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    Originalmente Colocado por Seah Ver Post
    1) Para evitar colisões com os peões; 2) para circular com cadência, pois os peões obrigam a travar/abrandar muitas vezes;
    Quando se anda de carro, por vezes também se tem de parar e mudar de velocidade a que se circula muitas vezes. Isto combate-se fazendo uma condução mais regrada e ainda mais atenta, certamente que um ciclista conseguirá fazer o mesmo...


    Originalmente Colocado por Seah Ver Post
    3) Para virar seguir outra direcção que não a da ciclovia.
    A via BUS por vezes dá imenso jeito e passa por ciclovia, mesmo quando só se pode circular nela o tempo estritamente necessário para realizar a manobra que se pretende... Portanto, porque não usar as ciclovias o máximo de tempo que é possível ? Pois...


    Originalmente Colocado por Seah Ver Post
    4) Para evitar desmontar, quando a ciclovia atravessa a estrada, ou termina, ou não segue a direcção pretendida.
    Perdem imenso tempo, não é ? Ainda por cima quando se anda com sapatos de prova ciclistica para se ir trabalhar ou simplesmente deslocar, é a prova de que nem todas as bicicletas são um meio de deslocação apropriado. Não dá jeito nenhum desmontar e andar, por pouco que seja, e menos ainda ir até à rotunda inverter a marcha... Ou ir na via no correcto sentido de trânsito, nem que se tenha de ir dar uma voltinha a mais...


    Originalmente Colocado por Seah Ver Post
    5) Porque o "asfalto" das ciclovias não é próprio para bicicletas, travando o rolamento da bicicleta pelo atrito causado nos pneus, causando fadiga e perda de velocidade.
    Quer dizer, oferecem-vos a possibilidade de circular num piso mais aderente e que vos proporciona mais tracção e aderência, sobretudo no molhado, e querem andar lá armados como se estivessem num contra-relógio ?

    Comentário


      Originalmente Colocado por DeCeIi Ver Post
      Quando se anda de carro, por vezes também se tem de parar e mudar de velocidade a que se circula muitas vezes. Isto combate-se fazendo uma condução mais regrada e ainda mais atenta, certamente que um ciclista conseguirá fazer o mesmo...




      A via BUS por vezes dá imenso jeito e passa por ciclovia, mesmo quando só se pode circular nela o tempo estritamente necessário para realizar a manobra que se pretende... Portanto, porque não usar as ciclovias o máximo de tempo que é possível ? Pois...




      Perdem imenso tempo, não é ? Ainda por cima quando se anda com sapatos de prova ciclistica para se ir trabalhar ou simplesmente deslocar, é a prova de que nem todas as bicicletas são um meio de deslocação apropriado. Não dá jeito nenhum desmontar e andar, por pouco que seja, e menos ainda ir até à rotunda inverter a marcha... Ou ir na via no correcto sentido de trânsito, nem que se tenha de ir dar uma voltinha a mais...




      Quer dizer, oferecem-vos a possibilidade de circular num piso mais aderente e que vos proporciona mais tracção e aderência, sobretudo no molhado, e querem andar lá armados como se estivessem num contra-relógio ?
      Vê-se mesmo que não sabes do que estás a falar.
      Eu pelo menos quando escrevo algo sobre automóveis, consigo dizer alguma coisa porque ando neles...

      Comentário


        Quando vi o título pensei que se tratava de um tópico de incentivo a por os homenzinhos que andam de bicicleta debaixo do carro

        Sem mais tangentes, passe logo a ferro!

        Comentário


          Originalmente Colocado por Bioshock Ver Post
          Quando vi o título pensei que se tratava de um tópico de incentivo a por os homenzinhos que andam de bicicleta debaixo do carro

          Sem mais tangentes, passe logo a ferro!
          Eu não sou o prof. Chibanga mas diria que isso daria mais do que 16 páginas de respostas...

          Comentário


            Originalmente Colocado por PeTr Ver Post
            Não podia estar mais de acordo. Facilmente se percebe que não é um problema "de lei" mas sim "de mentalidade". E nem a propósito disso, hoje apanhei este "artista": https://www.youtube.com/watch?v=eqjL0ZJgP14 Com isto sublinho que o problema não está nos carros nem nas bicicletas, está nas pessoas que os conduzem.
            This video is unlisted. Be considerate and think twice before sharing. Não me leves a mal, mas porque tens os vídeos das tangentes dos carros públicos e este está privado?

            Comentário


              Originalmente Colocado por phirestarter Ver Post
              Continuo a usar o meu exemplo anterior. Há umas páginas atrás, queriam que um miúdo de 12 anos para andar de bicicleta na rua, fizesse um exame de código básico. Agora, também querem que tenha seguro ? Já agora, colete e triângulo não?
              Qual é a piada?

              Se andares de bicicleta à noite convém que andes de luzes e colete reflector, pela tua própria segurança.

              Comentário


                Originalmente Colocado por eduardomaio Ver Post
                This video is unlisted. Be considerate and think twice before sharing. Não me leves a mal, mas porque tens os vídeos das tangentes dos carros públicos e este está privado?
                Obviamente porque houve um erro. Se o partilhei aqui é para ser visto. Já está público.

                Comentário


                  Originalmente Colocado por ravager Ver Post
                  Qual é a piada?

                  Se andares de bicicleta à noite convém que andes de luzes e colete reflector, pela tua própria segurança.
                  Luzes sim, e de preferência bem visíveis. Reflectores também. Colete, nem tanto. Mas se o quiserem usar, força. Nada contra.

                  Comentário


                    Em zonas bastante escuras convém que tenham colete, é mais um elemento que ajuda a que os ciclistas estejam bem visíveis pelos outros carros.

                    Comentário


                      Originalmente Colocado por ravager Ver Post
                      Em zonas bastante escuras convém que tenham colete, é mais um elemento que ajuda a que os ciclistas estejam bem visíveis pelos outros carros.
                      Concordo. Se não existir iluminação de rua, ajuda sempre.

                      Comentário


                        E mesmo com iluminação ou durante o dia, um colete chama sempre a atenção e alerta os demais.

