Anúncio

Collapse
No announcement yet.

Governo acusa Ordem de bloquear médicos da Costa Rica em Portugal

Collapse

Ads nos topicos Mobile

Collapse

Ads Nos topicos Desktop

Collapse
X
Collapse
Primeira Anterior Próxima Última
 
  • Filtrar
  • Tempo
  • Show
Clear All
new posts

    #91
    Originalmente Colocado por Alpiger Ver Post
    O que está aqui em causa não é nenhuma prova de competências, pois isso já está confirmado.

    O que está em causa é uma regra ESTUPIDA em que um profissional estrangeiro não pode exercer a sua profissão enquanto não chegar um documento a comprovar que um português também poderá desempenhar a mesma função no seu pais de origem.

    Isto é burrice e que em nada contribui para a qualidade do serviço prestado pelos profissionais aos seus pacientes.
    Não apanhei esta parte.

    Assim sendo, peço desculpa.

    Está na notícia escrita ? É que eu já vi esta peça duas vezes na televisão e honestamente pensei que o que estivesse em causa fosse uma prova de competências e não uma "lei de reciprocidade"

    Comentário


      #92
      Originalmente Colocado por DocJRA Ver Post
      Não apanhei esta parte.

      Assim sendo, peço desculpa.

      Está na notícia escrita ? É que eu já vi esta peça duas vezes na televisão e honestamente pensei que o que estivesse em causa fosse uma prova de competências e não uma "lei de reciprocidade"
      É precisamente a lei da reciprocidade que está a impedir estes profissionais de desempenhar as suas funções.

      Pessoalmente acho que isso vai contra todos os acordos de livre circulação e de livre desempenho de funções.

      Comentário


        #93
        Originalmente Colocado por DocJRA Ver Post
        São opiniões.

        Eu continuo na minha.

        Tem de existir algum tipo de organismo, que chame a si a responsabilidade, de garantir que todos os médicos a exercer no país em questão estão devidamente formados para o efeito.

        Alguém que confira a validade e veracidade dos diplomas, os conteúdos programáticos do curso, etc.

        Alguém que puna a negligência e o erro médico.

        Pouco me interessa se essa competência cabe à Ordem, Universidades, Ministério ou ao Hospital.

        Mas acredito que mais cedo ou mais tarde mudarás de opinião.

        Talvez quando algum familiar chamar-te às Urgências de um grande Hospital deste País, porque o teu avô com:

        - mais de 80 anos e um historial de doença oncológica (neoplasia do cólon que após tratamento originou um estreitamento intestinal), angina e enfarte com bypass e stents, etc, com uma obstrução intestinal no dia em questão

        Acabou de ter alta, após

        - ter estado na Área Médica do respectivo S.U., a levar soro e paracetamol,

        Por deliberação de um médico estrangeiro que elaborou o plano de cuidados e relatório da mesma, relatório este carregado de erros ortográficos e palavras inventadas, não tendo percebido puto das queixas do doente, com um diagnóstico de saída de dor torácica de origem traumática por queda.

        Durante a sua estadia nesse mesmo S.U. a pessoa em causa não fez qualquer Exame Físico Médico, E.C.G., Radiografia, Eco, Paínel de Análises, etc, ou foi pedida a colaboração qualquer outra especialidade médica.

        Basicamente chegou, esperou 2 horas para ser visto pelo tal médico, explicou as suas queixas, entregou duas cartas passadas pelo seu médico oncologista e cirurgião cardio-torácico com os antecedentes, ficou 1 hora a ser hidratado e com analgesia e teve alta quando um enfermeiro chegou ao pé dele com uma carta de alta feita.

        É óbvio que podes argumentar que isto poderia ter acontecido com um médico nacional e eu concordo, podes argumentar que o médico em questão tinha o diploma reconhecido e estava capacitado pela ordem para exercer e eu concordo

        Mas, se já temos que levar com maus médicos Portuguesas e maus médicos estrangeiros cujos diplomas provenientes de países da U.E têm reconhecimento automático (como aconteceu no caso em questão), não me obriguem a levar com com "qualquer *****" que aí apareça, sem que haja o mínimo do rigor a verificar se esta mesma pessoa está capacitada para ter a vida de dezenas de pessoas por dia nas mãos.

