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Quatro mulheres detidas em França no dia em que entra em vigor a "lei da burqa"

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    #61
    Eu que até me considero um tipo bastante liberal -pouco dado a criticar religiões, opções políticas, sexuais ou outras- com esta coisa da burqa fico incomodado. É me insuportável a visão de uma mulher totalmente tapada, é uma imagem violenta, quase como o ver um homem a bater numa mulher. Depois ainda acresce à burqa a notória falta de respeito com que eles tratam as suas mulheres, as duas coisas juntas geram-me uma incontrolável repulsa.

    Com certeza que o Vaticano também exige o tapar dos ombros para lá entrar, mas o tapar da cara é o esconder da identidade e isso parece-me demasiado vexatório para se puder aceitar de animo leve.

    Comentário


      #62
      Originalmente Colocado por Frutis Ver Post
      Ora bem eu sou a favor da liberdade cultural. Como tal se a mulher não se sente atacada por andar de "burqa", é algo que por algum motivo ela acha certo, porque razão proibir? Se essa mesma mulher achar que é errado, sou a favor que não ande com a burqa, como digo, que poder temos nos de obrigar outra qualquer pessoa a vestir algo?

      Eu não sou pró, nem pré, nem contra nem a favor de costumes religiosos, sou a favor da liberdade de cultural e religiosa de cada um!
      As pessoas não podem tomar um todo por um, nem fazer de um exemplo o todo.
      E tu achas que uma mulher que usa burka tem liberdade de escolha? Tem alternativa? Tem sequer a hipotese de dizer que não quer usar?
      Elas não sabem o que é liberdade de escolha ou ter opinião.

      Anda por aí um tópico que fala em liberdades logo: a liberdade deles termina onde começa a minha. E se a minha é posta em causa pela forma como eles/elas se vestem, temos pena mas na casa dos outros eles não mandam.

      Estão mal? Mudem-se.
      Estão na europa porque querem, ninguém os obriga a ficar.

      O politicamente correcto e o eu não tenho nada contra, cada um faz o que quer que eu não quero saber, é que levou a estes abusos.


      Originalmente Colocado por JPedroM Ver Post
      Se as freiras usarem o hábito também serão presas? Ou se uma judia usar o scaf também será detida?

      Eu como cidadão europeu fico indignado, no que toca, a uma limitação da minha liberdade religiosa. Se lá no médio oriente proibem certas coisas, porque vamos descer ao mesmo nível?

      A falta de inteligência de certos políticos é crónica!!!!

      È simples. Penso eu.

      Eu como cidadã europeia também fico indignada quando me limitam as minhas escolhas num país muçulmano. Quando tenho de tapar o decote, nao posso andar de calçoes ou saias, tenho de usar veu, andar dois ou tres passos atrás de um homem, etc etc etc

      Se os europeus e outros cumprem as regras porque razão não as cumprem eles? O Deus deles ou a Religião deles é superior às outras?

      Mas provavelmente devo sofrer do mesmo mal de certos politicos.... ou não!

      Comentário


        #63
        Penso que mais que tudo será uma questão de segurança, numa época em que cada vez mais se fala em terrorismo, andar de modo a não ser identificável, quer por outras pessoas quer por software de reconhecimento facial, sim porque segundo uma entrevista num canal estrangeiro isso está cada vez mais implementado, é um perigo, não sabes se será mesmo uma mulher que está lá dentro, e a ser que intenções terá ao ter a vantagem de entrar e sair de um local publico sem ser identificada.... são as regras do pais que os acolhe, logo há que cumprir, não venham agora para cá com falsas moralidades querer mudar as coisas,e tentar justificar algo que não é assim tão justificável. Olha se querem usar têm bom remedio, usem matriculas como os carros com registo, usam o numero a frente a trás e pronto na base de dados diz. FR283763743 Al Bin Umm ... lol e pronto matricula X pessoa X. Tanta coisa para eu dizer, sim concordo plenamente :D

        Comentário


          #64
          Humm...segurança....

          Ninguém quer os chips de matricula, ou a video-vigilância, ou qualquer tipo de controlo que restringa a "nossa liberdade", porque ninguém tem nada que saber onde andamos, quando e com quem. Mas se for restringir a liberdade de outros em nome da segurança, já não há problema.

          Em nome da segurança deviamos andar todos nús para não podermos esconder cintos com explosivos, por exemplo.
          Quem quer cometer actos ilícitos, comete-os. Se for proíbido o uso de máscaras dentro de bancos, alguém que o vá assaltar vai de cara destapada porque é proíbido usar máscara?

          O que este tipo de lei vai fazer é com que aquelas mulheres fiquem condenadas a não poder sair de casa.

