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Governo acusa Ordem de bloquear médicos da Costa Rica em Portugal

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    #31
    Para mim tem tudo a ver com uma pequena questão. Dinheiro.

    Esta semana estava a ouvir o bastonário da OM na SICN a dada altura, a propósito de numerus clausus e vagas disse mais ou menos isto: imagine ( dirigindo-se ao jornalista ) que para o ano pode acontecer que haja médicos jovens, que não terão colocação e ficaram no desemprego.

    O impensável! A cara do jornalista foi ao melhor estilo WTF.


    Aqui há uns meses houve uma medida para atrair ( já por si caricato ) médicos jovens para o interior. ALém de terem trabalho, davam-lhes mais um subsidio. Óbvio que não estavam mto interessados. É aborrecido, têm todos a idea que vão ser grandes especilistas tipo série da FOX e no interior é só atender velhinhos com colesterol alto.
    Foi um fracasso. E no litoral é que tá o money.

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      #32
      Originalmente Colocado por Fadista Ver Post


      A necessidade de aumento de capacidade de formação actual verifica-se a nível da especialidade. Isso sim é um problema. Brevemente o nº de alunos a sair do curso vai ser superior às vagas de especialidade. Médicos sem especialidade "não servem para nada". E aí, adeus Portugal, obrigadinho por me terem formado.
      Mas e qual é o problema na parte a bold? Os médicos são uma classe privilegiada que não pode competir por empregos como o resto da população? Os números à saída da maior parte dos cursos são maiores do que a capacidade de os absorver em quase todas as áreas. E então? Porque hão-de haver tachos garantidos para uns e não para outros?

      Houve este ano por exemplo aumentos de vagas em cursos como psicologia, que é um curso com empregabilidade perto de zero. Tens alguma dúvida que seria melhor formar um médico a mais do que 10 psicólogos para o desemprego? Mas o que faz de vocês criaturas tão especiais que tenham de se protegidos dessa maneira?

      Comentário


        #33
        Originalmente Colocado por Hugo1984 Ver Post
        E porque não colocar a portugueses a fazê-lo?

        Um médico pode reformar-se, pedir licença sem vencimento, etc em qualquer dia do ano, mas a formação de novos especialistas, é feito por épocas.

        Consequentemente são criadas falhas pontuais que se reflectem em horários incompletos, utentes que perdem o seu médico,etc

        Isto leva a que num qualquer determinado momento aleatório, excepto nas tais alturas de formação, apenas estejam acessíveis os médicos já a exercer.

        Médicos esses com a sua vida profissional e familiar estabilizada, a maioria dos quais sem razões para mudar a "meio do campeonato", mudança esta que iria forçosamente levar à perda dos seus utentes em benefício de outros.

        Como resolver isto ? eu aposto mais uma vez na reorganização do S.N.S., mas estou disposto a ouvir outras opiniões fundamentadas.

        Porque é que mesmo havendo milhares de professores e enfermeiros no desemprego, e havendo "falhas pontuais que realmente existem" na medicina, as vagas continuam tão desiguais?

        - Professores

        Os professores estão no desemprego, porque cada vez há mais alunos a formarem-se nas áreas das ciências de educação, mas nem por isso há mais alunos a quem leccionar, logo estamos a formar excedentários

        - Os enfermeiros

        Estão no desemprego, porque em Portugal tudo se fez para restringir a sua profissão ao máximo com a inclusão de técnicos de saúde menos diferenciados, a quem é pago menos, que aos poucos vão roubando algumas das suas funções, muito também por culpa da alguns dirigentes da própria classe que se quiseram por-se em bicos dos pés e achavam-se "competentes de mais" para algumas tarefas (eventualmente até posso concordar, mas....) e até que também eles iam subir e "roubar" algumas valências à classe médica.

        Além disso, há também uma contenção, quase que perigosa, nos recursos, evitando assim a contractação de muitos ao nível do S.N.S, reflectindo-se em muitos Serviços dos Hospitais no nosso interior com apenas 1 enfermeiro a assegurar uma enfermaria inteira à noite, etc. Assim como observamos um trabalho quase escravo no privado, a recibos verdes ou contractos temporários, onde por vezes 3/4 enfermeiros asseguram e até instrumentam 4 ou 5 blocos operatórios

        Por isto, e muitas outras coisas, o problema desta classe é diferente da dos professores, pois não existe um real excesso de mão de obra para os padrões dos países do primeiro mundo, mas, pelo contrário, existe um sistema se saúde público + privado em contenção, assegurado diariamente pelos serviços mínimos.

        - Os médicos

        Abrir mais vagas para Medicina é uma medida populista que não corresponde às reais necessidades do país. Temos médicos que cheguem, sobram e ainda vão sobrar mais daqui a uns anos, segundo qualquer parâmetro internacional.

        Basta analisar os números que a OCDE disponibiliza que mostram um crescimento, mesmo tendo em conta as milhares de reformas antecipadas e "regulares" pedidas nos últimos 5 anos.

        Crescimento este que vai continuar a aumentar ano após ano, reflectindo a quase duplicação dos numeros clausus nos últimos 10 anos que só agora se começam a sentir, pois um médico só é especialista e autorizado a exercer 2medicina autónoma" ao fim de 10 ou mais anos.

