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Reformar-se antes dos 65 anos vai ser proibido a partir de amanhã

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    Originalmente Colocado por air Ver Post
    Pois, o Pai Estado não está a tratar bem dos seus dependentes.
    Não estou a ver a relação entre falta de produtividade, medidas aplicadas e "pai estado" + "dependentes".

    Comentário


      Originalmente Colocado por air Ver Post
      Que estratégia? Apenas referi o meu ponto de vista. Se foi um problema tão grande perder um feriado, que nem é feriado, com o argumento que é uma má medida, caso aumentassem o número de feriados, o povão ia ficar todo contente.
      Air, o problema não é o que se perde, é em função de que é que se perde. É em função de quê? Cria que soluções? Adequa-se ao fim pretendido?

      Comentário


        Originalmente Colocado por Torres Ver Post
        Não estou a ver a relação entre falta de produtividade, medidas aplicadas e "pai estado" + "dependentes".
        É apenas o simples facto que todos esperam que o estado lhes resolvam o problema... Sempre foi e sempre será responsabilidade do Pai Estado tratar da economia. Por essa ideologia é que temos um estado tão gordo e tão interventivo na economia.

        Comentário


          Originalmente Colocado por Torres Ver Post
          Air, o problema não é o que se perde, é em função de que é que se perde. É em função de quê? Cria que soluções? Adequa-se ao fim pretendido?
          Para aumentar a produtividade é necessário alterar os métodos, estudar novas soluções, idealizar novos produtos, etc. Tudo isso se faz investindo não só dinheiro, mas como tempo e dedicação. Mais um feriado, é menos tempo para dedicar à melhoria do nosso nível de produtividade.

          As coisas boas não aparecem por acaso, é preciso trabalhar muito para as ter, daí estar ao alcance de poucos.

          Comentário


            Originalmente Colocado por air Ver Post
            Para aumentar a produtividade é necessário alterar os métodos, estudar novas soluções, idealizar novos produtos, etc. Tudo isso se faz investindo não só dinheiro, mas como tempo e dedicação. Mais um feriado, é menos tempo para dedicar à melhoria do nosso nível de produtividade.

            As coisas boas não aparecem por acaso, é preciso trabalhar muito para as ter, daí estar ao alcance de poucos.
            Eu até consigo concordar com tudo o que estás a dizer, o problema é que a única coisa que as medidas implementadas vão fazer é exactamente o que são. Ou explicando melhor, se aumentarem o horário de trabalho em meia hora, a única coisa que será mudada é o horário de trabalho em meia hora. Se pagam o feriado a 50% a única coisa que muda é o valor a que pagam o feriado. Entendes? Todas as outras coisas que dizes, e bem, não têm mexida absolutamente nenhuma. É necessário investir (e sim para isso é preciso gastar dinheiro, claro que é preciso gastar dinheiro) a melhorar a capacidade profissional das pessoas os métodos que usam e os meios que têm ao seu dispôr.
            Aumentar porcaria continua a ser porcaria.

            Comentário


              Originalmente Colocado por Torres Ver Post
              Eu até consigo concordar com tudo o que estás a dizer, o problema é que a única coisa que as medidas implementadas vão fazer é exactamente o que são. Ou explicando melhor, se aumentarem o horário de trabalho em meia hora, a única coisa que será mudada é o horário de trabalho em meia hora. Se pagam o feriado a 50% a única coisa que muda é o valor a que pagam o feriado. Entendes? Todas as outras coisas que dizes, e bem, não têm mexida absolutamente nenhuma. É necessário investir (e sim para isso é preciso gastar dinheiro, claro que é preciso gastar dinheiro) a melhorar a capacidade profissional das pessoas os métodos que usam e os meios que têm ao seu dispôr.
              Aumentar porcaria continua a ser porcaria.
              O problema é que temos um problema estrutural, que varre toda a população. Uma medida até pode ser boa, mas raramente é bem aplicada, porque no geral (empregados, patrões, políticos, etc.) apenas pensam no curto-prazo e no seu bem-estar. Por isso é que se aumentam o horário de trabalho em 30 min os empregados dizem "não é pago, vou é coçar a micose nesse tempo" e os patrões esfregam as mãos e dizem "mais trabalho a custo zero", quando o entendimento deveria ser usar esse tempo para melhorar a empresa, pois é do interesse de todos que a empresa seja competitiva.

