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    #61
    Originalmente Colocado por Nuno156 Ver Post
    ...
    A tabela feita com os casos activos:

    Data Casos Rt
    2/4/2020 8757 1,09
    1/4/2020 8021 1,11
    31/3/2020 7240 1,16
    30/3/2020 6225 1,07
    29/3/2020 5800 1,15
    28/3/2020 5027 1,21
    27/3/2020 4149 1,21
    26/3/2020 3441 1,17
    25/3/2020 2930

    NOTA:
    Isto é apenas uma aproximação do Rt, uma vez que há dados que não tenho.
    A fórmula correcta está na página 7 do PDF que indiquei.
    O objectivo aqui é ter uma ideia sobre a progressão da quantidade de agentes da infecção (infectados) em função do tempo, ou seja, perceber se os valores estão a convergir para uma redução do contágio (Rt<1), ou se contribuem para aumentar o contágio (Rt>1). A tendência de redução de Rt permite estimar se e quando será atingido o pico/inflexão.
    respigado

    Comentário


      #62
      desde o dia 28 de março que o numero de novos casos está bastante estável, o numero de mortes diário também. O numero de novos internados nas UCI é mais variável mas também parece estável dentro dessa variabildidade

      e os efeitos do estado de emergencia ainda não se fizeram sentir na sua totalidade

      se esta tendencia se confirmar o numero de cama maximo nas UCI necessário vai ser da ordem do 500 a 1000

      e deve dar para o sistema de saude não vai colapsar, os numeros ainda irão subir devido à inercia propria provocada pelo periodo de latencia e tempo de cura do virus, mas o sistema de saude provavelmente não vai colapsar, o que é francamente bom

      desde que a população não relaxe...

      há indicios de que no grande porto o pico da epidemia já ter passado

      a saida tem é de ser feita de forma muito controlada para não descambar

      o mais provavel é o estado de emergencia se prolongar apenas mais 15 dias

      depois as medidas irão sendo aliviadas com muito cuidado

      fim, até à proxima vaga

      já agora um grafico descuidado, com a evolução do numero de novos casos no norte de portugal




      mesmo não sendo o melhor indice para avaliar a evolução da epidemia
      Editado pela última vez por lll; 02 April 2020, 19:07.

      Comentário


        #63
        brevemente, sem explicar como chego a estas conclusões

        a epidemia parece estar a entrar na fase planalto, no grande porto já estará há uns dias nesta fase

        nas condições atuais o sistema de saude parece-me não ir entrar em colapso

        provavelmente no final destes 15 dias de novo estado de emergencia este não será renovado, parece ser desnecessaria a renovação do estado de emergencia

        no final deste estado de emergencia teremos a epidemia controlada, mas apenas cerca de 3 a 6% da população terá sido contagiada e estará imune, logo as medidas só muito controladamente poderão ser aliviadas

        mas têm de ser aliviadas para não destruir a economia

        o normal será tentarem prolongar o mais possível o estado de planalto

        o que implica ir aliviando progressivamente as medidas, muito controladamente para a epidemia não se descontrolar novamente

        o risco maior nos proximos dias virá da população dos lares e com apoio domiciliário, além da população mais idosa, é aí que a epidemia está a crescer mais

        isto muito provavelmente irá demorar no minimo mais meio ano, tentar abreviar o processo corre um risco elevado de fazer a epidemia se descontrolar

        vai ser dificil conciliar o controle da epidemia com praias cheias de gente

        é possivel que alterem o calendário escolar e as escolas ainda reabram este ano lectivo
        Editado pela última vez por lll; 08 April 2020, 10:19. Razão: gralha

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          #64
          Originalmente Colocado por lll Ver Post
          brevemente, sem explicar como chego a estas conclusões

          a epidemia parece estar a entrar na fase planalto, no grande porto já estará há uns dias nesta fase

          nas condições atuais o sistema de saude parece-me não ir entrar em colapso

          provavelmente no final destes 15 dias de novo estado de emergencia este não será renovado, parece ser desnecessaria a renovação do estado de emergencia

          no final deste estado de emergencia teremos a epidemia controlada, mas apenas cerca de 3 a 6% da população terá sido contagiada e estará imune, logo as medidas só muito controladamente poderão ser aliviadas

          mas têm de ser aliviadas para não destruir a economia

          o normal será tentarem prolongar o mais possível o estado de planalto

          o que implica ir aliviando progressivamente as medidas, muito controladamente para a epidemia se descontrolar novamente

          o risco maior nos proximos dias virá da população dos lares e com apoio domiciliário, além da população mais idosa, é aí que a epidemia está a crescer mais

          isto muito provavelmente irá demorar no minimo mais meio ano, tentar abreviar o processo corre um risco elevado de fazer a epidemia se descontrolar

          vai ser dificil conciliar o controle da epidemia com praias cheias de gente

          é possivel que alterem o calendário escolar e as escolas ainda reabram este ano lectivo
          eu também por um lado penso que o estado de emergência não será renovado a 16 de abril, mas o número de casos continua a subir e de mortos também, ovar renovou o estado de calamidade, por isso penso o governo ainda deve renovar mais uma vez o estado de emergência, ou seja ainda teremos estado de emergência até ao fim do mês