        Quanto ao resto do post, acho que estás a confundir aquelas que deveriam ser as competências de uma Ordem, seja ela dos Médicos ou dos Contabilistas, com os deveres de um Ministério, seus secretariados e órgãos de administrativos sobre a sua alçada.

        Uma Ordem zela acima de tudo pelos interesses dos seus associados.

        O Estado é que tem de ser forte o suficiente para as meter no seu lugar.
        Lá por teres passado por uma experiência negativa, não quer dizer que todos os Médicos estrangeiros são assim. Ou será que é só em Portugal que se pratica boa Medicina? Agora fazemos as coisas ao contrário, com o que se passou comigo:

        Mais uma crise de asma, desta vez das fortes e não tinha medicação comigo. Chama-se a ambulância, sou estabilizado no local, metem-me dentro e arranca-se o mais rápido possível para o hospital.
        Chegando eu ao hospital, vou à triagem, e após observação rápida por parte da Enfermeira, levo pulseira laranja e lá sou encaminhado para uma salinha com oxigénio à espera de um Médico. O relógio marcava 12:05

        Os minutos passavam... passavam...passavam e a minha dificuldade respiratória aumentava, começando a aparecer uma dor torácica, e nem sinal de Médico. Às tantas. olho para o oxímetro de pulso e vejo uma SpO2 a 70%. Nesta altura, vejo Médicos a passarem perto da salinha onde estava, olhavam e desviavam a cara, e eu ali a agozinar. Olho de novo para o oximetro e SpO2 a 68%. Vem uma Enfermeira ao pé de mim, liga-me a um monitor multi-parametros vitais, tira-me a máscara de oxigénio para colocar uma outra com reservatório, aumenta o débito de O2 e pede a uma estagiária que lá estava para ir chamar um Médico. O relógio marcava 12:50 e Médico nem vê-lo (as diretrizes dizem que pulseira laranja deve esperar no máximo 10 minutos). A esta altura já estava eu a ficar sem reação, tinha a noção do que se passava à minha volta, e estava consciente, mas sonolento e não conseguia responder. A Enfermeira, por sua conta e risco, administra-me uma nebulização de um broncodilatador, punciona-me uma veia e administra-me um medicamento qualquer, e ouço a Enfermeira a falar para a estagiária: "este moço se o Médico não vier vai precisar de ser intubado". Nessa altura, pensei que morria. Depois lá aparece uma Médica, que apenas confirmou aquilo que a Enfermeira já tinha feito e foi-se embora. Mais tarde, após já estar melhor, a Médica volta para perto de mim, examina-me de novo, pergunta-me que medicação eu tomava, eu respondo, e ela diz:"Ah não conheço esse medicamento, mas isso agora também pouco importa". A Enfermeira que estava ao lado, é que teve de lhe explicar quais os componentes químicos do medicamento que tomava. Posso-te dizer que todo o tempo que estive internado e em observação, nunca me foi mandado fazer uma gasimetria.

        Agora, achas que apesar da experiência negativa e traumática que passei, vou andar por aí a desconfiar dos Médicos portugueses? Não! Confio tanto neles como noutros, pelo menos à partida. Bons e maus profissionais há em todo o lado, e quer-me parecer que em Portugal temos excelentes profissionais Médicos.

        Comentário


          #94
          Originalmente Colocado por HMartinho Ver Post
          Lá por teres passado por uma experiência negativa, não quer dizer que todos os Médicos estrangeiros são assim. Ou será que é só em Portugal que se pratica boa Medicina? Agora fazemos as coisas ao contrário, com o que se passou comigo:

          Mais uma crise de asma, desta vez das fortes e não tinha medicação comigo. Chama-se a ambulância, sou estabilizado no local, metem-me dentro e arranca-se o mais rápido possível para o hospital.
          Chegando eu ao hospital, vou à triagem, e após observação rápida por parte da Enfermeira, levo pulseira laranja e lá sou encaminhado para uma salinha com oxigénio à espera de um Médico. O relógio marcava 12:05