              Comentário


                Originalmente Colocado por air Ver Post
                O problema é que temos um problema estrutural, que varre toda a população. Uma medida até pode ser boa, mas raramente é bem aplicada, porque no geral (empregados, patrões, políticos, etc.) apenas pensam no curto-prazo e no seu bem-estar. Por isso é que se aumentam o horário de trabalho em 30 min os empregados dizem "não é pago, vou é coçar a micose nesse tempo" e os patrões esfregam as mãos e dizem "mais trabalho a custo zero", quando o entendimento deveria ser usar esse tempo para melhorar a empresa, pois é do interesse de todos que a empresa seja competitiva.
                Precisamente.

                Comentário


                  Originalmente Colocado por Akagi Ver Post
                  Que queres que faça?

                  Que volte ao trabalho, após 45 anos de vida contributiva?

                  Mesmo que o quizesse fazer, isso não era possivel
                  Originalmente Colocado por Akagi Ver Post
                  Quer dizer, que devia de abdicar da minha reforma, para tapar o buraco?

                  E passava a viver do quê, se não tenho outra fonte de rendimentos?
                  Originalmente Colocado por onega Ver Post
                  Se não tens outra fonte de rendimento devias ter-te precavido!

                  É a politica de gastar mais do que se ganha.
                  Sempre a criticar os outros e em especial os mais velhos ou quem trabalhou toda uma vida...
                  A grande maioria dos nossos pais e avós viveu numa época difícil e de miséria em que quase tudo lhes era privado, desde o acesso à educação, à liberdade, à saúde, a uma alimentação digna...

                  Como podemos criticar de forma gratuita gente que não teve oportunidade de passar da 4ª classe, quando hoje é preciso pedir por favor aos meninos para estudarem?
                  Como podemos condenar extemporaneamente pessoas que começaram a trabalhar aos 10 anos, quando hoje muitos aos 25 não sabem sequer o que isso é?

                  Não sou capaz de passar indiferente a uma realidade de pensões abaixo dos 200€ quando existe tanta gente a auto premiar-se com pensões escandalosas.

                  Um país que passa com indiferença a mais de ¾ de idosos com pensões abaixo do salário mínimo ao mesmo tempo que tem um conjunto de oportunistas que atribuíram entre si salários milionários para mais tarde terem uma elevada reforma, constitui per si motivo de vergonha.

                  Não é possível achar natural a acumulação de reformas de gente que prestou serviço em vários sítios durante um punhado de anos.

                  Não é aceitável assistirmos a pessoas a reformarem-se ao fim de 8 anos quando outros com mais de 40 de trabalho são vistos como preguiçosos.

                  Não é possível passar indiferente a pessoas como a presidente da AR que se reformou com uma choruda pensão aos 42 anos ao fim de apenas 10 de trabalho.

                  Não me posso calar quando leio por aqui posts infelizes num país cheio de gente sempre pronta a julgar os mais miseráveis e a seguir e idolatrar os mais corruptos.

                  Não me posso calar quando mais depressa criticam as pessoas que menos têm do que o sistema social mais injusto e desigual de toda a EU que criámos.

                  Quando deveríamos ter a capacidade de cooperar e de nos ajudarmos uns aos outros, preferimos atirar um constante e irrefletido “É bem feito”.

                  Não é admissível estar aqui tanta gente a censurar idosos a passar mal e a morrer sem pão, sem aquecimento, sem medicação, sem companhia, quando foram todos eles quem nos criou.
                  Se calhar esse foi o seu maior defeito – deram-nos uma má educação.

