Tópico dos produtos portugueses de excelência

[RuiPedroCosta]

Referiram a Sacoor, comprei uma camisa ou outra há pouco tempo, são óptimas sem dúvida, mas não são feitas em Portugal. Aliás, não me lembro de ver peças da Sacoor "made in portugal".

Portanto, para mim, é como se fosse lá de fora. Não me faz diferença, mas são os meus two cents. O mesmo se passa com a Quebramar, gosto muito, mas é quase tudo feito lá nos fins do mundo.

Há que ser competitivo...

Por acaso há uns dias reparei na etiqueta de uma camisa da Saccor que tenho e foi fabricada nas Maurícias .

[VTEC]

Portucel




Grande parte para exportação e excelente qualidade, reconhecida em qualquer parte do mundo.

[nunomplopes]

No último quartel do século XIX, do mesmo passo que o balneário termal caldense se tornava o mais concorrido do País e a vila um dos mais atractivos centros de vilegiatura, a louça das Caldas, um tipo de faiança fundamentalmente decorativa inspirada em motivos naturalistas, constituía-se como a principal indústria local.

Em 1886, Ramalho Ortigão referiu-se à «tradicional indústria das Caldas», a expressão é dele «cujos antigos modelos preciosos, constituindo um importante museu, se perderam por desleixo e delapidação com os despojos do convento da Madre de Deus». Nos finais do século XVIII e princípios do século XIX essa «indústria» atingira um ponto alto, seguindo-se uma decadência que só a entrada em cena de Rafael Bordalo Pinheiro, dois anos antes, permitira, na opinião deste Autor, interromper. Ramalho refere-se ainda à «encantadora tradição», naturalista, que gostaria de ver convertida à modelação ao vivo dos animais e plantas, isto é «insuflada da energia palpitante de talento criativo» e apoderada pela «tríplice ciência do escultor, do colorista e do decorador» Bordalo Pinheiro.
Entre as qualificações da olaria caldense, que apesar de tudo não se teriam perdido, ramalho salienta: «uma notável facilidade de imitação em grosso, e um vidro incomparável cobrindo todos os produtos de um brilho luminoso, irisado, com um reflexo de água tepidamente ao sol, banhando e envolvendo o barro como um inducto Diamantino, translúcido, deslumbrante, maravilhoso».

Essas características criaram a marca distinta da produção cerâmica local e fizeram o seu êxito comercial.

Os reparos de Ramalho, justificativos da presença de Rafael, são todavia algo injusto. Desde meados do século a tradição barrista caldense surge bem representada por mestres e fabricantes que cultivam o chamado «Palissy das Caldas».

Depois de Maria dos Cacos (1820-1853), Manuel Cipriano Gomes Mafra, António de Sousa Liso, José Francisco de Sousa, José Alves da Cunha, Francisco Gomes de Avelar (Júnior) e João Coelho César, dirigiram pequenas mas muito activas unidades de produção cerâmica que levaram os barros das caldas a feiras e mercados de todo o país e até ao estrangeiro.
De pequena indústria se tratava.

Nela prevalecida a estrutura familiar e artesanal, tanto na organização da produção como no regime financeiro. As sucessivas gerações de oleiros cimentaram uma tradição forte nas áreas da modelação e da vidração. Em contrapartida, tecnologias de formulação de pastas duras, de produção mecânica de peças ou de cozedura a altas temperaturas, ensaiadas na grande indústria da época na Europa e até em Portugal, tiveram limitado impacte sobre a cerâmica da das Caldas nesse período.

Registou-se, é certo, uma tentativa, mal sucedida, de fabricar louça utilitária de pó-de-pedra, à maneira Inglesa, por parte da fábrica de faianças de Caldas da Rainha, criada em 1884. Tendo por suporte empresarial na sociedade anónima denominada Companhia da Fábrica de Faianças de Caldas da Rainha, com sede social em Lisboa, e direcção técnica atribuída a Rafael Bordalo Pinheiro, a unidade estruturava-se em 3 secções: materiais de construção, louça artística e louça comum.

A primeira secção a ser organizada foi a dos materiais de construção. Entrou em funcionamento logo em Setembro de 1884. Produziu telha, tijolo e azulejo. Mas havia também a intenção de fabricar manilhas, sifões, etc. O sector da louça artística principiou a laborar em Junho de 1885, depois de experiências realizadas por Rafael na Fábrica de Gomes e de Avelar. O sector de maiores proporções físicas e de mais complexa, instalação seria o da louça comum. Só começou a funcionar em Agosto de 1888. Mas a produção de faiança utilitária não resolveu satisfatoriamente os problemas técnicos, mau grado o investimento tecnológico realizado, e de pressa comprometeu a saúde financeira da empresa.