          Os minutos passavam... passavam...passavam e a minha dificuldade respiratória aumentava, começando a aparecer uma dor torácica, e nem sinal de Médico. Às tantas. olho para o oxímetro de pulso e vejo uma SpO2 a 70%. Nesta altura, vejo Médicos a passarem perto da salinha onde estava, olhavam e desviavam a cara, e eu ali a agozinar. Olho de novo para o oximetro e SpO2 a 68%. Vem uma Enfermeira ao pé de mim, liga-me a um monitor multi-parametros vitais, tira-me a máscara de oxigénio para colocar uma outra com reservatório, aumenta o débito de O2 e pede a uma estagiária que lá estava para ir chamar um Médico. O relógio marcava 12:50 e Médico nem vê-lo (as diretrizes dizem que pulseira laranja deve esperar no máximo 10 minutos). A esta altura já estava eu a ficar sem reação, tinha a noção do que se passava à minha volta, e estava consciente, mas sonolento e não conseguia responder. A Enfermeira, por sua conta e risco, administra-me uma nebulização de um broncodilatador, punciona-me uma veia e administra-me um medicamento qualquer, e ouço a Enfermeira a falar para a estagiária: "este moço se o Médico não vier vai precisar de ser intubado". Nessa altura, pensei que morria. Depois lá aparece uma Médica, que apenas confirmou aquilo que a Enfermeira já tinha feito e foi-se embora. Mais tarde, após já estar melhor, a Médica volta para perto de mim, examina-me de novo, pergunta-me que medicação eu tomava, eu respondo, e ela diz:"Ah não conheço esse medicamento, mas isso agora também pouco importa". A Enfermeira que estava ao lado, é que teve de lhe explicar quais os componentes químicos do medicamento que tomava. Posso-te dizer que todo o tempo que estive internado e em observação, nunca me foi mandado fazer uma gasimetria.

          Agora, achas que apesar da experiência negativa e traumática que passei, vou andar por aí a desconfiar dos Médicos portugueses? Não! Confio tanto neles como noutros, pelo menos à partida. Bons e maus profissionais há em todo o lado, e quer-me parecer que em Portugal temos excelentes profissionais Médicos.
          Leste demasiado na diagonal e escapou-te a mensagem principal que quis transmitir ao responder ao Alpinger:

          É óbvio que podes argumentar que isto poderia ter acontecido com um médico nacional e eu concordo, podes argumentar que o médico em questão tinha o diploma reconhecido e estava capacitado pela ordem para exercer e eu concordo

          Mas, se já temos que levar com maus médicos Portuguesas e maus médicos estrangeiros cujos diplomas provenientes de países da U.E têm reconhecimento automático (como aconteceu no caso em questão), não me obriguem a levar com com "qualquer *****" que aí apareça, sem que haja o mínimo do rigor a verificar se esta mesma pessoa está capacitada para ter a vida de dezenas de pessoas por dia nas mãos.

          Comentário


            #95
            Seria engraçado colocarem aqui o primeiro ordenado de um médico, de um professor e de um enfermeiro. Em Portugal, países nórdicos e noutros países como Canadá, Australia, Inglaterra, Alemanha.

            Comentário


              #96
              Originalmente Colocado por DocJRA Ver Post
              Leste demasiado na diagonal e escapou-te a mensagem principal que quis transmitir ao responder ao Alpinger:

              Eu li essa parte. Apenas quero transmitir que tanto pode errar um português, como um estrangeiro. Assim como tanto pode ser negligente um português ou um estrangeiro, e não é por um estrangeiro fazer a m**da que fez, que devemos catalogá-los logo como todos incompetentes e irresponsáveis.

              Comentário


                #97
                Originalmente Colocado por Hugo1984 Ver Post
                Seria engraçado colocarem aqui o primeiro ordenado de um médico, de um professor e de um enfermeiro. Em Portugal, países nórdicos e noutros países como Canadá, Australia, Inglaterra, Alemanha.
                Em relação a Médicos não sei... Mas um Enfermeiro nos EUA ganha perto dos 5000 euros por mês. Se for um Enfermeiro anestesista, pode facilmente chegar aos 10 a 12 mil euros por mês.

                Comentário


                  #98
                  Originalmente Colocado por Visitante Ver Post
                  Estás enganada, neste momento medicina geral e familiar é uma especialidade e são 4 anos.