          Comentário


            #65
            Originalmente Colocado por Bj40 Ver Post
            Quem somos nós para impor algo aos outros?

            Ora bem, somos os mesmos cujas nossas mulheres podem ser apedrejadas se forem ao Irão (ou qualquer país do estilo) e andarem de mini-saia e top com as m***s ao léu.

            A diferença é que nós, quando lá vamos, sabemos e assumimos que cada povo tem a sua cultura e devemos respeitá-la. Tomamos precauções e respeitamos as regras. Já o contrário parece não ser verdade, só falta quererem obrigar os de cá, Europeus, a usarem o véu.

            E mais... Há sempre a questão da segurança que é cada vez mais importante, então quando falamos de muçulmanos (sem ofensa, todos sabemos o que quero dizer..).

            Quem não quiser acatar as regras... tem bom remédio.
            Concordo.

            Comentário


              #66
              Originalmente Colocado por Torres Ver Post
              Humm...segurança....

              Ninguém quer os chips de matricula, ou a video-vigilância, ou qualquer tipo de controlo que restringa a "nossa liberdade", porque ninguém tem nada que saber onde andamos, quando e com quem. Mas se for restringir a liberdade de outros em nome da segurança, já não há problema.

              Em nome da segurança deviamos andar todos nús para não podermos esconder cintos com explosivos, por exemplo.
              Quem quer cometer actos ilícitos, comete-os. Se for proíbido o uso de máscaras dentro de bancos, alguém que o vá assaltar vai de cara destapada porque é proíbido usar máscara?

              O que este tipo de lei vai fazer é com que aquelas mulheres fiquem condenadas a não poder sair de casa.
              Elas tem uma solução fácil. Voltam para o pais de onde vieram.

              É que cá querem tirar a carta quando no pais delas não o podem fazer. mas andar sem burqa já não andam porque é a lei deles.

              Só querem cumprir aquilo que lhes interessa.

              Nós quando vamos lá cumprimos tudo a regra. Respeitamos os outros. E quando somos apanhados, como no outro dia foi um casal a beijarem-se em publico, sofremos as consequências.

              Essa de sermos benevolentes com os outros tem que acabar. Em Roma se Romano, por isso que querem ser Europeus tem que cumprir as nossas regras.

              Não querem tem bom remédio. Voltem para casa e vão manifestar a opinião deles lá, coisa que não fazem senão levam logo com umas pedras até a morte.

              Comentário


                #67
                Uma mulher de burka é como um ovo kinder!

                Nunca se sabe qual é a surpresa que vem lá dentro!

                Comentário


                  #68
                  Este assunto recorda-me umas férias passadas à cerca de 7 anos....

                  ...num hotel do Sul de Espanha!
                  Todas as tardes em íamos para a piscina estavam lá duas familias em que as mulheres usavam burkas negras até aos pés! Os maridos e as crianças tomavam banho na piscina e apanhavam sol enquanto elas ficavam a tarde toda sentadas a ver! Metia dó!

                  Comentário


                    #69
                    Originalmente Colocado por Jbranco Ver Post
                    Eu que até me considero um tipo bastante liberal -pouco dado a criticar religiões, opções políticas, sexuais ou outras- com esta coisa da burqa fico incomodado. É me insuportável a visão de uma mulher totalmente tapada, é uma imagem violenta, quase como o ver um homem a bater numa mulher. Depois ainda acresce à burqa a notória falta de respeito com que eles tratam as suas mulheres, as duas coisas juntas geram-me uma incontrolável repulsa.

                    Com certeza que o Vaticano também exige o tapar dos ombros para lá entrar, mas o tapar da cara é o esconder da identidade e isso parece-me demasiado vexatório para se puder aceitar de animo leve.
                    Ontem pela primeira vez em 29 anos vi uma mulher de burka. Nem os olhos davam para ver, era daquelas que tinha uma rede nesse espaço, preto da cabeça aos pés sem um milímetro de pele visível!

                    Concordo contigo, é uma imagem bastante violenta.

                    Comentário


                      #70
                      Originalmente Colocado por NunoMCCII Ver Post
                      Ontem pela primeira vez em 29 anos vi uma mulher de burka. Nem os olhos davam para ver, era daquelas que tinha uma rede nesse espaço, preto da cabeça aos pés sem um milímetro de pele visível!

                      Concordo contigo, é uma imagem bastante violenta.

                      Já fui a um casamento muçulmano em Lisboa, penso que na Praça de Espanha, e vi miúdas (que penso serem miúdas pelas mãos e estatura) de burka. E a comerem com as mãos por baixo da mesma.