Pela mesma altura, a vila recebeu um dos primeiros estabelecimentos de ensino técnico criados no país. As novas escolas, promovidas pelo ministério das obras públicas, comércio e indústria, destinavam-se explicitamente a ministrar formação profissional aos operários. Caldas recebeu uma escola industrial três anos mais tarde. Muito embora a escola das Caldas não se tenha transformado numa escola nacional de cerâmica, como chegou a ser proposto, constituiu um equipamento prestigiado entre as classes medias urbanas (refira-se a este propósito que entre os professores da escola, na viragem do século, se contaram nomes como os de Rafael Bordalo Pinheiro e diversos estrangeiros como o austríaco Karl von Bonhorst, o alemão karl Holthoff, o suíço Emile Possoz (que se ocuparam da química aplicada as artes e especialmente à cerâmica, entre 1887 e 1890), o alemão Hugo Richer e mais tarde o austríaco, Joseph Fuller (que trataram de matérias de desenho e pintura).

Mas se Rafael Bordalo Pinheiro não foi bem sucedido na reformulação da base tecnológica da produção de cerâmica local, obteve um êxito estrondoso com as inovações que introduziu nas formas, elementos e estilos decorativos da loiça das Caldas.Com Bordalo, a cerâmica caldense foi divulgada a uma escala sem precedentes. Foi reconhecida pelo gosto das elites e, consequentemente, diversificou os seus mercados sociais.

A partir de então mantendo feição e características idênticas, encontramos uma produção menos apurada e imaginativa, destinada ao consumidor popular, que se escoa através de feiras e mercados, a par de uma produção mais cuidada e sofisticada, adapta às exigências e posses das classes abastadas, vendida em loja. Poder-se-á referir ainda um terceiro livro de produção de pequenas séries de peças complexas, onde o aspecto artístico e decorativo é absolutamente dominante quando não exclusivo, garantido por um artista reconhecível.

Louça das Caldas

[RuiPedroCosta]

Lembrei-me agora de uns sabonetes produzidos cá da marca Ach Brito / Claus Porto. Várias personalidades internacionais compram estes sabonetes pela sua elevada qualidade. Lembro-me da Madonna e Oprah.

[SilverArrow]

Há várias empresas nacionais com bons produtos:



O Azeite Romeu que recebeu um prémio de melhor azeite do mundo.

[ChicoSLB]

E umas conservas xpto que são vendidas em Italia e no Harrods

[SilverArrow]

Mas já que falas de manteiga.

Para mim a melhor manteiga que encontro à venda cá é esta:

[VTEC]

Lightning Bolt.

Não é propriamente o meu género... mas o calçado que experimentei foi todo ele excelente.
Made in Portugal

[SilverArrow]

E umas conservas xpto que são vendidas em Italia e no Harrods

[ChicoSLB]

Mas já que falas de manteiga.

Para mim a melhor manteiga que encontro à venda cá é esta:

Onde é que se vende?

[mablopes]

Referiram a Sacoor, comprei uma camisa ou outra há pouco tempo, são óptimas sem dúvida, mas não são feitas em Portugal. Aliás, não me lembro de ver peças da Sacoor "made in portugal".

Portanto, para mim, é como se fosse lá de fora. Não me faz diferença, mas são os meus two cents. O mesmo se passa com a Quebramar, gosto muito, mas é quase tudo feito lá nos fins do mundo.

Há que ser competitivo...

Quando me pediram quase 100€ por umas calças de ganga "Made in China", mandei-os logo pastar... ultimamente já lá compro muito pouco, Quebramar idem...

Outra marca portuguesa:

NAU Helmets

Na Hush Puppies já apanhei vários modelos de calçado "Made in Portugal"...

[VTEC]

Quando me pediram quase 100€ por umas calças de ganga "Made in China", mandei-os logo pastar... ultimamente já lá compro muito pouco, Quebramar idem...

Outra marca portuguesa:

NAU Helmets

Desde que reparei que é tudo chinês, deixei sequer de entrar nas lojas.
Passei a ver lojas mais nacionais como por exemplo:

[RuiPedroCosta]

Quando me pediram quase 100€ por umas calças de ganga "Made in China", mandei-os logo pastar... ultimamente já lá compro muito pouco, Quebramar idem...

Outra marca portuguesa:

NAU Helmets

Na Hush Puppies já apanhei vários modelos de calçado "Made in Portugal"...

Depois do teu post fui ver onde foram fabricadas umas botas que comprei há pouco tempo na Hush Puppies e foram fabricadas cá.

[ChicoSLB]

Salsa jeans

[air]

Quando me pediram quase 100€ por umas calças de ganga "Made in China", mandei-os logo pastar... ultimamente já lá compro muito pouco, Quebramar idem...

Outra marca portuguesa:

NAU Helmets

Na Hush Puppies já apanhei vários modelos de calçado "Made in Portugal"...