                        Comentário


                          Originalmente Colocado por DeCeIi Ver Post
                          Quando se anda de carro, por vezes também se tem de parar e mudar de velocidade a que se circula muitas vezes. Isto combate-se fazendo uma condução mais regrada e ainda mais atenta, certamente que um ciclista conseguirá fazer o mesmo...(1)




                          A via BUS por vezes dá imenso jeito e passa por ciclovia, mesmo quando só se pode circular nela o tempo estritamente necessário para realizar a manobra que se pretende... Portanto, porque não usar as ciclovias o máximo de tempo que é possível ? Pois... (2)




                          Perdem imenso tempo, não é ? Ainda por cima quando se anda com sapatos de prova ciclistica para se ir trabalhar ou simplesmente deslocar, é a prova de que nem todas as bicicletas são um meio de deslocação apropriado. Não dá jeito nenhum desmontar e andar, por pouco que seja, e menos ainda ir até à rotunda inverter a marcha... Ou ir na via no correcto sentido de trânsito, nem que se tenha de ir dar uma voltinha a mais...(3)




                          Quer dizer, oferecem-vos a possibilidade de circular num piso mais aderente e que vos proporciona mais tracção e aderência, sobretudo no molhado, e querem andar lá armados como se estivessem num contra-relógio ? (4)
                          1) Na minha opinião, circular numa ciclovia em conjunto com peões é mais arriscado e potencialmente produz mais acidentes.
                          Trata-se de aumentar a segurança, portanto.
                          Qual é mesmo, para si, a vantagem de circular numa ciclovia no passeio face a circular na estrada? Não incomodar os carros? Pois...
                          Não tem a ver com atenção do ciclista, tem a ver com risco (provocado pelos peões que se atravessam na ciclovia, pensando que ainda estão no passeio: é a atenção do peão que está em causa)

                          2) Não uso a via Bus. Porquê não uso a ciclovia o mais possível? Já dei essa resposta nos outros pontos. As ciclovias não vão para todas as direcções (a questão que me colocou, é idêntica a eu perguntar-lhe porque não usa apenas a A1 quando vai para Espanha)

                          3) Por acaso tem noção da distância das ciclovias (algumas) sem interrupções? Uso sapatos normais , precisamente porque dá mais jeito para andar. Cumpro as regras de circulação (inclusivé dar voltas a quarteirões quando seria mais simples, "atravessar o passeio" e evitar a volta)

                          4) Os Pisos das ciclovias são uma vergonha (na minha zona pelo menos). Se proporciona mais aderência é mau, porque trava o rolamento (aqui percebe-se que deve andar pouco de bicicleta, porque essa característica, a de ter mais aderência, é boas para os carros, mas má para as bicicletas (por isso é que os seus pneus são estreitos).

                          Venha dar uma voltinha, para entender em primeira mão estas situações, pois nota-se que olha para a circulação de uma bicicleta com a visão de um condutor automóvel.
                          Tente virar o volante da bicicleta como vira o volante do carro e veja o que acontece. Entendeu agora?

                          Comentário


                            Originalmente Colocado por Seah Ver Post
                            1) Na minha opinião, circular numa ciclovia em conjunto com peões é mais arriscado e potencialmente produz mais acidentes.
                            Trata-se de aumentar a segurança, portanto.
                            Qual é mesmo, para si, a vantagem de circular numa ciclovia no passeio face a circular na estrada? Não incomodar os carros? Pois...
                            Não tem a ver com atenção do ciclista, tem a ver com risco (provocado pelos peões que se atravessam na ciclovia, pensando que ainda estão no passeio: é a atenção do peão que está em causa)
                            Ou seja, os condutores dos carros têem de ter atenção aos peões que se podem atravessar na frente a qualquer instante e também dar de regra 1,5 metros de distância aos ciclistas porque estes podem ter que se desviar de um buraco ou sarjeta mas os ciclistas não podem nem devem ter o mesmo cuidado quando partilham a via ou o local de circulação com os demais utentes, é isso ?

                            Quando é que vocês metem na cabeça que a via pública não é um velódromo, fechado e reservado, e há que saber conviver com os demais utentes ? Mais uma vez se prova que vocês, ciclistas, também têem o mau hábito de não se quererem adaptar às condições onde circulam, onde o pensamento que impera é "eu faço uso da bicicleta, carros e peões que tenham cuidado comigo" e nunca o contrário. Fabuloso !

                            A culpa não é nem nunca será de um "pobre" ciclista, segundo a obtusa e cega visão que têem do que é circular numa via... Fantástico !



                            Originalmente Colocado por Seah Ver Post
                            2) Não uso a via Bus. Porquê não uso a ciclovia o mais possível? Já dei essa resposta nos outros pontos. As ciclovias não vão para todas as direcções (a questão que me colocou, é idêntica a eu perguntar-lhe porque não usa apenas a A1 quando vai para Espanha)

                            3) Por acaso tem noção da distância das ciclovias (algumas) sem interrupções? Uso sapatos normais , precisamente porque dá mais jeito para andar. Cumpro as regras de circulação (inclusivé dar voltas a quarteirões quando seria mais simples, "atravessar o passeio" e evitar a volta)
                            Mas alguém vos está a impedir de usar outro tipo de vias que não as ciclovias para circularem ? Pensa lá bem nisso...


                            Originalmente Colocado por Seah Ver Post
                            4) Os Pisos das ciclovias são uma vergonha (na minha zona pelo menos). Se proporciona mais aderência é mau, porque trava o rolamento (aqui percebe-se que deve andar pouco de bicicleta, porque essa característica, a de ter mais aderência, é boas para os carros, mas má para as bicicletas (por isso é que os seus pneus são estreitos).
                            Lá está... Querem fazer das vias públicas autênticos velódromos e circular em bicicletas de competição. E como se estivessem numa prova de ciclismo.

                            Tal como nos carros, há pneus, engrenagens, quadros, suspensões, selins, pedais, travões e guiadores (entre outras coisas) apropriados para vários tipos de uso de uma bicicleta. Se calhar, podem começar a escolher o tipo mais apropriado, neste caso para deslocações em ambiente urbano. Não é só vestir o equipamento de cor berrante de licra !



                            Originalmente Colocado por Seah Ver Post
                            Venha dar uma voltinha, para entender em primeira mão estas situações, pois nota-se que olha para a circulação de uma bicicleta com a visão de um condutor automóvel.
                            Tente virar o volante da bicicleta como vira o volante do carro e veja o que acontece. Entendeu agora?
                            Há quase 30 anos que ando de bicicleta e há mais de 20 que circulo partilho a via pública e nunca tive problemas com outros utentes da mesma e sempre mas sempre me resguardei. Da mesma forma que o faço quando circulo num veículo ligeiro ou pesado. Se calhar, é a diferença...

                            Comentário


                              Originalmente Colocado por DeCeIi Ver Post
                              E mesmo com iluminação ou durante o dia, um colete chama sempre a atenção e alerta os demais.
                              Aí já não concordo tanto com a vantagem. Mas ok, são opiniões.

                              De novo, já existem estudos feitos nesta matéria. Neste caso temos essa "análise de visibilidade" feita para o caso dos motociclos:

                              Attention and search conspicuity of motorcyc... [Accid Anal Prev. 2012] - PubMed - NCBI

                              Destaco isto:

                              RESULTS: In experiment 1 the detection of a PTW depended on the interaction between its distance from the viewer, the driving scenario and PTW rider's outfit. For an un-alerted viewer when the PTW was distant the different outfit conditions affected its' attention conspicuity. In urban roads, where the background surrounding the PTW was more complex and multi-colored, the reflective and white outfits increased its attention conspicuity compared to the black outfit condition. In contrast, in inter-urban roads, where the background was solely a bright sky, the black outfit provided an advantage for the PTW detectability. In experiment 2, the average PTW detection rate of the alerted viewers was very high and the average reaction time to identify the presence of a PTW was the shortest in the inter-urban environment. Similar to the results of experiment 1, in urban environments the reflective and white clothing provided an advantage to the detection of the PTW, while in the inter-urban environment the black outfit presented an advantage. Comparing the results of the two experiments revealed that at the farthest distance, the increased awareness in the search conspicuity detection rates were three times higher than in the attention conspicuity.

