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Porto - mais um Empresário da noite morto a tiro

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    #61
    Este povo está cada vez a ter mais dificuldades em viver em paz e sem conflitos...

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      #62
      A noite do Porto está um caos...
      E por muito mal que esse senhor tenha feito, não merecia este final, deixa ca familia..
      É triste, ainda por cima para mim, que gosto muito de música electronica, ver o que andam a fazer à noite do Porto..

      Comentário


        #63
        Patrão da noite abatido
        joana bourgardMarcas das balas eram visíveis no muro, ontem, horas depois de Aurélio Palha ter sido assassinado

        Nuno Miguel Maia </B>, e Sara Oliveira*</B>

        Aquele que há vários anos era considerado o empresário mais poderoso no mundo da noite do Porto foi brutalmente assinado a tiro, ontem, à porta da"Chic", uma das suas próprias discotecas. Pelas 3.30 horas, Aurélio Palha estava acompanhado por um amigo segurança quando, do interior de uma viatura de cor escura que por ali passava, saíram pelo menos oito disparos. O empresário foi atingido no corpo e na cabeça e resistiu poucos minutos.

        De acordo com informações recolhidas pelo JN, este episódio poderá estar relacionado com um outro homicídio ocorrido a 13 de Julho passado, dia em que foi morto o segurança Nuno "Gaiato", do espaço de danças latinas "El Sonero", também no Porto.

        Nos meios da noite portuense, o elemento que acompanhava e fazia segurança pessoal a Aurélio Palha é tido como alguém que saberá algo sobre o que se passou no "El Sonero" ou terá alguma relação com os acontecimentos. Ontem, em meios próximos da vítima, era levantada a hipótese de o alvo principal deste "ajuste de contas" ser, afinal, o segurança que, ao dar conta da iminência dos disparos, ainda conseguiu esconder-se por trás de um muro. Palha acabou por ser o único atingido.

        Além daquele episódio de Julho, outras situações ocorridas há vários anos em estabelecimentos de diversão nocturna do Porto poderão estar na origem de desavenças. Aliás, o elemento que acompanhava o falecido estaria em liberdade condicional, na sequência de cumprimento de pena referente a desacatados ocorridos em várias discotecas.

        A Polícia Judiciária está a investigar o caso e até ontem à noite ainda não havia detidos. Segundo apurou o JN, o segurança, apesar de testemunha privilegiada do crime, pouco adiantou à investigação. Terá dito que não reconheceu qualquer dos autores dos disparos, caracterizando a viatura como uma carrinha escura, Mercedes, de vidros fumados.

        Embora a investigação esteja em fase inicial, é provável que para a consumação do crime tenham sido utilizadas duas armas uma caçadeira e uma pistola semiautomática, de nove milímetros.

        O homicídio do empresário dono de mais espaços nocturnos (ver caixa) do Porto provocou uma onda de choque naqueles que lhe são próximos. À excepção de Fernando Madureira, líder dos SuperDragões, ninguém quis prestar declarações, entre família e sócios das várias empresas.

        Previsível, no entanto, é que os próximos dias não sejam de acalmia. "Não é a mesma coisa que matar um simples segurança", explicou uma fonte policial ao JN.

        Hoje, pelas 16 horas, na igreja das Antas, decorrerá o velório. O funeral de Aurélio Palha está marcado para amanhã, com missa de corpo presente também na igreja das Antas, seguindo depois para o cemitério de Paranhos, no Porto.

        * com António Soares, Nuno Silva e Vanessa Barros Cruz

        Perfil Aurélio Palha

        Quem frequenta a noite já ouviu falar dele. Mas Aurélio Palha, 42 anos, casado e com uma filha de dois anos, era muito reservado. A sua influência incidia na retaguarda, contando com colaboradores de confiança nos seus negócios. Entre as décadas de 80 e 90, começou como segurança na discoteca Cais 447 (Matosinhos), e seguiu para o Dacasca (Cortegaça), Smile (Esmoriz) e Mercado (Ribeira do Porto). Passou depois a ser uma espécie de agente de outros seguranças, distribuindo-os pelas discotecas e bares do Porto. Voltou ao Cais, de que foi co-proprietário. Então, já era o homem-forte da segurança da Queima das Fitas e dos jogos do F. C. Porto. Durante um período, ausentou-se para Espanha onde trabalhou. No Porto, teve um ginásio - onde dava aulas de artes marciais -, e o Voice Caffe. Recentemente, comprou a discoteca Chic e o restaurante Boi na Brasa e assumiu as dívidas do anterior proprietário. Consciente das dificuldades, apostou em contratar figuras públicas para relançar a casa. Na mesma zona, abriu o "Mostarda", um espaço de restauração coma particularidade de estar aberto toda a noite. Era também sócio maioritário da Rádio Nova Era e do "Porta29", um café no Estádio do Dragão. Tinha ainda a empresa Som Puro, dedicada aos espectáculos e multimédia, responsável pela animação nos jogos do Dragão. Um dos últimos eventos que organizou foi, em Julho, a Nova Era Beach Party, em Leça da Palmeira. A atestar o gosto pelo futebol, Aurélio chegou a ponderar, em Junho passado, candidatar-se à presidência do Leça F. C., mas não concretizou o projecto.