                  Muitos dos nossos pais e avós privaram-se de muita coisa para que pudéssemos estudar, para que não nos faltasse nada, para que pudéssemos ter um futuro melhor do que o deles.
                  Depois de uma vida de trabalho, não mereciam ouvir da nossa boca comentários infelizes desses.

                  Esta é a nossa maior pobreza – uma pobreza de espírito.
                  Esta é a nossa real crise – uma crise de valores.

                  Quem sabe, um dia, quando os nossos filhos e netos nos derem a tal manta e nos mandarem para o monte para irmos morrer longe, talvez nos lembremos daquilo que estamos agora a fazer-lhes.
                  Editado pela última vez por BLADERUNNER; 08 April 2012, 07:46.

                  Comentário


                    Blade, que tem o c* a ver com as calças?

                    Os cortes nas reformas era para quem tem 200€/mês? Sei que gostas muito de falar bonito e de demagogia, mas se há um défice, o que se deve fazer? Continuar? Sei que venderam muitos sonhos relacionados com reformas, que alguns ainda foram a tempo de caçar, mas infelizmente só podemos ter aquilo que podemos pagar.

                    Também gostava de saber qual é a educação do "eu já me safei, quem vier depois que se lixe"...

                    Comentário


                      Originalmente Colocado por CarlosL Ver Post
                      Porque a nossa ética é algo de atroz. A religião Católica foi a maior causadora desta desestruturação mental. Eu também li o livrinho na faculdade, mas é olhando para outras culturas que nós vemos as bases do nosso comportamento.
                      Originalmente Colocado por Andre Ver Post
                      Há quem diga que isto de termos o perdão fácil com a confissão só nos leva a ser pouco éticos na vida.

                      Os protestantes têm que viver sem ele e o julgamento é lá em cima... ehehe
                      Originalmente Colocado por v7 Ver Post
                      Eu já tinha escrito isso algures por aqui.

                      A verdade é que as diferenças entre católicos apostólicos romanos e os vários tipos de protestantes são também hoje diferenças económicas importantes.
                      Isso, parafraseando Ângelo Correia que também já o afirmou por diversas vezes.

                      Também já referi que as culturas católicas são das menos desenvolvidas dentro do mundo ocidental, europa e américa-latina.
                      Já o digo desde sempre, pois, dentro de uma formação protestante que tive, discordei dos sistemas religiosos que perdoam tudo com uma confissão ou umas quantas ave-marias ou pai-nossos.
                      Um sistema cultural feito pelo homem, para o homem, com o fim maior de o desresponsabilizar que tem dado os frutos socioculturais que estão à vista de todos.

                      Ninguém cumpre, ninguém se responsabiliza, ninguém é culpado.

                      Mas eu, que me afastei de todas as confissões, não julgo que seja preciso uma religião para nos castigar ou perdoar.
                      Acredito que não é preciso acreditar num deus castigador para impedir que façamos algo maldoso.

                      Mais importante do que qualquer deus ou religião é a nossa formação, a nossa integridade e a nossa consciência que devem falar mais alto.
                      Por mais que algum sacerdote nos diga que estamos perdoados, se tivermos consciência, jamais deixaremos de sentir uma certa culpa por algo que fizemos de errado.

                      A ética deve ser maior guia do que a moral.
                      A consciência alicerçada na educação do ser humano dentro de valores de humanidade, respeito e tolerância, são muito mais poderosos e consequentes do que qualquer religião ou doutrina.

                      O exemplo da cultura japonesa que valoriza a honra e a meritocracia constitui um dos maiores exemplos. Basta ver que há trabalhadores, CEO, ou políticos que se suicidam porque foram corruptos ou tiveram uma postura que prejudicaram terceiros.
                      Isso era impensável por cá, onde não existe consciência, nem responsabilidade, nem ética.
                      Por aqui açambarca-se e explora-se até onde se puder, desde que não se seja apanhado. É o tal meio mundo a enganar outro meio. No fim, deus perdoa.