                      Nem sabia que havia miúdas em Portugal assim. Pensava que era só mulheres mais velhas.

                      É pena serem assim mas desde que não me chateiem tudo bem.

                      Comentário


                        #71
                        Originalmente Colocado por rogerAjacto Ver Post
                        Elas tem uma solução fácil. Voltam para o pais de onde vieram.

                        É que cá querem tirar a carta quando no pais delas não o podem fazer. mas andar sem burqa já não andam porque é a lei deles.

                        Só querem cumprir aquilo que lhes interessa.

                        Nós quando vamos lá cumprimos tudo a regra. Respeitamos os outros. E quando somos apanhados, como no outro dia foi um casal a beijarem-se em publico, sofremos as consequências.

                        Essa de sermos benevolentes com os outros tem que acabar. Em Roma se Romano, por isso que querem ser Europeus tem que cumprir as nossas regras.

                        Não querem tem bom remédio. Voltem para casa e vão manifestar a opinião deles lá, coisa que não fazem senão levam logo com umas pedras até a morte.
                        1º o país deles pode ser precisamente aquele onde estão. O uso da burqa é por uma questão social religiosa não por nacionalidade ou regionalidade

                        2º não disse que as leis não são para se cumprir. Disse sim, que esta lei - criada recentemente - é parva.
                        É baseada em argumentos falsos e distorcidos para agradar a sentimentos de revolta e desconfiança já muito disseminados. É uma lei para separar, não para juntar.

                        Comentário


                          #72
                          Originalmente Colocado por Jbranco Ver Post
                          Eu que até me considero um tipo bastante liberal -pouco dado a criticar religiões, opções políticas, sexuais ou outras- com esta coisa da burqa fico incomodado. É me insuportável a visão de uma mulher totalmente tapada, é uma imagem violenta, quase como o ver um homem a bater numa mulher. Depois ainda acresce à burqa a notória falta de respeito com que eles tratam as suas mulheres, as duas coisas juntas geram-me uma incontrolável repulsa.

                          Com certeza que o Vaticano também exige o tapar dos ombros para lá entrar, mas o tapar da cara é o esconder da identidade e isso parece-me demasiado vexatório para se puder aceitar de animo leve.
                          100% de acordo!

                          Comentário


                            #73
                            É impressionante a quantidade de supostos defensores da liberdade que defendem esta prática que é imposta às mulheres por uma cambada de atrasados mentais que as querem esconder com medo de serem cornudos!

                            Comentário


                              #74
                              Originalmente Colocado por JPedroM Ver Post
                              Se as freiras usarem o hábito também serão presas? Ou se uma judia usar o scaf também será detida?

                              Eu como cidadão europeu fico indignado, no que toca, a uma limitação da minha liberdade religiosa. Se lá no médio oriente proibem certas coisas, porque vamos descer ao mesmo nível?

                              A falta de inteligência de certos políticos é crónica!!!!
                              mas a questão é sobre burqas ou véus? Não me parece que o hijab tenha sido proibido

                              Comentário


                                #75
                                Ontem preocupei me em procurar o número de mulheres que usam isto em França e só reforça a minha ideia que esta lei é uma mensagem para a população de muçulmanos, essa sim um numero enorme de 5milhões.

                                Comentário


                                  #76
                                  E depois temos isto:

                                  Britânico detido no Dubai
                                  Turista espancado até à morte por praguejar

                                  Lee Bradley Brown, 39 anos, um turista britânico que passava umas férias de luxo no Dubai foi espancado até à morte por um grupo de polícias, depois de ter sido detido por praguejar.

                                  Turista espancado até à morte por praguejar - Última Hora - Correio da Manhã

                                  Comentário


                                    #77
                                    Originalmente Colocado por xsaraman Ver Post
                                    É impressionante a quantidade de supostos defensores da liberdade que defendem esta prática que é imposta às mulheres por uma cambada de atrasados mentais que as querem esconder com medo de serem cornudos!
                                    Respondendo pela parte que me toca, eu não concordo com o motivo que leva as mulheres a usar a burqa, nem sequer concordo que sejam obrigadas a usa-la. No entanto, compreendo perfeitamente aquilo a que se sujeitam quando uma lei destas é implementada. Quer achemos bem ou mal que tenham de a usar, a verdade imutável é que têm de o fazer, e o fazem. E aqui podemos seguir um de dois caminhos; ou tentamos mudar a maneira de encarar a obrigação e fomentamos um percurso sustentado no tempo até que surga a compreensão de que as mulheres devem ser livres de decidir se querem seguir a tradição ou não, ou temos o segundo caminho, em que ainda lhes pioramos a situação, caminho esse que é o que esta lei proporciona.
                                    Se dizemos que não podem sair de casa com a cara tapada, sabendo nós que apenas as deixam sair de casa de cara tapada, por lógica imediata irão surgir dois cenários:
                                    1-Não saem de casa
                                    2-Saiem de casa com a burqa, desrespeitando a lei e serão perseguidas legalmente por isso

                                    Ou será que alguém pensa que de repente eles vão dizer "pronto, elas podem sair de casa sem a burqa..."



