"Hemodiálise para pessoas com mais de 70 anos? - Sim. Desde que paguem!"

[Obtuso]

A hemodialise custa mais porque uma empresa tem o "exclusivo" (na realidade é assim) dos tratamentos em Portugal, como todos sabemos, e sentimos na pele por outras razões, esta componente tem sempre muiiiito peso em Portugal.

Não existe exclusividade em Portugal.

Seria o mesmo que dizer que o continente tem a exclusividade das vendas a retalho em Portugal. Pode ser o maior, mas não é único.

E a natureza deste tipo de serviços é naturalmente cara.

[Sweden]

Eu vi a entrevista e chego facilmente à conclusão que há organismos de comunicação social que prestam para tudo menos para informar a população.

É a tua interpretação. Não é a minha nem a de muitos outros. O que ela disse foi com todas as letras que quem quer hemodiálise que a pague. Só quando o António Vitorino comentou o absurdo da afirmação é que ela corrigiu.
Vindo de quem ainda há pouco tempo afirmou que se devia suspender a democracia por 6 meses, já nada me surpreende.

Interessante o artigo de opinião do Pedro Santos Guerreiro em que ele diz:

"Resolvamos já as palavras de Ferreira Leite: são irresolúveis. O País ainda se divide sobre se era ironia ou afirmação aquele "é preciso suspender a democracia seis meses". Na terça à noite, Ferreira Leite parece ter querido dizer que toda a gente deve ter acesso a saúde, pagando quem deve e não pagando quem não pode. Mas lá está: é uma interpretação, não é a afirmação textual. O equívoco fica para equívoco. "

artigo completo: Não há Saúde gratuita- Opinião - Jornal de negócios online

[Obtuso]

Não são 500, são no mínimo o dobro, por sessão. Que são, normalmente, 3 vezes por semana, até aparece um órgão compatível, o que pode demorar 3 anos ou mais, em média.
É evidente que uma pessoa doente, por mais dinheiro que ganhe, também trabalhará para isso, incorre numa despesa enorme. Sobretudo se pensarmos que é uma doença incapacitante, que a breve trecho impedirá a pessoa de trabalhar plenamente, o que também se repercutirá no seu rendimento disponível. Não são os idosos os mais afectados por crises renais, são pessoas em idade activa, algo que muita gente procura esquecer. As coisas não são assim tão lineares como podemos ser levados a pensar.

Então andas a ser "enganado", será mesmo algo em torno de 500€ por uma sessão "avulsa". Mas em casos de acompanhamento, ou seja, tratamento durante algum tempo, os valores podem descer.

[Barbieju]

Então andas a ser "enganado", será mesmo algo em torno de 500€ por uma sessão "avulsa". Mas em casos de acompanhamento, ou seja, tratamento durante algum tempo, os valores podem descer.

Não ando a ser enganada. Sou enfermeira, por isso estou um pouquinho dentro do assunto. Sessão avulsa para hemodiálise? Tendo em conta que o sangue terá de ser filtrado de 3 em 3 dias, torna-se um pouco difícil haver sessões "avulsas" deste tratamento. No mínimo 2 por semana, dependendo do estado do doente, e do grau de incapacidade renal.

Os preços estão tabelados e escalonados, e inclusivé o grau de comparticipação do Estado neste tratamento. Normalmente penso que não será inferior a 50% do tratamento, o que dá esses 500 euros por sessão, para o doente. Mas no total, e sem comparticipação o preço dispararia enormemente, para os tais 1000 e poucos que falei.

[Obtuso]

Não ando a ser enganada. Sou enfermeira, por isso estou um pouquinho dentro do assunto. Sessão avulsa para hemodiálise? Tendo em conta que o sangue terá de ser filtrado de 3 em 3 dias, torna-se um pouco difícil haver sessões "avulsas" deste tratamento. No mínimo 2 por semana, dependendo do estado do doente, e do grau de incapacidade renal.

Os preços estão tabelados e escalonados, e inclusivé o grau de comparticipação do Estado neste tratamento. Normalmente penso que não será inferior a 50% do tratamento, o que dá esses 500 euros por sessão, para o doente. Mas no total, e sem comparticipação o preço dispararia enormemente, para os tais 1000 e poucos que falei.

