Como achas que irá ser a tua reforma? Boa ou má? Estas a juntar o suficiente?

[RodrigoFernandes]

Confesso que não li o tópico todo mas deixo uma opção que existe em alguns países:
1) Cada trabalhador desconta mensalmente uma % do seu salário
2) esse dinheiro vai para um fundo em seu nome
3) o trabalhador não pode mexer no fundo até se reformar. Nessa altura, decide o número de prestações que irá receber até ao final da vida (havendo um mínimo e máximo regulamentado), e, dependendo do total de dinheiro que descontou, recebe uma prestação.
4) no período até à reforma do trabalhador, o fundo é gerido pelo Governo, através de aplicações em produtos de baixo risco

Este sistema permite uma coisa muito simples: na minha reforma, eu vou ter acesso ao dinheiro que eu descontei. I.e., se eu fui preguiçoso, não posso esperar uma reforma gorda porque não vai existir. desta forma o sistema nunca é deficitário.

Outro ponto, todos os anos enviam aos trabalhadores um ponto de situação com uma simulação: "se a reforma for aos 65 anos e continuares com os descontos actuais, e assumindo que vives até aos 90, a tua reforma irá de ser X mensais". Isto leva a que muita gente repense a sua situação.

[neapo]

Só não percebo uma coisa nesta gente que vive a sonhar com a "reforma" do Estado: a pessoa A faz descontos para a SS, leva o seu trabalhinho normal, por conta de outrem, até ao dia em que fica desempregado 2 anos, recebe o sub de desemprego, mais uns meses o RSI. Arranja novo trabalho passa a descontar novamente, passado uns meses fica doente com baixa psiquiatria e passado uns dias passa a receber sub de doença. Meses mais tarde até tem um filho e com isto passa a receber abono de paternidade, mais tarde quando o filho entrar para a escola vai receber abono escolar, isto é se pelo caminho não tiver ocorrido uma repetição dos pontos anteriores. Chega então altura da famigerada reforma (desde os 30 anos que anseia por ela), a pergunta que faço é: porque carga de água vai receber a "SUA" e tão vincada reforma (tanta gente defende com unhas e dentes a" MINHA reforma"), sem ter em conta o que já recebeu do estado em termos de subsídios e abonos? Não era a sua reforma que saiu dos seus descontos? Então de onde vem o resto do $ para os abonos e subsídios?

[Rasec]

Confesso que não li o tópico todo mas deixo uma opção que existe em alguns países:
1) Cada trabalhador desconta mensalmente uma % do seu salário
2) esse dinheiro vai para um fundo em seu nome
3) o trabalhador não pode mexer no fundo até se reformar. Nessa altura, decide o número de prestações que irá receber até ao final da vida (havendo um mínimo e máximo regulamentado), e, dependendo do total de dinheiro que descontou, recebe uma prestação.
4) no período até à reforma do trabalhador, o fundo é gerido pelo Governo, através de aplicações em produtos de baixo risco

Este sistema permite uma coisa muito simples: na minha reforma, eu vou ter acesso ao dinheiro que eu descontei. I.e., se eu fui preguiçoso, não posso esperar uma reforma gorda porque não vai existir. desta forma o sistema nunca é deficitário.

Outro ponto, todos os anos enviam aos trabalhadores um ponto de situação com uma simulação: "se a reforma for aos 65 anos e continuares com os descontos actuais, e assumindo que vives até aos 90, a tua reforma irá de ser X mensais". Isto leva a que muita gente repense a sua situação.

É tudo muito bonito até ao ponto 4... eu não quero que o governo (essa entidade abstrata) faça a gestão do meu dinheiro por mim, eles são incapazes de gerir a construção de uma estrada sem dar prejuízo, têm lá habilitações para gerir o dinheiro da minha reforma durante 30 ou 40 anos!

[bg2]

É tudo muito bonito até ao ponto 4... eu não quero que o governo (essa entidade abstrata) faça a gestão do meu dinheiro por mim, eles são incapazes de gerir a construção de uma estrada sem dar prejuízo, têm lá habilitações para gerir o dinheiro da minha reforma durante 30 ou 40 anos!

subscrevo inteiramente

quanto menos segurança social melhor.menos entidades externas a mexer em dinheiro que não é seu.

