O que é que fazem os professores nesta altura?

[mjm]

Um exemplo de um bom artigo de opinião...


Já agora,
estou há três horas seguidas, desde as 13 horas, a fazer exames e ainda não acabei...

[Henkel V6]

SOU PROFESSOR.

Tenho-me abstido de comentar certas intervenções por um misto de indignação, de tristeza e de espanto por tanta "desinformação".
Mas, depois de parar para respirar fundo, percebi que não podia ser de outra forma, pois as notícias fabricadas/encomendadas que têm inundado as redacções jornalísticas não poderiam ter outro efeito. Assim, é de desculpar algumas intervenções menos esclarecidas, fazendo-se um esforço por não as ver como pura má fé contra os professores.

Mas interessa esclarecer alguns mitos:

- [u]Escolas privadas conseguem melhores resultados do que as escolas públicas:</u>
VERDADE

1ºAs escolas públicas não podem, por lei, seleccionar os seus alunos, por isso têm que trabalhar com o que por lá aparece. Nas privadas é fácil impôr o ritmo que se quer e no fim mandar embora os que não aguentam. Além disso, nas melhores só entram com cunha ou por serem filhos de algum famoso.
2º Nas escolas privadas não chove nas salas, têm ginásio, os professores não têm que pagar as impressões nem as fotocópias do seu bolso, não há restrições na secretaria ao envio de cartas registadas para os pais dos alunos por dificuldades de orçamento, os laboratórios estão equipados com o que realmente faz falta a uma sala, os professores têm salas livres, não sendo preciso que as aulas das 18:30 terminem para iniciarem reuniões que duram no mínimo 3 horas. A minha escola tem apenas um campo com placas de cimento com intervalos de 1cm entre elas e os nossos alunos conseguem resultados de nível nacional numa modalidade desportiva (não digo qual porque pretendo guardar o anonimato da minha escola).
3º A minha escola tem que aceitar inscrições de alunos externos para realizarem exames nacionais, alunos esses que afundam o ranking da escola. Nos jornais dizem que esses alunos não são contabilizados, mas é mentira, pois nem as pautas nem o programa informático que as emite distinguem uns dos outros. Nas escolas privadas fazem exames apenas os alunos da escola.
4º Tentem explicar a um pai toxicodependente que não é aceitável que o seu filho, por ele abandonado durante 4 ou 5 anos da sua infância, atire cadeiras, compassos, etc. aos colegas que discordam dele durante uma discussão puramente académica durante uma aula. Haverá muitos destes a frequentar as privadas?

- [u]Os professores de outros países trabalham mais do que os portugueses</u>
FALSO.
Noutros países europeus, especialmente os do norte, que até têm resultados muito melhores do que os nossos, as escolas estão fechadas muito mais tempo durante o ano devido às condições climatéricas (neve, especialmente).

- [u]Gasta-se muito mais dinheiro na Educação em POrtugal do que noutros países.</u>
VERDADE.
Em Portugal não se investiu na Educação durante mais de 80 anos, enquanto que outros países foram investindo e remodelando o seu ensino, escolas, etc. Se agora diagnosticam um atraso nesta área, não é de admirar, e portanto é preciso investir para recuperar esse atraso.

- [u]Os professores não fazem nenhum durante as "férias grandes" (3 meses).</u>
FALSO.
Mas se isto choca muitos paizinhos ou afins, a solução é simples: mandem os meninos para a escola durante o Verão, que eu não me importo nada de continuar a dar aulas. É muito mais fácil do que o serviço qe tenho que fazer agora, ou seja, planificar TODO o ano lectivo que estão pela frente, que inclui reflectir com os meus colegas sobre o que foi feito durante este ano, o que é para manter, o que é para mudar, chegar a acordos, decidir como fazer melhor e quando...
Ou pensam que dar aulas é entrar na sala, tirar o livro da mala e começar a ler e a fazer exercícios? Se sim, não admira propostas de aulas dadas por um computador e achar que os testes são iguais de um ano para o outro, que as planificações se mantêm (como, se os alunos e o calendário escolar é diferente todos os anos?).

Falem do que sabem.

[Bolide]

Alguns professores repetem de facto os testes de uns anos para os outros, graças a isso consegui muitos 100%, com o que sabia, mais o estudo optimizado para as perguntas era uma limpeza, sem cabulas

Quanto às reuniões de preparação e planificação do próximo ano de facto existem, mas tb se perde muito tempo em discussões que não levam a lado nenhum e conversas laterais, o que se faz num mês conseguia-se fazer em 15 dias sem grande esforço nem horas extras.

[mjm]

citação:Originalmente colocada por Bolide

Alguns professores repetem de facto os testes de uns anos para os outros...

Alguns...
Falaste bem.

É que eu já estou a fazer exames há horas e ainda não acabei...
Demoro mais tempo a fazê-los do que os alunos a resolvê-los ou eu a corrigir.