Comprei um casaco para andar de bike, da Gore (com a tecnologia Gore-Tex), por uns belos 150€. Quando vi "made in China" até me passei, mas o que é certo é que a qualidade, os materiais e a funcionalidade (tecnologia patenteada) está lá....

[MFreitas]

-Inhame, queijos e manteigas dos Açores e Ananás da Madeira.
.

A Madeira não produz ananás, são os Açores. Da Madeira, fora o vinho, só as bananas e pouco mais.

[MetalKing]

Conserveira de Lisboa | Casa fundada em 1930

[TILT]

Neste blog ( 560PT ) tem uma compilação interessante de produtos portugueses.

[LUSOPOWER]

Conserveira de Lisboa | Casa fundada em 1930

Pena que não tenha lojas no algarve

[Kopien]

Mas já que falas de manteiga.

Para mim a melhor manteiga que encontro à venda cá é esta:

Também gosto, mas não é francesa?

[paulofer]

Se este tópico fosse colocado no fórum alemão apareceria: "Porsche, BMW, Mercedes, Audi, VW, Opel, etc.", apenas na indústria automóvel. Se considerarmos que em todos os outros sectores eles têm também produtos desta linha, poderemos perceber um pouco melhor o porquê da diferença entre os dois países.

Este caso são marcas centenárias numa área especifica (hoje me dia já quase só o nome deve ser alemão), marcas que se aguentam tanto tempo não são normais, e esta foi uma das áreas onde isso sucedeu com maior relevo.
Não é fácil criar uma marca Mundial.
Ajudou no caso deles um grande mercado, o maior europeu, mais ainda quando havia os impostos alfandegários, Portugal só com um milagre conseguiria ter uma só que fosse da grandeza destas. Não acho que seja um problema português, não há muitas marcas mundiais de países como Bélgica, Holanda, suíça Grécia, Dinamarca. Há a Nokia na Finlandia, este sim é um sector que devido ás suas especificidades talvez seja mais fácil criar marcas mundiais, embora quando estão á beira de o ser, são logo compradas por uma gigante do ramo.
Acho que os próprios portugueses ajudaram a acabar com marcas portuguesas que podiam ter relevo lá fora, sempre demos muito valor ao que é estrangeiro em tudo, veja-se o futebol, qualquer tosco que venha do estrangeiro é um novo Messi, se for português o mais provável é nem ter uma oportunidade.
Ainda hoje fazemos isso, vou a um hipermercado por exemplo, e quase não vejo marcas portuguesas, hoje em dia consigo ir ao continente e não ter azeite galo, que no Brasil é vendido ao preço do ouro! Ou um oleo Fula. É só marcas brancas, e não me parece que seja pelo mercado, mas unicamente estratégia de quem vende...

[allstarfabio]

Sacoor Brothers

Sacoor vai vestir jogadores do FC Barcelona - Economia - DN

Já os vestiram em tempos, conheço uma pessoa que trabalhou na Sacoor e ia com os/as alfaiates a Barcelona tirar medidas aos gajos

[Agent]

Ninguém falou no vinho do Porto?

Duas marcas Portuguesas, de fabrico nacional, com muito sucesso no exterior:

Polisport

Nexx Helmets

[Joana1984]

Salsa jeans

Mesmo essa marca tem coisas feitas na China. Pelo que me apercebi, as marcas do grupo Inditex têm muitas coisas feitas em Portugal.

[v7]

Mas já que falas de manteiga.

Para mim a melhor manteiga que encontro à venda cá é esta:

Já provaste a que eu referi ?



P.S.: Afinal são 125 gramas e no meu caso comprei no El Corteingles

[MetalKing]

. : C U T I P O L : .

Semente Surfboards

Claus Porto

http://www.gorreana.net/index.php?lang=pt

[FoxMulderX]

A manteiga da minha terra!! Custa quanto cá? Lá nas Marinhas, concelho de Esposende 125 gramas custam 1 euro.. às vezes 80 centimos..

[RuiPedroCosta]

Mesmo essa marca tem coisas feitas na China. Pelo que me apercebi, as marcas do grupo Inditex têm muitas coisas feitas em Portugal.

Eu penso que a produção toda do grupo Inditex é toda feita no estrangeiro. Tenho esta ideia por causa de uma reportagem qualquer que vi há uns tempos atrás. E isto era dito mesmo pelas pessoas responsaveis da marca.

[Joana1984]

Eu penso que a produção toda do grupo Inditex é toda feita no estrangeiro. Tenho esta ideia por causa de uma reportagem qualquer que vi há uns tempos atrás. E isto era dito mesmo pelas pessoas responsaveis da marca.

Nem toda, tenho t-shirts de algumas marcas desse grupo e dizem Made in Portugal.

[nogueiraribeiro]

O meu contributo:

Pasteis de Chaves (uma verdadeira delícia):



E esta senhora dispensa palavras:



NOTA: a senhora a que me refiro é a da esquerda...