                              Ou seja, o grau de visibilidade de um motociclista depende do ambiente em que circula. Em certos casos, um casaco preto é mais visível que um colete reflector.

                              Comentário


                                Quem leia os últimos posts fica a pensar que a questão das tangentes só se coloca porque os ciclistas não são visíveis. Acreditam mesmo nisso?

                                Comentário


                                  Originalmente Colocado por DeCeIi Ver Post
                                  Ou seja, os condutores dos carros têem de ter atenção aos peões que se podem atravessar na frente a qualquer instante e também dar de regra 1,5 metros de distância aos ciclistas porque estes podem ter que se desviar de um buraco ou sarjeta mas os ciclistas não podem nem devem ter o mesmo cuidado quando partilham a via ou o local de circulação com os demais utentes, é isso ?
                                  "Os ciclistas" têm de ter ainda mais cuidado. E a razão é precisamente pelo facto das ciclovias actuais (pelo menos em Lisboa e arredores, realidade que eu conheço) estarem construídas em cima do passeio, à mesma cota, ao mesmo nível deste. Você como peão, não precisa de fazer esforço nenhum para caminhar em cima de uma ciclovia. Nem sequer precisa de descer o lancil de um passeio. E muitas vezes vai distraído e nem se apercebe disso. Não acha mais viável, nesse caso, e por forma a evitar acidentes com peões, circular na via? E você certamente saberá porque é que as ciclovias de Lisboa são o "cancro" que são, certo?

                                  Originalmente Colocado por DeCeIi Ver Post
                                  Quando é que vocês metem na cabeça que a via pública não é um velódromo, fechado e reservado, e há que saber conviver com os demais utentes ? Mais uma vez se prova que vocês, ciclistas, também têem o mau hábito de não se quererem adaptar às condições onde circulam, onde o pensamento que impera é "eu faço uso da bicicleta, carros e peões que tenham cuidado comigo" e nunca o contrário. Fabuloso !

                                  A culpa não é nem nunca será de um "pobre" ciclista, segundo a obtusa e cega visão que têem do que é circular numa via... Fantástico !
                                  Por essas palavras se percebe o ódio inerente a muitos condutores. A realidade está toldada de tal maneira, que mal se vê uma bicicleta, assume-se que o tipo é um imbecil que quer apenas incomodar e não se importa com mais ninguém. Eu costumo dizer que há espaço para todos, só na cabeça de alguns é que esse espaço é limitado.


                                  Originalmente Colocado por DeCeIi Ver Post
                                  Tal como nos carros, há pneus, engrenagens, quadros, suspensões, selins, pedais, travões e guiadores (entre outras coisas) apropriados para vários tipos de uso de uma bicicleta. Se calhar, podem começar a escolher o tipo mais apropriado, neste caso para deslocações em ambiente urbano. Não é só vestir o equipamento de cor berrante de licra !
                                  E você acha que não temos essas considerações quando adaptamos a bicicleta? Porque acha que eu troquei os meus pneus cardados 2.15 por uns slick 1.30? Como em tudo, as vantagens de um lado, são as desvantagens do outro. Pneus mais finos melhoram a fluidez de movimento, mas são piores na absorção de impactos (buracos, p.e.). A ponderação custo/benefício que cada um faz da máquina que conduz varia, certo? Da mesma forma que se você for trabalhar no seu Série 5 está a dar mais primazia ao conforto do que o tipo do SMART que possivelmente prefere a facilidade em estacionar. Como disse, e bem, é como nos carros. Não há uma solução ideal para o "ambiente urbano" que cubra todas as situações.

                                  Comentário


                                    olha ainda hoje levei uma tanguente eu a 30km/h e pela minha ideia o senhor condutor ia a uns 60\65 e passou a uns 40 cm de mim, quando tinha espaço de sobra para passar com segurança!!

                                    continuo o problema ñ são os 1,5metrosmas sim as pessoas ñ me importo minimamente que me ultrapassem a 40 cm tudo depende da velocidade deles e da minha!!

                                    por isso 1,5 ou 20 metros tudo depende do civismo e grau de responsabilidade dos condutores(ciclista.motorista piloto e afins)

                                    Comentário


                                      Originalmente Colocado por DeCeIi Ver Post
                                      Ou seja, os condutores dos carros têem de ter atenção aos peões que se podem atravessar na frente a qualquer instante e também dar de regra 1,5 metros de distância aos ciclistas porque estes podem ter que se desviar de um buraco ou sarjeta mas os ciclistas não podem nem devem ter o mesmo cuidado quando partilham a via ou o local de circulação com os demais utentes, é isso?
                                      Não, não é isso, cuidados todos temos de ter. Os peões já estão consciencializados que atravessar a estrada é perigoso e ainda assim apanhamos peões incautos. Os peões não estão consciencializados que atravessar a ciclovia é também perigoso. Mais, a regra é os veículos circularem na estrada e não nos passeios. Estamos aqui a falar apenas das ciclovias situadas nos passeios, nas outras ciclovias esta questão não se coloca.

                                      Quando é que vocês metem na cabeça que a via pública não é um velódromo, fechado e reservado, e há que saber conviver com os demais utentes ? Mais uma vez se prova que vocês, ciclistas, também têem o mau hábito de não se quererem adaptar às condições onde circulam, onde o pensamento que impera é "eu faço uso da bicicleta, carros e peões que tenham cuidado comigo" e nunca o contrário. Fabuloso !
                                      Eu adapto a circulação à via de circulação (não escrevi nada do que me aponta aqui. Sou responsável pelo que faço e , responsavelmente, para reduzir a probabilidade de acidente, prefiro circular na estrada do que na ciclovia situada no passeio) .
                                      Opto pela estrada e circulo cumprindo as regras. Não posso porquê?

                                      A culpa não é nem nunca será de um "pobre" ciclista, segundo a obtusa e cega visão que têem do que é circular numa via... Fantástico !
                                      Nunca disse tal coisa. Se considero que o seguro é aconselhável, provavelmente será porque considero que os ciclistas também podem ser culpados de acidentes, obviamente. Não coloque palavras que não escrevi.




                                      Mas alguém vos está a impedir de usar outro tipo de vias que não as ciclovias para circularem ? Pensa lá bem nisso...
                                      Se não está a impedir, qual é o problema de um ciclista circular na estrada?



                                      Lá está... Querem fazer das vias públicas autênticos velódromos e circular em bicicletas de competição. E como se estivessem numa prova de ciclismo.
                                      Não. Quero apenas circular nas estrada como os demais veículos.

                                      Tal como nos carros, há pneus, engrenagens, quadros, suspensões, selins, pedais, travões e guiadores (entre outras coisas) apropriados para vários tipos de uso de uma bicicleta. Se calhar, podem começar a escolher o tipo mais apropriado, neste caso para deslocações em ambiente urbano. Não é só vestir o equipamento de cor berrante de licra ! Sim, devemos utilizar material apropriado e então? No meu caso, que faço sobretudo btt, ando em paralelo (70%), terra (20%), asfalto (9%) e ciclovia (1%). Devo usar pneus com menos atrito? As bicicletas de competição devem andar na estrada, dado que facilmente atingem velocidades elevadas, porque é mais seguro.