        O que é realmente preciso é reformular todo os sistema de saúde e de especialidades, atendendo as reais prioridades e demografia da população portuguesa.

        O problema é que ninguém tem os "tomates" para o fazer, pois isto implica fechar, abrir e fundir serviços, aumentar o tempo de espera para um consulta para uns e diminuir para outros, mexer no lobby dos seguros de saúde privados dominados pelos brancos, etc.


        A azul
        Editado pela última vez por DocJRA; 05 October 2011, 15:46.

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          #34
          Originalmente Colocado por Fadista Ver Post
          Investir em formação de médicos que, mal acabam o curso, vão trabalhar para o estrangeiro é investir em quê? Investigação? Isso é o quê? As tesezitas de mestrado integrado? Estamos em Portugal, não te esqueças. Tecnologia? Como? Não estarás a confundir medicina com engenharia biomédica?
          Mas espera lá, isto não acontece em qualquer curso superior? Vamos fechá-los todos porque não podemos deixar que isso aconteça? Ou vamos promover uma fibra empresarial digna de um país desenvolvido para oferecer trabalho a quem formamos? É que se acabam o curso e vão embora é porque têm motivos para ir, porque se tudo o resto for igual acho que a esmagadora maioria das pessoas prefere ficar perto de onde sempre viveu e tem família e amigos, se vai embora é porque realmente lá tem condições muito mais favoráveis e que compensam.

          E que eu saiba quem estuda paga propinas e impostos sobre tudo o que compra, e não são poucos. Por isso a questão do investimento tem muito que se lhe diga, o governo não é uma empresa cuja função é gerar dinheiro (embora às vezes pareça). O dinheiro que o governo tem para gerir sai da população e é suposto voltar à população de uma ou outra forma.

          Se eu desconto uma vida inteira, pago um IVA exorbitante sobre tudo o que compro, inclusive pago grandes quantias de impostos ilegais em certos produtos que todos sabemos, pago propinas e mais sei lá o quê, desculpa lá se não me vejo a "tirar" dinheiro ao Estado por ter um filho meu a formar-se numa escola pública e depois sair do país, o que ele custou ao Estado foi uma fracção daquilo que já paguei e feitas as continhas todas o Estado é que ainda me deve dinheiro a mim (a todos aqueles que trabalham e têm os impostos em dia, se não devesse não tínhamos o país que temos, veríamos o resultado dos nossos impostos aplicado em coisas úteis e não perdido em buracos e boys).
          Editado pela última vez por SRLA; 05 October 2011, 16:08.

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            #35
            Originalmente Colocado por Bj40 Ver Post
            Portanto... A ordem faz muito bem em bloquear o acesso de médicos estrangeiros aos serviços de saúde, é isso?

            ()
            Se os cursos destes não tiverem a mesma qualidade que os nossos / padrões da U.E.....

            Sim, faz muito bem.

            Alguém tem de zelar pelo bem estar da população. Se não é a O.M., que seja outro organismo.

            Até já coloquei o exemplo do Brasil, país altamente exportador de médicos, que não reconhece cursos dentro do próprio território nacional e vai começar a obrigar a todos os formados em universidade estrangeiras a submeterem-se a um exame de conhecimentos.

            Como eu chamo a isto bom senso e não cooperativismo, que se faça o mesmo por cá.

            Comentário


              #36
              O ordem não bloqueia ninguem todos podem ser médicos em Portugal. A Ordem dos Médicos tenta sim ter algum cuidado com os dilpomas e controle de quem vem prestar cuidados médicos. Mas face a esta ideia de falta de médicos, com importação maçica muito tem escapado. Ao contrário de outros países aqui quem quer é médico. Conheço até proximamente um caso de uma pessoa do leste que não é médico e que exerce como médico, está a tratar de pessoas, muitas vezes ainda existe quem tenha cuidado com o que esta personagem faz mas muitas passam mas é na boa. Temos é de ter médicos aos montes e pagos a 500 euros porque eles tem vocação para a profissão nem precisam do dinheiro fazem o que gostam.

              Muitos dos que alplaudem esta nova vaga de médicos de países do 3º mundo, sim já repararam porque é que vem médicos colombianos e da Costa Rica e não espanhois, ou mesmo basilieiros? (aqui paga-se pouco, não rende vir para o SNS trabalhar) muitos destes vão depois aos consultórios privados de confiânça dos tais senhores de profissão médicos e portugueses hehehe. Mais médicos não sei de onde sim, mas para os outros.

              Cá em Portugal os médicos que trabalham no SNS apesar de terem emprego (isso para mim é a grande vantagem de quem é médico em Portugal), são mal pagos, aturam os cortes do estado às cegas, urgências a rebentar pelas costuras, tratar de pessoas que são muitas vezes abandonadas, receber queixas por tudo e por nada (Dr. o meu pai vai ser operado e não comeu nada isto é uma vergonha.. pois veja lá se calhar está em dieta zero e vai ser operado.. isto é desumano voçes são escumalha estes médicos..), sujeitos a levar com processos porque a responsabilidade de tudo o que se passa num hospital é do médico.