Comparticipação? Mas há algum doente que pague 50% do valor do tratamento?

E quando falo em sessões "avulsas", sim elas existem. Quando uma pessoa se desloca, tem de fazer os tratamento na mesma. Ou seja pode hoje fazer num sítio e depois noutro. São tratamentos isolados. Ao contrário de quem faz sempre no mesmo local o que possibilita um agendamento prévio.

[Barbieju]

Comparticipação? Mas há algum doente que pague 50% do valor do tratamento?

E quando falo em sessões "avulsas", sim elas existem. Quando uma pessoa se desloca, tem de fazer os tratamento na mesma. Ou seja pode hoje fazer num sítio e depois noutro. São tratamentos isolados. Ao contrário de quem faz sempre no mesmo local o que possibilita um agendamento prévio.

Uma pessoa não faz sessões "avulsas", as mesmas têm sempre de ser agendadas, com o sítio de acolhimento, que por sua vez tem de entrar em contacto com o médico que acompanha o doente para saber os pormenores da ficha clínica do mesmo. Mas eu percebi o ponto.
As comparticipações podem ir até 80 ou 90% dos tratamentos, já não estou certa, mas dependem sempre de uma série de factores, entre os quais os rendimentos do doente. Tudo está tabelado pelo MSaúde, é só procurar, que os dados andam por aí. Acontece o mesmo em Espanha, o que não impede que muita gente, nomeadamente idosos e pessoas incapacitadas de trabalhar, se afoguem em dívidas para pagar os tratamentos (e até as deslocações).

[HMartinho]

Qual quer dia, vemos pessoas a entrarem nas nossas lojas a dizerem com delicadeza: "Isto é um assalto. Tenha calma que não lhe quero fazer mal. Vim aqui gentilmente roubar-lhe um euro, e até lhe dou permissão para chamar a polícia que eu fico aqui à espera deles. Só quero ser preso, pois na prisão tenho acesso a cuidados médicos gratuitos".

Tal como aconteceu nos EUA...

Só há uma coisa que não entendo. Crises económicas já vários países as atravessaram, mas não prejudicaram tanto o SNS, nem a classe médica e de enfermagem como este ministro anda a tentar (leia-se antes atentar).

E digo mais, este Estado deve ter algum atestado de burrice. Aumentam exponencialmente as taxas moderadoras, mas aumentam igualmente a quantidade de isentos (não seria mais eficaz e rentável, todos pagarmos uma pequena taxa, e só quem realmente não tem rendimentos "sustentáveis", ficarem isentos?), depois parece que andam a fazer de tudo para diminuir a esperança média de vida. Ora bem, tanto quanto aprendi na escola, a idade da reforma estipulada em acordo pelos nossos governantes, tem de se multiplicar o coeficiente da esperança média de vida. Quanto maior a esperança média de vida, maior a idade mínima para a reforma, quanto menor a esperança média de vida, menor será a idade da reforma, e aquelas alminhas em vez de aumentarem a esperança média de vida, para aumentarem a idade da reforma, não! Estão a fazer de tudo para a diminuir, fazendo diminuir a idade da reforma. Haja paciência para tanta b***ice!

[luissousa6]

Não existe exclusividade em Portugal.

Seria o mesmo que dizer que o continente tem a exclusividade das vendas a retalho em Portugal. Pode ser o maior, mas não é único.

E a natureza deste tipo de serviços é naturalmente cara.

Sim sim, a Galp também não é o úncio operador no mercado, mas o resultado está à vista.

[Alpiger]

Eu vi a entrevista e chego facilmente à conclusão que há organismos de comunicação social que prestam para tudo menos para informar a população.

Num Estado falido o que essa senhora propôs foi que tratamento excessivamente dispendiosos fossem suportados parcialmente ou totalmente pelos idosos caso tivessem condições financeiras para isso. Isto para não prejudicar quem necessita. Isto aconteceu na entrevista.

Em nenhum ponto daquela entrevista ela generalizou a ponto de se tirar essa conclusão das suas palavras.

