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Carro tornou-se ‘bem obsoleto’ para portugueses...

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    #61
    Também me parece que isto está a acontecer mas ao contrário do que se fala aqui não me parece que afete o mercado automóvel pela negativa, muito pelo contrário.

    Antigamente havia muito mais o culto do automóvel, daí que de uma forma geral as pessoas compravam um carro do qual gostavam nem que para isso tivessem de fazer um esforço financeiro grande. Mas isso tinha um problema para o mercado, nestas condições dificilmente se troca de carro, porque ou se gosta muito do carro e não se quer trocar, ou então o esforço financeiro foi tão grande que o carro tem que aguentar largos anos.

    Era isto que se via até há uns anos atrás, agora está muito mais na moda um ALD/renting, porque como o estudo indica, as pessoas deixaram de ter o culto do carro. Vendem-se muito mais carros a diesel porque o que interessa é que ande bem e gaste pouco, passado 3/4 anos venha outro novo.

    Não há grandes cuidados com o carro, e o mercado automóvel só agradece!

    Comentário


      #62
      Originalmente Colocado por AlexKarelin Ver Post
      Pelo discurso diria que tens 40/45 anos ....

      Nota-se uma abordagem à antiga mas não totalmente, ou seja desprezar a velocidade máxima tira-te uns anitos de cima.

      Com as mudanças na alimentação, nos hábitos, etc. foi-se perdendo testosterona e hoje acha-se OOOOrrivel andar depresssa
      Não erraste na minha faixa etária, embora tenha dado diversas pistas que o sugeriam, e não me parece que a abordagem seja à antiga...

      ...a menos que isto já seja um fórum de outra coisa qualquer e não de automóveis!

      Como mencionei noutro tópico, o grande inimigo dos automóveis é o seu custo, que leva à ignorância intencional.

      Os automóveis são algo que por mais que pareça estarem muito evoluídos, vem sempre a geração seguinte mostrar que era possível fazer muito melhor, e a única maneira de ficar imune a isso é não experimentar modelos novos ou melhores.

      Eu gosto de conduzir, e a minha aprendizagem foi feita durante uns bons anos num Clio 1.2 da primeira geração, que podemos resumir de lento, gastador, pouco eficiente a nivel de travagem e outros adjectivos negativos, mas com o qual tive imensas horas e km de prazer a conduzir.

      Ao longo dos anos fui tendo carros melhores, mas fui sempre tomando contacto com carros imensamente melhores do que aqueles que eu tinha a cada momento, e com isso sentindo alguns dos níveis a que um automóvel pode chegar.
      Independentemente disso, continuei a cada fase a saborear a condução da máquina que tinha a cada momento, fosse um diesel de baixa cilindrada com 92cv, o otto turbinado de 2 lugares com 180cv ou o híbrido com dois pequenos motores.

      E isto acontece porque sempre gostei de automóveis (e motas), e de as conduzir.

      Milhões de pessoas gostam de futebol, algo que a mim não me diz rigorosamente nada!

      Sempre existiram pessoas que conduzem porque precisam de o fazer.
      Eu meti os papéis para a carta de condução no dia em que fiz 18 anos, tendo de esperar meses ansioso pelos dias dos exames.
      O exame de condução não me assustava nada, e no de código estudei o mais que pude, receando apenas as rasteiras de interpretação das perguntas, o que correu bem.

      Esse primeiro Clio começou por ter umas modificações muito leves, e poucos anos depois até o motor e cilindrada já eram outros (numa altura em que passava pela cabeça de pouca gente trocar o motor por um maior e proveniente de outro modelo da marca, sujeito a uma ou outra incompatibilidade, numa altura em que não havia internet para obter o know-how específico de cada modificação).

      Essas modificações custavam dinheiro, algumas delas dariam para comprar hoje alguns telemóveis topo de gama desbloqueados sem problemas, e eu não tinha um ordenado particularmente bom.

      Mas no meio de muitas outras paixões (que raramente não custavam dinheiro), ia sendo criado algo e$paço para o automóvel.

      Mas há aqui uma diferença importante: o meu ordenado nessa época estava longe de ser brilhante (foram os meus primeiros anos de trabalho), mas numa conversão directa para a moeda de hoje, talvez não seja fácil para um jovem arranjar um emprego a ganhar o mesmo (ou arranjar emprego sequer), e essa é uma diferença extremamente importante!!!
      Se pensarmos no adicional que um automóvel custa hoje a manter (combustível, seguros, IUC, manutenção, etc) mas estamos a manter vencimentos de níveis baixos em 199x (e hoje sem grande garantia), deixamos pouco espaço para o automóvel existir como paixão concretizável num jovem.

      Aí o tal telemóvel é um objectivo mais concretizável, e com despesas fixas muito mais contidas.

      Mas do mesmo modo que estar com a namorada é muito mais interessante do que estar a ver vídeos em sites "esquisitos", também o prazer de conduzir um automóvel e ir conhecendo as suas especificidades e variedades o é!

      O argumento de hoje se achar horrível andar depressa é oco, pois sempre existiram pessoas que não gostavam nada de velocidades ou ritmos mais elevados com automóveis. Eu conheço mais pessoas que tal como eu não acham puto de piada ao futebol.