        "Era um empresário normal"

        Fernando Madureira, líder dos SuperDragões, foi das últimas pessoas a privar com Aurélio Palha, pouco antes do homicídio. Foi após o clássico F. C. Porto-Sporting que os amigos estiveram juntos, no restaurante "Boi na Brasa". "O Aurélio jantou lá com a mulher, a filha e mais umas pessoas amigas. Eu só apareci mais tarde, para conversamos um bocado, como já era normal", contou, explicando que saiu "depois da meia-noite", muito antes do sucedido. Fernando Madureira diz que viu Aurélio "contente, até porque tínhamos ganho ao Sporting". No exterior, assegura, "estava tudo completamente normal", acrescenta, não se apercebendo de nada suspeito. Segundo Madureira, Aurélio "era uma pessoa com nível, um empresário normal com os seus negócios". Não avança, porém, razões que possam explicar o homicídio ou se seria mesmo Aurélio Palha o alvo. "Só a Polícia pode descobrir".

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          #64
          O clima está pesado. Já não me lembrava de um ambiente assim ...


          Isto anda muito mau... já ouvi muita gente,aliás não se fala de outra coisa...

          Não vou revelar nada do que me foi dito,porque cada versão é uma versão. Mas vão ser tempos complicados os que aí vêm...


          E a porcaria da polícia ainda há-de explicar(talvez se fosse noutro País )


          como morre gente,tiroteios atrás de tiroteios..e toda a gente sabe quem são...e onde andam. Acabem pelo mal com a raíz.

          Ou vão ter de admitir que a própria polícia tem medo? inacreditável..

          Comentário


            #65
            Quatro mortes em dois meses põem 'movida' em polvorosa
            Empresários são "reféns" de grupos de seguranças

            Os casos de violência na noite do Porto estão a acontecer a um ritmo pouco vulgar e, apesar de muitos dos incidentes não terem qualquer ligação entre si, fala-se em "clima de medo". Certo é que, desde o passado mês de Julho, já foram registadas quatro mortes em rixas ocorridas junto a bares e discotecas. As autoridades estão preocupadas.

            À parte dos designados casos pontuais, muitas vezes resultantes de desentendimentos momentâneos, as autoridades e várias fontes ligadas ao ramo da diversão nocturna acreditam que a disputa de território entre grupos rivais está na origem de uma boa parte das cenas de violência na noite do Porto. Por norma, a justiça entre seguranças faz-se na rua, não é para ser levada aos tribunais. "É uma espécie de código de honra as coisas são resolvidas entre eles", reitera fonte policial. E a tendência, temem empresários contactados pelo JN, "é para piorar".

            "Não são só as grandes discotecas a sofrer. Bares e até cafés que funcionem durante a noite têm problemas com seguranças", sublinham, lembrando que cada vez há mais "gente nova" a entrar naquele universo. Muitos dos seguranças têm crimes violentos no currículo, por vezes associados a situações de extorsão e ajustes de contas.

            "O problema é a impunidade. Nos últimos casos, não há conhecimento de que tenham sido detidos os agressores, apesar de muitas vezes as autoridades saberem quem eles são", comentou um empresário. Contactado pelo JN, António Fonseca, o presidente da Associação de Bares da Zona Histórica do Porto, sublinhou que a "situação é muito grave". "A instabilidade está a aumentar e há empresários da noite com receio e a repensar se vão continuar", afirmou o dirigente, temendo que o cenário de violência venha a agravar-se. Fonseca considera que é "necessário regulamentar a segurança privada na via pública". Hugo Silva e Nuno Silva


