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Governo acusa Ordem de bloquear médicos da Costa Rica em Portugal

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    #61
    Originalmente Colocado por Omega Ver Post
    Não é só falta de médicos de familia. Se fores ao hospital, ao centro médico, já para não falar nos médicos dentistas brasileiros (não tenho nada contra eles,, mas que é tristes ver que são cada vez mais é)..... há sempre médicos estrangeiros nas mais diversas especialidades.

    Até para os simples testes à glicémia, colesterol e afins que fazem por aí na rua já aparecem médicos/profissionais de saúde...

    Noutro dia tive um diálogo com um assim:
    (eu) - Boa tarde
    - Boa tarde
    - Então o teste agora ao almoço é capaz de dar valores altos na glicémia, não ?
    - Sim, sim ...
    - É que acabei de almoçar agora..
    - Acabou de almoçar daqui a bocadinho ?...
    - Não, não vou almoçar daqui a bocadinho, acabei de almoçar agora ...
    - Pois acabou de almoçar daqui a bocadinho ....
    - ...... ... wtf .... ?

    Entretanto olhei para a placa com o nome ..... Pietrovsky ..... e levei uma picadela no dedo ....

    Não é isto que se pretende para o futuro deste País, pois não ?
    "O que o sinhry tenh ey unha gastrinistys"

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      #62
      O Iuri queria dizer : comeu aqui há bocadinho

      tu é que nao percbes portugues

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        #63
        Vou falar do tema do tópico, porque a maioria dos que falam por aqui, reconhecidamente, não conhecem o funcionamento verdadeiro (e não o que passa vá para fora) de USFs, segurança social, juntas médicas, casas de saúde, hospitais públicos, privado vs público na área da saúde, seguros médicos, atribuição de tarefas e remunerações, etc

        Primeiro, ainda não vi ninguém a perguntar porque é que há médicos (estrangeiros ou nacionais não é importante) a receberem ordenado sem trabalharem?Isto noutro qualquer país estavam políticos/administradores ou o "normal" português (2 em 1) a sentar os cotos em tribunal. Gestão de processos ao pior nível...o habitual.

        Não percebo qual é o problema de +4 meses de espera (segundo a notícia corrigam-me se estiver enganado) para a regularização de um processo de um profissional EXTRA COMUNITÁRIO.

        P.S. 5 meses demorei eu para regularizar-me no RU, conheço casos mais demorados. Conheço um bocadinho a prespectiva Australiana...mas o nível em relação a Portugal é outro.

        Comentário


          #64
          Interessante, pra colmatar os problemas de medicina, e permitir aqueles que muito se esforçaram em areas semelhantes, poder se formar em medicina(apenas geral, nada de especialidades), avançou-se com a abertura do curso em Aveiro. Agora com edificios feitos e aulas a decorrer uns dizem pra fechar aquilo, e outros pior, apoiam mas dizem que não tem qualidade nenhuma(em vez de simplesmente dizer como melhorar!).

          E pronto, mais médicos...Espero que estes sejam dos que tiram doutoramento e vão pra investigação, senão isto vai ficar cheio como ja está noutras ciencias.

          Comentário


            #65
            Originalmente Colocado por krendam Ver Post
            Interessante, pra colmatar os problemas de medicina, e permitir aqueles que muito se esforçaram em areas semelhantes, poder se formar em medicina(apenas geral, nada de especialidades), avançou-se com a abertura do curso em Aveiro. Agora com edificios feitos e aulas a decorrer uns dizem pra fechar aquilo, e outros pior, apoiam mas dizem que não tem qualidade nenhuma(em vez de simplesmente dizer como melhorar!).

            E pronto, mais médicos...Espero que estes sejam dos que tiram doutoramento e vão pra investigação, senão isto vai ficar cheio como ja está noutras ciencias.
            Eu disse que não ia falar...mas vou ter de falar.

            Medicina Geral e Familiar É uma especialidade. Pode ser mal vista ou ter má reputação ou qualquer outra conotação menos própria neste rectângulo de m*rda, mas em países a sério, MGF é reconhecida como deve ser e é lhe atribuída a linha da frente na saúde nacional sendo o principal filtro para a orientação de pacientes/doentes para outras especialidades.