          Comentário


            #65
            Originalmente Colocado por lll Ver Post
            brevemente, sem explicar como chego a estas conclusões

            a epidemia parece estar a entrar na fase planalto, no grande porto já estará há uns dias nesta fase

            nas condições atuais o sistema de saude parece-me não ir entrar em colapso

            provavelmente no final destes 15 dias de novo estado de emergencia este não será renovado, parece ser desnecessaria a renovação do estado de emergencia

            no final deste estado de emergencia teremos a epidemia controlada, mas apenas cerca de 3 a 6% da população terá sido contagiada e estará imune, logo as medidas só muito controladamente poderão ser aliviadas

            mas têm de ser aliviadas para não destruir a economia

            o normal será tentarem prolongar o mais possível o estado de planalto

            o que implica ir aliviando progressivamente as medidas, muito controladamente para a epidemia se descontrolar novamente

            o risco maior nos proximos dias virá da população dos lares e com apoio domiciliário, além da população mais idosa, é aí que a epidemia está a crescer mais

            isto muito provavelmente irá demorar no minimo mais meio ano, tentar abreviar o processo corre um risco elevado de fazer a epidemia se descontrolar

            vai ser dificil conciliar o controle da epidemia com praias cheias de gente

            é possivel que alterem o calendário escolar e as escolas ainda reabram este ano lectivo
            Concordo, no geral.

            Realmente seria óptimo não se renovar o Estado de Emergência a partir do dia 18 de Abril, no entanto, acho pouco provável tal acontecer com a simples explicação de que não se pode estragar o que foi feito até agora..porque basta um "descontrolozinho" desnecessário, e tudo descamba de novo.

            No entanto, devo dizer, há 2 opções que garantidamente fará com que não haja renovação do Estado de Emergência e que possa ocorrer nos próximos 15 dias (até ao termino do mesmo), a meu ver:

            - Aparecer um anti-viral eficaz que cure as pessoas, já depois de estarem infectadas (não confundir com vacina porque esta só muito provavelmente só estará disponível em meados do próximo ano, de acordo com o que se diz na comunidade científica);

            - O vírus ir perdendo força ao longo dos próximos dias.. não digo que se erradique porque há a probabilidade de uma 2º vaga posteriormente, mas nesta 1º fase ir perdendo a sua virulência..

            A imunidade de grupo parece-me inviável, pela simples razão que, para tal acontecer, seria sempre com prejuízo do colapso do SNS de qualquer parte do mundo.

            Talvez haja outra forma, e era bom que houvesse... mas isso, neste momento, não deve passar de "conversas de bastidores" pelos entendidos na matéria..

            Comentário


              #66
              Originalmente Colocado por curandeiro Ver Post
              eu também por um lado penso que o estado de emergência não será renovado a 16 de abril, mas o número de casos continua a subir e de mortos também, ovar renovou o estado de calamidade, por isso penso o governo ainda deve renovar mais uma vez o estado de emergência, ou seja ainda teremos estado de emergência até ao fim do mês
              Eu acho que, mesmo que entremos no planalto, o Estado de Emergência deve ser renovado, para que as pessoas não relaxem e baixem a guarda. Não fico contente por estarmos em Estado de Emergência mas, uma vez estando, a sua não renovação pode passar uma mensagem errada. E atenção que eu sou uma pessoa extremamente avessa a este género de controlo estatal da população.

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                #67
                França. Quase um terço dos doentes com Covid-19 morre em lares


                Já morreram 2.028 utentes de lares por Covid-19 desde o início da pandemia, quase um terço do valor total de vítimas mortais. A juntar às 5.532 mortes em hospitais, são já 7.560 as vítimas mortais.
                ...


                15 mortos no lar da Misericórdia de Aveiro e 99 infetados


                Dos 105 utentes do lar situado no Complexo Social da Moita, 77 acusaram positivo para a Covid-19. Há ainda 22 funcionários que também estão infetados e oito que tiveram um resultado negativo.
                ...

                Em declarações à Lusa, o autarca referiu que dos 105 utentes do lar situado no Complexo Social da Moita, em Oliveirinha, 77 acusaram positivo para a Covid-19, nos testes de despiste que ficaram concluídos na semana passada. O autarca referiu ainda que 15 utentes que estavam infetados com o novo coronavírus morreram nos últimos dias. Há ainda 22 funcionários que também estão infetados e oito que tiveram um resultado negativo.
                ...

                e noutros anos, quantos morreram contaminados por gripe e constipações?

                a maior parte dos idosos dos lares estão muito fragilizados e os muitos dos funcionarios dos lares não tinham o devido cuidado em evitar contagiar estes idosos doentes com gripes e constipações, muitos sentem os sintomas de uma doença, febre, dores de garganta, tomam medicamentos para os sintomas e vão trabalhar na mesma

                esta epidemia serviu para expor um problema que não é de agora, ocorre desde sempre, uma falta de consideração no cuidados de idosos fragilizados em lares ou em apoio domestico (e curiosamente não se tem falado nestes idosos em apoio domestico que também estão muito expostos)

                funcionarias que apesar de se saberem doentes continuam a ir trabalhar e a dar a beijoquinha diária aos idosos muito fragilizados dos lares e para muitos deles é beijo da morte, hoje é por causa do covid, ontem por causa da gripe ou uma simples constipação

                Comentário


                  #68
                  Com o aumento da esperança média de vida, os idosos estão a transformar-se cada vez mais numa "maldição" para a sociedade, do tipo: "Irra, nunca mais morres?".

                  Aquilo por que a Holanda tem sido tão criticada ultimamente não é mais que a revelação de forma mais clara e "sem papas na língua" daquilo que já muita gente pensa: que os "velhos" estão a tornar-se numa "praga".

                  Comentário


                    #69
                    Temos de ter cuidado com esses pensamentos e essas correntes de vontade.

                    Eu GOSTO MUITO DOS MEUS VELHOS e tudo farei para que vivam e que eu possa partilhar a sua vida, presença, história, ensinamentos e tudo o que ainda têm para me dar e que é muito importante: AS SUAS RECORDAÇÕES.