Fácil?!
...

[Eliselotus]

citação:- Os professores de outros países trabalham mais do que os portugueses
FALSO.
Noutros países europeus, especialmente os do norte, que até têm resultados muito melhores do que os nossos, as escolas estão fechadas muito mais tempo durante o ano devido às condições climatéricas (neve, especialmente).

no entanto o tempo efectivo de ensino é bem aproveitado, e nao ha professor que tenha TOMATES para faltar para ir às compras ou chegfar constantemente atrasado.
quem o faz uma vez leva um aviso. quem o faz 2x é posto na rua e por lá fica.
os professores estão lá porque gostam e porque sabem ensinar (minimamente) bem, não estão lá porque era a unica alternativa a seguir à fac ou era a mais facil.
qualidade é um orgulho, nao um fardo.

citação:
- Gasta-se muito mais dinheiro na Educação em POrtugal do que noutros países.
VERDADE.
Em Portugal não se investiu na Educação durante mais de 80 anos, enquanto que outros países foram investindo e remodelando o seu ensino, escolas, etc. Se agora diagnosticam um atraso nesta área, não é de admirar, e portanto é preciso investir para recuperar esse atraso.

verdade, sem duvida. apesar do investimento avultado, os resultados vao sendo poucos ou nulos. basta ver a questao dos concursos de professores...a quantidade de dinheiro que foi gasta num sistema que era comprovadamente ERRADO desde o inicio...foi preciso investir outro tanto para criar um sistema VALIDO e que agora começa FINALMENTE a trazer alguns resultados.
investe-se muito, esbanja-se quase tudo.

uma visita às escolas da capital, ou mesmo escolas novas pelo pais fora, chega para se perceber que ha muita falta de condiçoes, muito dinheiro mal empregue, muitos professores a nao cumprirem as suas obrigaçoes, e em que a falta de qualidade impera.

citação:Quanto às reuniões de preparação e planificação do próximo ano de facto existem, mas tb se perde muito tempo em discussões que não levam a lado nenhum e conversas laterais, o que se faz num mês conseguia-se fazer em 15 dias sem grande esforço nem horas extras.

nem mais!

e mesmo que haja alguns professores verdadeiramente competentes, o seu trabalho fica comprometido pela presença dos outros.

falta de produtividade...

[Henkel V6]

Há qualquer coisa que ainda não percebi bem...
Estamos a falar de professores do Básico/Secundário ou do Superior?

Como podem dizer que as coisas se mantêm, um simples teste sequer, quando basta uma turma ter um rendimento diferente num dia que seja para já não se poder incluir uma certa matéria nesse teste? E os diferentes aproveitamentos dos alunos que obrigam a fazer diferenciação na avaliação? Acham que as turmas funcionam todas à mesma velocidade? E não acham a maior chatice do mundo fazer sempre as mesmas perguntas nos testes?

Na minha escola também há alunos a fazer exames e também há professores a dar-lhes aulas, só com uma diferença: ninguém do Conselho Executivo os mandou fazerem isso, fazem-no por lealdade aos seus alunos.
Tenho a certeza que isto provoca sorrisos sarcásticos em alguns de vocês, mas acreditem que o nosso Ensino Público está a sobreviver exclusivamente à custa do sentido de missão dos seus professores. Por isso é que é fácil destacar casos em que as coisas assim não se passam.

No Superior será, realmente, possível encontrar programas imutáveis e autistas desde que o regente assumiu o cargo (e nalguns casos passam-se décadas assim). Assisti, de facto a fenómenos da Pedagogia (em que nem sequer os acetatos tinham sido feitos pelo próprio) de aulas dadas a falar para o quadro, sempre da mesma maneira, fosse um curso de Mecânica, de Matemática ou de Química, estivessem os alunos interessados ou não, com dúvidas ou não, de braço no ar ou não, a aprender ou não - quase que na sala ou não.
Felizmente são uma desonrosa excepção, mas verdade seja dita que mude o que mudar no Secundário, as alterações no Superior são lentas e tardias - e sabem uma coisa? Se calhar eles é que estão certos, pois quando se tira um Curso Superior pode-se construir pontes e casas, operar pessoas, receitar medicamentos, ensinar mentes em formação, projectar aviões, representar legalmente pessoas ou empresas; há muitas vidas a dependerem do nosso bom trabalho, por isso facilitismos podem ter maus resultados...