            Acho que ao fim disto nem preciso de escrever o que penso de "cursos" de medicina exclusivos para a especialidade de MGF...

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              #66
              Originalmente Colocado por NunoMF Ver Post
              Bom, o sistema é semelhante em muitos países não é?

              Aqui na Irlanda passasse a mesma coisa, é preciso importar médicos. O facto de Portugal ter rácios de médicos por habitante semelhantes aos outros países não prova que não hajam problemas e que a medicina não seja uma profissão protegida, em que a oferta é ajustada para se manter abaixo da procura (ou pelo menos foi durante muito tempo) de forma a proteger os que já lá estão.

              O que quero dizer é que isto não é de forma alguma um exclusivo de Portugal.

              E a questão dos médicos estrangeiros é também uma não questão. Acontece em todas as áreas importarem-se e exportarem-se profissionais. Porque há-de ser um problema para os médicos?
              Ok, agora percebi o que queres dizer, mas realmente não chegava lá só pelos números.

              Tu falas na Irlanda e acredito plenamente quando me dizes que é igual.

              No entanto, se formos para os países nórdicos, com ratios de médicos semelhantes ou até inferiores aos nossos, mas com quase o dobro dos enfermeiros, das camas nas unidades de medicina, das camas nas unidades especializadas, etc... as coisas funcionam.

              Porquê... porque:
              - a mentalidade é outra,
              - porque a organização é outra,
              - porque os médicos sentem-se condignamente pagos e não fogem para o privado como cá, respeitando o horário que lhes é atribuído no público,
              - porque a população sabe que não pode ter um Santa Maria à porta do seu vilarejo a servir apenas 50'000 habitantes,
              - porque se respeita a 3ª e 4ª idade e não os deixam aos caídos a ocupar camas hospitalares, para não os terem em casa ou em em lares caríssimos, camas estas tão necessárias para quem tem doenças agudas,
              - etc

              Se há algo que bom que espero que esta crise traga é a mudança de mentalidades.

              Comentário


                #67
                Isso dos 11 anos a estudar para Medicina é um mito que se enraizou na população,e eu ainda nem percebi porquê... Já agora só quando forem reformados não?

                Pelo que conheço de pessoas que estão a estudar Medicina, são 6 anos de curso, a contar com o internato, mais o ano comum, e 1 a 2 anos de especialidade. Os 3 primeiros anos é queimar pestanas a decorar centenas de livros, a seguir já começam aulas mais práticas, no internato (6º ano, se não me engano), observam doentes, fazem o seu juízo clínico mas todos os medicamentos, exames etc, que prescrever, são passíveis de autorização superior, uma espécie de Médico tutor. A partir daí, trabalham com título a que no Brasil e nos EUA se chama de Médico Residente.

                Se há Médicos a mais, não sei, mas que é uma vergonha irem buscar Médicos ao estrangeiro, prometer-lhes trabalho, um salário e uma estabilidade que no fim acabam por não dar, é mesmo vergonhoso. Agora eu pergunto, se fosse um Médico português a ir para o estrangeiro, isto também acontecia?

                Comentário


                  #68
                  Originalmente Colocado por HMartinho Ver Post
                  Isso dos 11 anos a estudar para Medicina é um mito que se enraizou na população,e eu ainda nem percebi porquê... Já agora só quando forem reformados não?

                  Pelo que conheço de pessoas que estão a estudar Medicina, são 6 anos de curso, a contar com o internato, mais o ano comum, e 1 a 2 anos de especialidade. Os 3 primeiros anos é queimar pestanas a decorar centenas de livros, a seguir já começam aulas mais práticas, no internato (6º ano, se não me engano), observam doentes, fazem o seu juízo clínico mas todos os medicamentos, exames etc, que prescrever, são passíveis de autorização superior, uma espécie de Médico tutor. A partir daí, trabalham com título a que no Brasil e nos EUA se chama de Médico Residente.