                                    A estupidez não se combate com mais estupidez.

                                    Comentário


                                      #78
                                      Uma opinião que vi ontem, começa prai aos 40 segundos.

                                      YouTube - Real Time, April 15, 2011 ( Irshad Manji )

                                      Para terem uma perspectiva da senhora

                                      http://pt.wikipedia.org/wiki/Irshad_Manji

                                      Comentário


                                        #79
                                        Data de início do islamismo segundo os calendários muçulmanos – 16 de Julho de 622.
                                        Se em cerca de 1.400 anos eles não mudaram (nem evoluíram) acham que o farão de um momento para o outro?
                                        Só mesmo a repressão e a perseguição conseguem ir mantendo esta tradição da burka ao longo de séculos.

                                        O ocidente já passou por inúmeras revoluções políticas, sociais e éticas ao longo da sua violenta história. Depois de muitas lutas e muito sangue derramado, em 1946 o ocidente instituiu o documento maior do que todos os documentos, a bíblia maior do que todas as bíblias, as palavras maiores do que todas as palavras: a “Carta Universal dos Direitos do Homem”.

                                        Neste documento, os países signatários procuraram basear a estruturação das suas sociedades segundo o pressuposto de que não haveria pressupostos que criassem desigualdades entre os seres humanos, fossem eles baseados no género, na religião, na cor, na etnia, na proveniência social, etc.

                                        Assim, quando por qualquer um dos motivos anteriormente referidos as pessoas são descriminadas, então estão a entrar em incumprimento. E nisso, a religião tem sido pródiga em colocar-se sempre acima da lei e acima de qualquer regra que se aplique ao comum cidadão. Todos têm de obedecer, desde que não surjam motivos religiosos, como se a religião possa estar acima da lei e dos Direitos do Homem pelos quais se regem as sociedades ocidentais.

                                        Aquilo que nós, ocidentais, defendemos para todos os seres humanos – a IGUALDADE (algo que custa imenso a entrar dentro de certas cabeças). Se a sua religião estipula que a mulher é menos do que o homem, isso é lá com eles, desde que a sua liberdade religiosa não se sobreponha ao direito à igualdade e à liberdade europeus. E é aqui que começa a colisão. As nossas liberdades têm sido restringidas devido ao medo e à insegurança aos quais é impossível dissociar o terrorismo islâmico.
                                        A segurança e liberdade comuns são ameaçadas por pessoas que, em nome do radicalismo religioso, atentam contra a nossa estrutura social recorrendo ao mesmo medo e terror com que subjugam as mulheres ao longo de séculos. Assim como estão habituados a manipular as suas mulheres, não através da razão, mas da imposição e coacção pelo medo, o mesmo querem fazer aos outros povos.

                                        Neste caso só temos duas soluções:
                                        1ª – Rebaixamo-nos, abdicamos da nossa segurança e vamos levando com o terrorismo sem fazer nada (eles que usem a burka e que imponham a sua lei religiosa sobre a nossa);
                                        2ª – Continuamos a conceder a liberdade religiosa, desde que não se sobreponha à nossa liberdade e igualdade e não atente contra a nossa segurança.
                                        Escolham.
                                        Editado pela última vez por BLADERUNNER; 17 April 2011, 11:39.

                                        Comentário


                                          #80
                                          Originalmente Colocado por dysplay21 Ver Post
                                          Uma opinião que vi ontem, começa prai aos 40 segundos.

                                          YouTube - Real Time, April 15, 2011 ( Irshad Manji )

                                          Para terem uma perspectiva da senhora

                                          Irshad Manji
                                          Essa notícia só me vem dar razão. Perseguir um ser humano só porque não concorda!?
                                          Sabes, numa visão mais generalista, eu não concebo a perseguição de um ser humano por motivos religiosos, étnicos, sexuais, ou outros. Concebo que os seres humanos deverão ser livres e iguais perante a lei desde o momento em que nascem (e luto pelos mesmos direitos para os animais).