Os outros níveis do Ensino têm sido um tubo de ensaio de tudo quanto foi ministro ou secretário de estado com instintos felinos de demarcação de território, ou seja, reformas em cima de reformas. Isto obriga a reformulações a toda a hora, e durante o decorrer do próprio ano lectivo, o que tem sido uma moda interessante: mudar as regras do jogo a meio do campeonato é deveras interessante, para quem vai fazer exames que podem ditar o acesso à faculdade. No entanto, o povalho continua a comer mundial e a acreditar nos noticiários da Bocas e Companhia e sem perceberem que quando o Governo quer fazer cortes nalgum sector, começa invariavelmente por destruir o bom nome e a credibilidade desses profissionais, sejam agricultores (que só querem é subsídios para comprarem Mercedes), polícias (que só querem é andar pelos bairros a matar pretos, estão uma data deles atrás de secretárias sem fazerem nenhum e não têm nada que ter sindicatos), sejam empresários (que fogem todos ao fsico e são todos uma cambada de caloteiros), sejam professores (que só querem é chumbar os meninos, coitaditos e passam o tempo que não estão a dar aulas a arrastar o cadáver pelos Centros Comerciais).

Sobre tudo isto e muito mais eu vejo o pessoal ouvir e dizer "que sim senhor é bem verdade".

E quando chegar a vossa vez? Vão gostar do mesmo tratamento, de serem metidos no mesmo saco de uma minoria que não representa a vossa classe profissional?

Ou vão finalmente começar a perceber que o que está mal é uma classe governante (que, afinal, é quem faz o sistema) que não toma as decisões correctas, não ouve os profissionais no terreno, dá falsas expectativas e depois não cumpre, que se constitui o maior devedor do país?
Sabem quanto é que o país gastou em viagens de deputados só no ano passado(às vezes com a família de pendura)?
Sabem quanto é que cada partido recebe do orçamento de estado por cada voto?
Sabem ao fim de quanto tempo um deputado tem direito à reforma por completo?
Sabem quantos dias por semana esse deputado trabalhou?
Sabem quais os empregos que arranjam quando terminam os mandatos?

Lembram-se do que vos disseram em tempo de campanha eleitoral sobre o papão da instabilidade política, caso não houvesse maioria absoluta?
Não acham que isso contraria/pverte o conceito de democracia, só ser possível governar se não tivermos que dar cavaco a ninguém, fazendo-se o que se quer e encarar a concertação social como um mero obstáculo no tempo?

Não será isto uma ditadura eleita?

[Henkel V6]

Mais mitos:

[u]- Só vai para professor quem não tem onde cair morto</u>
FALSO
Mais uma vez, vou falar do que sei, e neste caso, de mim.

Fui o segundo melhor aluno do meu curso nas duas licenciaturas que tirei.

Fui programador numa software house, onde me dei bastante mal porque a profissão era extremamente solitária e deprimente.

Trabalhei na sede de uma insituição bancária muito conhecida num dos seus sectores de maior expansão na altura. Muito trabalho, e sair tarde? Sem dúvida, mas há poucas alternativas quando há trabalho para fazer e se chega às 10:00 para ir tomar o pequeno-almoçinho e só começar a fazer alguma coisa lá pelas 11:30. Quando eu chegava (à hora que os meus superiores me tinham indicado), as empregadas da limpeza olhavam-me como se eu fosse um ET qualquer, e os meus colegas como se eu fosse o maior dos otários ou estivesse a tentar passar-lhes à frente. Claro que quando chegava a hora da saída, estava tudo a querer fazer as reuniões que podiam/deviam ser feitas nas horas do expediente, e quando fiz barulho começaram os problemas.
Saí sem rancores nem saudades.

Depois experimentei o Ensino, e é lá que me realizo tanto pessoal como profissionalmente. É lá que me sinto bem, é lá que eu sei que sou útil à sociedade.

[zerorpm]

Não ligues ao Bólide que ele têm é inveja! Arranja trabalho, que no C. Colombo é coisa que não falta!

O Bólide é dos moderadores que menos faz e depois vem com moralismos... E quando faz é para arranjar confusão!

[MrAnderson]

tenho uma prima, que por sua vez tem uma vizinha cuja filha é professora, e confirma-se, eles não fazem nada.

[Manoel]

MrAnderson é um provocador!

Os profs compram tudo feito, obviamente!

[MrAnderson]

citação:Originalmente colocada por Manoel

MrAnderson é um provocador!

Os profs compram tudo feito, obviamente!

[8)]

Não meto em causa que trabalhem, mas sim a produtividade do mesmo trabalho, não por culpa deles(na maioria dos casos), mas do sistema, nem preciso de dar exemplos, porque já foi referido no tópico alguns.

Eu estudei numa publica e depois do fim oficial das aulas, continuou a haver aulas de duvidas (e revisão) a quase todas as disciplinas, com aulas de duvidas no dia antes do exame (a Português, física e matemática), com uma carga horária nada desprezável, isto numa modesta escola a meio do ranking.

Não percebo é como umas escolas os professores têm “tempo” para estas coisas, e noutras não há esse tempo, desculpando-se com 1001 tarefas.