                      Comentário


                        Originalmente Colocado por air Ver Post
                        Blade, que tem o c* a ver com as calças?

                        Os cortes nas reformas era para quem tem 200€/mês? Sei que gostas muito de falar bonito e de demagogia, mas se há um défice, o que se deve fazer? Continuar? Sei que venderam muitos sonhos relacionados com reformas, que alguns ainda foram a tempo de caçar, mas infelizmente só podemos ter aquilo que podemos pagar.

                        Também gostava de saber qual é a educação do "eu já me safei, quem vier depois que se lixe"...
                        Não foi bem isso que ele disse. Mas já trabalhou 45 anos e merece uma pensão, se não tão elevada quanto ele deseja, pelo menos o que o país lhe puder pagar. Contibuiu muitos mais anos do que alguns com reformas chorudas que apenas trabalharam uns quantos e são premiados com valores exorbitantes.
                        Escandalizam-me muito mais a acumulação de reformas, as reformas milionárias para gente que se presenteou com salários milionários, reformas escandalosas ao fim de pouco tempo de vida contributiva.
                        E isso, sim, é cu que tem a ver com as calaças.

                        Se tens lido o que escrevo, especialmente num tópico que abri há 1 ano, saberias perfeitamente que subscrevo que as pensões estão acima daquilo que o país pode pagar.
                        Um país que tem 15% de desempregados dos quais 35,4% são jovens, não se pode dar ao luxo de dar prioridade às reformas, especialmente àquelas que estão muito acima da média.
                        A pensão está integrada no sistema de "Segurança Social", que como o próprio nome indica, serve para dar uma segurança às pessoas em fim de vida contributiva, não para criar fortunas, como atualmente acontece com certas e determinadas pessoas.

                        Por esse motivo, sou apologista de se sacrificar as pensões mais do que os trabalhadores, pois são estes o garante do futuro do país e da produtividade. Quando não se valoriza nem se premeia o trabalho, a produtividade cai.
                        Nos tempos difíceis que atravessamos é preciso valorizar o trabalho, a inovação e a produtividade como fatores essenciais para a competitividade nacional.

                        Quando se discute mais aquilo que se tem direito depois de uma vida contributiva do que o direito ao trabalho ou a uma digna e justa remuneração pelo desempenho, então continuamos a olhar para os nossos umbigos em vez de olharmos para o país, para o futuro e para o bem comum.
                        Mas não é isso que um conjunto de oportunistas que autenticamente roubam o estado e enchem manchetes de jornais tem feito desde sempre passando incólume?

                        No entanto, existe demasiada gente que nunca fez puto na vida e que acha que as pensões miseráveis de tanta gente que sempre ganhou pouco e trabalhou durante perto de meio século, são fruto de uma vida de esbanjamento e de falta de poupança.
                        Ao mesmo tempo que deveríamos lutar para que existissem pensões de real "Segurança Social" com o mínimo de dignidade, fosse criado um teto nas reformas, porque o estado assegura segurança, não é uma fonte de rendimento para uma minoria oportunista.

                        Se o país não pode pagar reformas ao altas para uns porque não tem condições para isso, muito menos poderá apadrinhar a pouca vergonha que é regalia de outros. E isso vai muito além da demagocia.

                        Comentário


                          Assim estou de acordo. Mas não é a criação de tectos que resolve o problema, é simplesmente ajustar o valor de reforma ao que se descontou/ é possível pagar.

                          Esperemos que a transição seja suava, alguém da minha geração já está a contar (espero eu) que a reforma seja muito baixa ou simplesmente não exista. Daí a necessidade de começar a amealhar.

                          Comentário


                            Mas provavelmente estaremos de acordo que muita gente não consegue já amealhar...enquanto outros amealham e de que maneira....