                  Se há Médicos a mais, não sei, mas que é uma vergonha irem buscar Médicos ao estrangeiro, prometer-lhes trabalho, um salário e uma estabilidade que no fim acabam por não dar, é mesmo vergonhoso. Agora eu pergunto, se fosse um Médico português a ir para o estrangeiro, isto também acontecia?

                  Que calinadas.

                  - 6 anos de curso. O 6º ano não é internato nenhum, e não tens independência nenhuma (fazes algumas coisas, sempre com a presença do médico). Nos 3 primeiros anos estás a marrar anatomia, bioquímica, etc. Nos 3 seguintes, estás em estágio continuamente e a marrar patologia.

                  - 1 ano de IAC, internato de ano comum, no fim do qual se escolhe a especialidade. É médico, já faz umas cenas sozinho, mas não muitas porque não tem o mínimo de experiência e se fizer asneira caem em cima do tutor.

                  - 4 a 6 anos de especialidade, conforme a que se escolheu.

                  Portanto...6 + 1 + 4 = 11
                  Editado pela última vez por Fadista; 06 October 2011, 00:40.

                  Comentário


                    #69
                    Originalmente Colocado por Fadista Ver Post
                    Que calinadas.

                    - 6 anos de curso. O 6º ano não é internato nenhum, e não tens independência nenhuma (fazes algumas coisas, sempre com a presença do médico). Nos 3 primeiros anos estás a marrar anatomia, bioquímica, etc. Nos 3 seguintes, estás em estágio continuamente e a marrar patologia.

                    - 1 ano de IAC, internato de ano comum, no fim do qual se escolhe a especialidade. É médico, já faz umas cenas sozinho, mas não muitas porque não tem o mínimo de experiência e se fizer asneira caem em cima do tutor.

                    - 4 a 6 anos de especialidade, conforme a que se escolheu.

                    Portanto...6 + 1 + 4 = 11
                    Conheço pessoas a estudarem Medicina, e foi assim como disse que me explicaram. Só disse que não tinha a certeza se o internato era no 6ºano. Em relação à especialidade, foi o que me disseram, mas obrigado pela correção. Da última vez que fui ao Oftalmologista, disse-me ele que tinha 26 anos. Não sei onde estão os 12 anos de formação dele...

                    Comentário


                      #70
                      Originalmente Colocado por HMartinho Ver Post
                      Conheço pessoas a estudarem Medicina, e foi assim como disse que me explicaram. Só disse que não tinha a certeza se o internato era no 6ºano. Em relação à especialidade, foi o que me disseram, mas obrigado pela correção. Da última vez que fui ao Oftalmologista, disse-me ele que tinha 26 anos. Não sei onde estão os 12 anos de formação dele...
                      Aos 26 anos, no máximo é interno de oftalmologia (está a tirar a especialidade, não é oftalmologista). Os internos exercem de forma mais ou menos autónoma (sobretudo a partir do 3º, 4º ano de internato de especialidade).Contudo para ter um interno, um serviço precisa ter um certo número de especialistas (disseram-me que são 5, mas não consigo confirmar isto) e que esteja um deles disposto a ser tutor, o que faz com que, na prática, os internos não sejam propriamente uma forma de suprimir falta de médicos num serviço.

                      Comentário


                        #71
                        Originalmente Colocado por Fadista Ver Post
                        Aos 26 anos, no máximo é interno de oftalmologia (está a tirar a especialidade, não é oftalmologista). Os internos exercem de forma mais ou menos autónoma (sobretudo a partir do 3º, 4º ano de internato de especialidade).Contudo para ter um interno, um serviço precisa ter um certo número de especialistas (disseram-me que são 5, mas não consigo confirmar isto) e que esteja um deles disposto a ser tutor, o que faz com que, na prática, os internos não sejam propriamente uma forma de suprimir falta de médicos num serviço.
                        Ok... Obrigado pela informação. Mas a duração do curso de Medicina são 6 anos certo? Para se exercer completamente autonomamente Medicina, aí é que entram os 11 anos a contar com especialidade e IAC's, certo?