[Jota17]

citação:Originalmente colocada por Eliselotus

citação:- Os professores de outros países trabalham mais do que os portugueses
FALSO.
Noutros países europeus, especialmente os do norte, que até têm resultados muito melhores do que os nossos, as escolas estão fechadas muito mais tempo durante o ano devido às condições climatéricas (neve, especialmente).

no entanto o tempo efectivo de ensino é bem aproveitado, e nao ha professor que tenha TOMATES para faltar para ir às compras ou chegfar constantemente atrasado.
quem o faz uma vez leva um aviso. quem o faz 2x é posto na rua e por lá fica.
os professores estão lá porque gostam e porque sabem ensinar (minimamente) bem, não estão lá porque era a unica alternativa a seguir à fac ou era a mais facil.
qualidade é um orgulho, nao um fardo.

Ainda me vão explicar esta!!! Faltar para ir às compras? uau... mais um que é doutorado naquilo que não sabe!

[Henkel V6]

Outro mito:

[u]- Os professores baldam-se que se fartam</u>
É só fazer as contas:
Vamos supor que há 100.000 professores no país; Suponhamos também que 1% destes são baldas (quantas empresas se poderão gabar do mesmo?), ou seja, 1.000 professores.

Se cada um destes professores faltar num dia em que tenha três turmas (3x25 = 75 alunos), temos 75.000 famílias de alunos a dizer que os professores faltaram, ou seja, a quase totalidade dos professores faltou nesse dia.

Conclusão: se um empregado de uma empresa faltar, é o chefe que nota; se um professor falta, há 75 famílias a dizer que um professor faltou.

Acresce que a docência é uma profissão essencialmente feminina, e as mulheres ficam grávidas, são elas que dão preferencialmente apoio aos filhos quando estes ficam doentes, etc.

Pensem um pouco, em vez de deixarem que os outros pensarem por vocês.

[mundano]

citação:Originalmente colocada por Manuel Jasmim



Antes de mais adianto que não sou professor. E não sou professor por acaso, gostaria muito de o ser e se não tivesse entrado para a minha primeira opção, seria hoje concerteza um professor do ensino secundário da area de Física. De qq forma não me arrependo das escolhas que fiz.

Eu estava na brincadeira quando disse o que disse, mas a resposta não foi nenhuma brincadeira, dizer que para se ser professor não é necessário estudar, é forte...no minimo...

Mas em geral o povo não gosta de professores, e porquê? Porque invejam a sua vida. Imaginam uma vidoca cheia de férias e tempo livre, o que diga-se em boa verdade, é real para alguns, mas não o será para todos. E como qq bom invejoso, só invejam a parte boa, os fretes, as dificuldades não interessam para nada.

Mas afinal achincalhar certas classes (ditas previligiadas) para se ser popular é uma estratégia com resultados bons, que o diga o nosso primeiro ministro que tanta habilidade tem nesta arte.

Nada disso... Não imagino uma vida facil, nem cheia de ferias... Tenho amigos que são professores e sei bem o que é andar de cidade em cidade anos a fio.

E quando disse o que disse, não retiro uma palavra.. Sei que as generalizações são sempre injustas, e é obvio que fui insjusto para imensos optimos professores que há..

Mas não me queiram atirar areia aos olhos, no secundario para quase toda a gente a ultima opção é ser professor, quando não se tem notas para entrar em mais nada vai-se para professor e na minha turma do 12º ano assim foi. Eu acabei com media de acesso de 17,75 e fui para o que queria, os meus colegas que tinham media de 11 e 12, foram para cursos de professor que na grande parte dos casos não era de maneira alguma o que eles queriam..

É triste que assim seja, porque só prova que é uma profissão pouco valorizada em Portugal, mas é a realidade, e podem fazer-se damas ofendidas ou fazerem o que quiserem, mas basta consultar as medias de acesso para os varios cursos e podem ver que é assim.




E já agora, eu no post inicial não vinha com perseguição nenhuma aos professores.. Até porque dos meus professores só guardo más recordações de 2, todos os outros foram pessoas impecaveis.. Agora, uma coisa é certa, organização das escolas é uma coisa ridicula. A minha escola secundaria tinha 14 funcionarios nos serviços administrativos e ainda é preciso por os professores a fazer horarios? Isso é inconcebivel.. E tantas reuniões da treta para que?
Os professores estão ali para ensinar e ajudar os alunos, e por isso dei o exemplo da escola da minha irmã, lá os professores não têm tempo ocupado a fazer horarios nem essas tretas, um ou dois funcionarios que há na secretaria e um computador fazem isso. E assim ainda sobra tempo para ajudarem os alunos nesta altura do ano...

Mas é pena que os professores que aqui há optem simplesmente pelo discurso corporativista e não são capazes de discutir os porque das coisas... Eu pela minha parte podem estar descansados que não volto a questionar esse estranho sub-mundo do ensino... Com certas pessoas nem vale a pena tentar discutir o que quer que seja...