Sinceramente estas cavalgadas dos anti-empresários, anti-anti-estado social e patranhas sucedâneas já começam a roçar o ridículo.

Tenho lido vários comentários de pessoas que viram o programa e dizem precisamente o mesmo, que os comentários de Ferreira Leite tem sido adulterados e subvertidos pela CS e que o que ela disse é completamente diferente do que aparece nas manchetes noticiosas.
O que ela disse é que os tratamentos devem ser comparticipados mesmo por pessoas com mais de 70 anos por estes serem muito caros e desta forma porem em causa a capacidade financeira para suportar estes tratamentos no futuro.

[Obtuso]

Sim sim, a Galp também não é o úncio operador no mercado, mas o resultado está à vista.

Para dizer isso, deves perceber muito da poda.

É o Estado que estipula o preço final dos combustíveis?

[Obtuso]

Não ando a ser enganada. Sou enfermeira, por isso estou um pouquinho dentro do assunto. Sessão avulsa para hemodiálise? Tendo em conta que o sangue terá de ser filtrado de 3 em 3 dias, torna-se um pouco difícil haver sessões "avulsas" deste tratamento. No mínimo 2 por semana, dependendo do estado do doente, e do grau de incapacidade renal.

Os preços estão tabelados e escalonados, e inclusivé o grau de comparticipação do Estado neste tratamento. Normalmente penso que não será inferior a 50% do tratamento, o que dá esses 500 euros por sessão, para o doente. Mas no total, e sem comparticipação o preço dispararia enormemente, para os tais 1000 e poucos que falei.

Para quem se diz enfermeira e dentro do assunto anda pouco informada.

O Ministério da Saúde assinou na segunda-feira, 31 de Janeiro de 2011, um acordo com a Associação Nacional de Centros de Diálise (ANADIAL), com vista a diminuir a despesa anual do Estado com o tratamento de doentes renais.

O acordo celebrado entre o Ministério da Saúde, representado pelo Secretário de Estado da Saúde, Dr. Óscar Gaspar, e a ANADIAL, representada pelo seu Presidente, Dr. Ricardo Silva, «estabelece uma redução de dois por cento do preço às entidades convencionadas de hemodiálise, que agora está fixado em 537,25 euros por doente e semana».



O Ministério da Saúde vai reduzir a comparticipação das sessões de tratamento de hemodiálise realizadas nos centros extra-hospitalares ou em casa.

A partir de 1 de Setembro, o SNS vai pagar 470,09 euros pela hemodiálise com acessos vasculares e 450,68 euros sem acessos vasculares.

O valor anterior era de 547,94 euros. Quanto às entidades convencionadas, os preços entram em vigor no dia 1 de Janeiro para as sessões de diálise realizadas nos estabelecimentos integrados no SNS. No âmbito das convenções, o preço por sessão de diálise mantém-se nos 114,79 euros.

Como vês, valores muito aquém do que queres fazer crer.

E caso não saibas, nestes valores está incluída toda a medicação no âmbito do tratamento de diálise. Se alguém necessitar de um 4º tratamento numa semana, por exemplo, sabes quem paga? A clínica que faz os tratamentos. Pois, não recebe mais nada por isso.

[callinas]

Sabeis que mais... eu farto-me de trabalhar, farto-me de poupar, para que um dia mais tarde se tiver algum azar...., para poder andar no meu carro velho, pagar a renda, dar uma boa educação aos meus filhos.... para que o meu vizinho que tem carro novo todos os anos, fez uma casa "à grande" na zona chique, vive com a mulher mas não estão casados, para que ela possa receber o subsidio por ser mãe solteira, e ele o subsidio de desemprego, mas trabalha nuns quantos sítios....
Para um dia mais tarde poder pagar a minha hemodialise, a hemodialise do meu vizinho, os subsidios deles e reformas minusculas, etc, etc

Deixei de ter pena dos coitadinhos.... pois mais coitadinho que esses todos sou eu. Regresso à terrinha dos meus pais, uns poucos dos letrados e aposentados lá da terra, e eles coitados passam os meses e cada vez recebem menos, menos sobra para ajudar os filhos e os sobrinhos que ficaram sem mãe aos 4 anos, e os que nada faziam quando eu tinha 10 anos, 15 anos, continuam na boa vida sem nunca fazerem nem querem fazer... a receber subsídios e mais subsídios.