            Há proprietários de discotecas do Grande Porto que se tornam "reféns" de determinados grupos de seguranças. São alvo de extorsão de milhares de euros, por parte de indivíduos que pretendem fazer a segurança dos estabelecimentos. Uma recusa pode ser sinónimo de incidentes. "Não contava com este tipo de pressão", desabafou, ao JN, um empresário, que acabou por fechar a discoteca e foi obrigado a desligar-se, por completo, do ramo. "Disseram-me que, no dia em que abrisse outra casa, apresentavam-se lá para trabalhar", recordou, sob anonimato, ainda com medo de represálias. Foi ameaçado várias vezes. Ameaças que atingiram os filhos e a mulher. O medo impera e estende-se a outros empresários. O mesmo medo que os impede de apresentar queixa na Polícia. "No mesmo dia em que se fizesse a queixa, os seguranças ficavam a saber. E depois?", questiona o responsável de outra casa de animação. Logo na altura em que abriu a discoteca, o empresário foi avisado é melhor ter determinada equipa de segurança ou podia haver problemas. Aceitou a sugestão, sem saber que entrava num pesadelo. Embora um outro telefonema fizesse adivinhar a situação: "Ligaram-me a pedir uma percentagem". "No princípio, as coisas até correram com normalidade. Mas, passado algum tempo, houve mudança completa. Passaram a interferir no funcionamento da casa e, apesar das nossas indicações, agrediam clientes, incluindo amigos meus", contou. "Chegou a uma altura em que quem mandava na casa eram eles. E, por causa das agressões, passava mais tempo na esquadra do que na discoteca". Na Polícia, tinha de dar cobertura à actuação dos seguranças, sob pena de sofrer represálias. Os pagamentos eram elevados. Cada homem recebia cerca de 100 euros por noite, sendo que, nos dias mais fortes, a casa teria quase uma dezena de seguranças.

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              #66
              É por estas e por outras que agora evito sair à noiteaqui no porto e arredores... prefiro uns barzinhos sem seguranças! Engraçado a ironia: está-se mais seguro num bar sem seguranças do que num bar com seguranças!!

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                #67
                Originalmente Colocado por DPontes11 Ver Post
                É por estas e por outras que agora evito sair à noiteaqui no porto e arredores... prefiro uns barzinhos sem seguranças! Engraçado a ironia: está-se mais seguro num bar sem seguranças do que num bar com seguranças!!


                É bem verdade!

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                  #68
                  Pois eu ja frequento a noite do Porto desde os 16 anos ... trabalhei nos meus tempos , em várias discotecas ( inclusive onde o Aurelio tinha segurança) e nunca tive qualquer problema ou me senti em perigo . Há problemas que são fáceis de evitar , agora há muito curioso que depois acaba por levar por tabela .
                  Continuarei a sair sem qualquer problema , sempre que me apeteça sem qualquer receio como fiz até hoje ...

                  Quanto ao Sr Aurelio lamenta-se a perda da familia ... mas como já referi , quem anda á chuva , molha-se e ele arriscou bastante para chegar onde estava ... Não deveria ter facilitado tanto, não duvido que tenha sido um ajuste de contas .

                  Comentário


                    #69
                    Pensem onde ele arranjou o dinheiro para ter o que tinha e têem a solução do enigma... Quando um subordinado tenta seguir sozinho...

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                      #70
                      Falam aí muito da inércia da policia... E se eles - ou pelo menos alguns funcionários - tiverem interesse que as coisas se passem assim?

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                        #71
                        Já tinha lido em tempos uma reportagem sobre as "máfias" da segurança da noite do Porto. Mas fiquei convicto que era mais à base de ameaças e de extorsão.

                        Estava longe de imaginar que já estava neste ponto...

                        Comentário


                          #72
                          Há cerca de 10 anos saia imenso no Porto...acho a noite um espectáculo..das melhores mesmo...agora qualquer "boteco" tinha um segurança à porta e consumos mínimo!?!?!?!?!?!? Acho que a selecção em alguns sitios era mesmo uma palhaçada e depois acontecem certas coisas, principalmente com pessoal já bebido!
                          Esta é a grande diferença para Lisboa...(não contando com bares/discotecas da moda...)

                          Comentário


                            #73
                            Não sei se repararam nesta frase:

                            "O homicídio do empresário dono de mais espaços nocturnos (ver caixa) do Porto provocou uma onda de choque naqueles que lhe são próximos. À excepção de Fernando Madureira, líder dos SuperDragões, ninguém quis prestar declarações, entre família e sócios das várias empresas.

                            Previsível, no entanto, é que os próximos dias não sejam de acalmia. "Não é a mesma coisa que matar um simples segurança", explicou uma fonte policial ao JN.

                            Hoje, pelas 16 horas, na igreja das Antas, decorrerá o velório. O funeral de Aurélio Palha está marcado para amanhã, com missa de corpo presente também na igreja das Antas, seguindo depois para o cemitério de Paranhos, no Porto.

                            * com António Soares, Nuno Silva e Vanessa Barros Cruz"

                            Se matassem um Segurança não havia crise...

                            Comentário


                              #74
                              Originalmente Colocado por Martins79 Ver Post
                              Se matassem um Segurança não havia crise...
                              Já não era o 1º a ser morto e a não se ouvir falar...