                                      Há quase 30 anos que ando de bicicleta e há mais de 20 que circulo partilho a via pública e nunca tive problemas com outros utentes da mesma e sempre mas sempre me resguardei. Da mesma forma que o faço quando circulo num veículo ligeiro ou pesado. Se calhar, é a diferença...

                                      A diferença de quê? Eu faço isso mesmo também, resguardo-me e resguardo os outros do meu veículo.
                                      O que o faz pensar que eu não faço o que devo? Por não gostar das ciclovias nos passeios?
                                      Temos experiências semelhantes pelos vistos.
                                      Respostas a negrito

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                                        Originalmente Colocado por PeTr Ver Post
                                        "Os ciclistas" têm de ter ainda mais cuidado. E a razão é precisamente pelo facto das ciclovias actuais (pelo menos em Lisboa e arredores, realidade que eu conheço) estarem construídas em cima do passeio, à mesma cota, ao mesmo nível deste. Você como peão, não precisa de fazer esforço nenhum para caminhar em cima de uma ciclovia. Nem sequer precisa de descer o lancil de um passeio. E muitas vezes vai distraído e nem se apercebe disso. Não acha mais viável, nesse caso, e por forma a evitar acidentes com peões, circular na via? E você certamente saberá porque é que as ciclovias de Lisboa são o "cancro" que são, certo?.
                                        Estão bem explicadas as razões (falta de barreiras físicas, distração dos peões)

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                                          Originalmente Colocado por PeTr Ver Post
                                          Da mesma forma que os seus médios têm que ser visíveis a 30m (e não a 34m), os seus máximos a 100m (e não a 97m). É um número que existe para que o critério não fique à escolha de cada um. Quer que lhe diga mais o quê? Que se retirem todas as medidas regulamentares? Se reparar não estou aqui a dizer que não faz sentido nem que não concordo com ela. Infelizmente, esse número faz todo o sentido porque a sua noção de segurança (que vai no conforto do seu banco, dentro do seu carro de 1,80m de largura e que pesa 1200 kg) é diferente da minha (que vou no selim da minha bicicleta, que pesa 12 kg e tem um guiador de 50cm).



                                          Então e parar um pouco para pensar porque não "inspirará confiança mesmo aos automóveis"? Porque não mudar o que retira essa confiança aos automóveis em vez de impedir qualquer pessoa de lá andar? Não é um direito legal e constitucional meu? Eu quero zelar pela minha segurança, sim. Mas zelar pela segurança não pode passar nunca por impedir alguém de usufruir do que quer que seja. Se a marginal é perigosa devido ao trânsito automóvel que lá circula, ao invés de proibir utilizadores vulneráveis de lá andarem, porque não limitar essa perigosidade com medidas reais? Porque não promover medidas de acalmia de tráfego para que se reduzam as velocidades e as manobras perigosas? Porque não acabar com a comédia que é o espaço pedonal na curva do Mónaco (40 cm!!) e tornar a Marginal mais amiga das pessoas? Ou a Marginal é só para veículos motorizados? Se assim é, é fácil, acabe-se com a brincadeira e converta-se aquilo numa via reservada. Assim já há espaço só para os carros. Mais ninguém lá anda. É mais fácil assim, não?



                                          OK, seguros para velocípedes. Vamos a isso. Quero fazer uma simulação. Como se processa isso? Que parâmetros entram? Marca e modelo? Equipamento? Tipo de bicicleta? A minha La Pierre de carbono que pesa 9 kg, paga o mesmo que a minha GT Gravity de 18 kg? E o ano interessa também? A pasteleira que o meu avô comprou em 1943 paga o mesmo que a minha de 2012? E a bicicleta de carga que uso para as compras e serve para o transporte de mercadorias? E a tandem? Levo lá duas pessoas. E se for eléctrica? E eléctrica de carga? E se tiver caixa rígida atrás? Ou à frente? Se trouxer atrelado? Paga mais? Atrelado de uma roda ou duas? Atrelado para mercadorias ou para o transporte de crianças? E a bicicleta do meu filho, roda 14? A desmultiplicação interessa? A minha de estrada anda o dobro da minha de FreeRide.

                                          Como é que sugere legislar isso para que se pague um seguro justo para todos, de forma a que o prémio do seguro do meu velocípede seja proporcional e justo quando comparado com o da minha Jumpy?

                                          Você está a acusar-me de ser ferrenho. Você sabe, ao menos, porque paga seguro do seu automóvel? Sabe que uma das razões decorre da supressão do controlo nas fronteiras e tem como objectivo promover a livre circulação de pessoas e bens na UE? Sabia também que existem medidas especiais para indemnizar, os danos causados por veículos sem seguro ou não identificados? E sabia que desde 2007, os danos pessoais e materiais sofridos por peões, ciclistas e outros utilizadores não motorizados das estradas são igualmente cobertos pelo seguro em todos os Estados-Membros?

                                          Como é que vamos alterar estas missivas europeias para abrir uma excepção em Portugal para a bicicleta? Isto é tudo muito bonito, mas estão a esquecer-se da abrangência que este tema tem.

                                          No meio disto tudo, fiquei sem perceber se a proibição da circulação de velocípedes sem seguro traz alguma mais-valia para que se acabem com os comportamentos assassinos dos condutores motorizados, nomeadamente as tangentes. É essa a sua ideia?
                                          1- Dificil discutir com alguem que usa argumentos a roçar o ridiculo. Eu consigo medir a distancia de alcance dos meus farois, é um numero palpavel, consegues saber se um carro passou a 1.51m de ti, logo legal, ou a 1.49m de ti, logo ilegal? Nao? Entao nao vamos navegar na maionesse, 1.5m é um numero arbitrário desde o momento que nao pode ser comprovado, 1.45m fazia exactamente a mesma logica, como 1.55m.

                                          2- Quanto à marginal, tu proprio disseste a dificildade em mudar a Marginal para um IC, ora se nao da para melhorar a infraestrutura da mesma, e nao deixa de ser inseguro andar la de velocipede, a minha opiniao passava pela proibiçao. Mas como o tema segurança, é posto em segundo plano quanto temos a conveniencia, dificilmente vais aceitar esta opiniao porque nao convem. Pouco ha mais a dizer sobre isso.

                                          3- Seguro é o mesmo que a Marginal, nao convem, logo nao é aceite. Do mesmo modo que deste a entender que nao importa a distancia lateral, seja 1.50 seja 1.40, desde que seja dada distancia lateral, tambem digo que nao interesse como o tema seguro é feito, desde que seja feito, porque seguindo o teu principio da igualdade, nao ha igualdade neste assunto. Se um carro bater uma bicicleta, ha matricula, a dificuldade de identificação é bem menor, se for o caso do ciclista bater no automobilista, este ultimo sujeita-se a ter de suportar o dano. Mesmo que o ciclista se identifique, se nao quiser pagar, é um processo judicial demorado, custoso e desmotivante, logo o automobilista la tem de desembolsar por um dano que nao teve culpa, onde esta a igualdade aqui? Querem andar na estrada? Querem ter igualdade? Sujeitem-se às mesmas regras de outros veiculos que andam na estrada. Isto parece-me igualdade, ou seja, igualdade de regras para todos.

