Originalmente Colocado por Rasec
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Podes ate trabalhar o que quiseres em empregos de verão ou part-time -nada mais saudável concordo- mas isso não chega sequer para poderes chegar a uma faculdade de jeito. Ou tens pa(i)trocínio ou então só mesmo por uma bolsa. Mais, a coisa já está tão distorcida que mesmo faculdades medíocres têm preços exorbitantes colocando uma pressão enorme de endividamento sobre as famílias de classe média baixa. Um pouco ao estilo dos custos abursos e ineficiências do sistema de saúde por via dos efeitos preversos dos seguros.
O que isto provoca é que é preciso seres brilhante para, vindo de baixos rendimentos, acabares a teres a bolsa que te permita aceder a uma boa faculdade. Todos os restantes -onde se inclui o pessoal normal- ficam de fora.
E isso no longo prazo desestrutura a sociedade. Ricos e classe média alta conseguem pôr qualquer filho -por mais burro que seja- na faculdade e isso vai ser o maior preditor de sucesso e de perpetuação de rendimento e classe.
Pobres, mesmo com capacidades superiores, ficam logo barrados (safando-se uma minoria que tem mesmo que se destacar muito para conseguir a bolsa).
Tudo isso é do mais contrário às premissas do que fez a América ser o que (ainda) é.
Se pensarmos numa responsabilização mais individual pelo financiamento dos custos da faculdade (por oposição ao modelo alemão/europeu de propinas inexistentes ou simbólicas) o modelo nórdico é provavelmente o mais acertado. Ninguém fica com as pernas cortadas porque o Estado assume, na prática, os riscos dos empréstimos. É a versão americana com fiança pelo Estado.
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