      O problema é que os carros exigem custos fixos numa época em que é difícil arranjar rendimentos de trabalho fixos, e Portugal está um país particularmente duro para jovens (comparando com outras épocas).

      Comentário


        #63
        Originalmente Colocado por TURBO Ver Post
        Dupla fiscalidade (IVA a par de ISV)?, talvez.
        Certo, mas tal existe para outros bens também, como álcool. Todos os países do mundo ocidental têm dupla fiscalidade para os combustíveis.

        Comentário


          #64
          Originalmente Colocado por Vocsa Ver Post
          Eu próprio se pudesse andava de triciclo. Aliás, já experimentei mas a verdade é que cheguei atrasadíssimo ao trabalho.

          ---

          Falando mais a sério:

          Há uma nova geração que não vê o "automóvel" como uma peça de arte como dantes se via. Aliás, em tempos o carro de cada um chegou a fazer parte da família e trocava-se quando já estava nas últimas.

          Hoje vê-se com uma perspectiva muito mais funcional, serve para ir de A para B e todo esse entusiasmo pela máquina foi transferido para aparelhos como tablets, pc's, smartphones e afins.

          São os tempos meus senhores.
          Acho que evocas a questão fundamental e o meu exemplo favorito é o hipismo! Não conheço nenhum apaixonado por hipismo que vá de cavalo para o trabalho!

          Todos aqui temos aquela paixão automóvel, por motores potentes, miúdas bonitas, carros desportivos, jantes especiais, carro rebaixado e ninguém me tira essa paixão e essa adrenalina.
          Agora converter isso para o dia-a-dia, casa-trabalho-casa "it's a pain in the ass": tráfego, barulho, dores de cabeça, stress, poluição, batidelas, seguros, procurar lugar para estacionar, horas parado no trânsito, acidente na segunda circular, brutalidade em gasolina, etc.; felizmente que já me safei desse inferno. E como é óbvio à malta que habita nas zonas rurais ou em pequenas cidades, isto não se aplica!

          Em relação aos custos, bem, a wikipédia (vale o que vale) aponta estes dados
          http://pt.wikipedia.org/wiki/Custos_do_autom%C3%B3vel

          Comentário


            #65
            Também vejo como um transporte para ir de A a B, e quero apenas a menor despesa possível.
            Valor da despesa fixa mensal fica em: 17,94€ (inspecção, seguro e IUC) fica a faltar a variável (multas, manutenção, combustível).
            Quem ganha o ordenado mínimo e gasta 1 deposito por mês, fora a manutenção, na minha opinião representa ainda algum peso sobre o orçamento.

            Nessa tabela em cima, devem ser poucos os que se enquadra.

            Comentário


              #66
              Eu acho que ao longo da minha vida já presenciei três fazes.

              Até ao início dos anos 80 poucos portugueses tinham carro, e os poucos que tinham encaravam o assunto com naturalidade, uns viam-no como um simples meio de transporte, outros como um brinquedo para adultos, pouquíssimos dos que os tinham se preocupavam com o acréscimo de status. O status vinha da família a que se pertencia, do bairro em que se morava, da formação académica que se tinha, da boa educação que se demonstrava, da forma de vestir, da forma de estar, etc...

              A partir de 83/84 apareceeram pela primeira vez os primeiros novos-ricos em grande número, boa parte deles construtores, e com eles a ligação mais evidente do carro com o status. Até então ter um Mercedes era a coisa mais natural do mundo, daí para diante era marca a evitar. É então que finalmente, fruto da melhoria das condições de vida, a maioria dos portugueses pode sonhar com a aquisição do seu primeiro carro, é então que subitamente não há concurso televisivo em que não se vejam portugueses a irem às lágrimas por ganharem um Opel Kadett. E à medida que os anos foram passando os portugueses da classe média à medida que iam ganhando melhor foram-se endividando para comprar carros cada vez mais caros, e assim passaram dos predominantes 127 para os frequentes A4, S3, C, etc...

              Mais recentemente noto uma inversão, gradualmente vai crescendo o número de jovens que olha para o carro apenas pela sua utilidade, que vive feliz usando outros meios de transporte e que não sente o seu prestigio dependente do carro que conduz. Para estes últimos o carro parece de facto estar-se a tornar num "bem obsoleto".
              Editado pela última vez por Jbranco; 25 September 2015, 10:16.

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                #67
                Vocês misturam coisas.

                Um ex colega de trabalho, quando o conheci andava com um carro com mais de 10 anos todo lixado e jurava a pés juntos que ligava zero a carros. Que para ele o carro era um objeto. E para os colegas que tinham ja na altura carros novos nem olhava porque dizia que era um bem que não dava importância.

                O que é certo é que ao longo dos últimos 10 anos o ordenado dele quadruplicou e a partir do momento que começou a ter um ordenado confortável começou a esbanjar dinheiro em carros ( trocou 2 vezes de carro quando o carro tinha entre 1 e 2 anos), gaba-se bastante do carro e tem vaidade nele, bastante acima dos outros que criticava.

                Eu pessoalmente mesmo antes de ter carro sempre apreciei bastante, mas compro racionalmente o que preciso, nada mais... Ou seja, se quiserem compro um eletrodoméstico, se bem que ja disse atras que a comparação com eletrodoméstico é ridícula... Para mim é mais como um gadjet...