[Bimmer]

Confesso que não li o tópico todo mas deixo uma opção que existe em alguns países:
1) Cada trabalhador desconta mensalmente uma % do seu salário
2) esse dinheiro vai para um fundo em seu nome
3) o trabalhador não pode mexer no fundo até se reformar. Nessa altura, decide o número de prestações que irá receber até ao final da vida (havendo um mínimo e máximo regulamentado), e, dependendo do total de dinheiro que descontou, recebe uma prestação.
4) no período até à reforma do trabalhador, o fundo é gerido pelo Governo, através de aplicações em produtos de baixo risco

Este sistema permite uma coisa muito simples: na minha reforma, eu vou ter acesso ao dinheiro que eu descontei. I.e., se eu fui preguiçoso, não posso esperar uma reforma gorda porque não vai existir. desta forma o sistema nunca é deficitário.

Outro ponto, todos os anos enviam aos trabalhadores um ponto de situação com uma simulação: "se a reforma for aos 65 anos e continuares com os descontos actuais, e assumindo que vives até aos 90, a tua reforma irá de ser X mensais". Isto leva a que muita gente repense a sua situação.

Como falou o rasec, concordo com tudo excepto o ponto 4. Ou seja, acho que as reformas deviam ser responsabilidade de cada um e não do governo. Cada um devia poder decidir que % poupar e o que fazer ao dinheiro poupado.

Por outro lado, terá sempre que haver um desconto (a fundo perdido, obviamente) para a SS, pois há pessoas que por vários factores, como deficiências fisicas ou mentais, nunca irão poder trabalhar e sobreviver sozinhas, têm também que haver subsídios de desemprego e doenca, entre outros.
Claro que isto pressupõe que apenas pessoas que realmente necessitem de um subsídio o recebam, não como é actualmente...

[Seah]

É tudo muito bonito até ao ponto 4... eu não quero que o governo (essa entidade abstrata) faça a gestão do meu dinheiro por mim, eles são incapazes de gerir a construção de uma estrada sem dar prejuízo, têm lá habilitações para gerir o dinheiro da minha reforma durante 30 ou 40 anos!

Se não existir o ponto 4, deixa de ser um fundo de poupança, para ser uma simples poupança.
Quanto a quem gere o fundo, trata-se de uma mera preferência, entre ser o Estado a gerir ou empresas a gerir.
Quem não confia no Estado, também não deveria confiar nas empresas, daí eu ter questionado antes a razão de fazerem PPR e não poupanças normais.

[RodrigoFernandes]

Se não existir o ponto 4, deixa de ser um fundo de poupança, para ser uma simples poupança.
Quanto a quem gere o fundo, trata-se de uma mera preferência, entre ser o Estado a gerir ou empresas a gerir.
Quem não confia no Estado, também não deveria confiar nas empresas, daí eu ter questionado antes a razão de fazerem PPR e não poupanças normais.

O que há mais são fundos de pensões que sabem gerir investimentos.

[Jbranco]

Tendo falhado o meu objetivo de me reformar aos 45, conto (agora que tenho 48) vir a ter uma excelente reforma lá para os 60. Convinha era que esta malfadada crise passasse!

[Superfast]

Na Suica os PPR sao geridos por seguradoras. O meu e a AXA Winterthur (Winterthur curiosamente e 1 cidade a 20 minutos de Zurique na Suica).