              Pode haver milhares de médicos, 3 por pessoa, mas com a febre dos numeros, estamos a perder uma coisa muito importante que é a qualidade. Na minha opinião mas vale um médico bem formado, com tempo, com bons formadores e tutores, e com espaço para aprender que 10 formados ao desbarato, ou com formções que pouco se sabe como foram feitas. Ou com cerca de 20 alunos por tutor.

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                #37
                Já agora quanto ao SNS, não sei onde é que vão buscar os números para dizer que nós temos tantos médicos em proporção à população, quando eu quando vou a um hospital vejo tantos assistentes e tantas enfermeiras mas médicos conto-os pelos dedos. Já cheguei a estar horas na urgência (a acompanhar outras pessoas) sem ver um único médico, e muitas vezes as pessoas são tratadas por enfermeiros (que não sei até que ponto será um tratamento válido, uma vez que foram coisas que à partida necessitariam de exames e avaliação médica, coisas para as quais não sei se enfermeiros têm formação ou autoridade para fazer).

                Por isso se há assim tantos médicos a servir os utentes em hospitais públicos é que eles não estão.
                Editado pela última vez por SRLA; 05 October 2011, 16:07.

                Comentário


                  #38
                  não espanhóis? Onde vives? Se há coisa que temos cá com fartura são médicos espanhóis.

                  Comentário


                    #39
                    Originalmente Colocado por SRLA Ver Post
                    Já agora quanto ao SNS, não sei onde é que vão buscar os números para dizer que nós temos tantos médicos em proporção à população, quando eu quando vou a um hospital vejo tantos assistentes e tantas enfermeiras mas médicos conto-os pelos dedos. Já cheguei a estar horas na urgência (a acompanhar outras pessoas) sem ver um único médico, e muitas vezes as pessoas são tratadas por enfermeiros (que não sei até que ponto será um tratamento válido, uma vez que foram coisas que à partida necessitariam de exames e avaliação médica, coisas para as quais não sei se enfermeiros têm formação ou autoridade para fazer).

                    Por isso se há assim tantos médicos a servir os utentes em hospitais públicos é que eles não devem estar.

                    My God!

                    Comentário


                      #40
                      Originalmente Colocado por K2000 Ver Post
                      não espanhóis? Onde vives? Se há coisa que temos cá com fartura são médicos espanhóis.
                      Vivo num dos sitios de Portugal onde existêm mais médicos espanhois. Mas esses já cá estão há vários anos!!

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                        #41
                        Não sei porque é que não é óbvio para todos...Se há falta, manda-se vir! Não é isso o que se faz nas outras profissões?

                        E eu tenho familiares médicos...e vários em formação...

                        Recuso-me a ser atendido por um médico que está lá há 20h de serviço, recuso-me a esperar 1h depois de uma consulta marcada. Eu pago. Eles que façam. Agora vem a ordem e os seus manientos defender-se a si mesmo, prejudicando aqueles que (devem esquecer-se...porque para eles já são só palavras) juraram proteger para ter acesso à profissão...

                        Comentário


                          #42
                          Originalmente Colocado por SRLA Ver Post
                          Já agora quanto ao SNS, não sei onde é que vão buscar os números para dizer que nós temos tantos médicos em proporção à população, quando eu quando vou a um hospital vejo tantos assistentes e tantas enfermeiras mas médicos conto-os pelos dedos. Já cheguei a estar horas na urgência (a acompanhar outras pessoas) sem ver um único médico, e muitas vezes as pessoas são tratadas por enfermeiros (que não sei até que ponto será um tratamento válido, uma vez que foram coisas que à partida necessitariam de exames e avaliação médica, coisas para as quais não sei se enfermeiros têm formação ou autoridade para fazer).

                          Por isso se há assim tantos médicos a servir os utentes em hospitais públicos é que eles não estão.
                          Os números estão cá fora e quase todos os meses são ditos na comunicação social.

                          Google that.

                          Já fiz a minha parte e meti alguns da OCDE (que já coloquei na página anterior), para quebrar alguns mitos, mas, se quiseres, tens também INE, WMA, IMHO, etc

                          Comentário


                            #43
                            Originalmente Colocado por DocJRA Ver Post


                            A azul
                            Aceito a tua opinião, mas dou a minha também.

                            a) Comparação medicina com enfermagem e educação.

                            Há excesso de professores e enfermeiros no nosso país e falta de médicos. As vagas nas faculdades são de 1% superiores nos cursos de Educação e Enfermagem do que em Medicina. Falando de milhares de vagas, 1% torna-se relevante. Não conto com privados! Logo aqui há algo errado!
                            Solução? Se há excesso de professores e enfermeiros, então fecham-se vagas! Quem quiser leccionar ou exercer enfermagem tem que ter médias 15 ou 16 ou o que seja! São duas profissões que nem o Estado nem o privado conseguem colocar, de forma a evitar subsídios de desemprego, saída do país de jovens especialistas, e permitir encaixe de impostos provenientes do trabalho dos mesmos. Se a água que deitamos no copo é superior ao tamanho do mesmo, vai verter. Como não podemos ter um copo maior, temos que fechar um pouco a torneira. Pelo outro lado, a água é insuficiente para encher o copo. Abre-se um pouco mais a torneira!
                            Não falo em fechar completamente a torneira nem abri-la ao máximo! Mas as quantidades estão erradas!

                            b) Acumulação de funções.