                              Comentário


                                #75
                                Originalmente Colocado por Zylmhuin VII Ver Post
                                Já não era o 1º a ser morto e a não se ouvir falar...
                                Cada vez acredito mais na teoria que a polícia não age por medo, já soube de casos de roubos flagrantes de bens materiais que agiram com uma inacção total.

                                Lá devem pensar: "não vou arriscar a vida por este ordenado, a seguradora que pague".

                                Em relação ao que se passa no Porto devem pensar a mesma coisa, ou começam a andar de cabeças tapadas como fazem a polícia espanhola no que toca a detenções da ETA por exemplo.

                                Comentário


                                  #76
                                  Triste fim....

                                  Comentário


                                    #77
                                    Ainda bem que não gosto muito de discotecas nem desse tipo de bares-discotecas.

                                    Cada vez me sinto melhor quando não vou sair à noite. Está tudo cada vez pior e mais inseguro!

                                    Comentário


                                      #78
                                      Isto vai bater mesmo no fundo.... A noite vai andar na mó de baixo uns tempos. Os empresários vão reclamar, vão-se mudar as regras do jogo e depois as coisas vão melhorar.

                                      Comentário


                                        #79
                                        devia ser um menino de coro....

                                        pois...

                                        Comentário


                                          #80
                                          Morte de patrão da noite pode ter sido executada por gente de fora

                                          Assassinos de Aurélio Palha dispararam de dentro de uma carrinha Mercedes com vidros fumados

                                          Nuno Miguel Maia </B>, e Nuno Silva*</B>

                                          O homicídio do empresário conhecido como o patrão da noite do Porto pode ter sido executado por pessoas oriundas de fora da vida nocturna portuense, ainda que com eventuais mandantes inimigos de Aurélio Palha. Esta hipótese não é colocada de parte pelas autoridades e ganha sustentação com o facto de, ontem, como admitiram fontes do JN, não ter havido qualquer sinal ou mensagem trocada entre grupos rivais, como sinal de aviso, algo que aconteceu em anteriores homicídios e zaragatas nos últimos meses.

                                          Uma eventual contratação de indivíduos oriundos do submundo da segurança nocturna poderia colocar em causa a eficácia do crime, uma vez que os seus autores seriam mais facilmente descobertos. Mas uma "encomenda" de homicídio endereçada a executantes de fora do Porto poderá ser mais complicada de investigar. Acresce a esta conjectura a própria característica do crime. É que a morte do dono do "Chic" não aconteceu na sequência de qualquer provocação ou zaragata, tal como anteriores incidentes. O homicídio parece ter sido rigorosamente planeado e foi cometido de uma forma muito rara em Portugal.

                                          A Polícia Judiciária (PJ) já inquiriu várias pessoas e tentou visualizar as imagens de videovigilância. Ao que apurou o JN, não terá sido possível, por essa via, recolher dados que permitam identificar os autores. Estes, segundo declarou às autoridades o segurança que às 3.30 horas acompanhava Aurélio Palha, circulavam numa carrinha Mercedes, com aparência de vidros fumados. Razão pela qual não terá reconhecido ninguém.

                                          Morreu com "um sorriso"

                                          Apesar de os homicidas terem efectuado oito disparos, apenas dois causaram a morte do empresário. Fonte próxima do caso explicou ao JN que duas balas ficaram alojadas na cabeça, o que causou a morte quase imediata. Diz quem o viu que Aurélio Palha foi alvejado de costas e que no momento da morte "estava a sorrir". E assim ficou quando o coração deixou de bater.

                                          As pessoas que eram mais próximas do dono de vários estabelecimentos de diversão nocturna do Porto dizem ainda não ter entendido as motivações do crime. Atribuem o acto a "cobardia de alguém", mas dizem que Aurélio não tinha inimigos e que não estão a ver quem possa pretender vingar-se. O crime pode, até, nem ter sido cometido por seguranças do mundo da noite e ser obra de outros indivíduos com acesso facilitado a armas.

                                          Aliás, neste contexto, um amigo de Aurélio disse ao JN ter dificuldade em acreditar numa das hipóteses de explicação do crime colocada pela PJ e ontem adiantada pelo JN a relação com o homicídio de Nuno "Gaiato", na noite de 13 de Julho passado, na discoteca "El Sonero", no Porto.

                                          Nesta circunstância, o alvo principal poderia ser o guarda-costas que, no momento do crime, estava com Aurélio Palha à porta da discoteca "Chic". Este indivíduo é tido, nos meios da noite portuense, como alguém que sabe algo sobre o homicídio no El Sonero ou pode ter estado no local naquela noite.