                    Para mim nunca serão uma praga.

                    Comentário


                      #70
                      A alta taxa de mortalidade nos lares terá a ver com a forma como essa instalação é cuidada.

                      Os profissionais dessas instalações na esmagadora maioria dos casos, NÃO TEM formação adequada para tratar das pessoas nessa fase da vida.

                      Uma das lições que deveria ser retirada desta pandemia é:

                      É necessário muito mais investimento na formação e dignificação da atividade de CUIDADOR, enfermeiro nessas instalações, psicólogo nessas instalações, e até gestor dessas instalações.

                      Mas tal como já li num mem que anda por aí....o ser humano não está preparado para habitar este planeta....o maior virus deste planeta é o ser humano...

                      Enfim, sabemos o que temos de fazer para corrigir a nossa forma de viver, mas eh pá, hoje não.

                      Comentário


                        #71
                        Originalmente Colocado por LinoMarques Ver Post
                        Com o aumento da esperança média de vida, os idosos estão a transformar-se cada vez mais numa "maldição" para a sociedade, do tipo: "Irra, nunca mais morres?".

                        Aquilo por que a Holanda tem sido tão criticada ultimamente não é mais que a revelação de forma mais clara e "sem papas na língua" daquilo que já muita gente pensa: que os "velhos" estão a tornar-se numa "praga".
                        Espero que isto seja sarcasmo ou minima constatacao de um facto e nao a tua visao pessoal.

                        Comentário


                          #72
                          A questão dos lares é pertinente e até vem de acordo com o que se pensa desta doença: que existem muitos mais infetados do que aquilo que se pensa.

                          Tenho a certeza que as escolas estiveram com muitos mais casos de covid que os lares dado as quantidades de crianças que são frequentadas e a forma como interagem entre si...apenas os lares estão a acusar muitos positivos porque são pessoas com pouca saúde e com mais problemas de saúde.

                          Comentário


                            #73
                            Originalmente Colocado por lll Ver Post
                            brevemente, sem explicar como chego a estas conclusões

                            a epidemia parece estar a entrar na fase planalto, no grande porto já estará há uns dias nesta fase

                            nas condições atuais o sistema de saude parece-me não ir entrar em colapso

                            provavelmente no final destes 15 dias de novo estado de emergencia este não será renovado, parece ser desnecessaria a renovação do estado de emergencia

                            no final deste estado de emergencia teremos a epidemia controlada, mas apenas cerca de 3 a 6% da população terá sido contagiada e estará imune, logo as medidas só muito controladamente poderão ser aliviadas

                            mas têm de ser aliviadas para não destruir a economia

                            o normal será tentarem prolongar o mais possível o estado de planalto

                            o que implica ir aliviando progressivamente as medidas, muito controladamente para a epidemia não se descontrolar novamente

                            o risco maior nos proximos dias virá da população dos lares e com apoio domiciliário, além da população mais idosa, é aí que a epidemia está a crescer mais

                            isto muito provavelmente irá demorar no minimo mais meio ano, tentar abreviar o processo corre um risco elevado de fazer a epidemia se descontrolar

                            vai ser dificil conciliar o controle da epidemia com praias cheias de gente

                            é possivel que alterem o calendário escolar e as escolas ainda reabram este ano lectivo

                            hoje os jornais trazem noticias mais ou menos dentro da linha do que eu disse aqui 5 dias atrás (ou 6, no dia anterior já tinha dito algo neste sentido, mas não acabei porque tive mais que fazer)

                            Pico pode já ter sido no final de março. Os números que os peritos passaram na reunião com a elite política

                            A dada altura, um “silêncio constrangedor”. “O.K., então mas como fazemos?”. Na habitual reunião que juntou esta terça-feira, na sede do Infarmed, a elite política, os parceiros sociais, os representantes do Conselho Nacional de Educação e as equipas de epidemiologistas da DGS, do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge e da Escola Nacional de Saúde Pública, os peritos tinham acabado de apresentar os mais diversos cenários sobre em que estado ficaria a curva se as restrições começassem a ser levantadas, isto é, como ficariam previsivelmente os números de infetados se as escolas começassem a reabrir. Problema um: os números variavam bastante. Problema dois: a estratégia de Portugal nunca foi a da imunidade coletiva, pelo que a percentagem de imunidade entre os portugueses ao novo coronavírus está na ordem dos 0,8 a 1%, muito baixa se comparada com a de Espanha, que, mesmo assim, também é preocupante: apenas 15%. Então, sem vacina pelo menos até ao verão do próximo ano, nem tratamentos anti-virais infalíveis, como é que se levantam as restrições? Corremos o risco de ter uma segunda vaga de contágio? Provavelmente sim.

                            ...

                            Para quebrar o silêncio, a resposta imediata dos epidemiologistas foi de que Portugal está “uns dias, semanas” atrás de vários países nesta corrida em contrarrelógio, pelo que poderá avaliar como vai correr o levantamento gradual das restrições em países como a Dinamarca, a Áustria ou até Itália, para seguir os mesmos passos, ou dar outros passos diferentes. A sala respirou — momentaneamente — de alívio. Não há respostas concretas, mas há uma janela temporal a funcionar como balão de oxigénio.

                            ...