                                          Quanto à ultima frase, infelizmente eu nao desculpo nem muito menos faço, tangentes, nem nada que prejudique um ciclista ou motociclista ja que os meus erros podem ser danos ligeiros no meu carro, mas danos fisicos graves a outra pessoa. Mas curioso é que os ciclistas, e tu como defensor, desculpem comportamentos de riscos como passagem de vermelho, ou a nao circulação na ciclovia... mas depois vem com o argumento do elo mais fraco... se sao o elo mais fraco, tomem medidas para a vossas propria segurança, se as ciclovias estao em mau estado, exijam melhores condiçoes e nao tretas como a seguradoras dos veiculos pagaram os acidentes com ciclistas seja qual for o culpado... mas la esta, conveniência, nao convém andar com seguro e ate é bom que se passar um vermelho e levar uma porrada o carro paga os meus danos... mas melhorar ciclovias? Chato.

                                          La esta, problema de mentalidade, mas dos 2 lados, ha interesses com base em conveniências dos 2 lados, e a fricção vai continuar quando da parte dos ciclistas, que ate deviam de ser a parte com mais noçao e juizo ja que, como dizem e bem, sao o elo mais fraco, se vê preocupam em terceiros terem de levar com as consequências dos vossos actos, mas nao se vê preocupação por parte das assosiaçoes em melhorar a vossa segurança no que interessa, como as ciclovias, vê-se sim, uma intençao de prejudicar o automobilista como se fosse um alvo a abater. Como se vê, é facil apontar o dedo as duas partes, porque as duas partes, nao fazem muito para melhorar a convivência segura e pacifica na estrada.
                                          Editado pela última vez por Drifter; 01 October 2014, 15:00.

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                                            Originalmente Colocado por Drifter Ver Post
                                            1- Dificil discutir com alguem que usa argumentos a roçar o ridiculo. Eu consigo medir a distancia de alcance dos meus farois, é um numero palpavel, consegues saber se um carro passou a 1.51m de ti, logo legal, ou a 1.49m de ti, logo ilegal? Nao? Entao nao vamos navegar na maionesse, 1.5m é um numero arbitrário desde o momento que nao pode ser comprovado, 1.45m fazia exactamente a mesma logica, como 1.55m.
                                            Quer que eu concorde consigo é? Pronto, não devia de haver um valor, já que não se consegue medir no momento, e deixa-se o critério de "segurança" à escolha de cada um. Perfeito.

                                            Originalmente Colocado por Drifter Ver Post
                                            2- Quanto à marginal, tu proprio disseste a dificildade em mudar a Marginal para um IC, ora se nao da para melhorar a infraestrutura da mesma, e nao deixa de ser inseguro andar la de velocipede, a minha opiniao passava pela proibiçao. Mas como o tema segurança, é posto em segundo plano quanto temos a conveniencia, dificilmente vais aceitar esta opiniao porque nao convem. Pouco ha mais a dizer sobre isso.
                                            A circulação de um velocípede numa estrada como a Marginal nunca pode ser proibida. Tal como não pode ser a de um peão Ninguém está a pôr a segurança em segundo plano. Se a segurança para um velocípede (e para os peões) é A questão, têm que ser tomadas medidas na infra-estrutura para a tornar segura. É mais fácil e menos oneroso moldar a via para adaptá-la aos diferentes utilizadores do que transformá-lo numa via reservada (AE ou IC) e banir alguém de lá circular. Nem preciso de fazer cálculos para dizer isto. Se não estamos a falar de vias reservadas, nunca (nunca!) te poderei impedir de ires lá dar uma caminhada se assim o entenderes. Qual era a base que usaria para impor a proibição de velocípedes na Marginal? Simplesmente punha um sinal de proibição a velocípedes e pronto. Legalmente não podem lá andar velocípedes, para sua própria segurança. Acha isto execuível num estado livre? Conhece mais algum caso onde isto aconteça?

                                            Originalmente Colocado por Drifter Ver Post
                                            3- Seguro é o mesmo que a Marginal, nao convem, logo nao é aceite. Do mesmo modo que deste a entender que nao importa a distancia lateral, seja 1.50 seja 1.40, desde que seja dada distancia lateral, tambem digo que nao interesse como o tema seguro é feito, desde que seja feito, porque seguindo o teu principio da igualdade, nao ha igualdade neste assunto. Se um carro bater uma bicicleta, ha matricula, a dificuldade de identificação é bem menor, se for o caso do ciclista bater no automobilista, este ultimo sujeita-se a ter de suportar o dano. Mesmo que o ciclista se identifique, se nao quiser pagar, é um processo judicial demorado, custoso e desmotivante, logo o automobilista la tem de desembolsar por um dano que nao teve culpa, onde esta a igualdade aqui? Querem andar na estrada? Querem ter igualdade? Sujeitem-se às mesmas regras de outros veiculos que andam na estrada. Isto parece-me igualdade, ou seja, igualdade de regras para todos.
                                            Se se está a referir a igualdade, não pode dizer que não lhe interessa como é feito. Se há igualdade, eu quero pagar um prémio de seguro justo quando comparado com o do meu carro. Ou manda-se um valor ao ar? São 10€/ano e não se fala mais nisso? E já agora, os veículos de tracção animal também têm de ser cobertos pelo seguro, certo? Aqui em Lisboa não se vêm muitos, mas não é preciso ir muito longe para ver cavalos, carros de bois, etc. Se um bicho desses se lembra de disparar a trote, como é? Se você me bate com o seu carro, eu identifico-o. Você diz que não quer pagar. O processo judicial é demorado, custoso e desmotivante. Quem tem que pagar os danos da minha bicicleta sou eu. Não é a mesma coisa? Você bate-me, empena-me uma roda e o lombo, faz um risco no seu pára-choques. Pede desculpa mas não quer pagar e vai-se embora. E agora? Eu faço o quê? Estamos aqui a ponderar duas coisas distintas: i) o civismo das pessoas; ii) os danos causados no sinistro. Se você não quer saber do peso do seu veículo e do respectivo poder destrutivo do mesmo, como é que quer falar de seguros? Uma coisa não é independente da outra.