Enfim não é justo que os cuidados de saude sejam pagos pelos que menos têm. Mas também não é justo que os cuidados de saude sejam pagos por aqueles que têm algum, que se sacrificaram para o ter, e que durante a vida inteira contribuíram para aqueles que menos têm pudessem ter algummm.

[Obtuso]

callinas,

Para ajudar ao teu raciocínio, sabias que muitas pessoas vêem para Portugal por causa de fazer os tratamentos porque cá são gratuitos para o doente?

Imagina alguém que foi e esteve toda a vida emigrado num país estrangeiro e que sempre lá pagou os impostos, mas que numa situação destas regressa a Portugal para fazer os tratamentos. E quem paga?

É que há países que só pagam quando a pessoa não tiver mesmo posses e há seguros, por exemplo, que não pagam nenhum tratamento quando a pessoa ultrapassa os 70/75 anos.

Vêem para Portugal e gozam de isenção no tratamento até ao resto da vida independentemente da sua capacidade financeira.

Estado Social ao melhor nível...

[luissousa6]

Para dizer isso, deves perceber muito da poda.

É o Estado que estipula o preço final dos combustíveis?

Não, não é o estado nem num caso nem no outro, são os lobbies insituídos, com o compadrio de quem n tem responsabilidades para com os portugueses, que estabelecem os preços!

[Obtuso]

Não, não é o estado nem num caso nem no outro, são os lobbies insituídos, com o compadrio de quem n tem responsabilidades para com os portugueses, que estabelecem os preços!

Estás enganado.

É o Estado que estipula o preço a pagar dos tratamentos de diálise (por acordo "forçado"). E quem presta o serviço tem de dançar ao som da música.

À conta disso, como já veio a público, uma rede destes serviços deixou de poder dar aos doentes um lanche durante o tratamento (que dura várias horas). Sabes o que isto implica? Perdem os padeiros que vendiam o pão, por exemplo, e possivelmente haverá despedimentos, porque agora não é preciso ninguém para tratar dos lanches.

O Estado podia pressionar o preço dos combustíveis? Que o faça, a ver se os tipos da Galp também perdem o lanche.

[luissousa6]

Estás enganado.

É o Estado que estipula o preço a pagar dos tratamentos de diálise (por acordo "forçado"). E quem presta o serviço tem de dançar ao som da música.

À conta disso, como já veio a público, uma rede destes serviços deixou de poder dar aos doentes um lanche durante o tratamento (que dura várias horas). Sabes o que isto implica? Perdem os padeiros que vendiam o pão, por exemplo, e possivelmente haverá despedimentos, porque agora não é preciso ninguém para tratar dos lanches.

O Estado podia pressionar o preço dos combustíveis? Que o faça, a ver se os tipos da Galp também perdem o lanche.

Sim, sim, acho até que o pai natal e o coelhinho da páscoa fizeram parte dessa negociação "forçada".


Acredite se quiser, eu cá acredito que vivemos num país de negociatas feitas nas costas dos contribuintes, isso do lanche foi circo para português ver, se a empresa estivesse a ter prejuízo pura e simplesmente tinha encerrado toda a operação............Ninguém trabalha para aquecer, eu pelo menos não, bate o sol no meu sofá da sala............

[Obtuso]

Sim, sim, acho até que o pai natal e o coelhinho da páscoa fizeram parte dessa negociação "forçada".


Acredite se quiser, eu cá acredito que vivemos num país de negociatas feitas nas costas dos contribuintes, isso do lanche foi circo para português ver, se a empresa estivesse a ter prejuízo pura e simplesmente tinha encerrado toda a operação............Ninguém trabalha para aquecer, eu pelo menos não, bate o sol no meu sofá da sala............

Deves viver num mundo à parte, só pode.

Caso não saibas o Estado costuma ter défice = prejuízo anual. Vamos fechar o tasco?

A TAP teve muitos anos de prejuízo. Porque não acabou?

