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Competitividade, produtividade e salários em Portugal e na UE

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    Originalmente Colocado por Nthor Ver Post
    .................Há uma falta grosseira de conteúdos científicos na formação das pessoas e a ausência de espírito critico na formação, acaba por dar origem a pessoas que aceitam de bom grado, os baixos vencimentos, a conversa de que haver pobres ou ricos é a ordem natural da vida, a desculpa esfarrapada de que há baixa produtividade e que tem de haver mais para se poder subir vencimentos, os números provam o contrario, provam até que apesar da fraca inovação e o agarrar as velhas tecnologias por parte da maioria das empresas os Portugueses conseguem ser dos mais produtivos da UE.

    ...........Temos portanto de começar por melhorar o nível do ensino, mas não só nas escolas, tb em casa, temos de exigir condições iguais para todos e de recompensar os que são naturalmente melhores ou que se esforçam mais.
    dou-te aqui um exemplo:
    o 1º paragrafo, a tua racionalidade e bom senso trairam-te (só mesmo esse catedratico economista de nome Eugenio Rosa, made in PREC/CGTP) é que vê uma produtividade proporcional superior neste País !!! e tu como nao vives cá..acreditas.

    o 2º paragrafo, sim a tua racionalidade bom-senso e noçao de realidade voltou, e sim partilho da mesma opinião e empenho.

    Comentário


      Originalmente Colocado por 330i Ver Post
      dou-te aqui um exemplo:
      o 1º paragrafo, a tua racionalidade e bom senso trairam-te (só mesmo esse catedratico economista de nome Eugenio Rosa, made in PREC/CGTP) é que vê uma produtividade proporcional superior neste País !!! e tu como nao vives cá..acreditas.
      O problema é que, onde tu vês o nome Eugénio Rosa e bloqueias a entrada de qql nova informação pq o homem é da cgtp qualquer coisa, outros vêm isto:

      O CUSTO DO TRABALHO E A PRODUTIVIDADE DO TRABALHO EM PORTUGAL E NA UE25

      Para atacar os direitos dos trabalhadores, um dos argumentos mais utilizadas é a baixa produtividade do trabalho em Portugal quando se compara com a media comunitária. No entanto, nestas comparações esquece-se sistematicamente de comparar também as remunerações. O quadro seguinte, construído com dados publicados pelo Eurostat, mostra que a realidade é outra quando se compara simultaneamente produtividade do trabalho e custo da mão de obra de Portugal com a média comunitária.



      Para anular os efeitos da diferença de preços que se verificam entre os diferentes países da União Europeia, utilizou-se valores PPC (Paridade Poder de Compra). E depois tomando como base Portugal (PT=100), os dados do Eurostat mostram que o custo de mão-de-obra (e tenha-se presente que este não inclui apenas as remunerações, mas sim todos os custos com o trabalho, remunerações e outras despesas); repetindo tomando como base o valores de Portugal, conclui-se que , em 2005, a produtividade média do trabalho na União Europeia era superior à portuguesa em 51%, mas o custo da mão de obra era maior do que o português em 74%. Idêntica relação se verifica relativamente a outros países também constantes do quadro anterior.
      Portanto, em conclusão, para o que recebem os trabalhadores portugueses, a produtividade em Portugal até era superior à média comunitária.

      Fonte
      Ou isto:

      Segundo o Eurostat, em 2006, os custos do trabalho aumentaram na UE25 2,6%, enquanto em Portugal subiram apenas 0,1%, ou seja, 26 vezes menos, o que agrava ainda mais aquela relação. Portanto, tendo em conta os níveis salariais é-se obrigado a concluir que a produtividade em Portugal é proporcionalmente superior à media comunitária.

      Fonte
      E ainda que ele eventualmente possa ser uma muito má pessoa (não sei não o conheço) tem o mérito de revelar informação que muitos gostariam que não estivesse disponível

      Portanto, talvez o mal seja o Eurostat divulgar estes dados .

      Sabes, apesar do que possa parecer eu até sou
      apartidário e pasme-se até já votei no CDS , mas tento receber informação de varias fontes e não ficar limitado a uma ideia pré concebida (o que quero dizer é que deves ser mais receptivo).



      Originalmente Colocado por 330i Ver Post
      o 2º paragrafo, sim a tua racionalidade bom-senso e noçao de realidade voltou, e sim partilho da mesma opinião e empenho.
      Gosto de pensar que sim, já te disse que já votei no CDS?