                                            Originalmente Colocado por Drifter Ver Post
                                            Quanto à ultima frase, infelizmente eu nao desculpo nem muito menos faço, tangentes, nem nada que prejudique um ciclista ou motociclista já que os meus erros podem ser danos ligeiros no meu carro, mas danos fisicos graves a outra pessoa. Mas curioso é que os ciclistas, e tu como defensor, desculpem comportamentos de riscos como passagem de vermelho, ou a nao circulação na ciclovia... mas depois vem com o argumento do elo mais fraco... se são o elo mais fraco, tomem medidas para a vossas propria segurança, se as ciclovias estao em mau estado, exijam melhores condições e nao tretas como a seguradoras dos veiculos pagaram os acidentes com ciclistas seja qual for o culpado... mas la esta, conveniência, nao convém andar com seguro e ate é bom que se passar um vermelho e levar uma porrada o carro paga os meus danos... mas melhorar ciclovias? Chato.
                                            Eu vejo inúmeras vantagens na bicicleta, especialmente em meio urbano. Acho que as nossas cidades têm carros a mais. Acho que o custo humano que estamos a ter nas nossas estradas não se coaduna com um país dito civilizado. Concordo que mais modos suaves (seja a pé de bicicleta ou de skate) são uma mais valia para a mobilidade urbana do nosso país. A noção de segurança que você tem é diferente da minha. Para mim, enquanto utilizador experiente de velocípedes, em muitas situações, tomo medidas de segurança que a si lhe fazem confusão. Se a si lhe faz confusão eu arrancar num vermelho ou não circular na ciclovia, não pense que é porque me estou a marimbar para a segurança. É precisamente para promover a minha segurança. Já li por aqui "se você acredita piamente que arrancar num vermelho é ter segurança, está tudo dito". Pois bem, isto são palavras de quem não sabe do que está a falar. Como já fiz questão de referir várias vezes, há casos de estudo e exemplos já aplicados disto, com melhorias significativas na segurança de um velocípede. Se alguém analisou estes casos, decidiu atribuir-lhes um período de teste e chegou à conclusão de que, "sim, é melhor, e está provado com dados experimentais", para mim serve. É por isso que nesses sítios existem as bike boxes (que já referi atrás) e muitas vezes, o sinal verde luminoso da bicicleta abre antes do do restante tráfego (à semelhança dos semáforos BUS por cá). Isto serve para que os velocípedes, tipicamente com arranques mais lentos, possam ganhar espaço face ao restante tráfego. Tráfego este que não tem que vir colado à bicicleta, mas que assim tem tempo e espaço para preparar a ultrapassagem. Isto faz-se cá? Não, é proibido.

                                            Se eu lhe dissesse qual era a ideia que defendo para "melhorar as ciclovias", era apedrejado em praça pública, portanto, vou abster-me de comentar isso.

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                                              Petr, que ideias tem para melhorar as ciclovias? Sem medo de ser apedrejado.

                                              Comentário


                                                Um pouco à parte, eu acho que o grande problema do pessoal andar a pé nas ciclovias tem a ver com a qualidade do piso...

                                                Em Lisboa, na Av. Duque de Ávila (se não estou em erro), existe um passeio largo, com ciclovia. Invariavelmente, grande parte do fluxo de peões acaba por ir para a ciclovia.

                                                As câmaras deste país insistem na calçada portuguesa no passeios, mesmo sabendo que é escorregadio, que é desconfortável (não só para as mulheres) e que é muito caro. E para malta que leva tróleis é um martírio. Aquilo é do melhor para dar cabo das rodas.

                                                Eu passei nessa rua várias vezes e quando dava por mim, mesmo sem pensar nisso, estava na ciclovia. O facto de estar claramente marcada e ter bom piso fazia com que, mesmo inconscientemente, me dirigisse para lá.

                                                Se as câmaras apostassem menos em calçada portugues e mais em pisos confortáveis, quase de certeza que o número de pessoas nas ciclovias diminuía...

                                                Comentário


                                                  Real, esta é a causa: "Eu passei nessa rua várias vezes e quando dava por mim, mesmo sem pensar nisso, estava na ciclovia"

                                                  Não havendo barreira física nem tomada de consciência, o nosso cérebro (mesmo num local conhecido) tende a não identificar diferenças e age da mesma forma, pois não detecta um padrão diferente (apenas a cor do pavimento, mas como não está consciencializado, não é suficiente).

                                                  Um exemplo em que existe tomada de consciência: o semáforo vermelho. Não há barreira física (até há, os outros carros a passarem) mas as pessoas como foram formadas para conduzir, têm consciência e identificam a alteração do padrão de circulação apenas pela alteração da cor do semáforo.
                                                  E mesmo assim, é mais fácil passar um vermelho sem o saber se não houver carros a passarem (a cor nem mesmo assim chega sempre para evitar a distracção).
                                                  Os peões não estão alertados para isso (habituados a isso digamos, cujo cérebro identifique automaticamente essa alteração de padrão).

                                                  Comentário


                                                    Originalmente Colocado por Seah Ver Post
                                                    Petr, que ideias tem para melhorar as ciclovias? Sem medo de ser apedrejado.
                                                    As ideias que eu defendo não são minhas. Não têm origem na minha cabeça. São ideias que surgem de vários sítios e que depois de pensadas, fazem sentido.

                                                    Tal como no video que mostrei anteriormente acerca do que tem acontecido na Holanda desde os anos 70, considero que os carros são o grande cancro dos centros urbanos. Não tenho nada contra carros. Adoro carros e toda a sua mecânica, estética, electrónica, classe, etc. Mas daí a achá-los eficientes em meio urbano, vai um grande passo. Como também já disse, actualmente entram cerca de meio milhão de carros em Lisboa (perdoem-me mas de momento não tenho a fonte presente). O espaço que estes ocupam retira a cidade às pessoas. Não é incomum ver carros nos passeios, carros nas passadeiras, carros, carros, carros. Ao longo dos últimos anos tem-se investido milhões na estrutura viária. Endividámos o país, em parte, para acomodar mais e mais carros. Chega-se a um ponto de saturação em que temos as cidades a rebentar pelas costuras. Gastam-se mais uns milhões em silos para "esconder" os carros porque há superfície já não há espaço.

                                                    Depois vêm as ciclovias. Em Lisboa, estas foram pensadas e executadas pelo departamento de espaços verdes da CML. Este não pode mexer nas estradas. Resultado: ciclovias nos passeios. Ou seja, o espaço sagrado do carro não foi tocado e descartou-se a construção das ciclovias para o espaço pedonal. Aloca-se parte do espaço pedonal para acomodar as bicicletas sem se tocar na estrutura viária. O povo fica contente. Depois vêem-se as aberrações como a da Avenida Frei Miguel Contreras, com uma ciclovia em cima do passeio, paralela a uma via de estacionamento em paralelo, a passar em frente à saída da Estação da CP do Areeiro, muito mal assinalada, Onde é fácil um velocípede não reparar na saída, um peão que saia da estação não tomar as precauções para olhar antes de passar. Ocorre um acidente em menos de nada.

                                                    A minha solução para as ciclovias? Devolver o espaço pedonal a quem precisa dele, a quem o merece. Até nós, no pináculo da nossa vida temos dificuldade em caminhar em muitos passeios de Lisboa. Nem quero imaginar o que é um idoso, uma cadeira de rodas, um invisual. Já não chegava o mobiliário urbano, o estacionamento selvagem, também era preciso meter lá as ciclovias.