                            Comentário


                              Originalmente Colocado por fixxe77 Ver Post
                              Mas provavelmente estaremos de acordo que muita gente não consegue já amealhar...enquanto outros amealham e de que maneira....
                              Certo que há quem não tem condições para amealhar, mas há muitos que não conseguem amealhar, mesmo sendo possível.

                              Comentário


                                Originalmente Colocado por air Ver Post
                                Assim estou de acordo. Mas não é a criação de tectos que resolve o problema, é simplesmente ajustar o valor de reforma ao que se descontou/ é possível pagar.

                                Esperemos que a transição seja suava, alguém da minha geração já está a contar (espero eu) que a reforma seja muito baixa ou simplesmente não exista. Daí a necessidade de começar a amealhar.
                                Como eu já comecei a fazer há 3 anos (grão a grão...) embora muita gente não o possa fazer num país em que os rendimentos são cada vez mais baixos.

                                Mas quanto à medida do governo, esta suscita-me algumas dúvidas.
                                Se a principal preocupação fosse a sustentabilidade da SS, não seria mais natural penalizar mais as reformas antecipadas, alterar o método de cálculo ou aumentar a idade da reforma?

                                Será que o congelamento das reformas antecipadas constitui um bom negócio para o estado?
                                Não creio, senão repare-se.

                                Os candidatos a reformas antecipadas podem reformar-se daqui por 2 anos com menos 12% de penalização e, por conseguinte, com reformas mais altas, levando a mais encargos para o estado.

                                É a velha solução dos governos de empurrar com a barriga o problema para a frente.
                                Não resolve os problemas da SS nem das contas públicas.

                                (e não estou a defender a minha reforma, porque faltam-me vinte e tal anos para atingir a idade de receber uma reforma simbólica, como acontecerá com a maioria de nós)

                                Comentário


                                  Originalmente Colocado por BLADERUNNER Ver Post
                                  Como eu já comecei a fazer há 3 anos (grão a grão...) embora muita gente não o possa fazer num país em que os rendimentos são cada vez mais baixos.

                                  Mas quanto à medida do governo, esta suscita-me algumas dúvidas.
                                  Se a principal preocupação fosse a sustentabilidade da SS, não seria mais natural penalizar mais as reformas antecipadas, alterar o método de cálculo ou aumentar a idade da reforma?

                                  Será que o congelamento das reformas antecipadas constitui um bom negócio para o estado?
                                  Não creio, senão repare-se.

                                  Os candidatos a reformas antecipadas podem reformar-se daqui por 2 anos com menos 12% de penalização e, por conseguinte, com reformas mais altas, levando a mais encargos para o estado.

                                  É a velha solução dos governos de empurrar com a barriga o problema para a frente.
                                  Não resolve os problemas da SS nem das contas públicas.

                                  (e não estou a defender a minha reforma, porque faltam-me vinte e tal anos para atingir a idade de receber uma reforma simbólica, como acontecerá com a maioria de nós)
                                  Importante é fazer um esforço para se poupar, mesmo que seja pouco.

                                  Também não percebi a medida, pois 6% por cada ano de antecipação já é bastante. Eu preferia também penalizar ainda mais, do que forçar o trabalho até aos 65.

                                  Comentário


                                    Originalmente Colocado por fixxe77 Ver Post
                                    Mas provavelmente estaremos de acordo que muita gente não consegue já amealhar...enquanto outros amealham e de que maneira....
                                    Compreendo-te perfeitamente.
                                    Quando cerca de 60% da população vive perto do limiar da pobreza (dos quais 25% é mesmo pobre), e quando o salário mínimo pago a 400 mil portugueses está abaixo do valor mínimo estipulado pelas organizações internacionais como limiar da pobreza, é difícil conseguir-se sobreviver, quanto mais pensar em poupar.