                Conheço pessoas que não dão importância nenhuma a condução (Nem gostam de conduzir), têm zero de cuidados com o carro e ainda assim vêm o carro como um gadjet, querem tudo no carro. Um dos casos (Familia direta) comprou um segmento D generalista versão de topo e ainda colocou todos os extras e gadets disponíveis, sendo que só estes extras custavam tanto como muitos utilitários.

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                  #68
                  Ah! E claro que me estou a referir ao que fui observando maioritariamente, porque naturalmente no detalhe existem, e sempre existiram, pessoas representativas de todos os tipos. Fui mais pelo estilo/moda predominante em cada período.

                  Comentário


                    #69
                    Pois eu só posso dar a minha opinião com base na minha experiência pessoal.
                    Sempre quis muito ter carro; associava isso a uma ideia de liberdade pessoal.
                    Comprei um 8 anos depois de ter carta.
                    No início sim cheguei a sentir a liberdade.

                    Mas tudo muda: a primeira mocada que o carro leva, a quantidade de riscos que se descobre quando se chega ao carro estacionado, a primeira multa, a primeira avaria, etc.

                    Agora, juntando a tudo isso: estacionamentos pagos em barda, insegurança ao estacionar de noite, engarrafamentos, preço do combustível, controlos de trânsito a toda a hora, acidentes que mesmo sem culpa me deram cabo da carteira; tornei-me num condutor de domingo.
                    Tenho lá a porcaria do carro uma semana parada, este ano creio ter feito 5.000 kms (incluindo uma ida ao Algarve).
                    Foi dinheiro jogado fora, liberdade não tenho nenhuma, só pagar pagar pagar.

                    Com o preço do carro, mais as despesas que tive, creio que podia ter optado por alugar um carro ao fdsemana com 0 preocupações.
                    Provavelmente ainda não tinha gasto tudo o que já gastei.

                    A liberdade dos anúncios em estrada aberta, para mim foi uma quimera.

                    Comentário


                      #70
                      Já aqui foi dito atrás, mas não custa nada relembrar que a realidade de uma metrópole como a grande Lx é bastante diferente do interior do país, ou da maioria das capitais de distrito.

                      Nas metrópoles faz-se vida no dia-a-dia sem carro com facilidade. Seja em Lx, Paris ou Londres.

                      Já em Castelo Branco ou na Guarda, Évora, etc, ter um carro significa, acima de tudo, liberdade. É um bem necessário para o dia-a-dia do trabalho e do lazer, não há grande volta a dar.

                      Comentário


                        #71
                        Originalmente Colocado por Vocsa Ver Post
                        Já aqui foi dito atrás, mas não custa nada relembrar que a realidade de uma metrópole como a grande Lx é bastante diferente do interior do país, ou da maioria das capitais de distrito.

                        Nas metrópoles faz-se vida no dia-a-dia sem carro com facilidade. Seja em Lx, Paris ou Londres.

                        Já em Castelo Branco ou na Guarda, Évora, etc, ter um carro significa, acima de tudo, liberdade. É um bem necessário para o dia-a-dia do trabalho e do lazer, não há grande volta a dar.
                        Olha que mesmo em Évora já há muita malta nova a utilizar transporte público e mesmo no aluguer da habitações privilegiam as localizadas perto das linhas de circulação de autocarros. É que em Évora o estacionamento é tramado e caro.

                        Comentário


                          #72
                          Originalmente Colocado por Vocsa Ver Post
                          Já aqui foi dito atrás, mas não custa nada relembrar que a realidade de uma metrópole como a grande Lx é bastante diferente do interior do país, ou da maioria das capitais de distrito.

                          Nas metrópoles faz-se vida no dia-a-dia sem carro com facilidade. Seja em Lx, Paris ou Londres.

                          Já em Castelo Branco ou na Guarda, Évora, etc, ter um carro significa, acima de tudo, liberdade. É um bem necessário para o dia-a-dia do trabalho e do lazer, não há grande volta a dar.
                          Absolutamente de acordo, depende muito dos transporte alternativos disponíveis, das distancias a percorrer e do estacionamento disponível.

                          edit: Numa nota pessoal deve acrescentar que, quanto à liberdade, sempre me senti mais livre de moto do que de carro, já mesmo no início da década de 80 circular de carro e encontrar estacionamento na grande lisboa não era lá muito fácil estando de carro. Isso já era verdade há 30 anos...
                          Editado pela última vez por Jbranco; 25 September 2015, 11:01.

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                            #73
                            Originalmente Colocado por jeremiasforalei Ver Post
                            Olha que mesmo em Évora já há muita malta nova a utilizar transporte público e mesmo no aluguer da habitações privilegiam as localizadas perto das linhas de circulação de autocarros. É que em Évora o estacionamento é tramado e caro.
                            É verdade. E mesmo nas restantes cidades a malta nova refreia-se em relação ao carro. Tenho aliás familiares jovens assim.

                            Mas a liberdade num qualquer distrito menos urbano passa por outro tipo de situações. Quando era novo vivia em Castelo Branco e de carro ia tomar um cafe a Idanha-a-nova ou Vila Velha, jantar ao Fundão, ou uma "disco" mais longe. As atracções eram mais dispersas. Numa noite ou tarde corriam-se muitas "capelinhas".