                            Mas comecemos pelo lado bom. Ao que o Observador apurou junto de várias fontes políticas, partidárias e parceiros sociais presentes na reunião, uma avaliação fria dos números portugueses dá razões para respirar de alívio. Por três razões: primeiro, com a taxa de crescimento de novos casos a rondar os 6% esta terça-feira, e os 4% de ontem, a tendência é positiva; depois, os especialistas concordaram que “o pico pode já ter sido atingido na última semana de março”, embora só se consiga concluir isso ao fim de mais algumas semanas; e, depois, mostraram-se confiantes de que, devido às medidas de contenção tomadas, “não iremos chegar aos níveis de Espanha e Itália”. Ou seja, o pico, pode já ter sido, e pode ter sido mesmo na forma de planalto — menos acentuado e mais distendido no tempo. Ou, como disse Marcelo Rebelo de Sousa no final da reunião, a evolução da curva está a ser “lenta mas positiva”.

                            Em todo o caso, é cedo para concluir que a curva está mesmo em sentido descendente. É preciso mais dias, alertaram os especialistas. É que não basta estabilizar, tem mesmo de descer. “Os dados não são conclusivos o suficiente [para saber se já passámos o pico de contágio em março ou não]. Pelo menos não são conclusivos o suficiente para começar a abrir as medidas de restrição. E as empresas estão a ver as semanas a passar, as receitas a cair. Sentem que não dá para dar mais tempo”, disse ainda ao Observador o responsável da CAP, Luís Mira, que se mostrou preocupado por ainda não haver luz verde dos técnicos para o Governo pôr a economia a funcionar.
                            ...

                            Qualquer abertura neste momento, seja de escolas seja de lojas, pode fazer disparar o número de mortes. Foram estes os cenários mostrados pelos técnicos. Ou seja, os números não estão ainda suficientemente baixos para que seja seguro afrouxar as medidas de restrição”, salientou uma fonte do lado dos parceiros sociais que pediu para não ser identificada.

                            ...
                            Objetivo: início de maio. Abertura será “gradual e assimétrica”


                            ...

                            Foi o próprio primeiro-ministro, segundo apurou o Observador junto de fontes presentes na reunião, que sublinhou que a data de 4 de maio, que tem usado regularmente para apontar ao cenário mais otimista de reabertura de algumas escolas, é apenas indicativa. “Só usei o 4 de maio como data de referência”, terá admitido António Costa, que esta quarta-feira vai ouvir os partidos com assento parlamentar para decidir formalmente como vai ser o arranque do terceiro período do ano letivo. Um “pró-forma”, notam já alguns partidos, na medida em que a decisão parece tomada: tudo fechado para já. Haverá uma reunião com os especialistas de Saúde no próximo dia 15 de abril, e outra no fim do mês, onde, a cada momento e perante os números, se fará nova avaliação.

                            ...

                            É que há dois critérios para voltar à “normalidade”: o estado da curva e o nível de imunidade coletiva. E é neste último que está o problema maior. “Não podemos ter o melhor dos dois mundos”, notou uma fonte partidária ao Observador, referindo-se ao facto de não podermos achatar a curva ao máximo através de medidas de contenção e, ao mesmo tempo, querer que os níveis de imunidade entre a população sejam elevados. Não são. Segundo os dados dos técnicos, são muito baixos: entre 0,8 e 1%. Espanha tem a taxa de imunidade mais alta e é de 15%. Em Itália é de 10%. Números muito baixos fazem aumentar os receios de haver uma nova vaga de contágios quando as pessoas saírem à rua.
                            ...

                            eu previ uma taxa de imunidade, no final deste estado de emergencia, um pouco mais alta, hoje baixaria um pouco a estimativa que fiz, porque a epidemia está a travar mais do que eu esperava, a população mudou de comportamento mais do que eu esperava, o medo é uma grande coisa
                            mesmo assim acho que a taxa de imunizados atual deve ser um pouco mais que os 0,8 a 1% indicados, apontaria para valores da ordem dos 1,5 a 2,5%, mas a diferença baseia-se numa parte desconhecida da epidemia, potenciais mortes não atribuidas ao coronavirus, mas que podem sê-lo e a possivel existencia de parte da população que é naturalmente imune ao virus

                            adiante
                            Daily Infection Risk Maps COVID-19 - Portugal




                            The results are presented in high-resolution maps of local averages of the infection risk, as well as a measure of the uncertainty attached to these local averages. Fig 1a shows the geographical location of municipality centroids of the recorded infection rates; Fig 1b presents the local expected risk maps, for the entire country, at the past 3rd of April 2020.
                            The uncertainty of the risk, evaluated with the simulated realizations, are essentially related to the population by municipality: the infection rates reported for municipalities with small population are more uncertain than the equivalent rates of large population municipalities. Fig 1c shows the uncertainty of risk maps for the entire country for, the same date, 3rd of April 2020.


                            3. Infection Risk and Uncertainty Maps in a web-based GIS Platform

                            An interactive GIS-based tool is provided below to visualize the infection risk and uncertainty maps. These are organized by days in reverse chronological order. In this tool, the user may select different maps using the arrow at the top left corner. Under legend different layers corresponding to the infection risk and uncertainty maps (difference between Q75 and Q25) are available. The color scale can be visualized using the arrow in front of the map name.
                            ...

                            Editado pela última vez por lll; 08 April 2020, 10:18. Razão: gralha, alterava o sentido

                            Comentário


                              #74
                              Originalmente Colocado por PAFFY Ver Post
                              A questão dos lares é pertinente e até vem de acordo com o que se pensa desta doença: que existem muitos mais infetados do que aquilo que se pensa.

                              Tenho a certeza que as escolas estiveram com muitos mais casos de covid que os lares dado as quantidades de crianças que são frequentadas e a forma como interagem entre si...apenas os lares estão a acusar muitos positivos porque são pessoas com pouca saúde e com mais problemas de saúde.
                              A questão dos lares não se pode extrapolar para a sociedade em geral de maneira nenhuma porque têm características muito diferentes do que se passa "cá fora".