                            O tempo de trabalho tem de ser contabilizado através da presença do trabalhador no local de trabalho e pelo cumprimento das funções requeridas.
                            Um professor não consegue sair da escola e ir dar explicações a casa para receber a dobrar. Tem falta e consequente punição.
                            Um enfermeiro, não sai do hospital a meio de um turno para ir dar uma injecção ao privado. Ou é dispensado do turno ou tem falta!
                            Um médico, sai do hospital às 9h10 (10 minutos depois de dar entrada) vai ao seu consultório dar 2 consultas, vai buscar os filhos ao colégio, e regressa ao hospital para atender o paciente que o aguarda há 2 horas. Como é possível um médico trabalhar 25h por dia? Como é possível um médico operar após uma directa? Algo não está bem aqui!
                            Solução? Investigar os consultórios particulares e hospitais/clínicas privadas de forma a perceber quem acumula funções! Um médico que dá consultas às 9h da manhã, não pode estar às 9h da manhã no hospital. Os utentes terão de começar a reclamar quando o médico que está de turno demora 2h a aparecer; terão de começar a reclamar quando o médico que está destacado na urgência não está presente no mesmo hospital. Denunciando!

                            c) A importância da medicina na sociedade.

                            Os médicos assumem um papel na sociedade considerado insubstituível! Imprescindível! Intocável! Então e os restantes? Ganham salários monstruosos, acumulam funções em temo útil, rejeitam colocações, etc.
                            O que acontece a um professor do Porto que é colocado em Lisboa? Vai! O que acontece a um enfermeiro que é colocado num lar de idosos a ganhar 500€ por mês a recibo? Vai! Porque raio o "sr. doutor" não terá que fazer sacrifícios no início de carreira?
                            Porque é que um médico, que se licenciou em 6 anos, tirou a especialidade em mais 6 (12 anos de ensino superior) tem de ter emprego ao lado de casa, pago a peso de ouro, quando um professor doutorado com pós graduações acumuladas tem de emigrar para trabalhar na sua especialidade?

                            Sou completamente a favor que as profissões têm de ser pagas consoante a oferta/procura (lei do mercado) e pelo trabalho que antecedeu a "licença" para trabalhar! Um a pessoa que estuda 24 anos tem de ser muito bem paga pois investiu anos e anos na sua formação! Mas quem estuda 18 anos noutra área deve contentar-se com o desemprego ou com colocação a 300km de casa? Quem estuda 20 anos deve contentar-se em trabalhar como generalista? Quem conclui um Doutoramento, estudando 22 ou mais anos, deve contentar-se com a emigração?

                            Solução? Criar e melhorar o emprego em todas as funções. Descer a Ordem dos Médicos à terra!

                            Comentário


                              #44
                              Originalmente Colocado por DocJRA Ver Post
                              Os números estão cá fora e quase todos os meses são ditos na comunicação social.

                              Google that.

                              Já fiz a minha parte e meti alguns da OCDE (que já coloquei na página anterior), para quebrar alguns mitos, mas, se quiseres, tens também INE, WMA, IMHO, etc
                              Da última vez que recorri ao sns, após ligar para a linha de apoio 24, dirigi-me ao hospital como me indicaram, onde até já estaria uma ficha minha para ser mais rápido o atendimento.

                              Estive 6h á espera de ser atendido, e 2h para fazer 2 exames de rotina, que demoraram 5minutos cada um.

                              Deve ser mito!

                              Comentário


                                #45
                                Originalmente Colocado por MrBrown Ver Post
                                Não sei porque é que não é óbvio para todos...Se há falta, manda-se vir! Não é isso o que se faz nas outras profissões?

                                - O que também é óbvio para quem procure a informação, e os dado assim o provam, como aqueles que coloquei na página anterior, é que não há a falta que a comunicação social quer dar a entender. Existem casos pontuais que tem de ser resolvidos e um modelo caduco e fora de prazo.

                                E eu tenho familiares médicos...e vários em formação...

                                Recuso-me a ser atendido por um médico que está lá há 20h de serviço, recuso-me a esperar 1h depois de uma consulta marcada. Eu pago. Eles que façam. Agora vem a ordem e os seus manientos defender-se a si mesmo, prejudicando aqueles que (devem esquecer-se...porque para eles já são só palavras) juraram proteger para ter acesso à profissão...

                                Concordo inteiramente.

                                Acabar os os turnos de 24 e 12 horas e fazer mais equipas que apenas têm de assegurar 8,

                                Ir atrás de todos aqueles que deveriam estar no Hospital, mas metem o dedo e vão para a privada, fazendo com que de um horário de 38 ou 42 horas que devem ao S.N.S apenas cumpra 20 ou menos.


                                Mas isto vai de encontro ao que tenho dito desde início....
                                Antes de tentarmos tapar o sol com uma peneira, com medidas de marketing e populistas como recorrer médicos estrangeiros e fazer disto notícia nacional, temos de intervir nos podres do S.N.S. e só depois é que poderemos aferir se há ou não médicos a menos ou a mais

                                Comentário


                                  #46
                                  Originalmente Colocado por Israel Ver Post
                                  Da última vez que recorri ao sns, após ligar para a linha de apoio 24, dirigi-me ao hospital como me indicaram, onde até já estaria uma ficha minha para ser mais rápido o atendimento.