                            O que me parece é que o pessoal de hoje é bem mais focado em realidades, por um lado virtuais, e por outro, as reais que lhes interessam têm sempre cifrões à frente. São bem mais pragmáticos no factor dinheiro que nós éramos.

                            Posso estar errado por uma questão de fraca amostragem. Posso estar a generalizar partindo dos casos que conheço

                            Comentário


                              #74
                              Originalmente Colocado por Vocsa Ver Post
                              É verdade. E mesmo nas restantes cidades a malta nova refreia-se em relação ao carro. Tenho aliás familiares jovens assim.

                              Mas a liberdade num qualquer distrito menos urbano passa por outro tipo de situações. Quando era novo vivia em Castelo Branco e de carro ia tomar um cafe a Idanha-a-nova ou Vila Velha, jantar ao Fundão, ou uma "disco" mais longe. As atracções eram mais dispersas. Numa noite ou tarde corriam-se muitas "capelinhas".

                              O que me parece é que o pessoal de hoje é bem mais focado em realidades, por um lado virtuais, e por outro, as reais que lhes interessam têm sempre cifrões à frente. São bem mais pragmáticos no factor dinheiro que nós éramos.

                              Posso estar errado por uma questão de fraca amostragem. Posso estar a generalizar partindo dos casos que conheço
                              Novamente, o factor dinheiro está sempre ligado a esta questão, porque a sua falta ou escassez atira o automóvel (e outras coisas) não para um estatuto obsoleto, mas sim difícil de aceder com algum conforto. E para se ter/manter coisas com desconforto, concordo que pode ser preferível optar por outras escolhas.

                              Eu opto por não escolher Ferrari's (nem que seja em objectivo num usado), porque isso significaria uma taxa de esforço muito elevada para o manter, e uma grande preocupação caso algo falhasse.
                              O meu lado racional torna o Ferrari (e outras coisas) obsoletos, porque não estou disponível a condicionar uma série de outras coisas em função de um carro.

                              Mas é impossível dissociar isto do factor financeiro.

                              Com um orçamento global muito largo, não encontraria facilmente um motivo é para não experimentar ter um, bem como outras coisas para as quais não presto imensa atenção hoje!

                              Olhar para a proliferação de motas de baixa cilindrada (muitas delas chinesas) demonstra precisamente isso: a fuga possível para um custo de transporte reduzido com a liberdade do veículo pessoal. Muitas foram compradas para serem utilizadas no dia-a-dia em vez do carro.
                              Há uns anos atrás (e não foram assim tantos), as 125 ou 250cc eram usadas mais por estafetas, e até as CB500 o eram!

                              Olhava-se para as motas com mais seriedade a partir dos 600cc, e elas não existiam para ser económicas, mas para dar prazer.


                              Mas isso está ligado a uma coisa: maior escassez de dinheiro no bolso dos portugueses, e no caso do tópico em particular, no bolso dos jovens portugueses.

                              Comentário


                                #75
                                Originalmente Colocado por rca33 Ver Post
                                Novamente, o factor dinheiro está sempre ligado a esta questão, porque a sua falta ou escassez atira o automóvel (e outras coisas) não para um estatuto obsoleto, mas sim difícil de aceder com algum conforto. E para se ter/manter coisas com desconforto, concordo que pode ser preferível optar por outras escolhas.

                                Eu opto por não escolher Ferrari's (nem que seja em objectivo num usado), porque isso significaria uma taxa de esforço muito elevada para o manter, e uma grande preocupação caso algo falhasse.
                                O meu lado racional torna o Ferrari (e outras coisas) obsoletos, porque não estou disponível a condicionar uma série de outras coisas em função de um carro.

                                Mas é impossível dissociar isto do factor financeiro.

                                Com um orçamento global muito largo, não encontraria facilmente um motivo é para não experimentar ter um, bem como outras coisas para as quais não presto imensa atenção hoje!

                                Olhar para a proliferação de motas de baixa cilindrada (muitas delas chinesas) demonstra precisamente isso: a fuga possível para um custo de transporte reduzido com a liberdade do veículo pessoal. Muitas foram compradas para serem utilizadas no dia-a-dia em vez do carro.
                                Há uns anos atrás (e não foram assim tantos), as 125 ou 250cc eram usadas mais por estafetas, e até as CB500 o eram!

                                Olhava-se para as motas com mais seriedade a partir dos 600cc, e elas não existiam para ser económicas, mas para dar prazer.


                                Mas isso está ligado a uma coisa: maior escassez de dinheiro no bolso dos portugueses, e no caso do tópico em particular, no bolso dos jovens portugueses.
                                Finalmente alguém a dizer alguma coisa com logica.

                                Dinheiro isso sim... Manda nas prioridades.

                                Dois dos meus colegas de trabalho preferiam não ter carro do que ter um carro velhinho. Um porque não queria gastar tudo o que tinha e ficar com um carro que nao manda cenario, palavras dele... Outro porque nao tinha posses

                                Comentário


                                  #76
                                  Tirando o que custa o litro de combustível, continuo a gostar de andar de carro. Até porque não o uso no tradicional casa-trabalho-casa. Transporte público all the way!