                  Quanto ao tópico, mitos, desconhecimento, bitaites, ressabiamento e com cada pontapé na barra que até mete impressão, resumindo tuguisses.

                  Esta manobra do governo é marketing completo e como já foi bem explicado o nosso problema principal é a desorganização que reina em todos os departamentos do SNS!

                  Sobre o problema dos médicos atenção que daqui a 2 anos já não vai existir vagas de internato para todos os que saem das faculdades, os médicos também vão ter problemas suficientes, antigamente a história era outra mas hoje em dia a "vida de ouro" terminou acreditem.

                  E para todos os que esfregam as mãos com este facto não se preocupem pois os problemas dos médicos vão ser directamente proporcionais à diminuição da qualidade do "serviço", vai ser catastrófico!
                  Então significa, que num futuro breve haverá médicos desempregados.

                  Comentário


                    #99
                    Tens investigadores de alto nivel desempregados, tens engenheiros desempregados, enfermeiros desepregados, professores desempregados... não pode haver médicos desempregados porque?

                    Comentário


                      Originalmente Colocado por krendam Ver Post
                      Tens investigadores de alto nivel desempregados, tens engenheiros desempregados, enfermeiros desepregados, professores desempregados... não pode haver médicos desempregados porque?
                      Medicina é um dos cursos com uma taxa de empregabilidade de 100% e creio que continuará assim, porque muitos podem optar por trabalhar no interior do país, trabalhar em cuidados paliativos ou continuados, lares de idosos, medicina no trabalho, etc..., por isso quando se diz que os médicos poderão ficar desempregados, não será bem assim.

                      Comentário


                        Originalmente Colocado por Joana1984 Ver Post
                        Medicina é um dos cursos com uma taxa de empregabilidade de 100% e creio que continuará assim, porque muitos podem optar por trabalhar no interior do país, trabalhar em cuidados paliativos ou continuados, lares de idosos, medicina no trabalho, etc..., por isso quando se diz que os médicos poderão ficar desempregados, não será bem assim.
                        Nem que seja a atender chamadas num dos CODU's INEM do país. Ou trabalhar em backoffice, também nos CODU numa auditoria ou auxilio a Enfermeiros das ambulâncias SIV, e tripulantes das SBV

                        Comentário


                          Originalmente Colocado por krendam Ver Post
                          Tens investigadores de alto nivel desempregados, tens engenheiros desempregados, enfermeiros desepregados, professores desempregados... não pode haver médicos desempregados porque?
                          O problema é mesmo esse, criaram uma estrutura de poder para manter quase como um falso mercado de trabalho para a classe. Deixem se de tretas e formem mais médicos, não é por terem 19,9999999 que serão melhores profissionais.

                          Comentário


                            Originalmente Colocado por Joana1984 Ver Post
                            Medicina é um dos cursos com uma taxa de empregabilidade de 100% e creio que continuará assim, porque muitos podem optar por trabalhar no interior do país, trabalhar em cuidados paliativos ou continuados, lares de idosos, medicina no trabalho, etc..., por isso quando se diz que os médicos poderão ficar desempregados, não será bem assim.
                            Originalmente Colocado por dysplay21 Ver Post
                            O problema é mesmo esse, criaram uma estrutura de poder para manter quase como um falso mercado de trabalho para a classe. Deixem se de tretas e formem mais médicos, não é por terem 19,9999999 que serão melhores profissionais.
                            Respondendo com uma citação minha.

                            Comentário


                              Originalmente Colocado por Joana1984 Ver Post
                              Medicina é um dos cursos com uma taxa de empregabilidade de 100% e creio que continuará assim, porque muitos podem optar por trabalhar no interior do país, trabalhar em cuidados paliativos ou continuados, lares de idosos, medicina no trabalho, etc..., por isso quando se diz que os médicos poderão ficar desempregados, não será bem assim.
                              Não ficam desempregados, não há é capacidade formativa nos hospitais para o regime de internato. Na prática tens licenciados em medicina que não podem exercer medicina.

                              Toda a gente fala em aumentar o número de vagas nos cursos de medicina, mas esquecem-se que para esse aumento não basta garantir mais 100 ou 200 lugares em salas de aulas, é preciso garantir lugares nas enfermarias durante o curso (nos hospitais universitários) e, mais importante, garantir capacidade/vagas para o internato.

