteve-se anormalmente baixo a 4% e andou tudo feliz e contente a achar que já era rico!
No entanto temos de, primeiro e antes de começar a fazer o que quer que seja, analisar a matéria prima de que podemos dispor.
Por exemplo, se formos treinadores de futebol (assunto agora tão em voga...) e tivermos uma equipa essencialmente de ataque toda a nossa estratégia de jogo passa pela consolidação quer do meio campo, quer da eficácia de pressão lá na frente, bombardeando até à exaustão do adversário!
Ao invés, se contarmos com uma equipa essencialmente forte na defensiva, para além de consolidarmos, também, o meio campo, apostamos mais numa estrutura de betão inviolável no embate dos ataques do adversário e, claro, querendo ganhar, gizamos a coisa de forma a apostar mais no contra ataque!...
Desculpa lá estar a usar esta linguagem futebolística, mas ela parece-me ilustrativamente importante para percebermos, aqui, que o modelo nórdico, que conhecemos, não é viável numa "equipa latina"!
Porquê? Porque, precisamente, não somos metódicos nem muito organizados, como regra, mas, antes, funcionamos melhor na margem de segurança, "no jogar mais com o coração e menos com a técnica"!...
Percebes? Esta imagem que usei, exagerada para o que se pretende, claro, serve para dizer que a gestão deste povo que somos não pode ser copiada de outras soluções que tiveram sucesso noutros povos, pela simples razão de que, mais tarde ou mais cedo, à mínima inflexão ou alívio das regras a coisa descambará, naturalmente, pela razão de que não funcionamos nesse registo...
Não quero com isto dizer, entenda-se, que devemos continuar "em roda livre", nada disso! O que quero dizer é que, e só para dar um exemplo, se os espanhóis singraram mesmo tento a siesta (que agora aboliram por ser politicamente correcto e afinado pelos outros países...), porque razão a nossa gestão tem de ser ignorando a "raça" deste povo?!...
Isto só prova que algumas autarquias são o cancro do país. Quem as confunde com o poder central e mete todos od FPs no mesmo cesto não sabe do que fala!
Isto só prova que algumas autarquias são o cancro do país. Quem as confunde com o poder central e mete todos od FPs no mesmo cesto não sabe do que fala!
Eu acrescentaria que algumas autarquias, em algumas zonas (regiões...), são um dos piores cancros do país... mas há mais, muito mais...;)
Isto só prova que algumas autarquias são o cancro do país. Quem as confunde com o poder central e mete todos od FPs no mesmo cesto não sabe do que fala!
Isso de meter todos os FP's no mesmo saco tem que se lhe diga. Depende do que se entende por FP's.
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