Deves perceber muito de gestão...

E quanto aos preços da diálise, estão estipulados por tabela, 114,79€ cada. Sabes o que este valor inclui? É óbvio que não.

Os lanches são para português ver? Sabes quantas clínicas tem esse grupo em Portugal? Penso que umas 34. Se cada uma tiver cerca de 100 doentes, é só fazer as contas no peso que pode ter um lanche nas contas da empresa.

Naturalmente que a empresa tem de viver (como qualquer outra), e se fica com receitas condicionadas terá de recondicionar as despesas (e não foram só os lanches).

[pvox]

Quem viu o debate? Eu vi e o que a senhora disse foi relativo às pessoas com posses e nada mais..... já lá vão 7 anos que toda a gente disse que a senhora era doida meteram lá o Sócrates.... foi bom não foi?

[Obtuso]

Quem viu o debate? Eu vi e o que a senhora disse foi relativo às pessoas com posses e nada mais..... já lá vão 7 anos que toda a gente disse que a senhora era doida meteram lá o Sócrates.... foi bom não foi?

Há países, onde as pessoas enquanto tiverem posses têm de pagar os seus próprios tratamentos.

Sabes o que fazem algumas para não perder as "posses"? Vêem para PT fazer os tratamentos.

[luissousa6]

Deves viver num mundo à parte, só pode.

Caso não saibas o Estado costuma ter défice = prejuízo anual. Vamos fechar o tasco?

A TAP teve muitos anos de prejuízo. Porque não acabou?

Deves perceber muito de gestão...

E quanto aos preços da diálise, estão estipulados por tabela, 114,79€ cada. Sabes o que este valor inclui? É óbvio que não.

Os lanches são para português ver? Sabes quantas clínicas tem esse grupo em Portugal? Penso que umas 34. Se cada uma tiver cerca de 100 doentes, é só fazer as contas no peso que pode ter um lanche nas contas da empresa.

Naturalmente que a empresa tem de viver (como qualquer outra), e se fica com receitas condicionadas terá de recondicionar as despesas (e não foram só os lanches).

A TAP deveria ter encerrado portas há já muitos anos, quanto ao preço das sessões, diga-me onde elas são feitas, vou sugerir ao ministro da saúde que comece a enviar para lá os insuficientes renais, já que é tão barato

[Zedobone]

Há países, onde as pessoas enquanto tiverem posses têm de pagar os seus próprios tratamentos.

Sabes o que fazem algumas para não perder as "posses"? Vêem para PT fazer os tratamentos.

Pode ser um pouco mais específico?
Ou está a falar dos PALOP?

[Obtuso]

A TAP deveria ter encerrado portas há já muitos anos, quanto ao preço das sessões, diga-me onde elas são feitas, vou sugerir ao ministro da saúde que comece a enviar para lá os insuficientes renais, já que é tão barato