      Foi nas autárquicas, sabes +/- onde vivo (sim na margem sul) e achei que ajudaria a equilibrar um pouco as coisas, se a maioria das pessoas recompensasse os nossos políticos desta maneira, provavelmente eles pensariam duas vezes antes de esbanjar o nosso dinheiro.

      Mas apesar de tudo a injustiça, tira-me do sério...
      Editado pela última vez por Nthor; 05 May 2008, 06:30.

      Comentário


        E depois temos este problema, que a luz das afirmações de alguns, sobre o grave momento que atravessamos não faz qql sentido que haja tão grande disparidade.


        Carlos Antunes
        Jurista
        2007-07-25

        Os salários dos gestores e dos trabalhadores em Portugal

        A recente divulgação de que entre 2000 e 2005 os salários dos administradores das empresas do PSI20 tiveram um acréscimo de 220%, atingindo valores de três e quatro milhões de euros por ano, enquanto no mesmo período os aumentos dos seus trabalhadores foi de 15%, é natural que causem alguma perturbação à generalidade dos portugueses. Ainda mais quando estes ouvem dizer, por outro lado, que 20% dos seus concidadãos vivem abaixo do limiar de pobreza, auferindo menos de 400 euros por mês.
        Realmente, segundo dados da União Europeia (UE), o limiar da pobreza situa-se na ordem dos 60% do salário médio do país, pelo que o nosso índice é o mais baixo da UE, enquanto apresenta o mais elevado índice da distribuição da riqueza da UE25, como se pode constatar dos quadros que apresento no final.
        Realmente, utilizando todos os factores (mercado, produtividade, concorrência, competitividade) invocados pelos gestores para justificar os magros salários auferidos pelos trabalhadores portugueses, dificilmente se compreende que, ao contrário, todas as avaliações internacionais apontem as remunerações auferidas pelos gestores portugueses como persistentemente mais elevadas do que os dos seus congéneres internacionais, de que derivam escandalosas situações, como as seguintes:
        - os executivos do PSI20 ganharem em média 33 vezes mais do que os trabalhadores, o que significa que contribuem para a riqueza da empresa num só dia tanto quanto a dos seus colaboradores em mais de um mês;
        - as remunerações recebidas pelo conjunto dos gestores do PSI20 equivalerem a 24% do lucro das empresas que gerem;
        - um trabalhador português que aufira o salário mínimo nacional necessitar de trabalhar 120 anos (!) para ganhar o mesmo que um gestor do PSI20 leva para casa num ano;
        - um administrador da Semapa ganhar mais num ano do que os trabalhadores dessa empresa, se estes tivessem a capacidade de trabalhar 220 anos (!);
        - um gestor do Millenium BCP receber em média, por ano, cerca de 70 vezes mais (!) do que aquilo que ganha no mesmo período um empregado bancário da mesma instituição.
        Na economia de mercado, pode-se aceitar que um gestor guarde para si uma fatia proporcionalmente mais generosa da que a dos trabalhadores da sua empresa na repartição dos resultados que a actividade de todos proporcionou, mas já será de todo inaceitável que um gestor guarde para si uma «fatia de leão» de um bolo que não cresceu – que ele não ajudou a fazer crescer, quando não o terá feito mesmo diminuir. Isto ao mesmo tempo que pede sacrifícios aos trabalhadores, que bastas vezes não alcançaram um nível mínimo de remuneração que lhes garanta uma vida razoável; ou seja, atitude injusta em termos sociais, contraproducente em termos económicos e ilegítima em termos éticos.
        O sistema de recompensas que este modelo reflecte é perverso, uma vez que, passe as redundâncias, «os que mais têm recebem mais ainda, apenas porque têm mais, e os que têm menos recebem menos, apenas porque têm menos». Amplia-se assim as injustiças sociais e a conflitualidade, e não se promove a competência, o empenho profissional, a valorização e a qualificação das pessoas.
        Isto, num contexto em que o discurso interno dos gestores para as suas empresas nunca se cansa de sublinhar a importância do «capital humano» nem de repetir que «o mais importante são as pessoas», infelizmente – como a realidade o demonstra –, não passa de palavreado bonito com pouco ou nenhum conteúdo. Porque a motivação dos trabalhadores não pode ter lugar num modelo em que o sistema de recompensas revela esta perversidade; e sem essa motivação é evidente que qualquer aumento de produtividade se torna duplamente penoso. Se pensarmos que a competitividade/ produtividade depende ainda de factores como inovação, organização e gestão e também formação, reconhecidamente como deficitários em Portugal, torna-se incompreensível que ocupando o nosso país a cauda da produtividade e da competitividade a nível internacional – o que estará na origem dos baixos salários auferidos pelos trabalhadores portugueses – os gestores, com os salários milionários que oferecem a si mesmos, estejam na ‘pole position’ da grelha internacional das respectivas remunerações.
        Na teoria e na melhor prática do capitalismo tradicional, de que a doutrina social da igreja fez eco, as empresas eram fonte de riqueza e de bem-estar para os seus proprietários, mas também para os seus empregados, os seus fornecedores, os seus clientes e as comunidades onde se inseriam.
        No capitalismo global de hoje, esta ideia parece afastada da mente de empresários e gestores, tendo sido substituída pelo conceito de valorização bolsista, que é tendencialmente tanto maior quanto mais baixa for a remuneração média dos trabalhadores de uma dada empresa, pois o «mercado» detesta custos fixos elevados, que possam reduzir a remuneração dos accionistas, premiando o comportamento imoral dos gestores que se concedem a si mesmos aumentos de 220% enquanto dão aumentos de 15% aos seus trabalhadores.
        Parece que estes gestores, muitos deles reconhecidamente «cristãos de comunhão diária», procuram que a grande riqueza esteja em boas mãos, nas suas e para seu proveito.