                                  Comentário


                                    #77
                                    Há 10-15 anos atrás também não era qualquer jovem que tinha dinheiro para comprar carro. Podia haver mais empregos, mas também havia mais "paitrocínios".

                                    Espero que os jovens de hoje tenham deixado de lado o "status" parolo de "ter carta" (apesar de essencial para trabalhar).

                                    Originalmente Colocado por marrokino Ver Post
                                    Vocês misturam coisas.

                                    Um ex colega de trabalho, quando o conheci andava com um carro com mais de 10 anos todo lixado e jurava a pés juntos que ligava zero a carros. Que para ele o carro era um objeto. E para os colegas que tinham ja na altura carros novos nem olhava porque dizia que era um bem que não dava importância.

                                    O que é certo é que ao longo dos últimos 10 anos o ordenado dele quadruplicou e a partir do momento que começou a ter um ordenado confortável começou a esbanjar dinheiro em carros ( trocou 2 vezes de carro quando o carro tinha entre 1 e 2 anos), gaba-se bastante do carro e tem vaidade nele, bastante acima dos outros que criticava.
                                    Ninguém mistura nada.

                                    O teu ex-colega é apenas um caso. Não é o único.
                                    Enquanto ele não teve esse aumento de ordenado, tinha mas é inveja dos outros por não poder fazer o mesmo.
                                    E se calhar até podia fazer o mesmo, mas não com carros novos.

                                    PS: Se tinha um carro com 10 anos "todo lixado", era porque não o sabia manter.

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                                      #78
                                      Originalmente Colocado por ASOT Ver Post
                                      Há 10-15 anos atrás também não era qualquer jovem que tinha dinheiro para comprar carro. Podia haver mais empregos, mas também havia mais "paitrocínios".

                                      Espero que os jovens de hoje tenham deixado de lado o "status" parolo de "ter carta" (apesar de essencial para trabalhar).


                                      Ninguém mistura nada.

                                      O teu ex-colega é apenas um caso. Não é o único.
                                      Enquanto ele não teve esse aumento de ordenado, tinha mas é inveja dos outros por não poder fazer o mesmo.
                                      E se calhar até podia fazer o mesmo, mas não com carros novos.

                                      PS: Se tinha um carro com 10 anos "todo lixado", era porque não o sabia manter.
                                      Se eu recuasse aos meus 18 anos com a economia de hoje, o mais certo era andar de transportes e não ter carro meu. Era porque estava obsoleto? Não me parece... era porque não era viavel ter um.. ou porque obrigaria aos meus pais um esforço financeiro.

                                      Vejo isso em mim e em bastantes colegas meus. Os tempos são outros...

                                      Ate agora havia quem passasse fome para ter um carro, toda a gente tinha por isso quem não tivesse... o cinto apertou e chegou à classe media. tornou mais normal não se ter carro porque se faz contas.

                                      é uma minoria que vive no centro das "metropoles".

                                      um colega meu vai abdicar de carro... pois vive ao lado da empresa, passa muito tempo fora do pais e não tem garagem. o pouco tempo que precisar aluga, mas é solteiro sem filhos etc, é porque nao gosta? porque esta obsoleto? não.. porque financeiramente nao faz sentido e ele ganha bem acima da media.

                                      quem nao morar mesmo metropole (pode ate ser meia duzia de km ao lado, com transportes) e tiver filhos não é facil viver sem carro.

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                                        #79
                                        Originalmente Colocado por DeCeIi Ver Post
                                        Tirando o que custa o litro de combustível, continuo a gostar de andar de carro. Até porque não o uso no tradicional casa-trabalho-casa. Transporte público all the way!
                                        Mas tu não contas para este estudo, tu já estás na secção dos "cotas".

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                                          #80
                                          Tenho 21 anos , tirei a carta a pouco tempo , e sim , considero um carro um electrodoméstico que nos leve do ponto A ate o ponto B .

                                          Acho o automóvel uma maquina obsoleta , ocupa muito espaço , contamina , é dispendiosa , etc , não digo que para algumas pessoas seja um bem essencial , mas para muitos não o é.

                                          Há dias estava na IC-19 ( como pendura ) estávamos num transito infernal , eu me questionava olhando para a janela do carro , e ver milhares de carros parados a maioria com só uma pessoa la dentro , mas que desperdício de energia , tempo , milhares de carros a trabalhar a poluir , estando estáticos , porque não vão de transporte , ou de moto ? isto é TODOS os dias , pessoas que saem de casa as 7 ou 8 da manha e apanham aquele transito todo , depois ao fim do dia de trabalho voltam a casa as 6 , 7 da noite e outra vez o transito , isto todos os dias , eu sinceramente preferiria cortar um braço a perder horas no transito , acho um absurdo estar tanto tempo desperdiçado no transito .

                                          Se tivesse que trabalhar longe e o percurso implicasse apanhar transito , sem lugar a duvidas nuca iria de carro , optava por moto ( que por acaso tenho uma PCX ) ou então de transporte , ou mesmo de bicicleta se as condições atmosféricas o permitissem.

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                                            #81
                                            Originalmente Colocado por Elvingador Ver Post
                                            Tenho 21 anos , tirei a carta a pouco tempo , e sim , considero um carro um electrodoméstico que nos leve do ponto A ate o ponto B .