                                  Estive 6h á espera de ser atendido, e 2h para fazer 2 exames de rotina, que demoraram 5minutos cada um.

                                  Deve ser mito!
                                  De certeza que não foi por falta de médicos ou por os mesmos não estarem no seu local de trabalho!

                                  Comentário


                                    #47
                                    Originalmente Colocado por DocJRA Ver Post
                                    Os números estão cá fora e quase todos os meses são ditos na comunicação social.

                                    Google that.

                                    Já fiz a minha parte e meti alguns da OCDE (que já coloquei na página anterior), para quebrar alguns mitos, mas, se quiseres, tens também INE, WMA, IMHO, etc
                                    Esses números nada mais fazem do que provar que o problema da cartelização da profissão da medicina é um problema praticamente global.

                                    Comentário


                                      #48
                                      Originalmente Colocado por Israel Ver Post
                                      Da última vez que recorri ao sns, após ligar para a linha de apoio 24, dirigi-me ao hospital como me indicaram, onde até já estaria uma ficha minha para ser mais rápido o atendimento.

                                      Estive 6h á espera de ser atendido, e 2h para fazer 2 exames de rotina, que demoraram 5minutos cada um.

                                      Deve ser mito!
                                      Essa situação podia acontecer a qualquer cidadão e é lamentável.

                                      Não é para isto que pagamos os nossos impostos.

                                      Agora a pergunta que te coloco é:

                                      - A culpa disto é dos médicos que apanhaste que estavam a jogar paciência em vez de atenderem doentes,
                                      - Dos médicos que eram claramente insuficientes naquele momento para assegurar aquele serviço,
                                      - Dos meios de resposta, claramente insuficientes
                                      - Ou da administração desses hospital, possivelmente EPE com um gestor que nem médico é, que não consegue assegurar o bom funcionamento do seu serviço de urgência com os meios que tem ao seu dispor ?

                                      Fazendo um paralelismo, o meu carro avaria e vai à a oficina onde fica 1 semana. A culpa é de quem:

                                      - falta de mecânicos,
                                      - falta de vontade de trabalhar dos mecânicos,
                                      - falta de recursos,
                                      - falta de organização, pois durante essa semana ninguém deu entrada do meu carro para reparação.

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                                        #49
                                        Originalmente Colocado por NunoMF Ver Post
                                        Esses números nada mais fazem do que provar que o problema da cartelização da profissão da medicina é um problema praticamente global.
                                        Desenvolve por favor, pois tenho alguma dificuldade em conseguir ver o teu ponto de vista nos números que coloquei.

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                                          #50
                                          Originalmente Colocado por DocJRA Ver Post
                                          Desenvolve por favor, pois tenho alguma dificuldade em conseguir ver o teu ponto de vista nos números que coloquei.
                                          Bom, o sistema é semelhante em muitos países não é?

                                          Aqui na Irlanda passasse a mesma coisa, é preciso importar médicos. O facto de Portugal ter rácios de médicos por habitante semelhantes aos outros países não prova que não hajam problemas e que a medicina não seja uma profissão protegida, em que a oferta é ajustada para se manter abaixo da procura (ou pelo menos foi durante muito tempo) de forma a proteger os que já lá estão.

                                          O que quero dizer é que isto não é de forma alguma um exclusivo de Portugal.

                                          E a questão dos médicos estrangeiros é também uma não questão. Acontece em todas as áreas importarem-se e exportarem-se profissionais. Porque há-de ser um problema para os médicos?

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                                            #51
                                            Originalmente Colocado por NunoMF Ver Post
                                            Bom, o sistema é semelhante em muitos países não é?

                                            Aqui na Irlanda passasse a mesma coisa, é preciso importar médicos. O facto de Portugal ter rácios de médicos por habitante semelhantes aos outros países não prova que não hajam problemas e que a medicina não seja uma profissão protegida, em que a oferta é ajustada para se manter abaixo da procura (ou pelo menos foi durante muito tempo) de forma a proteger os que já lá estão.

                                            O que quero dizer é que isto não é de forma alguma um exclusivo de Portugal.
                                            Nem mais. O facto de não estarmos tão mal como a Grécia não quer dizer que estamos economicamente bem!

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                                              #52
                                              Originalmente Colocado por DocJRA Ver Post
                                              Os números estão cá fora e quase todos os meses são ditos na comunicação social.

                                              Google that.

                                              Já fiz a minha parte e meti alguns da OCDE (que já coloquei na página anterior), para quebrar alguns mitos, mas, se quiseres, tens também INE, WMA, IMHO, etc
                                              E não digo que os números não estejam certos, quando falamos de médicos a "trabalhar" em Portugal.

                                              Agora as minhas dúvidas são:
                                              - Quantos deles trabalham para o SNS
                                              - Quantos dos que supostamente trabalham para o SNS realmente estão lá no hospital a cumprir as horas que assinam

                                              Porque como disse, e nisto a opinião é quase unânime, quando se vai efectivamente aos hospitais os médicos que lá estão contam-se pelos dedos. Se são tantos onde é que eles andam?