                              A falta de médicos no interior é simples de explicar. Os serviços (internamentos, urgências, consultas) são mantidos, em grande parte, pelos internos, e uma parte significativa dos internos que entram nas vagas do "interior" tem que vir para Lisboa/Porto/Coimbra, em vagas protocoladas, para receberem a sua formação durante o internato, isto porque o hospital do interior não tem capacidade formativa (leia-se, médicos especialistas suficientes para garantirem a formação).

                              Este problema pode resolver-se com a "importação" de especialistas, mas é necessário algum cuidado nos critérios de aceitação. Por exemplo, a opinião de grande parte dos médicos com quem contacto, é de que grande parte dos médicos que têm chegado ao SNS provenientes dos países de leste são tecnicamente medíocres, muitos deles sem o mínimo de conhecimentos básicos, e que mais não fazem do que receber grandes quantias de dinheiro (como tarefeiros) para não fazerem literalmente nada e não assumirem qualquer decisão médica sem irem chatear o interno ou especialista de serviço.

                              E sim, os médicos do SNS são muito mal pagos. Para além de lhes ter sido reduzido o ordenado no inicio do ano (como a todos os funcionários públicos), actualmente há uma directiva generalizada para cortar nas horas extra, o que na prática significa que muitos dos serviços de urgência vão passar a ser garantidos por muito menos médicos (aumentando obviamente os tempos de espera) e, pior do que isso, garantidas por menos especialistas e por mais internos, porque o custo da hora extra é muito superior nos especialistas.

                              Comentário


                                Originalmente Colocado por HMartinho Ver Post
                                Em relação a Médicos não sei... Mas um Enfermeiro nos EUA ganha perto dos 5000 euros por mês. Se for um Enfermeiro anestesista, pode facilmente chegar aos 10 a 12 mil euros por mês.
                                Nos EUA o ordenado médico varia muito. Dos que conheço, o céu é o limite.

                                Menos de 10000 dólares por mês será raro, mesmo nas especialidades menos abonadas em salário.

                                Nas mais requeridas, não é incomum encontrar salários entre os 25000 e os 50000 dólares mês.
                                Editado pela última vez por ARDav; 06 October 2011, 16:23. Razão: erro

                                Comentário


                                  Originalmente Colocado por ARDav Ver Post

                                  Nas mais requeridas, não é incomum encontrar salários entre os 25000 e os 50000 dólares ano.

                                  Deves querer dizer 250 000 a 500 000 dolares por ano, não?

                                  Comentário


                                    E as horas de trabalho são semelhantes?

                                    Comentário


                                      Originalmente Colocado por pacxito Ver Post
                                      Não ficam desempregados, não há é capacidade formativa nos hospitais para o regime de internato. Na prática tens licenciados em medicina que não podem exercer medicina.

                                      Toda a gente fala em aumentar o número de vagas nos cursos de medicina, mas esquecem-se que para esse aumento não basta garantir mais 100 ou 200 lugares em salas de aulas, é preciso garantir lugares nas enfermarias durante o curso (nos hospitais universitários) e, mais importante, garantir capacidade/vagas para o internato.

                                      A falta de médicos no interior é simples de explicar. Os serviços (internamentos, urgências, consultas) são mantidos, em grande parte, pelos internos, e uma parte significativa dos internos que entram nas vagas do "interior" tem que vir para Lisboa/Porto/Coimbra, em vagas protocoladas, para receberem a sua formação durante o internato, isto porque o hospital do interior não tem capacidade formativa (leia-se, médicos especialistas suficientes para garantirem a formação).

                                      Este problema pode resolver-se com a "importação" de especialistas, mas é necessário algum cuidado nos critérios de aceitação. Por exemplo, a opinião de grande parte dos médicos com quem contacto, é de que grande parte dos médicos que têm chegado ao SNS provenientes dos países de leste são tecnicamente medíocres, muitos deles sem o mínimo de conhecimentos básicos, e que mais não fazem do que receber grandes quantias de dinheiro (como tarefeiros) para não fazerem literalmente nada e não assumirem qualquer decisão médica sem irem chatear o interno ou especialista de serviço.