Eu entrei neste assunto de boa fé e com disposição para entender os varios lados da questão, até porque eu não conheço o mundo do ensino, nem nunca disse que conhecia, estava à espera que voces explicassem porque é assim.. Mas do lado dos professores só vejo comversa sindicalista, aversão à discussão do que quer que seja, e uma mania da perseguição irritante.. Enfim.. Desisto..

[Irreligious]

Depois de mais uns dias a organizar materiais numa sala, gostaria de convidar alguns de vocês, os mais cépticos, a ir comer pó, e lixo, debaixo de telhas de lusalite, e já agora também a actual ministra que serve de inspiração a alguns...

[Nephilim]

Os professores que eu conheço estão todos na praia[8D] embora teoricamente ainda estejam a trabalhar e tenham que lá ir ainda no fim do mes...


Agora é ferias até setembro...é rica vida... vivi com uma professora e ela tinha ao todos (natal . pascoa , carnaval e verao ) uns 4 meses de ferias:D:D

[mccrow]

citação:Originalmente colocada por Nephilim

Os professores que eu conheço estão todos na praia[8D] embora teoricamente ainda estejam a trabalhar e tenham que lá ir ainda no fim do mes...


Agora é ferias até setembro...é rica vida... vivi com uma professora e ela tinha ao todos (natal . pascoa , carnaval e verao ) uns 4 meses de ferias:D:D

:D:D:D e não te esqueças, o mais importante é que ela ao todo tinhas 3 meses de ferias de ti e do emprego!!!

;)

[Irreligious]

Portanto, convido-te também para ires comigo para a praia de Alverca agora de tarde, para fazeres o inventário de ferramentas e máquinas de 3 das salas que fazem parte do Departamento de Educação Artística e Tecnológica, do qual sou subcoordenador de instalações. E já agora fazer a lista de materiais a adquirir para quem lá for colocado no próximo ano ter condições para trabalhar.

[mjm]

Eu tenho onze meses de férias...

Há alguma anormalidade?!
Só vou à escola passear...

[mjm]

Aliás, ainda ontem estive de férias na escola em reuniões, das 14h até às 21h, seguidas...

Foi aproveitar e bem aquelas salas com aquecimento central...
Uma autentica sauna.

E na segunda ainda foi melhor, entrei na escola às 9 horas e saí às 22h30m...

Muito bom as férias nas escolas...
Recomendo.

[RedHeart]

Pensei que os professores só tinham vinte e poucos dias de férias como qualque outro trabalhador, mas pelos vistos andei enganado todo este tempo... acho que vou protestar para o Ministério da Educação porque, nesse caso, ainda me devem, no mínimo, mais dois meses de férias!

[Nthor]

citação:Originalmente colocada por Henkel V6

Outro mito:

[u]- Os professores baldam-se que se fartam</u>
É só fazer as contas:
Vamos supor que há 100.000 professores no país; Suponhamos também que 1% destes são baldas (quantas empresas se poderão gabar do mesmo?), ou seja, 1.000 professores.

Se cada um destes professores faltar num dia em que tenha três turmas (3x25 = 75 alunos), temos 75.000 famílias de alunos a dizer que os professores faltaram, ou seja, a quase totalidade dos professores faltou nesse dia.

Conclusão: se um empregado de uma empresa faltar, é o chefe que nota; se um professor falta, há 75 famílias a dizer que um professor faltou.

Acresce que a docência é uma profissão essencialmente feminina, e as mulheres ficam grávidas, são elas que dão preferencialmente apoio aos filhos quando estes ficam doentes, etc.

Pensem um pouco, em vez de deixarem que os outros pensarem por vocês.

Isso dá muito trabalho, pensar dá dores de figado.
Isso é o passatempo nacional, atacar os outros por pura estupidez.

Mas, mais importante que isso tudo é que a época está a começar (este ano é que vai ser) e quando lhes forem ao bolso é que se lembram de Santa Bárbara.

[Manoel]

citação:Originalmente colocada por Nephilim

Os professores que eu conheço estão todos na praia[8D] embora teoricamente ainda estejam a trabalhar e tenham que lá ir ainda no fim do mes...


Agora é ferias até setembro...é rica vida... vivi com uma professora e ela tinha ao todos (natal . pascoa , carnaval e verao ) uns 4 meses de ferias:D:D

Presumo que já não vivas...

Aturar essa tua lógica não é tarefa fácil!!!!!!

[MercFan]

eu preocupava-me mais com outros assuntos relacionados com a educação ....

há uns 5 anitos, qdo terminei o 12º, a minha prof de inglês andava avariada pq quem ia corrigir as nossas provas era uma inimiga de longa data dela.... duas personalidades mto fortes que nao se davam minimamente.... e calhou naquele ano, por indicação do ministério a ser ela a corrigir os nossos exames....