                        Comentário


                          #72
                          Sim, o curso são 6. Mas para exerceres clínica precisas de uma especialidade (não existem médicos generalistas, ou seja, sem especialidade, em Portugal).

                          Comentário


                            #73
                            Ok obrigado pela informação e correção .

                            Sem querer levantar muito off-toppic, só gostaria de perguntar mais, o que vários users do fórum têm contra os médicos do Brasil... Não estudam como em qualquer outro país onde haja uma medicina "desenvolvida"?

                            Comentário


                              #74
                              Depende em que faculdade tiraram o curso. Como um user já referiu algures para trás, há cursos de medicina no Brasil que nem sequer são reconhecidos pelo governo. Contudo há outros de que já ouvi falar muito bem.

                              Ainda há pouco tempo falava com um médico brasileiro que veio para cá há pouco mais de 2/3 anos. Saiu do Brasil não apenas por ter conseguido boas condições cá, mas igualmente porque afirma que estão numa situação insustentável com cada vez mais médicos extremamente mal formados e que aceitam, portanto, trabalhar por "tuta e meia", o que levou a qualidade dos serviços públicos de saúde para níveis ridiculamente baixos.

                              Comentário


                                #75
                                Sim... Aí está. O Brasil tem cursos de saúde excelentes, mas outros, ridiculamente pobres de conteúdo programático e formação. Segundo já li, e porque estou interessado em Enfermagem, e se não conseguir em Portugal, tenho possibilidade no Brasil, as melhores universidades são as Estaduais e Federais. As privadas, são um autêntico tacho para encher bolsos, e formação está quieto.

                                E só por curiosidade, se consultarem o ranking das melhores universidades do mundo, vão ver que está lá uma faculdade do Brasil de Medicina Estadual/Federal. Segundo me parece, salvo erro é de Santa Catarina ou Baía.

                                Comentário


                                  #76
                                  Não sei é se os formados em boas faculdades têm necessidade/interesse em vir para Portugal trabalhar...sobretudo agora.

                                  PS: se fizeres enfermagem cá, escolhe bem a faculdade. Há alguns, formados em faculdades nos sítios mais recônditos do país, com uma falta de conhecimentos que não lembra a ninguém...

                                  Comentário


                                    #77
                                    Mas eles para virem para cá, não têm de fazer um exame de aptidão da nossa OM?

                                    Eu pessoalmente, como doente crónico,já fui atendido por Médicos dos 4 cantos do mundo. Brasileiros, Ucranianos, Africanos, Espanhois, e até por um que tinha sotaque americano. Suponho que fosse das américas, e não tive razão de queixa de nenhum deles. Aliás, e sem querer incendiar aqui nada, a única vez que sofri de negligência médica foi por uma médica portuguesa.

                                    Comentário


                                      #78
                                      Originalmente Colocado por HMartinho Ver Post
                                      Mas eles para virem para cá, não têm de fazer um exame de aptidão da nossa OM?

                                      Eu pessoalmente, como doente crónico,já fui atendido por Médicos dos 4 cantos do mundo. Brasileiros, Ucranianos, Africanos, Espanhois, e até por um que tinha sotaque americano. Suponho que fosse das américas, e não tive razão de queixa de nenhum deles. Aliás, e sem querer incendiar aqui nada, a única vez que sofri de negligência médica foi por uma médica portuguesa.
                                      A questão da competencia/nacionalidade do médico, na minha perspectiva, não se coloca.

                                      A questão primordial para mim é se deve ser esse o caminho a seguir, ou se deve ser um caminho de disciplinar em Portugal a actividade do médico.

                                      Comentário


                                        #79
                                        Pessoalmente acho uma estupidez crassa uma pessoa não poder trabalhar num pais estrangeiro só porque 1º alguém tem de dizer que outros também podem exercer a mesma profissão no seu pais de origem.
                                        Isto não passa de uma forma encapotada da OM boicotar a contratação de médicos estrangeiros, uma regra burocrática sem sentido e sem a mínima justificação.
                                        A OM devia era se preocupar com coisas muito mais importantes para o bem da população e dos doentes e não com parvoíces destas que só servem para alimentar o seu orgulho próprio.