MINISTÉRIO DA SAÚDE
Gabinete do Secretário de Estado da Saúde
Despacho n.º 10569/2011
Pelo despacho n.º 7001/2002, de 7 de Março, do Secretário de Estado
da Saúde, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 79, de 4 de
Abril de 2002, foi aprovado o clausulado -tipo da convenção para a
prestação de cuidados de saúde na área da diálise que consta em anexo
ao referido despacho.
O clausulado -tipo da convenção para a prestação de cuidados de
saúde na área da diálise sofreu, entretanto, as alterações introduzidas
pelo despacho n.º 4325/2008, de 18 de Janeiro, publicado no Diário da
República, 2.ª série, n.º 35, de 19 de Fevereiro de 2008.
Por seu turno, o despacho n.º 19109/2010, de 17 de Dezembro, do
Secretário de Estado da Saúde, publicado no Diário da República, 2.ª
série, n.º 249, de 27 de Dezembro de 2010, veio estabelecer as condições
da inclusão dos acessos vasculares no preço compreensivo. Posteriormente,
o despacho n.º 47 -A/2011, de 31 de Dezembro, do Secretário
de Estado da Saúde, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 1,
de 3 de Janeiro de 2011, em complemento do despacho anterior, veio
estabelecer as regras a que deve obedecer a realização e manutenção de
acessos vasculares para hemodiálise, determinando um preço compre-
ensivo alternativo para as situações em que os acessos vasculares não
sejam assegurados pelas entidades convencionadas.
No âmbito do Memorando de Entendimento firmado pelo Governo
Português com o Fundo Monetário Internacional (FMI), a Comissão
Europeia (CE) e o Banco Central Europeu (BCE), torna -se necessário
«reduzir em pelo menos 10 % a despesa global (incluindo taxas) do SNS
com entidades privadas que prestem serviços de meios complementares
de diagnóstico e terapêutica ao SNS até ao final de 2011 e de 10 %
adicionais até ao final de 2012».
Deste modo, procede -se à alteração dos preços das convenções para
a hemodiálise para alcançar os objectivos enunciados.
Assim, determino o seguinte:
1 — Para efeitos do clausulado -tipo da convenção para a prestação
de cuidados de saúde na área da diálise aprovado pelo despacho
n.º 4325/2008, de 18 de Janeiro, publicado no Diário da República, 2.ª
série, n.º 35, de 19 de Fevereiro de 2008, os preços compreensivos da hemodiálise
convencional, quer realizada em centro extra -hospitalar, quer
no domicílio do doente, a pagar no âmbito das convenções para a prestação
de cuidados de saúde na área da diálise passam a ser os seguintes:
a) € 450,68, sem acessos vasculares;
b) € 470,09, com acessos vasculares.
2 — O preço a pagar por sessão de diálise no âmbito das convenções
para a prestação de cuidados de saúde na área da diálise é de
€ 114,79.
3 — A hemodiálise convencional, paga por preço compreensivo, pode
ser realizada no domicílio e inclui as transfusões de sangue.
4 — No prazo de 30 dias a contar da produção de efeitos do presente
despacho, as entidades convencionadas podem declarar se pretendem
manter o pagamento de acordo com o preço compreensivo ou se optam
pelo preço por sessão e vice -versa, mediante comunicação dirigida
à administração regional de saúde respectiva assinada por quem tem
poderes para obrigar a entidade convencionada.
5 — Os preços fixados pelo presente despacho entram em vigor no
dia 1 de Setembro de 2011.
6 — Os preços fixados no presente despacho são aplicáveis às sessões
de diálise realizadas pelos estabelecimentos e serviços integrados no
serviço nacional de saúde a partir de 1 de Janeiro de 2012, acrescendo
aos valores a pagar no âmbito do contrato -programa.
7 — A Direcção -Geral da Saúde deve, no prazo de 30 dias após publicação
do presente despacho, publicar as regras a que deve obedecer a
prestação de cuidados na área dos acessos vasculares para hemodiálise.
8 — A Administração Central do Sistema de Saúde, I. P., deve, subsequentemente,
e até um prazo de 30 dias, estabelecer através de circular
normativa os circuitos de responsabilidade financeira inerentes à prestação
de cuidados na área dos acessos vasculares para hemodiálise.
9 — Sem prejuízo do disposto nos n.os 1, 2 e 3, o despacho
n.º 19109/2010, de 17 de Dezembro, do Secretário de Estado da Saúde,
publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 249, de 27 de Dezembro
de 2010, e o despacho n.º 47 -A/2011, de 31 de Dezembro de 2010, do
Secretário de Estado da Saúde, publicado no Diário da República 2.ª
série, n.º 1 de 3 de Janeiro de 2011, são revogados com a divulgação
das regras a que se referem os n.os 7 e 8 anteriores.
10 — O presente despacho entra em vigor no dia da sua publicação.
1 de Agosto de 2011. — O Secretário de Estado da Saúde, Manuel
Ferreira Teixeira.






Um gajo tem de mostrar mesmo tudo. Informa-te antes de mandar bitaites.

É que além desse preço, e como o diploma diz, inclui no preço qualquer transfusão de sangue. Apesar de, obviamente, ser apenas necessário ocasionalmente, tens noção de quanto custa uma unidade de sangue? Digo-te já que o preço pago numa sessão não paga essa unidade.

Mas continuem a mandar bitaites sobre os lanches cortados e falem do que não sabem.