Digamos que a média da turma a nivel de prova baixou uns 4 valores ... e a dita cuja encontrou-se com a professora .... e mandou-lhe uma boca.... "Olhe la ... você tem um aluno que teve XX,X no exame ... houve cábulas ?" e ela respondeu .... "não .... só tive pena foi de nao lhe ter dado o 20 qdo vi o resultado do exame" :D

Eu soube desta conversa uns tempos mais tarde, qdo fui la visitar os "docentes", e as peripécias seguiram-se ..... pq a outra teimava em cortar nas notas.... e eram montes de processo de recurso - que eram diferidos depois, a dar entrada no local de direito ....


Eu estudei 14 anos numa privada, 2 de pré + 12 normal, e o que mais gostei foi a proximidade com os professores, a disponibilidade e o companheirismo que era fomentado entre todos os alunos e a ideia que o professor nao era nenhum "bicho". Como em tudo há boas e más soluções ...... DESDE que os professores façam o seu trabalho COMO DEVE DE SER .... até podem passar o verão todo na praia que a mim tanto se me dá como me deu.

E o qe nao faltam aí são professores frustrados ou pouco qualificados... tenho apanhado alguns... [xx(]

[zerorpm]

[u]Para aqueles que pensam que fazer horários é fácil...</u>

http://www.min-edu.pt/Scripts/ASP/de...asp?newsID=474

ORGANIZAÇÃO DO ANO LECTIVO 2006/2007 - [u]ALGUMAS</u> NOTAS

Conforme acordado nas reuniões, ocorridas no princípio de Maio, com os
Conselhos Executivos, apresentam-se algumas notas sobre a elaboração dos
horários e sobre a distribuição das horas dos cargos de orientação educativa e
de supervisão pedagógica.
I - ELABORAÇÃO DOS HORÁRIOS
1. O Conselho Pedagógico (CP) define os critérios gerais a que deve obedecer a
elaboração dos horários (DL 115-A/98 art. 26º al. n)).
2. No final do ano, o Conselho Pedagógico avalia a organização e princípios
seguidos na elaboração dos horários, tendo em conta os resultados obtidos
pelos alunos.
3. Embora esta seja uma competência do Conselho Pedagógico, enunciam-se
alguns princípios a ter em conta, na elaboração dos horários dos alunos:
a. A audição dos Encarregados de Educação para a determinação do
horário do Jardim-de-infância serve para ajustar este horário aos
interesses e necessidades das famílias, nunca podendo, portanto,
implicar a diminuição do número de horas de funcionamento do Jardimde-
infância.
b. As disciplinas de línguas estrangeiras e de Educação Física não devem
ser leccionadas em dias seguidos (ex: uma aula na segunda-feira e
outra na terça-feira);
c. Sempre que as actividades escolares decorram no período da manhã e
da tarde, o intervalo do almoço não poderá ser inferior a uma hora para
estabelecimentos de ensino dotados de refeitório e de uma hora e trinta
minutos para os restantes.
d. As aulas de Educação Física só poderão iniciar-se uma hora depois de
findo o período que a escola definiu para o almoço;
e. O horário deve ter uma distribuição lectiva equilibrada, de modo que
não existam dias muito sobrecarregados.
f. Nos dias com um maior número de aulas, os horários deverão ter uma
distribuição onde se integrem disciplinas de carácter teórico e
disciplinas de carácter prático.
g. No mesmo dia, o número de aulas curriculares não deve ultrapassar 4
blocos = 8 tempos lectivos.
h. Na distribuição da carga lectiva semanal deve evitar-se a existência de
aulas isoladas e de «furos».
II - OCUPAÇÃO PLENA DOS TEMPOS ESCOLARES DOS ALUNOS
1. É fundamental que a escola se organize de modo a respeitar integralmente o
horário que, no início do ano, foi entregue aos alunos e encarregados de
educação.
2. A falta de qualquer docente deve ser colmatada através da leccionação da
mesma ou de outra disciplina e, quando tal não for possível, através da
ocupação educativa dos alunos.
3. Esta obrigatoriedade é alargada, no próximo ano lectivo, ao ensino secundário.
4. Todos os recursos humanos dos agrupamentos/escolas devem ser
disponibilizados e afectos ás tarefas de ocupação educativa dos alunos.
5. Os vice-presidentes dos conselhos executivos, oriundos do pré-escolar e do 1º
ciclo, têm apenas uma redução da componente lectiva. Por essa razão, a sua
componente lectiva pode ser cumprida na substituição de docentes em falta.
6. A substituição de docentes exige que se proceda a uma rigorosa organização
do serviço docente, de modo que seja possível cumprir as aulas previstas de
cada disciplina.
7. Muitas escolas puseram em prática medidas que não prejudicam os alunos e
favorecem o trabalho dos docentes: é este o principal desafio que se coloca a
cada escola.