                                                    Portanto, ponham-se as ciclovias onde elas têm de estar. Na estrada! Aloquem-se vias de trânsito às ciclovias. A Av. Duque d'Ávila é um exemplo claro de uma obra recente. Com o espaço que existe, foi possível fazer duas vias de trânsito, uma via de estacionamento e um passeio (com esplanadas e comércio local). Nesse mesmo passeio colocou-se a ciclovia. Uma simples mudança na geometria do perfil da estrada, punha a ciclovia ao nível do pavimento e deixava o passeio livre para os peões.

                                                    Ou a Avenida da República. Em certas zonas tem onze (11!) vias afecta ao tráfego. Quatro em cada sentido (contando com as laterais), vias BUS e vias de estacionamento. Se olhar para os passeios, dificilmente encontra espaço para 3 pessoas caminharem lado a lado. É nisto que se transformou a nossa cidade. Um monstro que cresceu à volta do carro, que relegou as pessoas para segundo plano. Como se as cidades fossem alguma coisa sem as pessoas.

                                                    A Marginal é outro exemplo. Este ano houve uma proposta no Orçamento Participativo da Câmara Municipal de Oeiras que propunha a alocação de uma via de trânsito para que se fizesse uma ciclovia. A proposta foi aprovada na primeira fase, foi a votação, ganhou por voto público e quando chegou à última fase, a CM de Oeiras reparou que afinal não podia mexer na Marginal porque é âmbito das Estradas de Portugal.

                                                    Por ser uma ideia impopular na praça pública, é que eu às vezes nem falo nela: alocar parte do espaço que os carros roubaram à bicicleta e aos modos suaves. Tivessem investido o dinheiro que investiram na estrutura viária, na melhoria dos transportes públicos e hoje as coisas eram diferentes.

                                                    Isto dava pano para mangas... nem me vou alongar muito mais.

                                                    Comentário


                                                      Nem a propósito. Há pouco mais de 1h vinha no Bus, na Av. Berna. Este ciclista, um pouco mais atrás do local em que tirei a fotografia, ia sendo esmagado pelo autocarro e por outro pesado que estava na faixa do meio, pois passou entre os dois e o autocarro teve que se desviar para a berma para ele conseguir passar. Logo a seguir, como ilustra a figura, passou o sinal vermelho como se nada fosse, não tendo também dado passagem àqueles peões que estavam a passar na passadeira (estava verde para eles). Assim fica difícil os automobilistas/motociclistas terem uma boa impressão dos ciclistas...

                                                      Comentário


                                                        Já agora e o que fazer quando resolvem ir 2 e 3 ciclistas a par e na conversa só porque agora vale tudo?

                                                        Temos que gramar a ir calmamente atras deles, porque é uma subida, e porque é uma estrada nacional e com o transito em sentido contrario e em hora de ponta não ha uma aberta para se puder passar.

                                                        Estradas essas em que se fossem em fila chegava e sobrava espaço para serem ultrapassados com o respectivo espaço de segurança exigido, mas em vez de facilitarem ainda se vão a rir da fila que estão a conseguir formar.

                                                        É tudo muito bonito e concordaria com muita coisa, se grande parte do povo portugues não tivesse a mentalidade que tem.... Ha claramente zonas do pais em que o civismo das pessoas já as faz respeitar para ser respeitadas.

                                                        Isso de não pararem nas passadeiras, e ainda alegarem que o ciclista não é obrigado a saber as regras de transito... É ridiculo... quem anda a pé sabe o que é um semaforo.

                                                        E não me venham com tretas sobre as pessoas de idade, que não sabem ler e tem direito a andar na via publica, porque essas são as que mais respeitam as regras.

                                                        Comentário


                                                          [QUOTE]
                                                          Originalmente Colocado por Real Ver Post
                                                          Um pouco à parte, eu acho que o grande problema do pessoal andar a pé nas ciclovias tem a ver com a qualidade do piso...

                                                          Em Lisboa, na Av. Duque de Ávila (se não estou em erro), existe um passeio largo, com ciclovia. Invariavelmente, grande parte do fluxo de peões acaba por ir para a ciclovia.

                                                          As câmaras deste país insistem na calçada portuguesa no passeios, mesmo sabendo que é escorregadio, que é desconfortável (não só para as mulheres) e que é muito caro. E para malta que leva tróleis é um martírio. Aquilo é do melhor para dar cabo das rodas.

                                                          Eu passei nessa rua várias vezes e quando dava por mim, mesmo sem pensar nisso, estava na ciclovia. O facto de estar claramente marcada e ter bom piso fazia com que, mesmo inconscientemente, me dirigisse para lá.
                                                          O piso poderá ter influencia , mas na estrada do Guincho , numa parte ,onde a ciclovia não é partilhada , do lado do mar construiram outra ,com piso igual ao da ciclovia, no entanto poucos lá andam. São mais as que caminham na ciclovia, do que na do lado mar .Na minha opinião não me parece que seja do piso .

                                                          Comentário


                                                            Originalmente Colocado por PeTr Ver Post
                                                            Quer que eu concorde consigo é? Pronto, não devia de haver um valor, já que não se consegue medir no momento, e deixa-se o critério de "segurança" à escolha de cada um. Perfeito.



                                                            A circulação de um velocípede numa estrada como a Marginal nunca pode ser proibida. Tal como não pode ser a de um peão Ninguém está a pôr a segurança em segundo plano. Se a segurança para um velocípede (e para os peões) é A questão, têm que ser tomadas medidas na infra-estrutura para a tornar segura. É mais fácil e menos oneroso moldar a via para adaptá-la aos diferentes utilizadores do que transformá-lo numa via reservada (AE ou IC) e banir alguém de lá circular. Nem preciso de fazer cálculos para dizer isto. Se não estamos a falar de vias reservadas, nunca (nunca!) te poderei impedir de ires lá dar uma caminhada se assim o entenderes. Qual era a base que usaria para impor a proibição de velocípedes na Marginal? Simplesmente punha um sinal de proibição a velocípedes e pronto. Legalmente não podem lá andar velocípedes, para sua própria segurança. Acha isto execuível num estado livre? Conhece mais algum caso onde isto aconteça?



                                                            Se se está a referir a igualdade, não pode dizer que não lhe interessa como é feito. Se há igualdade, eu quero pagar um prémio de seguro justo quando comparado com o do meu carro. Ou manda-se um valor ao ar? São 10€/ano e não se fala mais nisso? E já agora, os veículos de tracção animal também têm de ser cobertos pelo seguro, certo? Aqui em Lisboa não se vêm muitos, mas não é preciso ir muito longe para ver cavalos, carros de bois, etc. Se um bicho desses se lembra de disparar a trote, como é? Se você me bate com o seu carro, eu identifico-o. Você diz que não quer pagar. O processo judicial é demorado, custoso e desmotivante. Quem tem que pagar os danos da minha bicicleta sou eu. Não é a mesma coisa? Você bate-me, empena-me uma roda e o lombo, faz um risco no seu pára-choques. Pede desculpa mas não quer pagar e vai-se embora. E agora? Eu faço o quê? Estamos aqui a ponderar duas coisas distintas: i) o civismo das pessoas; ii) os danos causados no sinistro. Se você não quer saber do peso do seu veículo e do respectivo poder destrutivo do mesmo, como é que quer falar de seguros? Uma coisa não é independente da outra.