                                        Comentário


                                          #80
                                          A ordem dos médicos é um cancro que á muito já devia ter sido revisto. Tem um poder que não devia ter.

                                          Comentário


                                            #81
                                            Originalmente Colocado por DocJRA Ver Post
                                            Ok, agora percebi o que queres dizer, mas realmente não chegava lá só pelos números.

                                            Tu falas na Irlanda e acredito plenamente quando me dizes que é igual.

                                            No entanto, se formos para os países nórdicos, com ratios de médicos semelhantes ou até inferiores aos nossos, mas com quase o dobro dos enfermeiros, das camas nas unidades de medicina, das camas nas unidades especializadas, etc... as coisas funcionam.

                                            Porquê... porque:
                                            - a mentalidade é outra,
                                            - porque a organização é outra,
                                            - porque os médicos sentem-se condignamente pagos e não fogem para o privado como cá, respeitando o horário que lhes é atribuído no público,
                                            - porque a população sabe que não pode ter um Santa Maria à porta do seu vilarejo a servir apenas 50'000 habitantes,
                                            - porque se respeita a 3ª e 4ª idade e não os deixam aos caídos a ocupar camas hospitalares, para não os terem em casa ou em em lares caríssimos, camas estas tão necessárias para quem tem doenças agudas,
                                            - etc

                                            Se há algo que bom que espero que esta crise traga é a mudança de mentalidades.
                                            Estás no gozo certo?

                                            Agora os médicos ganham pouco? Ora compara o salário dum médico nos países nórdicos com o de um professor, enfermeiro ou advogado e faz o mesmo cá no burgo!

                                            Comentário


                                              #82
                                              Originalmente Colocado por Fadista Ver Post
                                              Sim, o curso são 6. Mas para exerceres clínica precisas de uma especialidade (não existem médicos generalistas, ou seja, sem especialidade, em Portugal).
                                              Ok, mas sempre ouvi dizer que um aluno que termina a licenciatura em medicina podia exercer aquilo a que se chama de clínica geral.

                                              Comentário


                                                #83
                                                Originalmente Colocado por Joana1984 Ver Post
                                                Ok, mas sempre ouvi dizer que um aluno que termina a licenciatura em medicina podia exercer aquilo a que se chama de clínica geral.

                                                Estás enganada, neste momento medicina geral e familiar é uma especialidade e são 4 anos.



                                                Quanto ao tópico, mitos, desconhecimento, bitaites, ressabiamento e com cada pontapé na barra que até mete impressão, resumindo tuguisses.

                                                Esta manobra do governo é marketing completo e como já foi bem explicado o nosso problema principal é a desorganização que reina em todos os departamentos do SNS!

                                                Sobre o problema dos médicos atenção que daqui a 2 anos já não vai existir vagas de internato para todos os que saem das faculdades, os médicos também vão ter problemas suficientes, antigamente a história era outra mas hoje em dia a "vida de ouro" terminou acreditem.

                                                E para todos os que esfregam as mãos com este facto não se preocupem pois os problemas dos médicos vão ser directamente proporcionais à diminuição da qualidade do "serviço", vai ser catastrófico!

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                                                  #84
                                                  Originalmente Colocado por dysplay21 Ver Post
                                                  A ordem dos médicos é um cancro que á muito já devia ter sido revisto. Tem um poder que não devia ter.
                                                  Tenho uma opinião diferente, à sua maneira protegem efectivamente a respectiva classe profissional e estão menos expostos a alguns interesses.

                                                  Veja-se o exemplo dos Professores, o que eram e no que foram transformados com a conivência dos tais sindicatos... Como é que estaria agora a educação se existisse uma "Ordem dos Professores"? Dá que pensar...

                                                  Comentário


                                                    #85
                                                    Originalmente Colocado por Alpiger Ver Post
                                                    Pessoalmente acho uma estupidez crassa uma pessoa não poder trabalhar num pais estrangeiro só porque 1º alguém tem de dizer que outros também podem exercer a mesma profissão no seu pais de origem.
                                                    Isto não passa de uma forma encapotada da OM boicotar a contratação de médicos estrangeiros, uma regra burocrática sem sentido e sem a mínima justificação.
                                                    A OM devia era se preocupar com coisas muito mais importantes para o bem da população e dos doentes e não com parvoíces destas que só servem para alimentar o seu orgulho próprio.
                                                    São opiniões.