                                    E o que dizer dos mais de 800 mil desempregados, dos quais 300 mil não recebem subsídio de desemprego? E dos cerca de 1,2 milhões sem emprego?
                                    Como é possível a estas pessoas poupar?

                                    Há que enquadrar as pessoas na realidade do país que temos. Se uns não poupam porque esbanjam, muitos outros não o fazem porque mal têm rendimentos que cheguem para viver.

                                    Comentário


                                      Originalmente Colocado por air Ver Post
                                      Assim estou de acordo. Mas não é a criação de tectos que resolve o problema, é simplesmente ajustar o valor de reforma ao que se descontou/ é possível pagar.

                                      Esperemos que a transição seja suava, alguém da minha geração já está a contar (espero eu) que a reforma seja muito baixa ou simplesmente não exista. Daí a necessidade de começar a amealhar.
                                      Se tivesse a oportunidade saía do sistema de segurança social sem pensar duas vezes. Prefiro tomar conta de mim do que esperar por uma pensão que nunca receberei...

                                      Comentário


                                        Originalmente Colocado por kortese Ver Post
                                        Se tivesse a oportunidade saía do sistema de segurança social sem pensar duas vezes. Prefiro tomar conta de mim do que esperar por uma pensão que nunca receberei...
                                        Para mim, o sistema ideal era misto. Quem quisesse descontava para a SS, quem não o quisesse fizesse seguro (mas que fosse obrigatório). Agora, obrigarem-me a pagar duas "taxas" para chegar à minha reforma e ficar a saber que o que andei a pagar de SS não me vai servir de nada é que não...

                                        Comentário


                                          Originalmente Colocado por BLADERUNNER Ver Post
                                          ...

                                          Já o digo desde sempre, pois, dentro de uma formação protestante que tive, discordei dos sistemas religiosos que perdoam tudo com uma confissão ou umas quantas ave-marias ou pai-nossos.
                                          Um sistema cultural feito pelo homem, para o homem, com o fim maior de o desresponsabilizar que tem dado os frutos socioculturais que estão à vista de todos.

                                          Ninguém cumpre, ninguém se responsabiliza, ninguém é culpado.

                                          ...
                                          Cá em casa a coisa está dividida ao meio, mas ninguém se chateia. Aliás, o único católico é o meu pai, mas nunca ligou grande coisa à religião.

                                          Comentário


                                            Originalmente Colocado por kortese Ver Post
                                            Se tivesse a oportunidade saía do sistema de segurança social sem pensar duas vezes. Prefiro tomar conta de mim do que esperar por uma pensão que nunca receberei...
                                            Eu faria o mesmo, mas uma mudança assim radical ia ser bastante problemática. Um erro que se arrastou durante umas décadas não pode ser resolvido de um momento para o outro. Isso iria colapsar todo o sistema, porque se o sistema já é deficitário, imagina toda a malta jovem contributiva a saltar fora....

                                            Comentário


                                              O problema da SS só tem solução a longo prazo, e não é o "proibir" o antecipar das reformas que vai resolver a coisa. Agora era começar já a arranjar soluções para o futuro, nem digo para mim, mas sim para os que cá estarão depois de nós partirmos... O sistema misto acho que se enquadra aqui. Não resolve nada a curto prazo, mas a longo prazo alivia a pressão sobre a SS... Digo eu.

                                              Comentário


                                                Originalmente Colocado por Valium Ver Post
                                                Parece-me que o problema foi o aumento da esperança média de vida, a que se juntou uma baixa natalidade e consequentemente, pouca população activa. Provavelmente a idade da reforma já devia ter sido aumentada há mais anos, a questão é que não pode aumentar muito mais, é natural a perda de faculdades após determinada idade.

                                                A conta é simples, mesmo tomando alguém que sempre ganhou perto dos 1000€, descontando 100€ (para facilitar) temos 1200€ anuais, ao longo de 40 anos = 48000€
                                                Se a pessoa receber 1000€ de reforma, 12 meses, os 48000€ dariam para 4 anos = 69 anos. A esperança média anda bem acima disto.
                                                Contas simples para se ter uma noção, sim, mas e a inflação?