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                                #75

                                Originalmente Colocado por bg2
                                o primeiro teste de anticorpos na alemanha, numa pequena localidade, encontrou já 15% das pessoas testadas com anti corpos, o que dá uma taxa de mortalidade (naquela zona) de 0,4%

                                Vai avançar um estudo igual em Munique, com muito mais casos.



                                https://www.br.de/nachrichten/deutsc...idemie,Rt6bDgj



                                respigado

                                como comentei por lá falta saber o perfil demografico da população testada, mas está dentro taxa de mortalidade real até aqui prevista


                                Comentário


                                  #76
                                  https://www.publico.pt/2020/04/09/mu...avirus-1911781

                                  Mesma noticia, mas no publico.

                                  Comentário


                                    #77
                                    Ranking completo de casos/mortos/recuperados por país:

                                    Já morreram mais de 100 mil pessoas com covid-19. Portugal em 16.º

                                    Comentário


                                      #78
                                      vou colocar isto aqui porque, como era previsivel, o outro topico perdeu o rumo

                                      Um século de epidemiologia diz-nos outra coisa


                                      Seria tempo de usar o conhecimento de cem anos de epidemiologia na gestão desta epidemia, em vez de adoptar medidas extremas e que seguramente terão um grande impacto negativo na nossa vida.

                                      Os dados iniciais de surtos infecciosos são essencialmente ruído, com muito pouco para tirar de sinal. Primeiro, porque durante algumas semanas não há agente identificado, depois, não há teste especifico para o agente, depois, só há testes virológicos (onde estamos agora) e, só bastante mais tarde, aparecem testes serológicos/ anticorpos.

                                      Os testes virológicos só podem ser feitos numa janela temporal muito curta ou dão negativo, daí induzirem um ruído gigantesco. Os serológicos indicam se alguma vez houve contacto com o vírus, logo podem ser feitos em amostragem populacional e permitem dados estatisticamente significativos.

                                      Neste momento (escrito a 23 de Março), não há nenhuns dados fiáveis para estimar a letalidade da covid19, pode ser 0,001% ou 5%. Tudo isso é ruído. O número de infectados pode ser o que conhecemos ou dez mil vezes maior (sim, dez mil vezes).

                                      Só com chegada de testes serológicos se começa a ter real imagem da doença na sociedade. A Holanda anunciou ter conseguido um teste marcador de anticorpos, mas são desconhecidos quaisquer resultados até agora.