                                                    Eu continuo na minha.

                                                    Tem de existir algum tipo de organismo, que chame a si a responsabilidade, de garantir que todos os médicos a exercer no país em questão estão devidamente formados para o efeito.

                                                    Alguém que confira a validade e veracidade dos diplomas, os conteúdos programáticos do curso, etc.

                                                    Alguém que puna a negligência e o erro médico.

                                                    Pouco me interessa se essa competência cabe à Ordem, Universidades, Ministério ou ao Hospital.

                                                    Mas acredito que mais cedo ou mais tarde mudarás de opinião.

                                                    Talvez quando algum familiar chamar-te às Urgências de um grande Hospital deste País, porque o teu avô com:

                                                    - mais de 80 anos e um historial de doença oncológica (neoplasia do cólon que após tratamento originou um estreitamento intestinal), angina e enfarte com bypass e stents, etc, com uma obstrução intestinal no dia em questão

                                                    Acabou de ter alta, após

                                                    - ter estado na Área Médica do respectivo S.U., a levar soro e paracetamol,

                                                    Por deliberação de um médico estrangeiro que elaborou o plano de cuidados e relatório da mesma, relatório este carregado de erros ortográficos e palavras inventadas, não tendo percebido puto das queixas do doente, com um diagnóstico de saída de dor torácica de origem traumática por queda.

                                                    Durante a sua estadia nesse mesmo S.U. a pessoa em causa não fez qualquer Exame Físico Médico, E.C.G., Radiografia, Eco, Paínel de Análises, etc, ou foi pedida a colaboração qualquer outra especialidade médica.

                                                    Basicamente chegou, esperou 2 horas para ser visto pelo tal médico, explicou as suas queixas, entregou duas cartas passadas pelo seu médico oncologista e cirurgião cardio-torácico com os antecedentes, ficou 1 hora a ser hidratado e com analgesia e teve alta quando um enfermeiro chegou ao pé dele com uma carta de alta feita.

                                                    É óbvio que podes argumentar que isto poderia ter acontecido com um médico nacional e eu concordo, podes argumentar que o médico em questão tinha o diploma reconhecido e estava capacitado pela ordem para exercer e eu concordo

                                                    Mas, se já temos que levar com maus médicos Portuguesas e maus médicos estrangeiros cujos diplomas provenientes de países da U.E têm reconhecimento automático (como aconteceu no caso em questão), não me obriguem a levar com com "qualquer *****" que aí apareça, sem que haja o mínimo do rigor a verificar se esta mesma pessoa está capacitada para ter a vida de dezenas de pessoas por dia nas mãos.

                                                    Quanto ao resto do post, acho que estás a confundir aquelas que deveriam ser as competências de uma Ordem, seja ela dos Médicos ou dos Contabilistas, com os deveres de um Ministério, seus secretariados e órgãos de administrativos sobre a sua alçada.

                                                    Uma Ordem zela acima de tudo pelos interesses dos seus associados.

                                                    O Estado é que tem de ser forte o suficiente para as meter no seu lugar.

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                                                      #86
                                                      Originalmente Colocado por Hugo1984 Ver Post
                                                      Estás no gozo certo?

                                                      Agora os médicos ganham pouco? Ora compara o salário dum médico nos países nórdicos com o de um professor, enfermeiro ou advogado e faz o mesmo cá no burgo!
                                                      Bem, acho que quem se devia informar melhor és tu. Que pérola

                                                      Mas se não queres ficar todo comido de raiva, sugiro que não vejas os ordenados dos médicos nos EUA, Reino Unido, Suiça, Holanda...

                                                      Comentário


                                                        #87
                                                        Originalmente Colocado por DocJRA Ver Post
                                                        São opiniões.

                                                        Eu continuo na minha.