                                          O ser humano é que distorce tudo. Num sítio a mulher é idolatrada, noutro é amaldiçoada e humilhada. Num lugar descrimina-se uma pessoa de uma cor e noutro essa mesma pessoa é valorizada. Num local uma pessoa de certa religião é acarinhada e noutro é perseguida. Que uniformidade de critérios é esta que dão razão ao ser humano?!
                                          Onde está escrito que isso deva ser assim? Nos livros sagrados?! Então devem estar todos errados, porque foram escritos pelo homem e são todos diferentes, cada um puxando “a brasa à sua sardinha”, senão não falavam linguagens tão diferentes entre si abrindo lugar a tantos desentendimentos.

                                          Assim, ver mulheres a serem perseguidas, apedrejadas, queimadas com ácido (desfigurando-as) só porque querem o direito à igualdade, é algo que não posso conceber.
                                          Se congratulo por haver quem tente ajudar essas mulheres nos seus países de origem, não posso conceber que o terror entre na europa e espalhe o medo. Já agora que se deixe praticar livremente a mutilação genital feminina porque é tradição.

                                          Liberdade religiosa ou cultural desde que não se sobreponham ao direito à SEGURANÇA.
                                          Direitos de manifestação religiosa ou cultural, sim, desde que não se sobreponham àquela por que todos nós nos regemos – IGUALDADE.
                                          Todos temos o direito a sermos felizes... e não mais uns do que outros só porque nasceram com um pénis, com uma cor, no ceio de uma certa religião ou num determinado berço. Gente é gente, onde quer que estejam.
                                          Editado pela última vez por BLADERUNNER; 17 April 2011, 07:47.

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                                            #81
                                            A segurança nacional está acima de tudo.
                                            Se ligarmos o telemóvel num avião mandam-nos desligar porque atenta contra a segurança colectiva. Se formos de cara tapada a uma manifestação em Portugal e não nos identificares perante as forças da autoridade, somos detidos.

                                            Concordando ou não, se não cumprirmos com um número de regras que garantem a segurança colectiva, sofremos as consequências. Mas as palavras “religião” e “tradição” continuam a querer passar por cima das leis. São palavras mágicas que permitem tudo.

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                                              #82
                                              Também estou contra radicalismos que apregoam que quem está mal que se mude e que se não aceitam que sejam expulsos. Não se apaga fogo com fogo.
                                              Compreendo que o ocidente já tenha explorado muito os povos árabes durante muitos anos e que estejam a pagar por uma certa revolta do mundo muçulmano contra esses abusos.

                                              Sou contra qualquer género de segregação, incluindo as religiosas, pelo que o direito à liberdade de expressão religiosa não pode ser limitado. Isto, desde que não vá contra valores maiores, como é o caso da segurança.

                                              Se o véu também estiver a ser proibido, acho mal por estar a representar um inadmissível acto de intolerância. Mas a limitação da burka acho ser explicável e aceitável. Só não compreende quem não quer.

                                              Também sou contra extremismos, pois existe imensa gente a criticar e a argumentar de forma discordante relativamente a outras religiões e não vejo essa gente a ser perseguida e morta.
                                              Quando passados mil anos vemos o regresso do apelo dos islâmicos fundamentalistas à guerra santa contra os infiéis, como se pode esperar dialogar com pessoas a pensar assim?

                                              Muitos muçulmanos têm vindo a promover um diálogo inter-religioso salutar, mas muitos outros são os que preferem actuar com insanidade arrastando multidões atrás de radicalismos.
                                              E foram esses extremismos que impediram o entendimento entre os povos. Radicalismos que, infelizmente, não se ficam só pelos muçulmanos, nem só pela religião, pois se há coisa que o homem sabe fazer com facilidade, essa coisa é a discórdia intolerante.

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                                                #83
                                                Essa leir da proibição já devia estar em funcionamento a muito tempo.

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                                                  #84
                                                  Originalmente Colocado por Frutis Ver Post
                                                  Quanto a mim é um erro... Quem somos nós para impor algo a outras pessoas?
                                                  Uma sociedade organizada tem de ter regras. Regras impõem sempre algo.

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                                                    #85
                                                    Originalmente Colocado por BLADERUNNER Ver Post
                                                    Data de início do islamismo segundo os calendários muçulmanos – 16 de Julho de 622.
                                                    [FONT=Verdana]Se em cerca de 1.400 anos eles não mudaram (nem evoluíram) acham que o farão de um momento para o outro?
                                                    Isto é um erro enorme. Como exemplo tens o Irão onde há 50 anos ninguém usava burqas na rua era uma sociedade completamente diferente.
                                                    Temos sempre de ter em mente que estes anos da "nossa" história são uma gota no oceano em termos de história das sociedades.