                                                1000€ hã 40 anos, não são os mesmos 1000€ após 40 anos, aumenta tudo, tal como o ordenado, logo os 48mil€ estão errados, tal como os 1000€ finais e os 1000€ de reforma.

                                                Mas sim, a tua ideia está corretíssima e deveria acima de tudo, existir um teto máximo de reforma.

                                                Comentário


                                                  Hoje o Publico traz uns gráficos que deviam ser leitura obrigatória.

                                                  Para se perceber DEFINITIVAMENTE a insustentabilidade da SS tal como a conhecemos.

                                                  Eles são 2 milhões de pensionistas (por velhice), 750.000 a receberem pensões de sobrevivência, 250.000 idosos a receber o complemento solidário, 520.000 a receberem o RSI, quase 600.000 subsídios de desemprego, 1 milhão e 200.000 a receberem abonos de família...

                                                  E a progressão em 10 anos é uma coisa doida, para mais, paralelamente a uma economia estagnada.

                                                  E há gente que ainda não percebe.

                                                  Comentário


                                                    Originalmente Colocado por Ruibadboy Ver Post
                                                    Contas simples para se ter uma noção, sim, mas e a inflação?

                                                    1000€ hã 40 anos, não são os mesmos 1000€ após 40 anos, aumenta tudo, tal como o ordenado, logo os 48mil€ estão errados, tal como os 1000€ finais e os 1000€ de reforma.

                                                    Mas sim, a tua ideia está corretíssima e deveria acima de tudo, existir um teto máximo de reforma.
                                                    Pegando no exemplo:

                                                    Se o reformado descontou 48 000€ e os vai receber, porque não é logo depositado na sua conta a quantia total? É que se é verdade que a 1000€ por mês poderão não chegar até à sua morte, também é verdade que poderão chegar e sobrar.
                                                    Por outro lado, se o reformado "amealhou" 48 000€ na conta do Estado em 40 anos, são dele. E tal como dizes: a inflação desse valor? Ainda neste aspecto, teríamos a concorrência. Então alguém deposita 100€ mensais durante 40 anos e não recebe nem uma décima de juros? Nem 1€ a mais?

                                                    As contas já as fiz também e concordo em absoluto: é insustentável! E estamos a falar de reforma aos 65! Imagine-se a pré-reforma! Agora a solução, para mim passará por 3 importantes factores ou alternativas:
                                                    - Tecto máximo da reforma, que irá implicar reduções também nos descontos;
                                                    - Descontos para a reforma opcionais por cada trabalhador, podendo trocar de x em x tempo, onde cada um pode por exemplo descontar para uma conta com juros;
                                                    - No dia em que é atribuído o "estatuto" de reformado, depositar a quantia inteira na conta do mesmo, para que este a governe da melhor forma;


                                                    É certo que o Estado não tem obrigação nenhuma de dar mais do que o que recebeu. Mas ao mesmo tempo, obriga o cidadão a apenas essa alternativa, mesmo que ele não a queira ou ache razoável.

                                                    Comentário


                                                      Originalmente Colocado por Andre Ver Post
                                                      Hoje o Publico traz uns gráficos que deviam ser leitura obrigatória.

                                                      Para se perceber DEFINITIVAMENTE a insustentabilidade da SS tal como a conhecemos.

                                                      Eles são 2 milhões de pensionistas (por velhice), 750.000 a receberem pensões de sobrevivência, 250.000 idosos a receber o complemento solidário, 520.000 a receberem o RSI, quase 600.000 subsídios de desemprego, 1 milhão e 200.000 a receberem abonos de família...


                                                      E a progressão em 10 anos é uma coisa doida, para mais, paralelamente a uma economia estagnada.