        [ATTACH]12290[/ATTACH]


        Rácio entre o rendimento dos 20% mais ricos e o dos 20% mais pobres

        [ATTACH]12291[/ATTACH]
        Fonte: Eurostat



        Fonte
        A menos claro, que hajam uns, mais iguais que outros, para terem tal privilegio.






        .
        Ficheiros anexados

        Comentário


          Gosto de pensar que sim, já te disse que já votei no CDS?
          Nthor nessa famosa zona indústrial do país onde ainda hoje prevalecem certos murais históricos do tempo quente do PREC só mesmo numa democracia séria! e não directa que prevaleceu no pós 25 de Novembro tal feito é possível pois votar no PS já é ser reaccionário para uma certa esquerda...

          e achei que ajudaria a equilibrar um pouco as coisas, se a maioria das pessoas recompensa-se os nossos políticos desta maneira, provavelmente eles pensariam duas vezes antes de esbanjar o nosso dinheiro.
          O problema é que isso não se passa, infelizmente nem fazer uso do voto certos cidadãos fazem!

          Comentário


            Originalmente Colocado por Nthor Ver Post
            E depois temos este problema, que a luz das afirmações de alguns, sobre o grave momento que atravessamos não faz qql sentido que haja tão grande disparidade.


            A menos claro, que hajam uns, mais iguais que outros, para terem tal privilegio.






            .
            Vê lá se alguém contesta essa discrepância!... Com parcialidade na apreciação dos dados económicos nunca conseguiremos, ou quereremos ver a verdade dos numeros...

            Comentário


              Originalmente Colocado por TURBO Ver Post
              Nthor nessa famosa zona indústrial do país onde ainda hoje prevalecem certos murais históricos do tempo quente do PREC só mesmo numa democracia séria! e não directa que prevaleceu no pós 25 de Novembro tal feito é possível pois votar no PS já é ser reaccionário para uma certa esquerda...
              Foi no tempo do Guterres que votei no CDS .



              Originalmente Colocado por TURBO Ver Post
              O problema é que isso não se passa, infelizmente nem fazer uso do voto certos cidadãos fazem!
              Verdade seja dito que, os partidos nacionais são como as gasolineiras em matéria de preços de combustível, apesar da concorrência os preços são o que são.

              Por essa razão e por outras, acho que se deve dar oportunidade aos partidos que nunca foram governo e penalizar os que, tendo constituido varios governos ao logo dos últimos anos, nos conduziram até ao lugar onde estamos hoje.

              Mas não apoio maiorias.



              .

              Comentário


                Originalmente Colocado por Pé Leve Ver Post
                Vê lá se alguém contesta essa discrepância!... Com parcialidade na apreciação dos dados económicos nunca conseguiremos, ou quereremos ver a verdade dos números...
                Não acredito que se mantenham parciais, pelo menos abertamente.

                Mas a ver vamos.