III - EXERCÍCIO DE CARGOS DE ORIENTAÇÃO EDUCATIVA E DE SUPERVISÃO
PEDAGÓGICA.
1. Serviço lectivo corresponde ao tempo de leccionação das diferentes disciplinas
do currículo. Todas as restantes tarefas, realizadas individualmente ou em
grupo, são tarefas não lectivas.
2. O desempenho de cargos de orientação e supervisão pedagógica não consiste
em trabalho curricular com alunos no contexto de sala de aula. Por essa razão,
não pode ser entendido como serviço lectivo.
3. Cada Agrupamento/Escola estipula o número de horas que cada docente
presta de componente não lectiva de estabelecimento.
4. A este número somam as horas de que o docente usufrui ao abrigo do artigo
79º do ECD.
5. O desempenho de cargos de orientação educativa e supervisão pedagógica é
exercido nas horas a que o docente tem direito ao abrigo do artigo 79º do ECD
ou nas horas que cada Agrupamento/escola estipulou para componente não
lectiva de estabelecimento.
6. Quando o docente não dispõe dos tempos referidos no número anterior,
porque ainda não tem direito à redução, ou porque já está a utilizar essas
horas noutras funções, há direito à redução da componente lectiva utilizandose,
para tal, as horas do crédito da escola, ou, quando for caso disso, as horas
previstas para determinados cargos.
7. Destes princípios apenas se excluem quatro situações, que implicam sempre
redução da componente lectiva: Direcção de turma; delegado à
profissionalização; orientador de escola (vide ponto IV) e professor responsável
de grupo/equipa do Desporto Escolar.
8. Mesmo estes cargos, em regra, não são considerados como componente
lectiva. Porém, dada a sua importância para o sucesso escolar, integração dos
alunos e para a formação de professores considera-se que os docentes devem
ter uma redução da componente lectiva específica para o exercício desses
cargos.
9. Apresenta-se seguidamente uma listagem, exemplificativa, de cargos e das
horas em que esses cargos podem ser desempenhados:
Em que horas podem ser desempenhadas estes cargos

Horas da componente não
lectiva de estabelecimento
Cargo Horas definidas
pela Escola/
Agrupamento
para
componente não
lectiva de
estabelecimento
Horas
do
artigo
79º do
ECD
Crédito
da
Escola
Há um crédito próprio para essa
função.
Director de turma Sim – 2 horas por turma
Coordenador de clubes
e projectos Sim Sim
Coordenador de
Departamento Sim Sim
Coordenador de Ciclo Sim Sim
Coordenador de
Directores de Turma Sim Sim
Membro de equipa da
Biblioteca/Centro de
Recursos
Sim Sim
Coordenador do Clube
do Desporto Escolar
Sim Sim
Professor do centro de
formação desportiva Sim Sim
Director de instalações Sim Sim
Coordenador
Pedagógico do Ensino
Recorrente
Sim
2 horas por turma
Coordenador da
Biblioteca/Centro de
Recursos
Sim
8 ou 11 horas,
conforme o nº de
alunos da escola
Despacho em
publicação
Coordenador TIC Sim
6, 8 ou 11 horas
conforme o tipo de
Agrupamento
Despacho nº
26691/2005
Director de cursos
profissionais Sim
Nº de horas
variável de acordo
com o nº de
turmas
Despacho nº
14758/2004
Director de curso de
Educação e Formação Sim
Nº de horas
variável de acordo
com o nº de
turmas
Despacho
conjunto nº
453/2004
Estas funções são
exercidas
prioritariamente
nas horas da
componente não
lectiva de
estabelecimento.
Só há lugar à
redução da
componente
lectiva quando
essas horas se
revelarem
insuficientes.