                                      Por exemplo, a gripe Suína começou com estimativas de 30% — literalmente extinção humana em poucos meses — e acabou abaixo de 1%, abaixo da gripe sazonal e não fez dano nenhum.
                                      Este é o tipo de ruído com que estamos a lidar.
                                      Os únicos dados minimamente fiáveis que temos de testes virológicos são do cruzeiro Diamond Princess, porque toda a gente foi testada num intervalo relativamente curto. Indicam 1% de letalidade numa população muito envelhecida, em ambiente confinado e a partilhar cantina. Podemos ter certeza estatística de que o mundo fora do cruzeiro terá taxas bem mais baixas. Adicionalmente, menos de 20% das pessoas foram infectadas e não há ainda explicação para tal.
                                      Como não se pode sequer estimar no início a letalidade, todo o medo e pânico são irracionais.
                                      É preciso um cuidado extremo, extremo, paranoico, com a divulgação de dados iniciais de surtos em particular com a letalidade. A Organização Mundial de Saúde (OMS) devia responder criminalmente por não controlar esses dados e não assegurar que indica a ordem de grandeza do ruído. Foi só e apenas isso que fez este “surto”.
                                      Olhando para http://www.euromomo.eu algo é imediatamente visível: A temporada de gripe 2018/19 foi incrivelmente leve e a de 2010/20 ainda mais leve, até agora.
                                      Também digno de nota nos gráficos detalhados dos países é que todos os picos anteriores, causados principalmente pela gripe sazonal, estão encerrados na semana 19 do ano (primeira semana de Maio) e atingem o pico máximo na semana 12. A linha de base da mortalidade cruza a média nessa altura e representa o impacto inicial da mortalidade de doenças pulmonares no Inverno.
                                      Há quase uma certeza de que a covid19 terá o mesmo comportamento e deixará de ter relevância em breve, pelo menos até ao próximo Outono/ Inverno.
                                      As pessoas mais vulneráveis, que morriam em casa, lares, cuidados paliativos, são agora enviados para hospitais centrais por medo de os cuidadores se infectarem e porque, sendo uma doença de notificação obrigatória, têm de ir para hospitais de referência.
                                      O Serviço Nacional de Saúde colapsa todos os Invernos com a gripe, a covid 19 é clinicamente mais complicada e ocupa as camas de cuidados intensivos mais tempo, mas o medo e os processos burocráticos associados à doença explicam parte relevante da sobrecarga dos serviços.
                                      Foi o mesmo medo que fez colapsar os serviços funerários em Bergamo e Madrid e agora Nova Iorque. Os corpos têm de ser cremados por ser doença formalmente contagiosa de notificação, e os funcionários são obrigados a medidas de protecção total que diminuem a produtividade.
                                      Aliado a essa descida da capacidade dos crematórios, os doentes são concentrados nas cidades e as famílias não os podem levar, uma vez mais por ser doença contagiosa, dando origem ao colapso.
                                      Bergamo é uma das cidades mais envelhecidas da Itália, dois anos acima da média. Na região de influência do hospital central há 300 000 pessoas. Em picos de gripe, morrem em média cinquenta pessoas por semana por cada 100 000 habitantes. É normal esperar 100 mortos por dia em alguns dias de pico. As notícias referiam que o crematório só conseguia lidar com 24. Há muito que teria entrado em colapso ou foi a necessidade de cremar todos com a lentidão inerente às normas para esta doença que obrigou aos camiões, não foi uma mortalidade excepcional actual. A gripe também tem epicentros.
                                      A comparação com anos anteriores em janelas apertadas como agora circula “quatro vezes mais mortalidade em Março, em Madrid e Bergamo” apenas indica que os surtos de gripe deslizam muito dentro da época gripal. São maioritariamente em Dezembro e Fevereiro. Haver um surto em Março deste ano, com a covid19, não tem significado nenhum.
                                      É banal um aumento de 140% de mortalidade, em Bergamo, em relação ao ano passado, dada a época amena de gripe. Provavelmente a mortalidade ficará várias vezes ainda abaixo de 2014 quando morreram 54 000 em excesso por todas causas em Itália, um aumento de três vezes mesmo em relação a picos de gripe. Nesse pico de 54 000 mortos não se fechou uma única escola, nem na verdade houve investigação relevante para determinar as causas.
                                      As estimativas actuais (1 de Abril) da letalidade colocam a covid19 no nível da gripe. O número de mortos por infectados, IFR (infected fatility rate), de 0,26% é perfeitamente banal para picos de gripe. Os números que tem circulado são de médias da letalidade de gripe de muitas décadas que esbatem os picos, sendo banais picos com letalidades de 1%.
                                      Não faltam epidemiologistas a vir a público, desde o primeiro dia, a dizer que isto é uma loucura. Alguns falam em nome do Helmholtz Gesellschaft, um colosso de ciência médica, onde cerca de 20 000 pessoas fazem epidemiologia. A maioria foi insultada.
                                      A equipa do Imperial College que fez previsões catastrofistas tem um historial macabro de indicação para abate de centenas de milhares de animais por causa da ‘foot and mouth disease’. Verificou-se na altura que o modelo estava errado, sendo, no essencial, o mesmo usado agora. Numa audição parlamentar, Neil Ferguson reviu as estimativas do Imperial College, sem qualquer justificação plausível além de “medidas” que não especificou, passando de 500 000 para 20 000 mortos!
                                      As medidas de contenção não demonstram a mais remota efectividade. Todos os países, com excepção da Coreia do Sul agora, apresentam curvas teóricas perfeitas com 12 a 15 dias até ao pico de casos novos, depois de entrar em exponencial, que é o padrão representativo de infecções pulmonares sem controlo.
                                      Em Portugal, há muito que passaram quinze dias de estado de emergência, a propósito de uma doença que tem 14 dias da infecção até ao diagnóstico e só abrandou com o mesmo padrão de todos os outros países.
                                      Há indicadores de que a taxa de infectados é muito superior ao que se julga. Se assim for, não só o confinamento não ajudou o sistema de saúde como acelerou a infecção — sem importância, mas irónico.
                                      As escolas nunca deveriam ter sido fechadas. As crianças correm um risco praticamente nulo com esta infecção, e ficam imunes rapidamente, sem sintomas na maioria. Transformam-se em vassouras de vírus a recolher vírus das superfícies que nada lhe fazem e que deixam de estar disponíveis para infectar pessoas vulneráveis.
                                      Seria razoável pedir o distanciamento crianças-avós durante uma semana para evitar a fase mais activa de contágio. Eventualmente poderia ser razoável enviar os funcionários e professores em grupos de risco para casa e reduzir a carga lectiva com actividades de maior contacto físico.
                                      Provavelmente terá sido a qualidade do ar em Wuhan que terá espoletado os alertas de surto da OMS e o governo chinês entrou à bruta. As imagens criaram pânico no mundo… depois, há novo alerta no vale do Pó, também com uma qualidade do ar miserável.
                                      Toda a monitorização de epidemias é feita computacionalmente, com recolha de dados. Até haver esse alerta, a OMS não foi procurar nada.
                                      Os políticos foram apenas atrás da população com medo. A grande excepção é Marke Rutte, da Holanda, que faz um discurso exemplar de estadista, metade do tempo a falar do medo ser real e reconhecer que não se pode negar esse medo, mas que a vida vai continuar como se nada fosse.
                                      Mesmo que fosse muito mau, os vírus pulmonares são sempre lentos, nunca infectam mais de 30% das pessoas por ano, não importa o “como” e “onde”. Os vírus rápidos são os vírus que estão disponíveis na pele ou secreções, que têm proteção do ambiente até ao momento de infectar um novo hospedeiro.
                                      Os vírus pulmonares têm de estar expostos ao ambiente hostil algum ou muito tempo, que lhes reduz dramaticamente a capacidade de infecção — por exemplo são destruídos pelos raios ultravioleta – o que os torna muito mais lentos e muito influenciados pelos pequenos aumentos de imunidade de grupo.
                                      Havia muito tempo para tomar decisões, observar como evoluía a epidemia e decidir de acordo com essa evolução, racionalmente e em conta peso e medida.
                                      A gripe tem sempre estirpes com imunização zero. A OMS faz previsão das estirpes e falha muitas vezes, ficando uma ou duas estirpes de fora da vacina para as quais a imunidade é zero.
                                      Seria tempo de usar o conhecimento de cem anos de epidemiologia na gestão desta epidemia, em vez de adoptar medidas extremas, que nunca foram testadas em lado nenhum, e que seguramente terão um grande impacto negativo na nossa vida.



