Fonte do ministério da Saúde diz, ao Económico, que Portugal tem “urgência no contributo destes médicos”.
"A solução do problema passa pela Ordem dos Médicos, que não liberta as cédulas profissionais dos médicos costa-riquenhos enquanto não tiver o documento da reciprocidade, documento esse que não é, de todo relevante para o exercício da profissão dos médicos já contratados", explicou ao Económico fonte do Ministério da Saúde.
Recorde-se que nove médicos da Costa Rica estão em Portugal há quatro meses, a receber salário, mas sem exercer a profissão por causa da falta do "convénio de reciprocidade".
Este documento de reciprocidade é uma declaração da Costa Rica a garantir, à priori, a médicos portugueses o exercício da medicina na Costa Rica na exacta medida em que Portugal garante o mesmo a cidadãos da Costa Rica. No entanto, reciprocidade neste caso não tem qualquer urgência pois não há médicos portugueses a querer exercer na Costa Rica. "Urgência tem Portugal no contributo destes médicos (há 1,7 milhões de utentes sem médico de família) que já estão a ser pagos e que, por uma mera razão burocrática, não podem dar consultas", aponta a mesma fonte do ministério liderado por Paulo Macedo.
Por outro lado, esta manhã em declarações à TSF o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, acusou o anterior Executivo de ter conduzido mal o processo de contratação de clínicos estrangeiros para reforçar o apoio em algumas zonas do país.
"O processo dos colegas da Costa Rica não está completo, portanto a Ordem não pode concluir a sua inscrição, é tão simples quanto isso", esclareceu o bastonário. Questionado sobre quando ficará resolvida esta situação, José Manuel Silva explicou que "isso depende de uma intervenção entre Governos. É necessário um certificado de reciprocidade, que ainda não nos foi presente, para completar a inscrição. Não podemos aceitar que alguém nos venha dizer para facilitarmos as coisas".
Justamente por isso, o bastonário considera que o anterior executivo não acautelou todos os aspectos relativos à contratação destes médicos. "Foi um processo mal conduzido, desnecessário, feito em cima do joelho e, infelizmente, os responsáveis do anterior Ministério da Saúde não tiveram o cuidado de analisar toda a documentação que era necessária e só permitirem a vinda desses colegas estando eles inscritos na Ordem dos Médicos", esclareceu José Manuel Silva.
"Alguém cometeu esse erro. A responsabilidade não é da Ordem [dos Médicos]", acrescentou.
Em resposta às críticas do bastonário da Ordem dos Médicos a antiga ministra Ana Jorge sublinhou, também aos microfones da TSF que este processo não é fácil, mas as dificuldades podem ser ultrapassadas se os dois Governos estiverem interessados.
"Na Costa Rica, Portugal não tem embaixada, portanto tem que ser a da Colômbia a tentar resolver a situação. Obviamente, que torna-se mais difícil, mas se houver interesse em resolver a situação, tem que se trabalhar para ultrapassar as dificuldades", justificou.
"Eles vieram em Maio e só depois disso é que se verificou que o processo não estava de acordo com a data que a Ordem pressupunha. Os médicos quando vêem, têm sempre um período de adaptação e durante este processo não fazem medicina autónoma, o que dá tempo para tratar do assunto", explicou a antiga ministra.
Nestas declarações, Ana Jorge admitiu ainda que a mudança de Governo possa ter atrasado este processo. "Também entendemos que na fase inicial de transição de um Governo ou de um ministério para o outro, muitas vezes estes processos ficam sem ser grande prioridade", disse Ana Jorge.
"A solução do problema passa pela Ordem dos Médicos, que não liberta as cédulas profissionais dos médicos costa-riquenhos enquanto não tiver o documento da reciprocidade, documento esse que não é, de todo relevante para o exercício da profissão dos médicos já contratados", explicou ao Económico fonte do Ministério da Saúde.
Recorde-se que nove médicos da Costa Rica estão em Portugal há quatro meses, a receber salário, mas sem exercer a profissão por causa da falta do "convénio de reciprocidade".
Este documento de reciprocidade é uma declaração da Costa Rica a garantir, à priori, a médicos portugueses o exercício da medicina na Costa Rica na exacta medida em que Portugal garante o mesmo a cidadãos da Costa Rica. No entanto, reciprocidade neste caso não tem qualquer urgência pois não há médicos portugueses a querer exercer na Costa Rica. "Urgência tem Portugal no contributo destes médicos (há 1,7 milhões de utentes sem médico de família) que já estão a ser pagos e que, por uma mera razão burocrática, não podem dar consultas", aponta a mesma fonte do ministério liderado por Paulo Macedo.
Por outro lado, esta manhã em declarações à TSF o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, acusou o anterior Executivo de ter conduzido mal o processo de contratação de clínicos estrangeiros para reforçar o apoio em algumas zonas do país.
"O processo dos colegas da Costa Rica não está completo, portanto a Ordem não pode concluir a sua inscrição, é tão simples quanto isso", esclareceu o bastonário. Questionado sobre quando ficará resolvida esta situação, José Manuel Silva explicou que "isso depende de uma intervenção entre Governos. É necessário um certificado de reciprocidade, que ainda não nos foi presente, para completar a inscrição. Não podemos aceitar que alguém nos venha dizer para facilitarmos as coisas".
Justamente por isso, o bastonário considera que o anterior executivo não acautelou todos os aspectos relativos à contratação destes médicos. "Foi um processo mal conduzido, desnecessário, feito em cima do joelho e, infelizmente, os responsáveis do anterior Ministério da Saúde não tiveram o cuidado de analisar toda a documentação que era necessária e só permitirem a vinda desses colegas estando eles inscritos na Ordem dos Médicos", esclareceu José Manuel Silva.
"Alguém cometeu esse erro. A responsabilidade não é da Ordem [dos Médicos]", acrescentou.
Em resposta às críticas do bastonário da Ordem dos Médicos a antiga ministra Ana Jorge sublinhou, também aos microfones da TSF que este processo não é fácil, mas as dificuldades podem ser ultrapassadas se os dois Governos estiverem interessados.
"Na Costa Rica, Portugal não tem embaixada, portanto tem que ser a da Colômbia a tentar resolver a situação. Obviamente, que torna-se mais difícil, mas se houver interesse em resolver a situação, tem que se trabalhar para ultrapassar as dificuldades", justificou.
"Eles vieram em Maio e só depois disso é que se verificou que o processo não estava de acordo com a data que a Ordem pressupunha. Os médicos quando vêem, têm sempre um período de adaptação e durante este processo não fazem medicina autónoma, o que dá tempo para tratar do assunto", explicou a antiga ministra.
Nestas declarações, Ana Jorge admitiu ainda que a mudança de Governo possa ter atrasado este processo. "Também entendemos que na fase inicial de transição de um Governo ou de um ministério para o outro, muitas vezes estes processos ficam sem ser grande prioridade", disse Ana Jorge.
Afinal há ou não há médicos suficientes por cá ?
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