                                            Acho o automóvel uma maquina obsoleta , ocupa muito espaço , contamina , é dispendiosa , etc , não digo que para algumas pessoas seja um bem essencial , mas para muitos não o é.

                                            Há dias estava na IC-19 ( como pendura ) estávamos num transito infernal , eu me questionava olhando para a janela do carro , e ver milhares de carros parados a maioria com só uma pessoa la dentro , mas que desperdício de energia , tempo , milhares de carros a trabalhar a poluir , estando estáticos , porque não vão de transporte , ou de moto ? isto é TODOS os dias , pessoas que saem de casa as 7 ou 8 da manha e apanham aquele transito todo , depois ao fim do dia de trabalho voltam a casa as 6 , 7 da noite e outra vez o transito , isto todos os dias , eu sinceramente preferiria cortar um braço a perder horas no transito , acho um absurdo estar tanto tempo desperdiçado no transito .

                                            Se tivesse que trabalhar longe e o percurso implicasse apanhar transito , sem lugar a duvidas nuca iria de carro , optava por moto ( que por acaso tenho uma PCX ) ou então de transporte , ou mesmo de bicicleta se as condições atmosféricas o permitissem.
                                            Um bom post que representa o que me parece ser a tendencia.

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                                              #82
                                              Penso que existem aqui duas situações distintas e que concorrem para um mesmo declínio:

                                              - Por um lado existe o factor financeiro e prático do automóvel, relacionado com o dia-a-dia.

                                              - Por outro o lado mais subjectivo do gosto. A verdade é que a maioria dos mais jovens não olha para o automóvel como se fazia há umas décadas. Este campo da "paixão" está povoado de alternativas que no meu tempo nem existiam.

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                                                #83
                                                Originalmente Colocado por AlexKarelin Ver Post
                                                Um bom post que representa o que me parece ser a tendencia.
                                                É um bom post mas há que situar a linha de pensamento.

                                                Muitos daqueles que estão sozinhos no carro, acabaram de deixar os filhos nos colégios e nas escolas que só aceitam recebe los a partir de determinada hora e eu também tem hora limite para os recolher...

                                                Há tantas variáveis para avaliar que haver posições de absolutismo...

                                                Creio que a questão fundamental é econômica. Quem tem dinheiro (suficiente) prefere SEMPRE ter carro(s), barco (s), aviao(oes)... Não conheço ninguém que tenha desafogo claro financeiro que não tenha os seus próprios meios de locomoção.

                                                Portanto, para mim está é a razão base.

                                                No outro lado da "linha" tens Malta que não tem dinheiro e tem que se aguentar a andar de transportes seja com sol frio ou neve... Ou aqueles que moram atrás do sol posto onde os transportes não chegam e tem que se meter em 3 autocarros, dois comboios e metro...

                                                E ainda aqueles "remediados" que tem a vidinha minimamente arranjada mas que se não andarem no seu carrinho a vida fica caótica.. (Outra vez o exemplo dos colégios... Etc).

                                                Portanto, a história dos carros obsoletos para além de ser um micro fenômeno em zonas geográficas específicas... é, na minha opinião, uma bela tanga.

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                                                  #84
                                                  Originalmente Colocado por AlexKarelin Ver Post
                                                  Um bom post que representa o que me parece ser a tendencia.
                                                  Diria antes que é um post que representa uma realidade particular.

                                                  A opção da mota não é nova (nem de longe), e a própria PCX volta a reforçar o que eu dizia.

                                                  Usar mota nos nos trajectos para o trabalho não são nada de novo, pois a maior mobilidade implica menos tempos de espera no trânsito e maior facilidade de estacionamento. Isso já era feito há 15 ou 20 anos atrás mesmo entre quem não era particular apaixonado por motas através das CB250 (os apaixonados por motas iam em coisas maiores e mais potentes, pois serviam depois para longas viagens e passeios no fim-de-semana).

                                                  A PCX é a representante das CB 250 de há uns tempos atrás, representando a escolha racional/económica e o puro meio de transporte, sem qualquer emoção ou paixão associados. Um deles vendeu a CB250 depois de ter um acidente e ter partido a bacia, tendo mudado num instante a percepção da mota como meio de transporte diário, pois deixou de preferir "cortar um braço a perder horas no trânsito de carro".

                                                  O associar o carro a um electrodoméstico e a opção da PCX é elucidativo de um perfil de utilizador que não liga nada a máquinas, e não há nada errado nisso.

                                                  Mas eu tive os amigos de 18/19/20 anos que também não ligavam nada a automóveis, enquanto outros já vibravam com eles e/ou aspiravam a ter motas potentes.

                                                  Este user é um exemplo de algo que sempre existiu, e que hoje é fortemente potenciado pelo custo de ter um carro (ou uma mota mais encorpada) vs os rendiimentos médios nos salários de hoje.

                                                  Não estou de modo nenhum a dizer que este user em particular tenha um vencimento que condicione o seu gosto (porque o gosto individual sempre existiu), mas sim que os baixos vencimentos (quando os chegam a existir) nas camadas mais jovens afastam quaisquer aspirações de ter o automóvel na sua vida e continuar a gastar dinheiro noutras diversões naturais da idade.

                                                  Mas isto não é nenhum fenómeno cultural e sim um fenómeno económico do país que criam limitações financeiras acentuadas.