                                                        Tem de existir algum tipo de organismo, que chame a si a responsabilidade, de garantir que todos os médicos a exercer no país em questão estão devidamente formados para o efeito.

                                                        Alguém que confira a validade e veracidade dos diplomas, os conteúdos programáticos do curso, etc.

                                                        Alguém que puna a negligência e o erro médico.

                                                        Pouco me interessa se essa competência cabe à Ordem, Universidades, Ministério ou ao Hospital.

                                                        Mas acredito que mais cedo ou mais tarde mudarás de opinião.

                                                        Talvez quando algum familiar chamar-te às Urgências de um grande Hospital deste País, porque o teu avô com:

                                                        - mais de 80 anos e um historial de doença oncológica (neoplasia do cólon que após tratamento originou um estreitamento intestinal), angina e enfarte com bypass e stents, etc, com uma obstrução intestinal no dia em questão

                                                        Acabou de ter alta, após

                                                        - ter estado na Área Médica do respectivo S.U., a levar soro e paracetamol,

                                                        Por deliberação de um médico estrangeiro que elaborou o plano de cuidados e relatório da mesma, relatório este carregado de erros ortográficos e palavras inventadas, não tendo percebido puto das queixas do doente, com um diagnóstico de saída de dor torácica de origem traumática por queda.

                                                        Durante a sua estadia nesse mesmo S.U. a pessoa em causa não fez qualquer Exame Físico Médico, E.C.G., Radiografia, Eco, Paínel de Análises, etc, ou foi pedida a colaboração qualquer outra especialidade médica.

                                                        Basicamente chegou, esperou 2 horas para ser visto pelo tal médico, explicou as suas queixas, entregou duas cartas passadas pelo seu médico oncologista e cirurgião cardio-torácico com os antecedentes, ficou 1 hora a ser hidratado e com analgesia e teve alta quando um enfermeiro chegou ao pé dele com uma carta de alta feita.

                                                        É óbvio que podes argumentar que isto poderia ter acontecido com um médico nacional e eu concordo, podes argumentar que o médico em questão tinha o diploma reconhecido e estava capacitado pela ordem para exercer e eu concordo

                                                        Mas, se já temos que levar com maus médicos Portuguesas e maus médicos estrangeiros cujos diplomas provenientes de países da U.E têm reconhecimento automático (como aconteceu no caso em questão), não me obriguem a levar com com "qualquer *****" que aí apareça, sem que haja o mínimo do rigor a verificar se esta mesma pessoa está capacitada para ter a vida de dezenas de pessoas por dia nas mãos.

                                                        Quanto ao resto do post, acho que estás a confundir aquelas que deveriam ser as competências de uma Ordem, seja ela dos Médicos ou dos Contabilistas, com os deveres de um Ministério, seus secretariados e órgãos de administrativos sobre a sua alçada.

                                                        Uma Ordem zela acima de tudo pelos interesses dos seus associados.

                                                        O Estado é que tem de ser forte o suficiente para as meter no seu lugar.
                                                        Só vou discordar da parte a bold.

                                                        Não querendo que se caia no negócio dos processos/queixas médico-legais entre profissionais/instituições e pacientes no RU, acho que Portugal e as respectivas ordens na área da saúde têm muito, mas mesmo muito que andar para regular as interacções entre profissionais e pacientes, entre os próprios profissionais (em 3 semanas já vi e senti na pele o suficiente para ver muito colega suspenso/expulso do respectivo concelho inglês) e entre profissionais-instituições.

                                                        Comentário


                                                          #88
                                                          Originalmente Colocado por Hugo1984 Ver Post
                                                          Estás no gozo certo?

                                                          Agora os médicos ganham pouco? Ora compara o salário dum médico nos países nórdicos com o de um professor, enfermeiro ou advogado e faz o mesmo cá no burgo!
                                                          Mas vai comparar o salário de um médico no SNS aqui e o de um médico nesses países. Se as outras profissões ganham miseravelmente em Portugal, não são os médicos que se têm de preocupar... tal como a ordem dos advogados não reivindica melhores salários para enfermeiros.