                Comentário


                  Originalmente Colocado por Nthor Ver Post
                  ......O problema é que, onde tu vês o nome Eugénio Rosa e bloqueias a entrada de qql nova informação pq o homem é da cgtp qualquer coisa, outros vêm isto:
                  Gosto de pensar que sim, já te disse que já votei no CDS?
                  .....................
                  Foi nas autárquicas, sabes +/- onde vivo (sim na margem sul) e achei que ajudaria a equilibrar um pouco as coisas, se a maioria das pessoas recompensa-se os nossos políticos desta maneira, provavelmente eles pensariam duas vezes antes de esbanjar o nosso dinheiro.

                  Mas apesar de tudo a injustiça, tira-me do sério...

                  Nthor, deixa-me dizer-te uma coisa, não sei qual é a tua formação, mas digo-te que a minha formação academica, o meu background profissional, a minha experiencia de vida, os meus 45 anos, sempre me ajudaram a pensar pela minha cabeça, e detesto "carreirinhas em fila" e portanto a leitura de Eugenio Rosa, Daniel Amaral ou outros economistas que semanalmente vao escrevendo por aí, valem pelo realismo e coerencia da sua escrita, e não pelo seu estatuto de "catedraticos", ou "escrivas de opiniao de Semanarios, conheço a materia, os dados/relatorios estao disponiveis para quem os quizer/souber interpretar, a minha descordancia não é de "bloqueio"......

                  Tambem moro na Margem Sul, mais concretamente em Azeitão, apesar de nao ser natural de cá, e tambem conheço as injustiças as insuficiencias e os males cronicos desta região e destas gentes, mas digo-te isto; o maior mal desta região, é a herança pesada, gangrenosa, e malefica que o Prec, lhes deixou (!!!)....

                  e tal como tu a injustiça tambem me tira do serio..

                  Comentário


                    Originalmente Colocado por 330i Ver Post
                    Nthor, deixa-me dizer-te uma coisa, não sei qual é a tua formação, mas digo-te que a minha formação academica, o meu background profissional, a minha experiencia de vida, os meus 45 anos, sempre me ajudaram a pensar pela minha cabeça, e detesto "carreirinhas em fila" e portanto a leitura de Eugenio Rosa, Daniel Amaral ou outros economistas que semanalmente vao escrevendo por aí, valem pelo realismo e coerencia da sua escrita, e não pelo seu estatuto de "catedraticos", ou "escrivas de opiniao de Semanarios, conheço a materia, os dados/relatorios estao disponiveis para quem os quizer/souber interpretar, a minha descordancia não é de "bloqueio"......

                    Tambem moro na Margem Sul, mais concretamente em Azeitão, apesar de nao ser natural de cá, e tambem conheço as injustiças as insuficiencias e os males cronicos desta região e destas gentes, mas digo-te isto; o maior mal desta região, é a herança pesada, gangrenosa, e malefica que o Prec, lhes deixou (!!!)....

                    e tal como tu a injustiça tambem me tira do serio..
                    Confesso que não estava à espera deste argumento , apesar da formação deles ser a de lidar com e avaliar a economia, perdem credibilidade por escreverem em semanários?

                    Os números que apresentam, que não são da sua autoria, perdem credibilidade por causa dos nomes de quem os apresenta? As causas e consequências que apresentam e que inevitavelmente nos trouxeram onde estamos hoje são menos visíveis?

                    Dizias há uns posts que eu não vivo cá, mas, pelos vistos tu tb não, comparar Azeitão com a margem sul do tejo e invocar o prec (com tudo o que teve de mau) como causa para a teimosia que insiste em nos manter no trilho onde estamos agora, é no mínimo desadequado.









                    .

                    Comentário


                      Qué pássa compádre... ?

                      Originalmente Colocado por 330i Ver Post
                      ...
                      Tambem moro na Margem Sul, mais concretamente em Azeitão, apesar de nao ser natural de cá, e tambem conheço as injustiças as insuficiencias e os males cronicos desta região e destas gentes, mas digo-te isto; o maior mal desta região, é a herança pesada, gangrenosa, e malefica que o Prec, lhes deixou (!!!)....

                      e tal como tu a injustiça tambem me tira do serio..
                      O mal desta gente (aqui no fórum) é não ter capacidade de ser levada a sério.

                      Triste sina esta, a dos compadres...