                                                    Comentário


                                                      #86
                                                      Originalmente Colocado por BLADERUNNER Ver Post
                                                      Data de início do islamismo segundo os calendários muçulmanos – 16 de Julho de 622.
                                                      Se em cerca de 1.400 anos eles não mudaram (nem evoluíram) acham que o farão de um momento para o outro?
                                                      Só mesmo a repressão e a perseguição conseguem ir mantendo esta tradição da burka ao longo de séculos.

                                                      O ocidente já passou por inúmeras revoluções políticas, sociais e éticas ao longo da sua violenta história. Depois de muitas lutas e muito sangue derramado, em 1946 o ocidente instituiu o documento maior do que todos os documentos, a bíblia maior do que todas as bíblias, as palavras maiores do que todas as palavras: a “Carta Universal dos Direitos do Homem”.

                                                      Neste documento, os países signatários procuraram basear a estruturação das suas sociedades segundo o pressuposto de que não haveria pressupostos que criassem desigualdades entre os seres humanos, fossem eles baseados no género, na religião, na cor, na etnia, na proveniência social, etc.

                                                      Assim, quando por qualquer um dos motivos anteriormente referidos as pessoas são descriminadas, então estão a entrar em incumprimento. E nisso, a religião tem sido pródiga em colocar-se sempre acima da lei e acima de qualquer regra que se aplique ao comum cidadão. Todos têm de obedecer, desde que não surjam motivos religiosos, como se a religião possa estar acima da lei e dos Direitos do Homem pelos quais se regem as sociedades ocidentais.

                                                      Aquilo que nós, ocidentais, defendemos para todos os seres humanos – a IGUALDADE (algo que custa imenso a entrar dentro de certas cabeças). Se a sua religião estipula que a mulher é menos do que o homem, isso é lá com eles, desde que a sua liberdade religiosa não se sobreponha ao direito à igualdade e à liberdade europeus. E é aqui que começa a colisão. As nossas liberdades têm sido restringidas devido ao medo e à insegurança aos quais é impossível dissociar o terrorismo islâmico.
                                                      A segurança e liberdade comuns são ameaçadas por pessoas que, em nome do radicalismo religioso, atentam contra a nossa estrutura social recorrendo ao mesmo medo e terror com que subjugam as mulheres ao longo de séculos. Assim como estão habituados a manipular as suas mulheres, não através da razão, mas da imposição e coacção pelo medo, o mesmo querem fazer aos outros povos.

                                                      Neste caso só temos duas soluções:
                                                      1ª – Rebaixamo-nos, abdicamos da nossa segurança e vamos levando com o terrorismo sem fazer nada (eles que usem a burka e que imponham a sua lei religiosa sobre a nossa);
                                                      2ª – Continuamos a conceder a liberdade religiosa, desde que não se sobreponha à nossa liberdade e igualdade e não atente contra a nossa segurança.
                                                      Escolham.
                                                      Não é inteiramente verdade.
                                                      A "evolução" islâmica aparenta ser mais lenta, mas há motivos para isso. Se bem reparares e como também referiste a "cultura ocidental" - a nossa - baseada sobretudo no cristianismo está como está devido ao contacto a bem e a mal que tivémos com todas as outras culturas. A Europa teve condicionantes que mais nenhum povo ou grupo teve. A própria estrutura social e organizacional ao longo dos séculos teve um papel fundamental. O terem havido vários impérios com ideologias diferentes em tempos diferentes a ocupar os vários territórios criou uma mistura como em mais nenhum lado do mundo. Não querendo parecer dizer que somos melhores que os outros, porque não é isso que quero dizer, somos na verdade a cultura (se é que podemos considerá-la como apenas uma) que mais contacto teve com as coisas diferentes que existem. E o nosso maior avanço surgiu precisamente a partir do momento em que nos fomos afastando dos dogmas impostos pela religião. Isso surgiu a grande custo pessoal e social. Já para não falar que "eliminámos" parte da "concorrência".
                                                      É, portanto, claro que não mudarão de um momento para o outro. Mas os que vivem com contacto com outras culturas já não são exactamente iguais aos que se mantém em "circulos fechados", e quanto mais tempo passar e mais contacto com outras realidades tiverem, masi mudarão. É inevitável. Mas também não os podemos obrigar a mudar de um dia para o outro. É um choque demasiado grande. E se tentarmos obrigar estamos a perder parte do que somos e daquilo em que nos tornámos.
                                                      E ainda assim apregoamos mais a igualdade do que a praticamos.



                                                      Originalmente Colocado por BLADERUNNER Ver Post
                                                      Essa notícia só me vem dar razão. Perseguir um ser humano só porque não concorda!?
                                                      Sabes, numa visão mais generalista, eu não concebo a perseguição de um ser humano por motivos religiosos, étnicos, sexuais, ou outros. Concebo que os seres humanos deverão ser livres e iguais perante a lei desde o momento em que nascem (e luto pelos mesmos direitos para os animais).