                                          Polícia surpreendida

                                          A escalada de violência na noite do Porto apanhou as próprias autoridades de surpresa. "Não estávamos habituados a este tipo de criminalidade, organizada e bastante complexa. Este grau de violência surpreende-nos", admitiu, ao JN, Rui Mendes, comandante da Divisão de Investigação Criminal da PSP do Porto.

                                          O mesmo responsável reiterou as dificuldades em prevenir este género de incidentes. A propósito, lembrou o facto de a "Chic", junto à qual foi assassinado Aurélio Palha, se encontrar encerrada na altura do crime.

                                          "A PSP já tem feito várias detenções e apreensões de grandes quantidades de armas de fogo", frisou. Contudo, os crimes de que têm sido indiciados os suspeitos (ofensas corporais, ameaças e posse ilegal de armas) raramente culminam na aplicação de prisão preventiva.

                                          O director da PJ do Porto, Vítor Guimarães, também manifestou preocupação com o actual "fenómeno" na noite portuense. "Temos noção de que há um convívio difícil entre vários grupos de seguranças, à custa de tensões próprias do mundo da noite", declarou. A PJ também teme que os episódios de violência se agudizem nos próximos tempos.

                                          O Ministério da Administração Interna adiantou, por seu lado que, numa reunião com o Gabinete Coordenador de Segurança, ocorrida no passado dia 23, "foram dadas orientações para reforçar a segurança" em pontos onde têm verificado crimes violentos, nomeadamente em estabelecimentos de diversão nocturna nas cidades do Porto e de Lisboa.

                                          Quem conhece a testemunha?

                                          O homem que acompanhava Aurélio Palha no momento do crime parece ser um desconhecido para família e outras pessoas próximas do empresário que estiveram ontem, na Igreja das Antas, no Porto. O JN tentou identificá-lo por entre as pessoas que foram prestar homenagem ao falecido, mas todas as respostas foram no sentido de ninguém saber quem é. Certo é que o homem que fazia segurança a Aurélio é a única testemunha do crime e já foi inquirido pela PJ. Uma hipótese de explicação do homicídio centra-se num eventual engano. Nessa tese, o guarda-costas seria o alvo principal do crime, por causa de outro homicídio em Julho, no El Sonero.

                                          * com Elsa Touceira


                                          http://jn.sapo.pt/2007/08/29/primeir...o_executa.html

                                          Comentário


                                            #81
                                            AntónioRilo

                                            O funeral foi marcado pelo silêncio. Ninguém quer avançar com nomes de suspeitos, o medo impera

                                            Rómulo, dono de um dos mais importantes ginásios do Porto, foi sovado meia hora antes de Aurélio Palha ter sido baleado.

                                            Os dois casos parecem estar relacionados, ganhando cada vez mais força a tese de que o alvo do homicídio poderia não ser o empresário, mas o segurança que o acompanhava no momento dos disparos.

                                            Rómulo deu entrada no Hospital de Santo António, no Porto, pelas 03h00, e terá sido levado àquela unidade hospitalar pelo próprio Fernando Madureira, líder dos SuperDragões. Desconhece--se onde ocorreu a agressão, apenas se sabe que Rómulo terá estado no Boi na Brasa, horas antes dos disparos contra Aurélio Palha. “Fiz um voto de silêncio sobre este caso. Não digo mais nada”, respondeu Fernando Madureira ao CM.

                                            O que aconteceu exactamente nesse encontro (Fernando Madureira também esteve no Boi na Brasa horas antes dos disparos) é o que as autoridades estão a investigar. Certo é que nenhum dos protagonistas jantou, ficando apenas Aurélio e Alberto (o segurança que o acompanhava) até para além da hora do fecho do restaurante.

                                            Sem elementos de prova e apenas com alguns relatos circunstânciais feitos por alguns dos envolvidos, as autoridades tentam encontrar o fio da meada. Rómulo pertenceria a um grupo concorrente de Aurélio, do qual fazia também parte Nuno Gaiato, o segurança morto na discoteca El Sonero, no passado dia 13 de Julho.

                                            Quem marcou o encontro no Boi na Brasa e qual o objectivo do mesmo é algo que a Polícia Judiciária está a averiguar. Tal como saber quem espancou Rómulo. Não foi apreendida, para já, qualquer arma do crime e a única testemunha também “não viu nada”. O segurança Alberto apenas relatou que os disparos vieram de uma carrinha Mercedes, de cor escura, que tinha os vidros fumados. Não sabe qual era a matrícula, o modelo, apenas teve tempo para se esconder por detrás do muro da discoteca Chic.

                                            À falta dos pormenores de Alberto juntam-se os silêncios dos mais próximos de Palha. E a Polícia Judiciária do Porto, que anteontem anexou no mesmo processo os homicídios à porta do Chic e no interior do El Sonero, tenta penetrar num mundo carregado de códigos e silêncios cúmplices.