                                                          Mas não vale a pena discutir vencimentos. O mito de que os médicos enriquecem a trabalhar no SNS está demasiado entranhado na nossa sociedade. Mesmo quando o que ganham não varia muito do de um prof universitário, boa parte dos engenheiros, etc etc....


                                                          Já agora, sugiro fortemente que não se esqueçam que as inscrições para os exames nacionais costumam ser em Março. Eu também não entrei à primeira, não se preocupem

                                                          Comentário


                                                            #89
                                                            Originalmente Colocado por DocJRA Ver Post
                                                            São opiniões.

                                                            Eu continuo na minha.

                                                            Tem de existir algum tipo de organismo, que chame a si a responsabilidade, de garantir que todos os médicos a exercer no país em questão estão devidamente formados para o efeito.

                                                            Alguém que confira a validade e veracidade dos diplomas, os conteúdos programáticos do curso, etc.

                                                            .../...
                                                            O que está aqui em causa não é nenhuma prova de competências, pois isso já está confirmado.

                                                            O que está em causa é uma regra ESTUPIDA em que um profissional estrangeiro não pode exercer a sua profissão enquanto não chegar um documento a comprovar que um português também poderá desempenhar a mesma função no seu pais de origem.

                                                            Isto é burrice e que em nada contribui para a qualidade do serviço prestado pelos profissionais aos seus pacientes.

                                                            Comentário


                                                              #90
                                                              Originalmente Colocado por Hugo1984 Ver Post
                                                              Estás no gozo certo?

                                                              Agora os médicos ganham pouco? Ora compara o salário dum médico nos países nórdicos com o de um professor, enfermeiro ou advogado e faz o mesmo cá no burgo!
                                                              Não, não estou no gozo.

                                                              Até já fiz o exercício neste mesmo fórum, com fontes oficiais.

                                                              É isto que que se passa nos países nórdicos.

                                                              Como se sentem bem, e pagos justamente com o que ganham no público, não demonstram a necessidade de irem a correr para o privado.

                                                              Nenhum médico, ou qualquer profissional de qualquer área, gosta de trabalhar 60 ou mais horas por semana sacrificando a vida familiar e pessoal só para terem mais uns €€€ de complemento.

                                                              Isto é verdade cá ou na conxixina.

                                                              Se o fazem é porque as diferenças praticadas entre os sectores privados e público é abismal e desadequada.

                                                              Falando do nosso país, esta ideia de que os Médicos ganham muito no Serviço Público, cumprindo única e exclusivamente o seu horário, é outro mito. Ou então há alguma discrepância na quantia à qual chamar muito.

                                                              Mito este que hoje tem uma proporção ainda maior se nos referirmos aos recém especialistas que já não têm acesso às carreiras médicas.

                                                              Se há médicos que ganham muito no público, podes ter a certeza que são uma minoria, e estes fazem-no através de horas extraordinárias, contractos para tarefeiros, acumulação de serviços de chefia e formação, etc.

                                                              Não quero com isto dizer que devam ser pagos pela bitola de um Presidente da República, ou que devam ser aumentados, quero apenas dizer que, para mim, dos casos pessoais que conheço, se recebessem apenas salário base do S.N.S., estariam longe da bitola do muito.

                                                              E se queres comparar com professores, enfermeiros, advogados, também o podemos fazer.

                                                              Vamos é colocar alguns critérios e comparar com professores universitários, com estudos e investimento pós-graduado, tal como o médico o faz ao tirar a especialidade, enfermeiros com especialização (fisioterapia, instrumentistas, etc), advogados competentes com alguns anos de mercado ou até juízes, chefias locais de repartições e organismos público, etc.

                                                              É que se comparamos sem critérios é muito fácil ir buscar o Eduardo Barroso, um profissional no topo da carreira, com dezenas de anos investidos em formação, com funções de chefia e orientação, com centenas de horas extraordinárias, mais os prémios de apoio aos transplantes as centenas de transplantes, e compara-lo com um professor que só conseguiu horário parcial ou um advogado que saiu com 10 de uma privada sem nome e nem emprego consegue.
                                                              Editado pela última vez por DocJRA; 06 October 2011, 13:47.

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