                                                      O ser humano é que distorce tudo. Num sítio a mulher é idolatrada, noutro é amaldiçoada e humilhada. Num lugar descrimina-se uma pessoa de uma cor e noutro essa mesma pessoa é valorizada. Num local uma pessoa de certa religião é acarinhada e noutro é perseguida. Que uniformidade de critérios é esta que dão razão ao ser humano?!
                                                      Onde está escrito que isso deva ser assim? Nos livros sagrados?! Então devem estar todos errados, porque foram escritos pelo homem e são todos diferentes, cada um puxando “a brasa à sua sardinha”, senão não falavam linguagens tão diferentes entre si abrindo lugar a tantos desentendimentos.

                                                      Assim, ver mulheres a serem perseguidas, apedrejadas, queimadas com ácido (desfigurando-as) só porque querem o direito à igualdade, é algo que não posso conceber.
                                                      Se congratulo por haver quem tente ajudar essas mulheres nos seus países de origem, não posso conceber que o terror entre na europa e espalhe o medo. Já agora que se deixe praticar livremente a mutilação genital feminina porque é tradição.

                                                      Liberdade religiosa ou cultural desde que não se sobreponham ao direito à SEGURANÇA.
                                                      Direitos de manifestação religiosa ou cultural, sim, desde que não se sobreponham àquela por que todos nós nos regemos – IGUALDADE.
                                                      Todos temos o direito a sermos felizes... e não mais uns do que outros só porque nasceram com um pénis, com uma cor, no ceio de uma certa religião ou num determinado berço. Gente é gente, onde quer que estejam.

                                                      Os textos sagrados na verdade não são assim tão diferentes uns dos outros. Já a interpretação que se dá a cada coisa conveniente para a situação ou ideologia do interpretante é que variam, e é daí que surge o problema. Se eu escrever que uma mulher deve valorizar o seu homem, não estou propriamente a dizer que existe para o servir em todos os seus desejos e caprichos ou o tratar como divindade. Mas pode ser interpretado assim.

                                                      Originalmente Colocado por BLADERUNNER Ver Post
                                                      A segurança nacional está acima de tudo.
                                                      Se ligarmos o telemóvel num avião mandam-nos desligar porque atenta contra a segurança colectiva. Se formos de cara tapada a uma manifestação em Portugal e não nos identificares perante as forças da autoridade, somos detidos.

                                                      Concordando ou não, se não cumprirmos com um número de regras que garantem a segurança colectiva, sofremos as consequências. Mas as palavras “religião” e “tradição” continuam a querer passar por cima das leis. São palavras mágicas que permitem tudo.
                                                      Não, não está. A segurança como todas as coisas tem de obedecer a um equilibrio. O problema hoje em dia é precisamente achar-se que há certos fins que justificam todos os meios. Esse erro já foi cometido imensas vezes no passado. Quando a segurança impõe demasiadas restrições à normalidade de vida e condiciona ainda mais a liberdade do que aquilo que é suposto impedir, então estamos mal. Basta ver os atropelos que se fazem às nossas próprias convenções humanitárias em abono da prevenção da segurança.
                                                      Também não vou ser hipócrita, porque de facto, eu considero que haverá casos pontuais em que temos mesmo de ignorar as regras para um bem maior. Mas são situações difícies de ajuizar, especialmente no campo moral. E não as podemos tornar a norma.

                                                      Comentário


                                                        #87
                                                        Neste tópico já foram apresentados argumentos totalmente válidos para esta lei. Podemos negá-los, desvaloriza-los mas eles falam por si.

                                                        No entanto, eles nem sequer seriam precisos.

                                                        As coisas são muito simples. A França é um país soberano, que eu saiba, e portanto pode fazer as suas próprias leis, ainda para mais quando aprovadas por grande parte da população.

                                                        E a partir do momento em que é feita a lei nem sequer tem que ser questionada, é para cumprir, qual é a dúvida?

                                                        Eu já o disse e volto a dizer. As mulheres ocidentais quando vão a esses países do outro mundo (ainda piores que nós, por incrível que pareça..) seguem as leis deles, andam como se fossem "uma deles" e cumprem tudo à risca porque o respeitinho é muito bonito.

                                                        E algum ocidental, por muito absurdo que as burqas sejam (e são), vai para as arábias fazer manifestação anti-burqa?? Claro que não.. Eles lá sabem, se são felizes que se entendam.