                                            Paralelamente, o ambiente de medo impera. A todo o momento são esperados ajustes de contas pela morte de um dos mais importantes empresários da noite. Ontem mesmo terá voltado a acontecer uma cena de tiros na zona da Ribeira do Porto, situação essa que não terá sido registada pela polícia.

                                            FUNERAL CARREGADO DE SILÊNCIO “Esta morte prova que a segurança no Porto não existe.” Estas foram as únicas palavras de desabafo ouvidas ontem no funeral de Aurélio Palha.

                                            Centenas de pessoas acorreram ao último adeus ao empresário morto a tiro na madrugada de domingo, à porta da discoteca Chic, na Zona Industrial do Porto.

                                            O ambiente de consternação e pesar também estava carregado de “medos”. O silêncio falou mais alto, numa altura em que os mais próximos da vítima temem pelas suas próprias vidas.

                                            Amigos, familiares e dezenas de funcionários choraram a morte de Aurélio Palha, também não quiseram tecer comentários sobre o sucedido. Regressou o silêncio e as lágrimas abafadas no cemitério de Paranhos.

                                            Ao longe, a Polícia de Segurança Pública (PSP) vigiou passo a passo o cortejo fúnebre, que contou com a presença de Fernando Madureira, o líder da claque Super Dragões, uma das últimas pessoas que viu o empresário antes daquele ter sido abatido a tiro.

                                            Dezenas de ramos de flores, cartões de despedida sentidos e uma camisola do FC Porto evocando Aurélio foram depositados em cima da urna, como símbolo da ligação ao clube que acompanhou desde criança.

                                            As centenas de pessoas que estiveram no funeral do empresário raramente tiraram os olhos do chão.

                                            No final, muitos foram os que permaneceram junto à família para, mais uma vez em silêncio, mostrarem solidariedade.

                                            O QUE ELES DIZEM

                                            "O PÚBLICO EM GRAL NÃO TEM NADA A TEMER"

                                            Zé Pedro, Xutos & Pontapés

                                            O guitarrista da banda Xutos & Pontapés, Zé Pedro, acredita que a “onda de criminalidade” que atingiu a noite portuense não irá atingir os clientes. “Acho que não é perigoso sair à noite. As mortes dos últimos meses devem prender-se com ajustes de contas e não vão atingir inocentes”, sublinhou. Zé Pedro, que conheceu Aurélio Palha há uns anos, quando este era responsável pela segurança nos concertos dos Xutos, diz que não teme sair à noite no Porto.

                                            "A NOITE É UM MUNDO À PARTE"

                                            Mário Ferreira, empresário

                                            O empresário portuense Mário Ferreira, aquele que será o primeiro turista português no espaço, não quer ter “nada a ver com a noite”. “É um mundo à parte do qual não faço, nem quero fazer parte”, afirmou. O empresário aconselha os portuenses a “viverem de dia”. “Levanto-me cedo e deito-me cedo todos os dias. Nem sei o que se passou no Porto para a noite ter ficado perigosa, mas em casa é que não acontece nada”, ironizou o proprietário da empresa Douro Azul.

                                            "SÓ OUVI FALAR DE UNS DISPAROS"

                                            Batata Cerqueira Gomes

                                            “Não tenho nada a ver com isso e nem sequer sei o que realmente aconteceu ao pé do Chic. Só ouvi falar de uns disparos”, referiu de forma curta e breve Batata Cerqueira Gomes, o actual gerente do clube Twins, no Porto. Mas o clube está referenciado pelas autoridades no âmbito do homicídio de Diogo Koehler ocorrido em Julho. Um dos dois seguranças suspeitos do crime trabalhava naquele bar. O jovem foi brutalmente espancado no fim de uma noite de diversão.

                                            NOTAS

                                            SEGURANÇAS ILEGAIS

                                            A última operação da PSP em bares e discotecas do Porto, realizada em meados de 2006, detectou perto de uma centena de seguranças ilegais.

                                            GINÁSIOS PROLIFERAM

                                            São muitos os ginásios do Grande Porto onde diariamente se encontram seguranças. Aurélio Palha era dono de um deles, Rómulo de outro.

                                            AUSÊNCIA DE QUEIXAS

                                            As autoridades acreditam que muitas das ameaças existentes no mundo da noite não são relatadas à polícia. Os ajustes de contas “repõem” a justiça.


                                            http://www.correiomanha.pt/noticia.a...dCanal=9&p=200

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                                              #82
                                              Originalmente Colocado por HaagenDazs Ver Post
                                              AntónioRilo

                                              O funeral foi marcado pelo silêncio. Ninguém quer avançar com nomes de suspeitos, o medo impera

                                              Rómulo, dono de um dos mais importantes ginásios do Porto, foi sovado meia hora antes de Aurélio Palha ter sido baleado.

