Mota-Engil recorre à mobilidade para evitar despedir
Nuno Miguel Silva
27/11/11 13:39
Há um ano que a construtora tenta não fazer contratações.
A Mota-Engil está a evitar recorrer a despedimentos ou rescisões amigáveis para fazer face à contracção do mercado interno de construção e obras públicas, gerada pela crise financeira internacional.
Fonte oficial da construtora avança ao Diário Económico que "estamos a promover a mobilidade interna dos funcionários, não só de negócio para negócio, mas também de país para país". "Isto não é uma reacção. Não é fugir em frente, é aplicar a nossa estratégia", assegura.
Já desde 2010 que a Mota-Engil tem travado as contratações de uma forma deliberada. "Estamos a controlar, a filtrar intensivamente as nossas contratações", admitiu a mesma fonte oficial da Mota-Engil.
De acordo com o mesmo responsável da Mota-Engil, o grupo líder da construção nacional deverá empregar cerca de 20 mil pessoas.
A maioria destes funcionários faz parte da estrutura-base da empresa mas existem colaboradores com contratos a termo, admitidos especificamente para determinado projecto, e que deixarão de constar destas estatísticas quando os referidos empreendimentos ficarem concluídos.
A grande maioria das construtoras nacionais tem anunciado, nos últimos meses, a opção por programas de reestruturação e racionalização da estrutura com o pessoal, através de planos de rescisões amigáveis ou mesmo de despedimentos colectivos, como forma de conseguir a redução de custos operacionais e fazer face à crise económica do País e, em particular, do sector da construção.