                                      E sim, os médicos do SNS são muito mal pagos. Para além de lhes ter sido reduzido o ordenado no inicio do ano (como a todos os funcionários públicos), actualmente há uma directiva generalizada para cortar nas horas extra, o que na prática significa que muitos dos serviços de urgência vão passar a ser garantidos por muito menos médicos (aumentando obviamente os tempos de espera) e, pior do que isso, garantidas por menos especialistas e por mais internos, porque o custo da hora extra é muito superior nos especialistas.
                                      Se um licenciado em medicina não fizer o internato, não poderá prestar cuidados ao domícilio ou num lar de idosos?

                                      Comentário


                                        Originalmente Colocado por ARDav Ver Post
                                        Nos EUA o ordenado médico varia muito. Dos que conheço, o céu é o limite.

                                        Menos de 10000 dólares por mês será raro, mesmo nas especialidades menos abonadas em salário.

                                        Nas mais requeridas, não é incomum encontrar salários entre os 25000 e os 50000 dólares ano.


                                        Mas estás a referir-te aos pshysician assistant e aos attending physicians, porque os que estão inseridos no programa de residência, ganham 44mil dolares por ano, mais coisa menos coisa, acho eu... Corrijam-me se estiver enganado.
                                        Editado pela última vez por HMartinho; 06 October 2011, 16:19.

                                        Comentário


                                          Originalmente Colocado por Joana1984 Ver Post
                                          Se um licenciado em medicina não fizer o internato, não poderá prestar cuidados ao domícilio ou num lar de idosos?
                                          Pode, desde que não pratique actos médicos.

                                          Comentário


                                            Originalmente Colocado por Joana1984 Ver Post
                                            Medicina é um dos cursos com uma taxa de empregabilidade de 100% e creio que continuará assim, porque muitos podem optar por trabalhar no interior do país, trabalhar em cuidados paliativos ou continuados, lares de idosos, medicina no trabalho, etc..., por isso quando se diz que os médicos poderão ficar desempregados, não será bem assim.
                                            É Medicina DO trabalho, uma "subespecialidade" de +3 anos (senão me engano) - fazendo contas 11+3.

                                            O resto a bold não estou a ver onde possa dar uma empregabilidade relevante a médicos. Percebo que em Portugal funcione assim onde muitas das funções e tarefas dos profissionais de saúde estão desajustadas de um modelo de saúde eficiente e moderno...

                                            Comentário


                                              Originalmente Colocado por Joana1984 Ver Post
                                              Se um licenciado em medicina não fizer o internato, não poderá prestar cuidados ao domícilio ou num lar de idosos?
                                              Em Portugal devem aceitar...

                                              Comentário


                                                Originalmente Colocado por NunoMF Ver Post
                                                Deves querer dizer 250 000 a 500 000 dolares por ano, não?
                                                Não, 300k a 600k ano (já corrigi o erro, obrigado )

                                                Também há quem tenha contratos de +1 milhão ano, mas obviamente não são a norma.
                                                Editado pela última vez por ARDav; 06 October 2011, 16:23.

                                                Comentário


                                                  Originalmente Colocado por tonyV Ver Post
                                                  É Medicina DO trabalho, uma "subespecialidade" de +3 anos (senão me engano) - fazendo contas 11+3.

                                                  O resto a bold não estou a ver onde possa dar uma empregabilidade relevante a médicos. Percebo que em Portugal funcione assim onde muitas das funções e tarefas dos profissionais de saúde estão desajustadas de um modelo de saúde eficiente e moderno...
                                                  Naqueles lares XPTO, não deverá haver um médico que possa acompanhar os utentes, quase como se fosse um médico de família?

                                                  Comentário


                                                    Originalmente Colocado por HMartinho Ver Post


                                                    Mas estás a referir-te aos pshysician assistant e aos attending physicians, porque os que estão inseridos no programa de residência, ganham 44mil dolares por ano, mais coisa menos coisa, acho eu... Corrijam-me se estiver enganado.
                                                    Falo de médicos com a especialidade feita, não internos. Esse ordenado que referes será o ordenado do 1º ou 2º ano de residency.

                                                    Comentário


                                                      Originalmente Colocado por Joana1984 Ver Post
                                                      Naqueles lares XPTO, não deverá haver um médico que possa acompanhar os utentes, quase como se fosse um médico de família?
                                                      Quantas vezes vais por ano ao médico de família?