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                                                #53
                                                Originalmente Colocado por Hugo1984 Ver Post
                                                Gostava de saber a opinião de um médico se o professor do seu filho em vez de estar a dar-lhe aulas estivesse a dar explicações a outras crianças, recebendo do estado e do privado pelo mesmo tempo de trabalho...
                                                Boa questão, mas que nada tem a ver com o número de médicos, mas sim com falta de regulação.

                                                Originalmente Colocado por NunoMF Ver Post
                                                Mas e qual é o problema na parte a bold? Os médicos são uma classe privilegiada que não pode competir por empregos como o resto da população? Os números à saída da maior parte dos cursos são maiores do que a capacidade de os absorver em quase todas as áreas. E então? Porque hão-de haver tachos garantidos para uns e não para outros?

                                                Houve este ano por exemplo aumentos de vagas em cursos como psicologia, que é um curso com empregabilidade perto de zero. Tens alguma dúvida que seria melhor formar um médico a mais do que 10 psicólogos para o desemprego? Mas o que faz de vocês criaturas tão especiais que tenham de se protegidos dessa maneira?
                                                E porque acontece nos outros cursos, é uma situação sustentável? Eu não defendo que nos outros deve ficar tudo como está...

                                                Originalmente Colocado por SRLA Ver Post
                                                Mas espera lá, isto não acontece em qualquer curso superior? Vamos fechá-los todos porque não podemos deixar que isso aconteça? Ou vamos promover uma fibra empresarial digna de um país desenvolvido para oferecer trabalho a quem formamos? É que se acabam o curso e vão embora é porque têm motivos para ir, porque se tudo o resto for igual acho que a esmagadora maioria das pessoas prefere ficar perto de onde sempre viveu e tem família e amigos, se vai embora é porque realmente lá tem condições muito mais favoráveis e que compensam.
                                                Vamos então criar mais hospitais também? Têm é de ser imaginários, porque não há dinheiro...

                                                Originalmente Colocado por Hugo1984 Ver Post
                                                Aceito a tua opinião, mas dou a minha também.

                                                a) Comparação medicina com enfermagem e educação.

                                                Há excesso de professores e enfermeiros no nosso país e falta de médicos. As vagas nas faculdades são de 1% superiores nos cursos de Educação e Enfermagem do que em Medicina. Falando de milhares de vagas, 1% torna-se relevante. Não conto com privados! Logo aqui há algo errado!
                                                Solução? Se há excesso de professores e enfermeiros, então fecham-se vagas! Quem quiser leccionar ou exercer enfermagem tem que ter médias 15 ou 16 ou o que seja! São duas profissões que nem o Estado nem o privado conseguem colocar, de forma a evitar subsídios de desemprego, saída do país de jovens especialistas, e permitir encaixe de impostos provenientes do trabalho dos mesmos. Se a água que deitamos no copo é superior ao tamanho do mesmo, vai verter. Como não podemos ter um copo maior, temos que fechar um pouco a torneira. Pelo outro lado, a água é insuficiente para encher o copo. Abre-se um pouco mais a torneira!
                                                Não falo em fechar completamente a torneira nem abri-la ao máximo! Mas as quantidades estão erradas!

                                                Como já foi dito, o SNS padece de uma falta de organização imensa e não de uma falta efectiva de médicos. Não somos mais doentes dos que os outros países, para necessitar de mais médicos do que eles.


                                                b) Acumulação de funções.

                                                Um médico, sai do hospital às 9h10 (10 minutos depois de dar entrada) vai ao seu consultório dar 2 consultas, vai buscar os filhos ao colégio, e regressa ao hospital para atender o paciente que o aguarda há 2 horas. Como é possível um médico trabalhar 25h por dia? Como é possível um médico operar após uma directa? Algo não está bem aqui!
                                                Solução? Investigar os consultórios particulares e hospitais/clínicas privadas de forma a perceber quem acumula funções! Um médico que dá consultas às 9h da manhã, não pode estar às 9h da manhã no hospital. Os utentes terão de começar a reclamar quando o médico que está de turno demora 2h a aparecer; terão de começar a reclamar quando o médico que está destacado na urgência não está presente no mesmo hospital. Denunciando!

                                                Como já disse atrás, isso chama-se falta de profissionalismo e regulação. Isso é que é preciso combater.

                                                c) A importância da medicina na sociedade.

                                                Os médicos assumem um papel na sociedade considerado insubstituível! Imprescindível! Intocável! Então e os restantes? Ganham salários monstruosos, acumulam funções em temo útil, rejeitam colocações, etc.
                                                O que acontece a um professor do Porto que é colocado em Lisboa? Vai! O que acontece a um enfermeiro que é colocado num lar de idosos a ganhar 500€ por mês a recibo? Vai! Porque raio o "sr. doutor" não terá que fazer sacrifícios no início de carreira?
                                                Porque é que um médico, que se licenciou em 6 anos, tirou a especialidade em mais 6 (12 anos de ensino superior) tem de ter emprego ao lado de casa, pago a peso de ouro, quando um professor doutorado com pós graduações acumuladas tem de emigrar para trabalhar na sua especialidade?
                                                O que não faltam são internos a trabalhar longe de casa. Um interno vai para onde há vaga na especialidade que quer/consegue. Se quer ficar perto de casa, tem de se submeter às que há (e tratando-se de uma decisão para o resto da vida, acho que ninguém escolhe apenas pela distância de casa). Agora, claro, se a maior parte dos que concorrem são das grandes metrópoles e a maior parte dos hospitais também, é normal que muita gente acabe perto de casa. Há mais escolas espalhadas pelo país do que hospitais.