                                              Os dois casos parecem estar relacionados, ganhando cada vez mais força a tese de que o alvo do homicídio poderia não ser o empresário, mas o segurança que o acompanhava no momento dos disparos.

                                              Rómulo deu entrada no Hospital de Santo António, no Porto, pelas 03h00, e terá sido levado àquela unidade hospitalar pelo próprio Fernando Madureira, líder dos SuperDragões. Desconhece--se onde ocorreu a agressão, apenas se sabe que Rómulo terá estado no Boi na Brasa, horas antes dos disparos contra Aurélio Palha. “Fiz um voto de silêncio sobre este caso. Não digo mais nada”, respondeu Fernando Madureira ao CM.

                                              O que aconteceu exactamente nesse encontro (Fernando Madureira também esteve no Boi na Brasa horas antes dos disparos) é o que as autoridades estão a investigar. Certo é que nenhum dos protagonistas jantou, ficando apenas Aurélio e Alberto (o segurança que o acompanhava) até para além da hora do fecho do restaurante.

                                              Sem elementos de prova e apenas com alguns relatos circunstânciais feitos por alguns dos envolvidos, as autoridades tentam encontrar o fio da meada. Rómulo pertenceria a um grupo concorrente de Aurélio, do qual fazia também parte Nuno Gaiato, o segurança morto na discoteca El Sonero, no passado dia 13 de Julho.

                                              Quem marcou o encontro no Boi na Brasa e qual o objectivo do mesmo é algo que a Polícia Judiciária está a averiguar. Tal como saber quem espancou Rómulo. Não foi apreendida, para já, qualquer arma do crime e a única testemunha também “não viu nada”. O segurança Alberto apenas relatou que os disparos vieram de uma carrinha Mercedes, de cor escura, que tinha os vidros fumados. Não sabe qual era a matrícula, o modelo, apenas teve tempo para se esconder por detrás do muro da discoteca Chic.

                                              À falta dos pormenores de Alberto juntam-se os silêncios dos mais próximos de Palha. E a Polícia Judiciária do Porto, que anteontem anexou no mesmo processo os homicídios à porta do Chic e no interior do El Sonero, tenta penetrar num mundo carregado de códigos e silêncios cúmplices.

                                              Paralelamente, o ambiente de medo impera. A todo o momento são esperados ajustes de contas pela morte de um dos mais importantes empresários da noite. Ontem mesmo terá voltado a acontecer uma cena de tiros na zona da Ribeira do Porto, situação essa que não terá sido registada pela polícia.

                                              FUNERAL CARREGADO DE SILÊNCIO “Esta morte prova que a segurança no Porto não existe.” Estas foram as únicas palavras de desabafo ouvidas ontem no funeral de Aurélio Palha.

                                              Centenas de pessoas acorreram ao último adeus ao empresário morto a tiro na madrugada de domingo, à porta da discoteca Chic, na Zona Industrial do Porto.

                                              O ambiente de consternação e pesar também estava carregado de “medos”. O silêncio falou mais alto, numa altura em que os mais próximos da vítima temem pelas suas próprias vidas.

                                              Amigos, familiares e dezenas de funcionários choraram a morte de Aurélio Palha, também não quiseram tecer comentários sobre o sucedido. Regressou o silêncio e as lágrimas abafadas no cemitério de Paranhos.

                                              Ao longe, a Polícia de Segurança Pública (PSP) vigiou passo a passo o cortejo fúnebre, que contou com a presença de Fernando Madureira, o líder da claque Super Dragões, uma das últimas pessoas que viu o empresário antes daquele ter sido abatido a tiro.

                                              Dezenas de ramos de flores, cartões de despedida sentidos e uma camisola do FC Porto evocando Aurélio foram depositados em cima da urna, como símbolo da ligação ao clube que acompanhou desde criança.

                                              As centenas de pessoas que estiveram no funeral do empresário raramente tiraram os olhos do chão.

                                              No final, muitos foram os que permaneceram junto à família para, mais uma vez em silêncio, mostrarem solidariedade.

                                              O QUE ELES DIZEM

                                              "O PÚBLICO EM GRAL NÃO TEM NADA A TEMER"

                                              Zé Pedro, Xutos & Pontapés

                                              O guitarrista da banda Xutos & Pontapés, Zé Pedro, acredita que a “onda de criminalidade” que atingiu a noite portuense não irá atingir os clientes. “Acho que não é perigoso sair à noite. As mortes dos últimos meses devem prender-se com ajustes de contas e não vão atingir inocentes”, sublinhou. Zé Pedro, que conheceu Aurélio Palha há uns anos, quando este era responsável pela segurança nos concertos dos Xutos, diz que não teme sair à noite no Porto.