                                                  Qualquer pessoa que goste de automóveis e os comece a utilizar vai ficando exposto com o tempo aos benefícios das coisas melhores e mais caras.

                                                  E isto aplica-se a tudo na vida.

                                                  Comentário


                                                    #85
                                                    Penso que o automóvel não se tornou um bem obsoleto, as pessoas deixaram foi de ter dinheiro.. dou-vos este exemplo.
                                                    Um grande amigo confidenciou-me que o seu velho corsa necessitava de ser trocado e disse-me tal e qual estas palavras:
                                                    "-o meu carro está velhote, já não tenho confiança em fazer grandes viagens com ele, mas nste momento não tenho qualquer hipótese. Olha que vi-me obrigado a trocar de portatil, que me custou cerca de 800€, pois o outro avariou e olha que n~so tenho a certeza que o vá pagar todo pois possivelmente os meus pais terão de me dar uma ajuda pois devo ficar desempregado em breve..." É um jovem de 29 anos!!!!!

                                                    Falo por mim, tenho um automóvel desportivo, carro de fim de semana, o meu pequeno capricho.. Comprei-o quando ganhava x por mês.. Está pago, não devo um cêntimo dele.. Acontece que o meu trabalho de hoje necessito de trabalhar mais de 2 meses para ganhar o mesmo que ganhava antigamente em 1 mês.. Pergunto-me até quando vou conseguir manter o meu pequeno capricho.. Se o vender passo a gostar menos de automóveis??? Caro que não...

                                                    Comentário


                                                      #86
                                                      Eu gostava de saber se quem anda a mandar bitaites sabe o que significa obsoleto.



                                                      Não sabia que jovens solteiros dependentes dos pais sao representativos de toda a populacao. Até porque muitos deles quando precisam de carro é.. papa, mamã empresta me o carro.

                                                      muita gente consegue fazer a vida diaria sem carro, até nas aldeias mas não quer dizer nada... sempre assim foi.

                                                      para estar obsoleto segnificava que existe uma alternativa superior em tudo que cobre todo o tipo de utilização.

                                                      O que esta a acontecer é precisamente o contrario... recuo no tempo... voltamos a grandes distancias a pe, trocas de transportes etc.

                                                      Pela vossa ideia então o TGV está obsoleto em portugal... ninguem usa porque não faz sentido... Não é porque não ha dinheiro...



                                                      o metro em muitas cidades idem... haja paciencia..



                                                      atualmente para muitos carne e peixe esta a ficar obsoleto.. atum é muito superior em tudo.

                                                      Comentário


                                                        #87
                                                        No meu caso , imagino que em muitos , é o seguinte :

                                                        vou para a universidade de segunda a sexta , saio de casa caminho 10 min. estou na paragem de autocarro , entro no autocarro relaxo , escuto musica ou ate leio qualquer coisa , sem stress , em 35 min. estou a 5min. a pe da universidade , sem ter de me preocupar onde vou estacionar , não preciso seguro , carta , selo , inspecções, reparações dispendiosas , etc , no retorno autocarro igualmente , agora se substituirmos a universidade pelo emprego/trabalho , o que muita gente deveria fazer não haveria tanta contaminação , transito nas ruas , etc , e ate acho que na vida pessoal melhoraria , as pessoas andariam com menos strese não percebo qual é a paranóia de ter carro e/ou levar para o trabalho / universidade ?

                                                        Recentemente tirei a carta , sim é verdade , mas é para sair os sábados e/ou domingos a passear com a namorada , cinema , etc , acho que o carro deveria ser usado esporadicamente .

                                                        Para mim é a mesma coisa um fiat punto do 96 ( carro que vou adquirir recentemente ) ou um mercedes CLK , ambos me levam igual do ponto A ate o ponto B.

                                                        Comentário


                                                          #88
                                                          Originalmente Colocado por Elvingador Ver Post
                                                          No meu caso , imagino que em muitos , é o seguinte :

                                                          vou para a universidade de segunda a sexta , saio de casa caminho 10 min. estou na paragem de autocarro , entro no autocarro relaxo , escuto musica ou ate leio qualquer coisa , sem stress , em 35 min. estou a 5min. a pe da universidade , sem ter de me preocupar onde vou estacionar , não preciso seguro , carta , selo , inspecções, reparações dispendiosas , etc , no retorno autocarro igualmente , agora se substituirmos a universidade pelo emprego/trabalho , o que muita gente deveria fazer não haveria tanta contaminação , transito nas ruas , etc , e ate acho que na vida pessoal melhoraria , as pessoas andariam com menos strese não percebo qual é a paranóia de ter carro e/ou levar para o trabalho / universidade ?

                                                          Recentemente tirei a carta , sim é verdade , mas é para sair os sábados e/ou domingos a passear com a namorada , cinema , etc , acho que o carro deveria ser usado esporadicamente .

                                                          Para mim é a mesma coisa um fiat punto do 96 ( carro que vou adquirir recentemente ) ou um mercedes CLK , ambos me levam igual do ponto A ate o ponto B.
                                                          Oh claro que sim, esqueces-te daqueles que moram na terra do sol posto em que não há nada de nada.

                                                          Dou-te o meu exemplo.