                                      um voz dissonante, mas com alguns dados concretos interessantes

                                      Comentário


                                        #79
                                        https://evm.min-saude.pt/#shiny-tab-q_total

                                        Vigilância diária de mortalidade

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                                          #80

                                          a vermelho o número de mortes no dia

                                          a azul os internados nas UCI

                                          a verde a soma

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                                            #81
                                            Há previsões estatísticas para este kamikazes

                                            Fiéis "beijaram a cruz" em Barcelos no domingo de Páscoa, GNR identificou os promotores

                                            https://observador.pt/2020/04/13/gnr...z-em-barcelos/


                                            Lar promove “beijar da cruz” entre idosos em Vila Verde

                                            https://www.google.pt/amp/s/www.publ...de-1912158/amp

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                                              #82
                                              é mais ou menos igual à dos foristas que não tendo nada para acrescentar a um tópico não resistem a bostar alguma coisa que nada tem a ver com ele

                                              ou seja, embora a grande maioria saiba comportar-se no meio de muitos aparece sempre algum tipo a dizer ou a fazer parvoices

                                              Comentário


                                                #83
                                                Originalmente Colocado por lll Ver Post
                                                é mais ou menos igual à dos foristas que não tendo nada para acrescentar a um tópico não resistem a bostar alguma coisa que nada tem a ver com ele

                                                ou seja, embora a grande maioria saiba comportar-se no meio de muitos aparece sempre algum tipo a dizer ou a fazer parvoices
                                                Aqueles atos kamikaze são sinal de inteligência e sensatez?

                                                Sempre a aprender

                                                Comentário


                                                  #84
                                                  é mais ou menos igual à que revelas quando vens aqui fazer offtopic

                                                  apenas as consequencias são diferentes

                                                  de resto faço minhas as palavras do SilverArrow no outro topico
                                                  Editado pela última vez por lll; 13 April 2020, 20:08.

                                                  Comentário


                                                    #85
                                                    Originalmente Colocado por lll Ver Post
                                                    é mais ou menos igual à que revelas quando vens aqui fazer offtopic

                                                    apenas as consequencias são diferentes

                                                    de resto faço minhas as palavras do silverarrow no outro topico
                                                    Este tópico não tinha qualquer intervenção minha, na verdade poucas intervenções tem, mas já percebi que fiz a pergunta certa no tópico errado. Afinal estatística não é a tua especialidade

                                                    Comentário


                                                      #86
                                                      Tópico errado Pastor Alemão Max.

                                                      Agradeço que não poluas este tópico também.

                                                      Fica a dica

                                                      Comentário


                                                        #87
                                                        Originalmente Colocado por PAFFY Ver Post
                                                        Tópico errado Pastor Alemão Max.

                                                        Agradeço que não poluas este tópico também.

                                                        Fica a dica
                                                        Vou deixar os trolls brincarem sozinhos

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                                                          #88
                                                          Pandemia já matou quase duas centenas de idosos em lares


                                                          Cerca de um terço dos mortos por Covid-19 viviam em lares, admitiu a diretora-geral da Saúde. É mais do dobro do valor avançado há menos de duas semanas pelo Ministério do Trabalho e da Segurança Social (15%).
                                                          Um terço significa que, à data de terça-feira - com um total de 567 óbitos -, 187 idosos em estruturas residenciais morreram pela infeção causada pelo novo coronavírus. Depois da ministra da Saúde, na terça-feira foi Graça Freitas a apontar o dedo aos lares por não terem cumprido as medidas preventivas e as regras que lhes foram impostas sobre a proibição de visitas e o isolamento de utentes. Quem está no terreno critica "o desconhecimento da realidade" e considera "criminoso" devolver um idoso infetado a um lar.
                                                          "Dos 567 óbitos, cerca de um terço ocorreu em instituições", afirmou Graças Freitas, considerando que é o padrão expectável. No último dia 9, o Ministério da Segurança Social apontou para cerca de 15% de óbitos em lares, o que à data correspondia a 61 mortes. Embora a ministra Ana Mendes Godinho tenha admitido, ao "Público", que o número podia pecar por defeito, corresponde a um aumento de mais de 200% de mortes em lares em 11 dias.
                                                          Ontem, na conferência de imprensa diária sobre a evolução da pandemia, a diretora-geral da Saúde realçou que os lares "são situações especiais" porque acolhem "pessoas muito vulneráveis, pela idade e pelas patologias" e porque concentram "muitas pessoas num espaço". Referindo-se aos espaços e à "densidade" de residentes, Graça Freitas disse que as estruturas locais, antes de aparecerem os primeiros casos, foram "incentivadas a criar condições para que a concentração de pessoas não fosse tão intensa", nomeadamente o desdobramento por mais de que uma estrutura para permitir o isolamento social. Pelo tom, deu a entender que o "incentivo" não terá sido acatado.
                                                          Regras por cumprir
                                                          A diretora-geral da Saúde observou ainda que, desde o início da pandemia, foram impostas duas regras, "que nem sempre estão a ser cumpridas". Referia-se à proibição das visitas aos lares e à regra imposta aos novos utentes que devem "cumprir 14 dias em isolamento porque não basta ter o teste negativo".
                                                          Há dias, a ministra Marta Temido apelou às estruturas para que recebam os doentes com alta hospitalar, mesmo que não seja possível fazer os testes. Graça Freitas adiantou ontem que estes utentes, com patologia ligeira, devem ficar em isolamento e ser assistidos por profissionais de saúde dos lares e dos centros de saúde.
                                                          "É desconhecimento da realidade dos lares", reagem Lino Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), e José Bourdain, presidente da Associação Nacional de Cuidados Continuados (ANCC). A CNIS e a União das Misericórdias Portuguesas emitiram um comunicado conjunto, onde alertam que "os lares não são unidades de saúde e não têm como missão nem possuem condições, quer em termos de infraestruturas, quer em termos de recursos técnicos e humanos, para darem acompanhamento na situação de doença aguda".
                                                          "É criminoso mandar um idoso com Covid-19 para um lar, pois precisa de cuidados de saúde e é um foco de infeção", afirmou, ao JN, Lino Maia. O presidente da CNIS diz que a maioria dos lares está com a lotação total e que não há espaços para isolamento. "É lavar as mãos" da responsabilidade, critica.
                                                          "Sacudir a água do capote" é a expressão usada por José Bourdain para definir a postura da DGS e ministério. "Os espaços físicos dos lares são o que está na lei" e os profissionais não têm competências para prestar cuidados de saúde, não sabem lidar com isto, diz o presidente da ANCC, cuja maioria dos associados também tem lares.
                                                          "40% dos idosos morrem se o vírus entrar num lar", alerta presidente da Associação Amigos da Grande Idade