                                                        Só se pede que eles façam o mesmo cá, cumpram e não há problemas.

                                                        E já agora, cada vez me parece mais que isto da Europa sem fronteiras f, oi uma grande treta. Foi um erro, uma estupidez pegada.

                                                        Ainda há dias assisti a uma situação com Romenos que não há palavras. Lembrei-me logo do Sarkozy que os mandou todos para a terrinha deles, cá deviam fazer a mesma coisa. E não era só aos Romenos. Era a todos os que estivessem ilegais.

                                                        Comentário


                                                          #88
                                                          1-Argumento válido para todos os argumentos, sejam pró, sejam contra. O acharmos que são os certos ou errados depende do nosso ponto de vista acerca da questão em sí. Por isso não passas a ter razão porque achas que sim, da mesma forma que não sou eu que tenho razão porque acho que sim. Isto sim, é simples. Qual a dúvida?

                                                          2-Onde é que alguém disse que a França não pode fazer as leis que quer?

                                                          3-As leis não podem ser questionadas? Que curioso. Pensava que um dos pilares fundamentais da democracia era precisamente a possibilidade de questionar as coisas e a possibilidade de as mudar.

                                                          4-Raramente é respeito. Costuma ser medo.

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                                                            #89
                                                            Sim, as leis não são para serem questionadas por uma percentagem residual da população, que na sua maioria nada contribuiu para o desenvolvimento do país e, mais importante que tudo, estão inseridos num país cuja cultura, tradições e costumes é totalmente diferente do seu país de origem.

                                                            Eu acho que estar aqui a discutir o que é óbvio...

                                                            Eu só te pergunto isto... Vês algum ocidental a questionar sequer as imposições que vigoram nos países islâmicos? Achas que o devia fazer?

                                                            Pois, lá está.. Cada um manda na sua casinha. Na casa dos outros mandam os outros. (e quem está mal muda-se)

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                                                              Originalmente Colocado por Bj40 Ver Post
                                                              Sim, as leis não são para serem questionadas por uma percentagem residual da população, que na sua maioria nada contribuiu para o desenvolvimento do país e, mais importante que tudo, estão inseridos num país cuja cultura, tradições e costumes é totalmente diferente do seu país de origem.

                                                              Eu acho que estar aqui a discutir o que é óbvio...

                                                              Eu só te pergunto isto... Vês algum ocidental a questionar sequer as imposições que vigoram nos países islâmicos? Achas que o devia fazer?

                                                              Pois, lá está.. Cada um manda na sua casinha. Na casa dos outros mandam os outros. (e quem está mal muda-se)
                                                              Todas as pessoas livres têm o direito de questionar as leis. Questionar é diferente de desrespeitar. Questionar significa ponderar sobre elas, o que significam em que se traduzem e as suas implicações. Nem podia ser de outra maneira senão ainda estávamos a usar as mesmas regras de há 10000 anos. E depois não te esqueças que há leis que afectam específicamente um determinado grupo, mesmo que minoritário e portanto a visão que esse grupo irá ter de como é afectado poderá (e geralmente é) diferente da restante população.
                                                              Vou dar-te um exemplo: supõe que tens um carro com 5000 cc3. Alguém legisla que os carros com 5000 cc3 vão passar a pagar mais 1000€ de IUC. Imensas pessoas que não têm veículos de 5000 cc3 vão achar bem, ou pelo menos ser indiferentes a se é uma boa ou má lei. Tu, como discriminado e afectado, tens ou não tens direito de achar mal, e questionar? Tens de comer e calar? Não podes ter opinião? Não te podes sentir indignado e injustiçado? É justo que como pertences a um grupo muito pequeno não possas emitir opinião?

                                                              Respondendo à tua pergunta, claro que temos todo o direito de questionar as imposições vigentes nos países islâmicos! E mais, nalguns casos temos (nós, como sociedade) a obrigação de lhes fazer ver que algumas dessas imposições são despropositadas e de um mundo há muito desaparecido no tempo. O que nós não podemos é exigir-lhes que o façam, mas que podemos e devemos pressionar para que vejam as coisas de outra maneira, claro, sem dúvida. Então mas a mutilação genital é algo a que devamos fechar os olhos? Apedrejamento até à morte por adultério? Pensas que eu defendo por exemplo que a minha namorada, cidadã de pleno direito no meu país perca toda a sua identidade e direito como ser humano independente apenas porque vai para outro país onde acham que ela é uma espécie inferior? Claro que não. Agora isso não significa que eu ache bem que a nossa forma de lutar contra isso seja adoptar uma postura semelhante ou de vingança. Podemos ser determinados sem ser brutos. Podemos ser diplomatas sem ameaças.

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