                                                PS; quanto à tua questão inicial de aumentar vagas para baixar as médias, lamento, mas o nº tem aumentado todos os anos (acho que nos últimos 10 anos duplicou), e as médias do último colocado continuam sempre acima de 18. Os médicos são muito odiados por todos, mas o curso de medicina continua a ser dos que tem mais interessados.
                                                Editado pela última vez por Fadista; 05 October 2011, 16:50.

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                                                  #54
                                                  Originalmente Colocado por DocJRA Ver Post


                                                  um médico só é especialista e autorizado a exercer 2medicina autónoma" ao fim de 10 ou mais anos.
                                                  Pequeno preciosismo: 11 anos. 6 de curso + 1 de IAC + 4 de especialidade no mínimo (MGF que era de 3 anos, passou a 4).

                                                  Comentário


                                                    #55
                                                    Originalmente Colocado por Fadista Ver Post
                                                    Vamos então criar mais hospitais também? Têm é de ser imaginários, porque não há dinheiro...
                                                    Não mas para aeroportos e TGVs já há

                                                    E nem é preciso criar mais hospitais. Mais competição na medicina privada também faz bem, e é preciso encher efectivamente os hospitais que já temos e como tenho dito médicos nem vê-los. Claro que os médicos que já estão supostamente a trabalhar nesse hospital e não estão lá a cumprir a sua função rua com eles, e aqueles que acumulam várias funções têm que escolher uma (se trabalharem para o SNS, claro).

                                                    Comentário


                                                      #56
                                                      Originalmente Colocado por SRLA Ver Post
                                                      Não mas para aeroportos e TGVs já há

                                                      E nem é preciso criar mais hospitais. Mais competição na medicina privada também faz bem, e é preciso encher efectivamente os hospitais que já temos e como tenho dito médicos nem vê-los. Claro que os médicos que já estão supostamente a trabalhar nesse hospital e não estão lá a cumprir a sua função rua com eles, e aqueles que acumulam várias funções têm que escolher uma (se trabalharem para o SNS, claro).

                                                      Quanto a isso concordo. Mas a verdade é que a maior parte dos hospitais já mal se consegue manter. E seja a culpa de quem for, isso é um facto.

                                                      Na medicina privada actualmente não se formam especialistas (se não estou em erro nenhum hospital privado se candidatou a isso), portanto aumentar estes não se traduz necessariamente em maior capacidade de formar os alunos que acabam o curso, acabando por ser uma situação sem sustentabilidade.

                                                      Quanto a cascar em médicos que não cumprem as funções para que são pagos, concordo.

                                                      Comentário


                                                        #57
                                                        Originalmente Colocado por DocJRA Ver Post
                                                        Essa situação podia acontecer a qualquer cidadão e é lamentável.

                                                        Não é para isto que pagamos os nossos impostos.

                                                        Agora a pergunta que te coloco é:

                                                        - A culpa disto é dos médicos que apanhaste que estavam a jogar paciência em vez de atenderem doentes,
                                                        - Dos médicos que eram claramente insuficientes naquele momento para assegurar aquele serviço,
                                                        - Dos meios de resposta, claramente insuficientes
                                                        - Ou da administração desses hospital, possivelmente EPE com um gestor que nem médico é, que não consegue assegurar o bom funcionamento do seu serviço de urgência com os meios que tem ao seu dispor ?

                                                        Fazendo um paralelismo, o meu carro avaria e vai à a oficina onde fica 1 semana. A culpa é de quem:

                                                        - falta de mecânicos,
                                                        - falta de vontade de trabalhar dos mecânicos,
                                                        - falta de recursos,
                                                        - falta de organização, pois durante essa semana ninguém deu entrada do meu carro para reparação.
                                                        Quando estive lá, e após 6h quando fui atendido, do que EU vi, vi 3 ou 4 enfermeiros para uma sala cheia de doentes, vi eles a comentarem um com o outro que este e aquele medicamento não havia e portanto tinham de se desenrascar porque não ia haver tão cedo.
                                                        Médicos vi 2 ou 3 também só.

                                                        Do meu ponto de vista, do que eu experienciei, havia poucos médicos, enfermeiros, auxiliares, medicamentos, espaço etc.

                                                        Se há pouco de tudo, ou excedente de alguns, ou há o que devia haver e é mal gerido eu não tenho maneira de te dizer, posso é dizer que quando fui atendido havia pouco de tudo, não só de médicos.


                                                        Mas comentando outra situação, noutro hospital, já á bastante mais tempo, que acho que o tempo de espera não foi problema (do que me lembro), mas lembro-me dum médico tuga dizer que eu tinha comido qualquer coisa que tinha feito mal (e aí senti-me insultado, porque na minha vida contam-se pelos dedos das mãos as vezes que recorri a hospitais), e teve de ser um ucraniano/russo whatever a atender-me, e quando estava a sair de lá , o tuga estava a jugar copas no pc.
                                                        A culpa é da gestão, ou alguns também não lhes apetece fazer grande coisa, já que há ucranianos pa trabalhar?