[tomasJoao]

Só não percebo uma coisa nesta gente que vive a sonhar com a "reforma" do Estado: a pessoa A faz descontos para a SS, leva o seu trabalhinho normal, por conta de outrem, até ao dia em que fica desempregado 2 anos, recebe o sub de desemprego, mais uns meses o RSI. Arranja novo trabalho passa a descontar novamente, passado uns meses fica doente com baixa psiquiatria e passado uns dias passa a receber sub de doença. Meses mais tarde até tem um filho e com isto passa a receber abono de paternidade, mais tarde quando o filho entrar para a escola vai receber abono escolar, isto é se pelo caminho não tiver ocorrido uma repetição dos pontos anteriores. Chega então altura da famigerada reforma (desde os 30 anos que anseia por ela), a pergunta que faço é: porque carga de água vai receber a "SUA" e tão vincada reforma (tanta gente defende com unhas e dentes a" MINHA reforma"), sem ter em conta o que já recebeu do estado em termos de subsídios e abonos? Não era a sua reforma que saiu dos seus descontos? Então de onde vem o resto do $ para os abonos e subsídios?

Que trapalhada e mistura de coisas completamente diferentes. Peço desculpa mas o teu texto é desonesto porque mistura sub desemprego com RSI, com abono escolar (hoje em dia dá um tecto máximo de uns 40€ por mês Uau..).

Se é assim também se pode dizer, se achas que pagas impostos, e a saude que usufruis, a escolaridade de "borla" durante 12 anos, se for para a universidade tanto pior, as estradas, por ai fora..

[tomasJoao]

O que há mais são fundos de pensões que sabem gerir investimentos.

então se metermos nas mãos dos fundos de pensões toda a nossa reforma o que acontece se:

1- O fundo foi a falência, já aconteceu dezenas de vezes
2- Houver uma burla no sistema e metade do € do fundo desaparecer
3- Por motivo qualquer o trabalhador ficar impossibilitado de trabalhar , acidente, motivo de saúde, etc

É que estamos a falar de um horizonte de 50,60,70 anos.

[Superfast]

então se metermos nas mãos dos fundos de pensões toda a nossa reforma o que acontece se:

1- O fundo foi a falência, já aconteceu dezenas de vezes
2- Houver uma burla no sistema e metade do € do fundo desaparecer
3- Por motivo qualquer o trabalhador ficar impossibilitado de trabalhar , acidente, motivo de saúde, etc

É que estamos a falar de um horizonte de 50,60,70 anos.

Estuda a Suica e teras as respostas. Seguro de saude, fundo social de pobreza, fundo de invalidez e plano poupanca reforma.

[Jbranco]

Fundo de pensões... Tenho aí um (em tempos gerido pelo BANIF) que anda pela rua da amargura , resultado de demasiado investimento imobiliário.

[tomasJoao]

Estuda a Suica e teras as respostas. Seguro de saude, fundo social de pobreza, fundo de invalidez e plano poupanca reforma.

e isso tudo vem de onde?^Estado?

[Seah]

O que há mais são fundos de pensões que sabem gerir investimentos.

Fundo de pensões... Tenho aí um (em tempos gerido pelo BANIF) que anda pela rua da amargura , resultado de demasiado investimento imobiliário.

Vá decidam-se...afinal como é? Os fundos de pensões são bem geridos ou estouram? Pois é...

Vou fazer a mesma pergunta de outra forma: Em Portugal alguém vive exclusivamente de um fundo de pensão privado?
Estão a ser pagos (e o valor capitalizado é suficiente?)? Ou podem vir a ser pagos? É que não é a mesma coisa.

[Vegas]

Reforma? Eu não conto com qualquer ajuda do Estado, quando atingir a idade da reforma. O que vier do Estado, é bem vindo.

Conto exclusivamente com os resultados dos investimentos que fiz, que faço e irei fazer.

[Superfast]

e isso tudo vem de onde?^Estado?

A legislacao sim.

PPR e gerido por seguradoras como disse portanto privadas. Um dos maiores negocios da Suica e seguradoras como deves saber.

Seguro de saude mais 1 vez e gerido por seguradoras. O valor mensal (o premio) e regulado pelo governo para o basico. O opcional nao (dentes, cancros etc).

Ou seja as seguradoras ganham mais dinheiro no opcional.

Invalidez e o governo, com as contribuicoes de todos os trabalhadores.

Relativo ao PPR nao sei a lei mas acho que a rentabilidade tem de ser um minimo anual ou a licenca e retirada a seguradora.