                                              "A NOITE É UM MUNDO À PARTE"

                                              Mário Ferreira, empresário

                                              O empresário portuense Mário Ferreira, aquele que será o primeiro turista português no espaço, não quer ter “nada a ver com a noite”. “É um mundo à parte do qual não faço, nem quero fazer parte”, afirmou. O empresário aconselha os portuenses a “viverem de dia”. “Levanto-me cedo e deito-me cedo todos os dias. Nem sei o que se passou no Porto para a noite ter ficado perigosa, mas em casa é que não acontece nada”, ironizou o proprietário da empresa Douro Azul.

                                              "SÓ OUVI FALAR DE UNS DISPAROS"

                                              Batata Cerqueira Gomes

                                              “Não tenho nada a ver com isso e nem sequer sei o que realmente aconteceu ao pé do Chic. Só ouvi falar de uns disparos”, referiu de forma curta e breve Batata Cerqueira Gomes, o actual gerente do clube Twins, no Porto. Mas o clube está referenciado pelas autoridades no âmbito do homicídio de Diogo Koehler ocorrido em Julho. Um dos dois seguranças suspeitos do crime trabalhava naquele bar. O jovem foi brutalmente espancado no fim de uma noite de diversão.

                                              NOTAS

                                              SEGURANÇAS ILEGAIS

                                              A última operação da PSP em bares e discotecas do Porto, realizada em meados de 2006, detectou perto de uma centena de seguranças ilegais.

                                              GINÁSIOS PROLIFERAM

                                              São muitos os ginásios do Grande Porto onde diariamente se encontram seguranças. Aurélio Palha era dono de um deles, Rómulo de outro.

                                              AUSÊNCIA DE QUEIXAS

                                              As autoridades acreditam que muitas das ameaças existentes no mundo da noite não são relatadas à polícia. Os ajustes de contas “repõem” a justiça.


                                              http://www.correiomanha.pt/noticia.a...dCanal=9&p=200

                                              resumindo e concluindo anda metade da máfia do Porto a tentar limpar o sebo à outra metade para ficar com o poder absoluto...
                                              A culpa é da RTP porque andou a passar a série dos Sopranos...

                                              Comentário


                                                #83
                                                Para acabar com essas historias todas era simples ... bastava probirem a segurança privada nas discotecas e bares ...

                                                Se querem segurança , ou pagam á policia para o fazer , ou contratam as Prosegur's e afins ... Com esses nao costuma haver problemas.

                                                Comentário


                                                  #84
                                                  Originalmente Colocado por paralelo Ver Post
                                                  resumindo e concluindo anda metade da máfia do Porto a tentar limpar o sebo à outra metade para ficar com o poder absoluto...
                                                  A culpa é da RTP porque andou a passar a série dos Sopranos...
                                                  Se calhar andam a fazer o "remake" do "Godfather"...

                                                  Comentário


                                                    #85
                                                    Ainda antes de isto azedar já uma amiga minha queria ir à River. E eu farto de ouvir o que de vez em quando se passava para aqueles lados. É claro que sempre me recusei.

                                                    Cada vez saio menos para ambientes nocturnos, só dá confusão...

                                                    Comentário


                                                      #86
                                                      parece que afinal umas horas antes, tinha dado entrada no Hospital um Homem (dono de um ginásio, e com segurança concorrente à do Aurélio Palha) vitima de espancamento

                                                      a PJ anda a investigar se será uma coincidência, ou não...

                                                      Comentário


                                                        #87
                                                        Originalmente Colocado por rc Ver Post
                                                        parece que afinal umas horas antes, tinha dado entrada no Hospital um Homem (dono de um ginásio, e com segurança concorrente à do Aurélio Palha) vitima de espancamento

                                                        a PJ anda a investigar se será uma coincidência, ou não...

                                                        rómulo

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                                                          #88
                                                          Acabou de passar na Sic, 2 seguranças baleados à queima roupa à porta de uma discoteca, mas desta vez em Lisboa.
                                                          Editado pela última vez por Sniper; 03 September 2007, 11:30.

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                                                            #89
                                                            A RTP Memória aos domingos tem transmitido a série italiana "Polvo", sendo a semana passada penso que acabou a 7ª temporada. A ficção aproxima-se cada vez mais da realidade...

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                                                              #90
                                                              Tão cedo não ponho os pés na Porto! O ambiente é uma verdadeira porcaria e a segurança é o que é...Prefiro andar 15 ou 20min de carro e ir para a Póvoa.

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