                                                          Moro a 15min +/- da cidade. Paragem de autocarro a pé são alguns 30min, mais o tempo de espera que nem sempre passam, supermercado, o único são a uns 20/35 min a pé, café a 10min +/-.

                                                          Logo se quero ir para a cidade de transportes públicos, estou completamente lixado pois moro longe de tudo. E sim odeio autocarros/transportes públicos.

                                                          Para mim ter carro é algo indispensável, se morasse na cidade e com tudo por perto, aí sim, o carro seria algo para usar ocasionalmente, andar a pé faz bem.

                                                          Ah e se trabalho, obvio que tenho um carro a meu gosto e dentro dos limites €, não venham com a conversa do, ah para mim um carro a cair de podre serve, isso não pega.

                                                          Não vejo um carro como algo descartavel, mas sim algo que transmite um pouco da nossa personalidade.
                                                          Editado pela última vez por Robie; 27 September 2015, 08:18.

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                                                            #89
                                                            Originalmente Colocado por Elvingador Ver Post
                                                            Tenho 21 anos , tirei a carta a pouco tempo , e sim , considero um carro um electrodoméstico que nos leve do ponto A ate o ponto B .

                                                            Acho o automóvel uma maquina obsoleta , ocupa muito espaço , contamina , é dispendiosa , etc , não digo que para algumas pessoas seja um bem essencial , mas para muitos não o é.

                                                            Há dias estava na IC-19 ( como pendura ) estávamos num transito infernal , eu me questionava olhando para a janela do carro , e ver milhares de carros parados a maioria com só uma pessoa la dentro , mas que desperdício de energia , tempo , milhares de carros a trabalhar a poluir , estando estáticos , porque não vão de transporte , ou de moto ? isto é TODOS os dias , pessoas que saem de casa as 7 ou 8 da manha e apanham aquele transito todo , depois ao fim do dia de trabalho voltam a casa as 6 , 7 da noite e outra vez o transito , isto todos os dias , eu sinceramente preferiria cortar um braço a perder horas no transito , acho um absurdo estar tanto tempo desperdiçado no transito .

                                                            Se tivesse que trabalhar longe e o percurso implicasse apanhar transito , sem lugar a duvidas nuca iria de carro , optava por moto ( que por acaso tenho uma PCX ) ou então de transporte , ou mesmo de bicicleta se as condições atmosféricas o permitissem.
                                                            É relativo.

                                                            Andar de mota além de menos confortável é mais perigoso já para não falar nos dias de chuva.

                                                            Transportes públicos, dependendo do sitio onde se mora, podem sair mais caro, para além das greves, etc.

                                                            No IC19 há muito trânsito mas é só às horas de ponta como em qualquer outra via.

                                                            Quanto ao facto de ser carros com apenas 1 pessoa, vivemos num país em que muita gente não tem possibilidade de ter smart+carro de 5 lugares ou PCX + carro de 5 lugares, e relativamente ao poluir, cada condutor paga e bem os impostos para questões ambientais.

                                                            Não é que não concorde contigo, mas em certas situações os transportes públicos não compensam.

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                                                              No meu caso , imagino que em muitos , é o seguinte :

                                                              vou para a universidade de segunda a sexta , saio de casa caminho 10 min. estou na paragem de autocarro , entro no autocarro relaxo , escuto musica ou ate leio qualquer coisa , sem stress , em 35 min. estou a 5min. a pe da universidade , sem ter de me preocupar onde vou estacionar , não preciso seguro , carta , selo , inspecções, reparações dispendiosas , etc , no retorno autocarro igualmente , agora se substituirmos a universidade pelo emprego/trabalho , o que muita gente deveria fazer não haveria tanta contaminação , transito nas ruas , etc , e ate acho que na vida pessoal melhoraria , as pessoas andariam com menos strese não percebo qual é a paranóia de ter carro e/ou levar para o trabalho / universidade ?

                                                              Recentemente tirei a carta , sim é verdade , mas é para sair os sábados e/ou domingos a passear com a namorada , cinema , etc , acho que o carro deveria ser usado esporadicamente .

                                                              Para mim é a mesma coisa um fiat punto do 96 ( carro que vou adquirir recentemente ) ou um mercedes CLK , ambos me levam igual do ponto A ate o ponto B.
                                                              Não é que não concorde com algumas coisas que escreves-te mas calma...
                                                              Também de segunda à sexta vou para a universidade e vou de carro porque de carro a viagem demora 15 min, pago parque escolar que custa 18 euros por semestre e é isso. De autocarro tinha que me dar ao luxo de todos os dias ter de acordar meia hora mais cedo, fazer 15 min a pé, 40 min de autocarro e ficava a 5 da escola. Sem contar com o tempo que eventualmente fico à espera do autocarro caso o perca. Isto no total dá 2 horas por dia! Todos os dias...
                                                              Para nem falar de quando chove...
                                                              E sim, há diferenças entre comprar fiat punto ou um mercedes (só mesmo porque foi o carro que escreves-te) ambos te levam do ponto A ao ponto B, só que a probabilidade de ficares entre o ponto A e B no fiat é maior, se ainda não compras-te, aconselho-te a comprar outro pelo mesmo preço só que um pouco mais fiável
                                                              Editado pela última vez por RubenTeixeira; 27 September 2015, 08:25.

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