                                                      E há gente que ainda não percebe.
                                                      Será que a solução passa por apoiar a criação de emprego ou por apoiar a liberalização do mercado, para cada trabalhador trabalhe mais tempo ou até por aconselhar os portugueses a emigrarem?

                                                      Comentário


                                                        Originalmente Colocado por Andre Ver Post
                                                        Hoje o Publico traz uns gráficos que deviam ser leitura obrigatória.

                                                        Para se perceber DEFINITIVAMENTE a insustentabilidade da SS tal como a conhecemos.

                                                        Eles são 2 milhões de pensionistas (por velhice), 750.000 a receberem pensões de sobrevivência, 250.000 idosos a receber o complemento solidário, 520.000 a receberem o RSI, quase 600.000 subsídios de desemprego, 1 milhão e 200.000 a receberem abonos de família...

                                                        E a progressão em 10 anos é uma coisa doida, para mais, paralelamente a uma economia estagnada.

                                                        E há gente que ainda não percebe.

                                                        Isso engloba as trasnferencias de fundos de pensoes pra o estado?

                                                        Comentário


                                                          Originalmente Colocado por Hugo1984 Ver Post
                                                          Pegando no exemplo:

                                                          Se o reformado descontou 48 000€ e os vai receber, porque não é logo depositado na sua conta a quantia total? É que se é verdade que a 1000€ por mês poderão não chegar até à sua morte, também é verdade que poderão chegar e sobrar
                                                          Era interessante ver como a sociedade lidaria com os que gastassem os 48mil antes de morrer.

                                                          Comentário


                                                            Originalmente Colocado por Hugo1984 Ver Post
                                                            Pegando no exemplo:

                                                            Se o reformado descontou 48 000€ e os vai receber, porque não é logo depositado na sua conta a quantia total? É que se é verdade que a 1000€ por mês poderão não chegar até à sua morte, também é verdade que poderão chegar e sobrar.
                                                            Por outro lado, se o reformado "amealhou" 48 000€ na conta do Estado em 40 anos, são dele. E tal como dizes: a inflação desse valor? Ainda neste aspecto, teríamos a concorrência. Então alguém deposita 100€ mensais durante 40 anos e não recebe nem uma décima de juros? Nem 1€ a mais?

                                                            As contas já as fiz também e concordo em absoluto: é insustentável! E estamos a falar de reforma aos 65! Imagine-se a pré-reforma! Agora a solução, para mim passará por 3 importantes factores ou alternativas:
                                                            - Tecto máximo da reforma, que irá implicar reduções também nos descontos;
                                                            - Descontos para a reforma opcionais por cada trabalhador, podendo trocar de x em x tempo, onde cada um pode por exemplo descontar para uma conta com juros;
                                                            - No dia em que é atribuído o "estatuto" de reformado, depositar a quantia inteira na conta do mesmo, para que este a governe da melhor forma;


                                                            É certo que o Estado não tem obrigação nenhuma de dar mais do que o que recebeu. Mas ao mesmo tempo, obriga o cidadão a apenas essa alternativa, mesmo que ele não a queira ou ache razoável.
                                                            No geral, essa solução que indicas não é nos moldes que existem hoje. O nosso sistema funciona na base que quem trabalha está a pagar a reforma dos reformados e não que os nossos descontos vão ser usados para a nossa reforma.

                                                            Claro que eu apoio que cada pessoa desconte para si, havendo uma parte que seja para ajudar quem realmente necessita. Caso fosse assim não interessaria tectos, nem idade, pois quando uma pessoa decidisse reformar-se iria fazê-lo com o que descontou.

                                                            Mas não tenhamos dúvidas, este assunto vai ser muito complicado de resolver, pois é algo que envolve todas as pessoas.

                                                            Comentário


                                                              Como vi no outro tópico:

                                                              Saldo da Segurança Social cai para mínimo histórico de 63 milhões de euros - SIC Notícias

                                                              Comentário

                                                              AD fim dos posts Desktop

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