Não é feita qualquer referência às horas dos cargos de presidente, vice-presidentes,
assessores do conselho executivo, nem ao presidente da assembleia pelo facto de
não serem cargos de orientação educativa. A redução prevista para estes cargos
implica uma redução da componente lectiva.
IV – ORIENTADOR DE ESCOLA
1. Por orientador de escola entende-se o professor que realiza a supervisão da
prática pedagógica dos alunos dos estabelecimentos do ensino superior em
estágio nas turmas do 3º ciclo e secundário das escolas do ensino básico e
secundário.
2. No seguimento de reuniões com os estabelecimentos de ensino superior
considerou-se que a redução da componente lectiva destes docentes –
orientadores de escola – era essencial para o bom desempenho das suas
funções.
3. O orientador de escola terá, por cada aluno estagiário, duas horas de redução
da componente lectiva, até ao limite máximo de oito horas lectivas semanais.
Esta redução acresce às reduções que o orientador de escola tenha ao abrigo
do artigo 79º do ECD.
4. O orientador de escola nunca poderá ter mais estagiários do que turmas
atribuídas, garantindo-se assim ao estagiário uma turma onde possa, de forma
autónoma e responsável, realizar a sua prática pedagógica.
5. As horas da componente não lectiva de estabelecimento do orientador de
escola deverão ser destinadas também ao trabalho de orientação da prática
pedagógica, bem como 50% das horas de que esse docente usufrua ao abrigo
do artigo 79º do Estatuto da Carreira Docente (ECD).
V - APOIO EDUCATIVO
1. As situações de apoio educativo devem ser situações transitórias. Perante a
dificuldade de um aluno, o docente titular de turma/disciplina deve traçar um plano de resolução das dificuldades desse aluno. A 1ª responsabilidade pela
recuperação do aluno é do docente titular de turma/disciplina.
2. As horas curriculares de cada disciplina/turma deverão ser suficientes para que
todos os alunos adquiram as competências previstas.
3. Reconhecendo que há alunos com diferentes ritmos de aprendizagem, cada
docente tem no seu horário 90 ou 45 minutos, conforme o número de aulas que
lecciona – Tabela do despacho nº 13781/2001 – para poder prestar apoio aos
seus alunos. Em regra, todos estes tempos deverão ser suficientes para
prestar apoio aos alunos.
4. Se surgirem situações em que esse número de horas, principalmente em
algumas disciplinas, não seja suficiente, as escolas devem recorrer a:
a. Docentes sem componente lectiva atribuída (Horário zero), ou docentes
com insuficiência1 de tempos lectivos.
b. Horas do crédito da escola.
VI - APOIO EDUCATIVO AOS ALUNOS DO 1º CICLO
1. Tal como nos outros ciclos, a gestão do tempo curricular deverá possibilitar
oportunidades de apoio a todos os alunos.
2. Até aqui eram colocados nas escolas do 1º ciclo docentes que prestavam apoio
a alunos com dificuldades. No próximo ano, esta colocação não acontecerá.
3. A metodologia a seguir é semelhante à utilizada nos 2º, 3º ciclos e ensino
secundário.
4. Para prestar apoio aos alunos, o Conselho Executivo deve recorrer aos
docentes sem componente lectiva existentes nas diferentes escolas do
agrupamento.
5. Nos casos em que não existam docentes sem componente lectiva e apenas
nesses, as escolas poderão utilizar um crédito de horas calculado nos termos
previstos no normativo.
1 Entende-se por docente com insuficiência de tempos lectivos, o docente do quadro que não
tem atribuídas no seu horário a totalidade das horas lectivas a que está obrigado. Exemplo:
docente do quadro que deveria leccionar 22 aulas semanais e que, pelo facto de na sua
disciplina só existir serviço para 18 horas, tem 4 horas em falta que deverá cumprir noutro tipo
de tarefa.

6. Deste modo, contrariamente ao que acontecia até aqui, poderá existir a
contratação de docentes para horários incompletos no 1º ciclo do ensino
básico.
VII - DOCENTES COM DISPENSA DA COMPONENTE LECTIVA POR DOENÇA
(ARTº 81º DO ECD)
1. Os docentes nesta situação estão dispensados, total ou parcialmente, da
componente lectiva.
2. Não tendo componente lectiva, prestam as suas 35 horas de serviço em
tarefas próprias da componente não lectiva.
3. Na constituição de equipas educativas, estes docentes podem dar um
contributo valioso, quer na preparação de materiais para os colegas usarem
nas suas aulas, quer na correcção de trabalhos dos alunos.
4. Quanto maior for o envolvimento destes docentes na preparação do serviço
lectivo, maior será o seu à-vontade na correcção de fichas, testes, trabalhos
dos alunos, etc.
29 de Junho de 2006

Façam lá isto em duas horas

[Manoel]

citação:Originalmente colocada por zerorpm

[...]


Façam lá isto em duas horas

[^]

[zerorpm]

A CULPA É DOS PROFESSORES QUE AINDA NÃO CRIARAM O PROGRAMA INFORMÁTICO LOL

[KarmaCop213]

citação:Originalmente colocada por zerorpm

A CULPA É DOS PROFESSORES QUE AINDA NÃO CRIARAM O PROGRAMA INFORMÁTICO LOL

Acredita que com estas regras todas é relativamente simples. O que estraga são os remendos à mão para satisfazer o X e o Y. ;)

citação:Originalmente colocada por zerorpm

[u]Para aqueles que pensam que fazer horários é fácil...</u>

http://www.min-edu.pt/Scripts/ASP/de...asp?newsID=474

ORGANIZAÇÃO DO ANO LECTIVO 2006/2007 - [u]ALGUMAS</u> NOTAS


Façam lá isto em duas horas

Multiplica 2 horas pelas escolas em Portugal. [}]