                                                          a confirmar


                                                          e ainda:

                                                          Vamos ver nos lares portugueses a tragédia espanhola?



                                                          ...
                                                          Para as estatísticas que divulga contribuem os quase 3.000lares ilegais distribuídos pelo país.
                                                          ...

                                                          O Observador sabe que há casos de pessoas de idade avançada, entre os 80 e 90 anos, em apoio domiciliário, que se deslocam aos hospitais com sintomas de Covid-19 e que voltam para casa sem lhes ter sido efetuado o teste de despiste e diagnóstico do novo coronavírus. Mantém-se a vigilância. “Talvez as instituições de saúde não achem necessário fazer o despiste a uma pessoa de 90 anos. O problema é que esse idoso volta para casa e pode infetar a funcionária que lhe leva o almoço ou é responsável pela sua higiene. E isto é um ciclo vicioso”, diz fonte ligada ao setor.
                                                          ...


                                                          li ou ouvi algures que temos cerca de 100 mil idosos em lares de terceira idade, ou seja 1% da população portuguesa estará em lares de idosos e aí ocorrerão cerca de 1/3 das mortes
                                                          Editado pela última vez por lll; 15 April 2020, 07:09.

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                                                            #89
                                                            Originalmente Colocado por PAFFY Ver Post
                                                            Por





                                                            respigado

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                                                              #90
                                                              Contas por alto

                                                              A minha colega de blogue Mafalda partilhou no outro dia no Facebook uma colecção de dados muito interessante, que eu desconhecia: os dados do SICO, Sistema de Informação dos Certificados de Óbito, onde podemos ver o número diário de certificados de óbito. Até recentemente, o sistema também incluía as previsões de mortalidade para os dias seguintes, mas já não há uma actualização desde 17 de Fevereiro, o que não deixa de ser estranho dado que atravessamos uma pandemia, logo deveria haver mais transparência na vigilância da mortalidade.

                                                              Como ando curiosa acerca da fidedignidade dos números oficiais de mortes por Covid-19 em Portugal, decidi comparar os óbitos de 2020 com os dados históricos desde 2009. Nota-se que há três períodos distintos:
                                                              1. até 3 de Fevereiro o número de óbitos em 2020 esteve próximo da média histórica,
                                                              2. 4 de Fevereiro a 8 de Março foi um período em que se está abaixo da média, e
                                                              3. desde 9 de Março, entrámos num período em que há desvios crescentes acima da média de óbitos.

                                                              Portugal encontrou o primeiro caso de coronavírus em 2 de Março e a primeira morte foi anunciada a 16 de Março. Se observarmos o gráfico de óbitos em 2020, sobreposto à média diária histórica, e à amplitude histórica do número de óbitos, notamos que, depois de 16 de Março, o número de óbitos começa a crescer e a desviar-se da amplitude histórica. Quer dizer que, desde 24 de Março a 3 de Abril, o ano de 2020 teve máximos em 8 dias e, nos restantes três dias, foi o segundo ano desde 2009 com mais óbitos.Note-se também que, no gráfico, é evidente que à medida que saímos do Inverno e entramos num período de temperaturas mais amenas, há menos óbitos diariamente (média desce) e há menos variância no número de óbitos diários (a amplitude que decresce de Janeiro para Abril), o que confirma a nossa suspeita de que 2020 está a tornar-se anormal, pois não está a convergir para este padrão.
                                                              Fiz também uns cálculos por alto para tentar contabilizar o actual desvio da história. Dividi o ano até agora em dois períodos: de 1 de Janeiro a 8 de Março e de 9 de Março a 3 de Abril. Calculei os totais anuais de óbitos para cada período e a média histórica anual de 2009 a 2019. No primeiro período, 2020 foi 3% abaixo da média de óbitos de 2009 a 2019; depois de 9 de Março até 3 de Abril, o número de óbitos em 2020 cresce para 9% acima da média.
                                                              Passar de 97% da média para 109% significa um excesso de 941 óbitos que ocorreram desde 9 de Março a 3 de Abril, o que é quatro vezes o número oficial de mortos devido a Covid-19. (Obviamente que fui generosa com 2020, pois se tivesse usado 4 de Fevereiro a 8 de Março como o período base dos meus cálculos, a minha diferença seria mais marcada e teria um excesso de óbitos acima de 1000.)

                                                              É claro que tudo isto é apenas uma suspeita, mas não deixa de merecer que alguém investigue porque é que 2020 se tornou um ano mais anormal do que os dados oficiais indicam.

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