                                                      Qual a necessidade de um médico a tempo inteiro num lar?

                                                      Comentário


                                                        Originalmente Colocado por ARDav Ver Post
                                                        Falo de médicos com a especialidade feita, não internos. Esse ordenado que referes será o ordenado do 1º ou 2º ano de residency.
                                                        Talvez seja também devido a todo o percurso que lá os Médicos têm de percorrer. Eu só no outro dia é que vi como é dificil ser Médico nesse país, porque lá, antes de se entrar em Medicina, tem de ser fazer o "pre-med", que significa entrar noutro curso e fazer pelo menos 1 ano, tais como Biologia humana, Química, Física, ou Química orgânica.

                                                        Comentário


                                                          Originalmente Colocado por ARDav Ver Post
                                                          Não, 300k a 600k ano (já corrigi o erro, obrigado )

                                                          Também há quem tenha contratos de +1 milhão ano, mas obviamente não são a norma.
                                                          Pois, 50k por ano parecia-me pouco.

                                                          Comentário


                                                            50k por ano ganham muitos recem licenciados numa licenciatura das ciencias.

                                                            O problema em Portugal não é os médicos ganharem muito, é haver tantos empregos de 500-600€ que as pessoas acham que quem ganha 1000 por mês é rei.

                                                            Comentário


                                                              Originalmente Colocado por DocJRA Ver Post
                                                              Nenhum médico, ou qualquer profissional de qualquer área, gosta de trabalhar 60 ou mais horas por semana sacrificando a vida familiar e pessoal só para terem mais uns €€€ de complemento.

                                                              Isto é verdade cá ou na conxixina.

                                                              Se o fazem é porque as diferenças praticadas entre os sectores privados e público é abismal e desadequada.

                                                              Vamos é colocar alguns critérios e comparar com professores universitários, com estudos e investimento pós-graduado, tal como o médico o faz ao tirar a especialidade, enfermeiros com especialização (fisioterapia, instrumentistas, etc), advogados competentes com alguns anos de mercado ou até juízes, chefias locais de repartições e organismos público, etc.

                                                              Antes de mais parabéns pela tarefa ardua, inglória de explicar a realidade da saúde em portugal. Os teus posts dão gosto ler.


                                                              Concordo plenamente com o paragrafo a bold. Tirando alguns profissionais que adquiriram estatuto e nome, o que lhes permite "passear" a sua clinica pela privada.

                                                              Queria corrigir-te no seguinte: a especialidade é de reabilitação e nao fisioterapia. Esse é um curso devidamente homologado e distinto da profissão de Enfermagem.
                                                              Instrumentista é uma pós graduação, quanto mto, dado que não há essa especialidade homologada. Apenas Enfermagem médico-cirurgica.

                                                              O exemplo do especialista em Enfermagem tem contornos mt diferentes da especialidade ne carreira médica:
                                                              - o enfermeiro propoe-se a titulo pessoal a fazer a especialidade e paga-a do seu bolso, por inteiro.
                                                              - pode perfeitamente trabalhar como enfermeiro generalista, sem necessidade de especialidade.
                                                              - só uns quantos, mt poucos, ganham efectivamente como especialistas dado q as vagas para especialista são cada vez mais raras.
                                                              - o enfermeiro especialista geralmente tem acréscimo de funções e responsabilidades resultantes da sua especialidade (reabilitação, obstetricia, saude comunitaria,...) dado q ninguém pretende adquirir competências para depois nao as colocar em prática, mas continuam a ter a remuneração de enfermeiro generalista, pq a sua especialidade nao lhes dá qualquer atribuição salarial extra.

                                                              Ou seja, deveria ter um vencimento de 1369 euros, o que corresponde a enfermerio especialista, tens as competências, trabalho e responsabilidades de especialista mas pode estar a ganhar 1002 euros mensais. Brutos.
                                                              Editado pela última vez por manucas; 06 October 2011, 17:09.

                                                              Comentário

                                                              AD fim dos posts Desktop

                                                              Collapse

                                                              Ad Fim dos Posts Mobile

                                                              Collapse
                                                              Working...
                                                              X