                                                        Comentário


                                                          #58
                                                          Originalmente Colocado por SRLA Ver Post
                                                          Não mas para aeroportos e TGVs já há

                                                          E nem é preciso criar mais hospitais. Mais competição na medicina privada também faz bem, e é preciso encher efectivamente os hospitais que já temos e como tenho dito médicos nem vê-los. Claro que os médicos que já estão supostamente a trabalhar nesse hospital e não estão lá a cumprir a sua função rua com eles, e aqueles que acumulam várias funções têm que escolher uma (se trabalharem para o SNS, claro).

                                                          Parece-me claro.

                                                          As escolas públicas e privadas não são suficientes para colocar os professores formados.
                                                          Os hospitais, clínicas e privados não são suficientes para colocar os enfermeiros formados.
                                                          Os hospitais, clínicas e privados dão emprego aos mesmos médicos.

                                                          Há aqui uma pequena diferença!

                                                          Comentário


                                                            #59
                                                            Originalmente Colocado por Valium Ver Post
                                                            Como disse o Fadista as médias sobem apenas porque as vagas são poucas para a procura, então entram as médias mais altas. Por isso há cursos onde entram com 10.

                                                            Agora temos é que ver quais as necessidades do país nesta área e, qual será a entrada nos próximos tempos e possíveis saídas. Os médicos conseguem trabalhar até tarde, em algumas especialidades, noutras nem por isso.

                                                            E antes dos 11 anos referidos, já exercem medicina.

                                                            A falta de visão foi há uns anos, que agora se "sofre" a falta de alguns médicos, especialmente de família. Daqui a uns anos não sei os números para dizer.
                                                            Não é só falta de médicos de familia. Se fores ao hospital, ao centro médico, já para não falar nos médicos dentistas brasileiros (não tenho nada contra eles,, mas que é tristes ver que são cada vez mais é)..... há sempre médicos estrangeiros nas mais diversas especialidades.

                                                            Até para os simples testes à glicémia, colesterol e afins que fazem por aí na rua já aparecem médicos/profissionais de saúde...

                                                            Noutro dia tive um diálogo com um assim:
                                                            (eu) - Boa tarde
                                                            - Boa tarde
                                                            - Então o teste agora ao almoço é capaz de dar valores altos na glicémia, não ?
                                                            - Sim, sim ...
                                                            - É que acabei de almoçar agora..
                                                            - Acabou de almoçar daqui a bocadinho ?...
                                                            - Não, não vou almoçar daqui a bocadinho, acabei de almoçar agora ...
                                                            - Pois acabou de almoçar daqui a bocadinho ....
                                                            - ...... ... wtf .... ?

                                                            Entretanto olhei para a placa com o nome ..... Pietrovsky ..... e levei uma picadela no dedo ....

                                                            Não é isto que se pretende para o futuro deste País, pois não ?

                                                            Comentário


                                                              #60
                                                              Originalmente Colocado por DocJRA Ver Post
                                                              Antes de tentarmos tapar o sol com uma peneira, com medidas de marketing e populistas como recorrer médicos estrangeiros e fazer disto notícia nacional, temos de intervir nos podres do S.N.S. e só depois é que poderemos aferir se há ou não médicos a menos ou a mais
                                                              Sem dúvida, mas atenção que quando dizes podres do SNS (alguns escreveste a azul) acabas por bater de frente contra muita coisa que a grandecíssima ordem dos médicos defende com unhas e dentes...são "valores estabelecidos", um "skull & bones" à portuguesa.

                                                              Eles podem espernear e berrar, dizer que há pediatras no desemprego (SIM, pelos vistos é verdade...) que vão sempre carecer de muita razão (até porque esses pediatras recusam-se é a ir para o interior...enquanto outras profissões, não têm solução se não ir para o estrangeiro...).

                                                              Obviamente que nada disto vai fazer qualquer diferença enquanto o burro do Zé povinho andar aí a bajular tudo o que cura as hemorróides... Respeito (e muito, de preferência) sim, mas exigência acima de tudo (afinal de contas, se a caixa do supermercado chega atrasada é despedida, não?). Por isso é que sempre que esperei por uma consulta marcada com antecedência...sempre que ouvi um técnico queixar-se de como está ali há 10 horas...pimbas, sai um ditado no livrinho, que é para isso que ele serve. E a sorte (minha também, pois claro) é que vou mesmo muito pouco ao médico por mim.

                                                              Resumindo a minha opinião. Esses meninos da ordem dos médicos que se façam homens, que encarem as coisas de frente, com justiça e igualdade, e que pensem primeiro no objecto da sua profissão = o paciente, que esse anda há muito esquecido!
                                                              Se se provar que é necessário para o SNS "importar" médicos, porque os fidalgos dos portugueses não querem ir para o interior, qual é a outra solução que não fazer isso mesmo? (isto sabendo que se recusam a "forçar" os portugueses a ir para lugares que não queiram...)
                                                              Porque se um engenheiro da cochinchina pode trabalhar cá, porque não pode um médico? E este ano, na minha faculdade, até houve um curso de engenharia que nada tem a ver com saúde em que o último classificado entrou com 17.7...
                                                              Editado pela última vez por MrBrown; 05 October 2011, 17:38.

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