Boas.
Há uns tempos relatei aqui um test drive a um S420 CDI e creio ter transmitido o meu entusiasmo e admiração por este carro.
Esse carro pertence a alguém que alterna entre o S e o série 7.
Recentemente foi substituido pelo 7 novo (como relatei noutro tópico destes 2 modelos) mas só recentemente soube o verdadeiro porquê:
- Aos 20.000 kms teve a primeira intervenção no motor, algo relacionado com válvulas.
- Aos 40.000 kms começou a engasgar-se e a espirrar óleo por tudo quanto era sitio que não devia.
Resultado: Motor novo !!!
Para ajudar, após levar o motor novo, não o conseguiram por a funcionar como deve ser (isto na Mercedes).
Perante o limite de paciência do dono, a marca propôs trocar por um novo mediante o pagamento de um valor.
Agora o mais importante: Não foi um caso isolado, mas sim um problema geral dos S420 CDI !!!
Ou seja, a Mercedes fez no 420CDI a continuação do cancro que o S400 CDI anterior já era, o que a par com o 270CDI fazem um trio de motores vergonhosos.
Isto significa que a Mercedes tem dois motores reconhecidamente fiáveis nos diesel, o 220CDI e o 320 CDI.
Eu sempre mostrei o meu gosto pela Mercedes e pela qualidade dos seus produtos, mas tenho de reconhecer que se desse 200.000 euros por um carro e me acontecesse um problema destes e confirmasse ser mal comum, ficaria irremediavelmente desiludido com a marca.
No entanto, se pensarmos num passado recente temos mais coisas deste género:
- 320d E46 136 cv - Partia turbos com frequência
- 320d E46 150 cv - Engolia a admissão e mandava o motor para o lixo
- X5 auto - Caixas entregavam a alma ao criador por volta dos 100.000 kms
- VAG 2.0 TDI - Cabeças rachadas
- Caixa Tiptronic VAG - Existem casas especializadas em inglaterra em reparar estas caixas, tal a frequência das avarias
- 1.9 DCI - Turbos ao pequeno almoço
- S2000 - Problemas graves de lubrificação nas primeiras unidades
...e por aí fora (a lista seria bem maior).
Ou seja, muitos de nós frequentemente compramos e aconselhamos a última novidade. Deixamos de recomendar o veículo A porque vai sair o B daí a uns meses ou um ano. É do estilo: "Não compres esse A4. Vai sair o common-rail".
No entanto, sinto que a evolução em alguns casos está a ser feita de modo pouco sustentado. Pergunto-me para que servem as test-mules, já que frequentemente surgem problemas crónicos nos carros comercializados.
Para ajudar, quando estes problemas surgem pela primeira vez, raramente existe um conhecimento técnico dos mesmos e da melhor forma de os resolver, e ainda mais raro é o fabricante fazer um recall das unidades teoricamente afectadas.
Adoptam todos a postura de esperar que parta para o cliente reclamar e só a partir daí fazer alguma coisa.
Nesta perspectiva actual, não me estou a ver a comprar um carro inteiramente novo.
No mundo de hoje, com a internet e toda a sua informação, conseguimos saber (em carros com 2/3 anos de mercado) se houve algum problema crónico nos carros e tomar uma decisão informada.
Até aí, comprar um carro novo consegue ser frequentemente uma lotaria maior do que um com 2/3 anos de mercado e em alguns casos mesmo um usado.
Tenho a clara noção de que os fabricantes na corrida pelo "pódio" das características estão a descurar coisas mais importantes, e ninguém nos garante que um novo motor está suficientemente testado.
Pelos vistos, é mais arriscado comprar um S420 CDI (no meio de muitos) do que o velho 1.9 TDI que tanta gente diz mal por precisar de uma maf pontualmente.
Eu sou um adepto da evolução técnica, mas confesso que a actual postura dos fabricantes me deixa com os dois pés atrás, até porque não parece ser apanágio de uma ou outra marca, mas sim um fenómeno mais global. Nem os japoneses escapam.
Preocupante, diria.