[Obtuso]

Pode ser um pouco mais específico?
Ou está a falar dos PALOP?

Nesta assunto particular não estou tão á vontade.

Os PALOP podem cá fazer tratamentos e penso que têm um quota anual, ou seja, embora possa ser gratuito para o doente, há uma repartição de despesas entre Estados.

Mas há outros fora dos PALOP e da UE, onde os tratamentos cá são gratuitos, como a Venezuela e penso que o Canadá. Falo destes porque é algo frequente ver emigrantes portugueses nestes países que nunca (ou quase) pagaram cá um cêntimo de imposto, mas quando precisam de cuidados médicos gratuitos vêem para cá "chular" o Estado (todos nós)

[HMartinho]

É impressão minha (e peço desculpa se interpretei mal, pois só dei uma leitura na diagonal) e há aqui pessoas que defendem que os cuidados de saúde devem ser pagos pelo doente/utente?

[nogueiraribeiro]

O que deveria acontecer era que pessoas como a MFL deveriam experimentar o que comentam - tirem-lhe os rendimentos todos, os bens, que fique com o salário mínimo (e é bem bom que muitas pessoas nem isso têm) e ela que se desenrasque durante um ano. Depois peçam-lhe que opine novamente.

[rubenvalente]

O simples facto deste tópico existir para mim é assustador!!!
Isto significa que realmente se está a debater e cada vez se debate mais sobre a saúde de uma pessoa tendo em vista pensamentos economicistas.
Acho que como seres humanos deveríamos ter o direito aos cuidados de saúde e consequentemente à vida, muito acima de quaisquer teorias economicistas.

[Obtuso]

O simples facto deste tópico existir para mim é assustador!!!
Isto significa que realmente se está a debater e cada vez se debate mais sobre a saúde de uma pessoa tendo em vista pensamentos economicistas.
Acho que como seres humanos deveríamos ter o direito aos cuidados de saúde e consequentemente à vida, muito acima de quaisquer teorias economicistas.

Isso é tudo muito romântico, mas custa dinheiro e alguém tem de pagar.

Faz sentido alguém com 1 milhão de euros no banco estar a usufruir de um serviço destes de saúde totalmente gratuito? Ou seja, a ideia que fiquei é que deveria existir uma moderação no acesso gratuito a estes serviços.

[HMartinho]

Isso é tudo muito romântico, mas custa dinheiro e alguém tem de pagar.

Faz sentido alguém com 1 milhão de euros no banco estar a usufruir de um serviço destes de saúde totalmente gratuito? Ou seja, a ideia que fiquei é que deveria existir uma moderação no acesso gratuito a estes serviços.

- Importas-te tu de contribuir (através de impostos) a pagar uma angioplastia a um doente que passou uma vida inteira a comer junk food?
- Importas-te tu de contribuir a pagar os tratamentos (CARÍSSIMOS) de quimioterapias/radioterapias a um doente com cancro no pulmão/laringe/boca que fumou uma vida inteira?

[Obtuso]

- Importas-te tu de contribuir (através de impostos) a pagar uma angioplastia a um doente que passou uma vida inteira a comer junk food?
- Importas-te tu de contribuir a pagar os tratamentos (CARÍSSIMOS) de quimioterapias/radioterapias a um doente com cancro no pulmão/laringe/boca que fumou uma vida inteira?

Importo, se ele tiver 1 milhão de euros na conta bancária.

Se for pobre como eu, não me importo nada.

Contribui tanto para o "prezuizo" na saúde quem tem cancro com origem no tabaco, como alguém que faz uma manobra perigosa na estrada e causa vítimas graves. A questão não é de quem é a culpa, a questão é de quem pode ou não contribuir mais na hora de pagar a conta.

[Joana1984]

É impressão minha (e peço desculpa se interpretei mal, pois só dei uma leitura na diagonal) e há aqui pessoas que defendem que os cuidados de saúde devem ser pagos pelo doente/utente?

Se tiverem posses, rendimentos suficientes, não vejo porque não devem pagar, isto é, se um magistrado auferir uma reforma de cerca de 3500€, não pode pagar o tratamento?