                                                            Eu vejo inúmeras vantagens na bicicleta, especialmente em meio urbano. Acho que as nossas cidades têm carros a mais. Acho que o custo humano que estamos a ter nas nossas estradas não se coaduna com um país dito civilizado. Concordo que mais modos suaves (seja a pé de bicicleta ou de skate) são uma mais valia para a mobilidade urbana do nosso país. A noção de segurança que você tem é diferente da minha. Para mim, enquanto utilizador experiente de velocípedes, em muitas situações, tomo medidas de segurança que a si lhe fazem confusão. Se a si lhe faz confusão eu arrancar num vermelho ou não circular na ciclovia, não pense que é porque me estou a marimbar para a segurança. É precisamente para promover a minha segurança. Já li por aqui "se você acredita piamente que arrancar num vermelho é ter segurança, está tudo dito". Pois bem, isto são palavras de quem não sabe do que está a falar. Como já fiz questão de referir várias vezes, há casos de estudo e exemplos já aplicados disto, com melhorias significativas na segurança de um velocípede. Se alguém analisou estes casos, decidiu atribuir-lhes um período de teste e chegou à conclusão de que, "sim, é melhor, e está provado com dados experimentais", para mim serve. É por isso que nesses sítios existem as bike boxes (que já referi atrás) e muitas vezes, o sinal verde luminoso da bicicleta abre antes do do restante tráfego (à semelhança dos semáforos BUS por cá). Isto serve para que os velocípedes, tipicamente com arranques mais lentos, possam ganhar espaço face ao restante tráfego. Tráfego este que não tem que vir colado à bicicleta, mas que assim tem tempo e espaço para preparar a ultrapassagem. Isto faz-se cá? Não, é proibido.

                                                            Se eu lhe dissesse qual era a ideia que defendo para "melhorar as ciclovias", era apedrejado em praça pública, portanto, vou abster-me de comentar isso.
                                                            A questao da Marginal, lamento mas mantenho, para segurança de todos, devia de haver proibiçao de velocipdes em tal estrada. É a minha opiniao e com a minha experiencia, mantenho-a, e sendo tambem ciclista (porque sou, nao frequente, mas sou) nunca metia qualquer roda da minha bicicleta na Marginal de Lisboa. Preferia ir de bicicleta em transportes publicos do que andar na Marginal... sao opinioes... valem o que valem.

                                                            A questao do seguro, como queres que responda aquele cardapio de perguntas que fizeste? Eu tenho formaçao em Peritagem de Averiguação e Avaliçao, mas calma que ainda nao cheguei a jurista Logicamente que o premio devia de ser compativel com o veiculo, ou seja, bastante baixo, mas que existisse. A questao do carro de bois esquece, queres comparar a quantidade de ciclistas que andam na estrada com carros de bois? Por favor... a questao se te bater, criar danos fisicos e ir embora, é simples, matricula e carro e siga para a Policia, nao ha duvidas nisso. Se me bateres e pores em fuga... faço o que? Nao ha matricula, e a identificação é ciclista com capacete vermelho... logicamente que é bem mais dificil um veiculo bater num ciclista e nao ser identicia, o inverso é pouco provavel, ja sem qualquer elemento identificante, o automobilista fica a arder. La tem de ir para o FGA e coisas do genero... para mim, isto nao é igualdade. E nao penses que os acidentes com ciclistas sao poucos... cada vez mais.

                                                            Quanto à segurança, lamento, nao percebo como é seguro passar um vermelho ou andar numa estrada em vez de uma ciclovia, lamento, nao vejo de todo isso segurança, vejo cconveniência se o sinal passa a vermelho, custa parar? Arrancar enquanto esta vermelhoe e sujeito a levar com um carro num cruzamento, onde esta a segurança? Como disse, exigiam melhores condiçoes para andarem e nao limitações aos automobilistas ou leis sem logica. Exijam melhores ciclovias, nao as seguradoras de carros terem de pagar qualquer acidente com um ciclista seja qualquer for o culpado... com coisas destas, novamente, nao se queixam de fricçao.


                                                            Podes e deves dizer as idades para melhorar as ciclovias, desde que isso nao envolva acabar com estradas ou limitar os automobilistas, so devem é de ser expostas. Como nao acredito que seja o caso... fica ao teu criterio.

                                                            Comentário


                                                              Originalmente Colocado por PeTr Ver Post
                                                              "Os ciclistas" têm de ter ainda mais cuidado. E a razão é precisamente pelo facto das ciclovias actuais (pelo menos em Lisboa e arredores, realidade que eu conheço) estarem construídas em cima do passeio, à mesma cota, ao mesmo nível deste. Você como peão, não precisa de fazer esforço nenhum para caminhar em cima de uma ciclovia. Nem sequer precisa de descer o lancil de um passeio. E muitas vezes vai distraído e nem se apercebe disso. Não acha mais viável, nesse caso, e por forma a evitar acidentes com peões, circular na via? E você certamente saberá porque é que as ciclovias de Lisboa são o "cancro" que são, certo?
                                                              Enfim... Vocês querem e exigem aos outros que se preocupem com vocês mas quando vos é exigido o mesmo, assobiam para o lado, arranjam múltiplas desculpas e a culpa é sempre dos outros. Ou é dos peões, ou é da ciclovia ou é...



                                                              Originalmente Colocado por PeTr Ver Post
                                                              Por essas palavras se percebe o ódio inerente a muitos condutores. A realidade está toldada de tal maneira, que mal se vê uma bicicleta, assume-se que o tipo é um imbecil que quer apenas incomodar e não se importa com mais ninguém. Eu costumo dizer que há espaço para todos, só na cabeça de alguns é que esse espaço é limitado.
                                                              Fizeram a cama, agora deitem-se nela...


                                                              Originalmente Colocado por PeTr Ver Post
                                                              E você acha que não temos essas considerações quando adaptamos a bicicleta? Porque acha que eu troquei os meus pneus cardados 2.15 por uns slick 1.30? Como em tudo, as vantagens de um lado, são as desvantagens do outro. Pneus mais finos melhoram a fluidez de movimento, mas são piores na absorção de impactos (buracos, p.e.). A ponderação custo/benefício que cada um faz da máquina que conduz varia, certo? Da mesma forma que se você for trabalhar no seu Série 5 está a dar mais primazia ao conforto do que o tipo do SMART que possivelmente prefere a facilidade em estacionar. Como disse, e bem, é como nos carros. Não há uma solução ideal para o "ambiente urbano" que cubra todas as situações.
                                                              Ainda bem que és inteligente o suficiente para prejudicares o teu conforto em prol da tal fluidez, ainda para mais numa qualquer cidade Portuguesa em que é raro existir a perfeição no que toca a piso. É que num carro, mal ou bem, o mesmo tem suspensão e bancos capazes de absorver as pancadas e vibrações, na bicicleta não tens a mesma capacidade de absorção.

                                                              Comentário

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