Há uns tempos relatei aqui um test drive a um S420 CDI e creio ter transmitido o meu entusiasmo e admiração por este carro.
Esse carro pertence a alguém que alterna entre o S e o série 7.
Recentemente foi substituido pelo 7 novo (como relatei noutro tópico destes 2 modelos) mas só recentemente soube o verdadeiro porquê:
- Aos 20.000 kms teve a primeira intervenção no motor, algo relacionado com válvulas.
- Aos 40.000 kms começou a engasgar-se e a espirrar óleo por tudo quanto era sitio que não devia.
Resultado: Motor novo !!!
Para ajudar, após levar o motor novo, não o conseguiram por a funcionar como deve ser (isto na Mercedes).
Perante o limite de paciência do dono, a marca propôs trocar por um novo mediante o pagamento de um valor.
Agora o mais importante: Não foi um caso isolado, mas sim um problema geral dos S420 CDI !!!
Ou seja, a Mercedes fez no 420CDI a continuação do cancro que o S400 CDI anterior já era, o que a par com o 270CDI fazem um trio de motores vergonhosos.
Isto significa que a Mercedes tem dois motores reconhecidamente fiáveis nos diesel, o 220CDI e o 320 CDI.
Eu sempre mostrei o meu gosto pela Mercedes e pela qualidade dos seus produtos, mas tenho de reconhecer que se desse 200.000 euros por um carro e me acontecesse um problema destes e confirmasse ser mal comum, ficaria irremediavelmente desiludido com a marca.
No entanto, se pensarmos num passado recente temos mais coisas deste género:
- 320d E46 136 cv - Partia turbos com frequência
- 320d E46 150 cv - Engolia a admissão e mandava o motor para o lixo
- X5 auto - Caixas entregavam a alma ao criador por volta dos 100.000 kms
- VAG 2.0 TDI - Cabeças rachadas
- Caixa Tiptronic VAG - Existem casas especializadas em inglaterra em reparar estas caixas, tal a frequência das avarias
- 1.9 DCI - Turbos ao pequeno almoço
- S2000 - Problemas graves de lubrificação nas primeiras unidades
...e por aí fora (a lista seria bem maior).
Ou seja, muitos de nós frequentemente compramos e aconselhamos a última novidade. Deixamos de recomendar o veículo A porque vai sair o B daí a uns meses ou um ano. É do estilo: "Não compres esse A4. Vai sair o common-rail".
No entanto, sinto que a evolução em alguns casos está a ser feita de modo pouco sustentado. Pergunto-me para que servem as test-mules, já que frequentemente surgem problemas crónicos nos carros comercializados.
Para ajudar, quando estes problemas surgem pela primeira vez, raramente existe um conhecimento técnico dos mesmos e da melhor forma de os resolver, e ainda mais raro é o fabricante fazer um recall das unidades teoricamente afectadas.
Adoptam todos a postura de esperar que parta para o cliente reclamar e só a partir daí fazer alguma coisa.
Nesta perspectiva actual, não me estou a ver a comprar um carro inteiramente novo.
No mundo de hoje, com a internet e toda a sua informação, conseguimos saber (em carros com 2/3 anos de mercado) se houve algum problema crónico nos carros e tomar uma decisão informada.
Até aí, comprar um carro novo consegue ser frequentemente uma lotaria maior do que um com 2/3 anos de mercado e em alguns casos mesmo um usado.
Tenho a clara noção de que os fabricantes na corrida pelo "pódio" das características estão a descurar coisas mais importantes, e ninguém nos garante que um novo motor está suficientemente testado.
Pelos vistos, é mais arriscado comprar um S420 CDI (no meio de muitos) do que o velho 1.9 TDI que tanta gente diz mal por precisar de uma maf pontualmente.
Eu sou um adepto da evolução técnica, mas confesso que a actual postura dos fabricantes me deixa com os dois pés atrás, até porque não parece ser apanágio de uma ou outra marca, mas sim um fenómeno mais global. Nem os japoneses escapam.
Preocupante, diria.
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