                      Eu ainda não percebi bem se era eu o teu clone ou tu o meu? O PMCT é que nos avisou, senão nem tinha reparado nessa acusãção tão cheia de subtileza.

                      Deve ser pelos BMW.

                      Comentário


                        Originalmente Colocado por Carlos.L Ver Post
                        O mal desta gente (aqui no fórum) é não ter capacidade de ser levada a sério.

                        Triste sina esta, a dos compadres...

                        Eu ainda não percebi bem se era eu o teu clone ou tu o meu? O PMCT é que nos avisou, senão nem tinha reparado nessa acusãção tão cheia de subtileza.

                        Deve ser pelos BMW.
                        boas Carlos!
                        essa dos clones é de quem (???) ....passou-me ao lado em que Post?
                        BMW..s ??? ....bom gosto!

                        Comentário


                          Por essa razão e por outras, acho que se deve dar oportunidade aos partidos que nunca foram governo
                          Foi no tempo do Guterres que votei no CDS .
                          Nthor tens que continuar com o voto útil para ver se finalmente e passados mais de 3 décadas a CB vê outras côres.
                          Editado pela última vez por TURBO; 08 August 2007, 14:04. Razão: Técnicas

                          Comentário


                            De novo a confirmação, Portugueses ganham cerca de 40% menos do que a média da UE e trabalham mais anos do que a média daquela, passou agora na RTP...

                            Comentário


                              O Estado deveria remunerar os políticos exactamente ao mesmo nível do que ganhavam anteriormente

                              Numa entrevista concedida ao ‘Expresso’, no passado sábado, o dr. Paulo Macedo, ex-director-geral dos Impostos, desfia um conjunto de argumentos que explicam muito do seu sucesso. Não é comum, em Portugal, termos um alto funcionário público, em funções particularmente sensíveis co-mo a cobrança de impostos, que tenha granjeado um tão largo apoio e expressivo respeito. Torna-se cada vez mais evidente que se perdeu – por agora – um servidor público de primeira água. Fica-se na expectativa de que, mais tarde ou mais cedo, Paulo Macedo possa regressar e, particularmente, pondere uma intervenção política, enquanto espaço nobre de serviço à comunidade. Fazem falta homens como ele.

                              Dos muitos aspectos relevantes da entrevista, a questão do salário dos políticos e dos altos funcionários do Estado mereceu destaque. É dos temas mais glosados na demagogia populista, no quadro sempre apreciado de ‘malhar’ nos políticos. Por isso, ninguém ousa corrigir esta situação.

                              Olhando para os cargos de eleição ou nomeação política, devemos situá-los como missões de serviço público. Durante um período de tempo, obrigatoriamente limitado, alguns são chamados a cumprir esse serviço ao bem comum. Sendo naturalmente um trabalho a tempo inteiro e de dedicação exclusiva, deve ser remunerado. Como? Devemos referenciá-los ao salário médio dos portugueses ou ao topo à escala da Função Pública? Este sistema de hierarquia leva-nos, como denuncia Paulo Macedo, a que o Presidente da República ou o primeiro-ministro ganhem tanto quanto um jovem director de marketing de uma empresa média e significativamente menos do que qualquer gestor público.

                              Mas, se organizássemos o sistema remuneratório atendendo à complexidade e desgaste do cargo ou aos valores de mercado para funções equiparadas, aceitando pagar salários ao nível do mundo empresarial, afastaríamos ainda mais os cidadãos da política e a situação tornar-se-ia insustentável.

                              Creio, no entanto, que há uma solução intermédia e equilibrada. Sendo uma missão de serviço público, a dimensão salarial no exercício de cargos políticos deveria ser neutra. Não devia contar nada. Isto é, o Estado deveria remunerar os políticos exactamente ao mesmo nível do que ganhavam anteriormente. Com um valor apurado a partir da média dos últimos três anos dos seus rendimentos declarados no IRS, teríamos provavelmente o valor justo. Nuns casos mais alto, noutros mais baixo. Como era antes da política, assim se manteria. Este modelo traria várias vantagens. Desde logo, ninguém decidiria pelo exercício de um cargo político em função do vencimento, pois ficaria exactamente na mesma. Alguns não excluiriam liminarmente este serviço público, como hoje acontece, por perderem milhares de euros, nem outros se candidatariam, pois essa opção não lhes traria nenhuma melhoria em relação à sua situação financeira anterior. E, no fim, ganharíamos todos.

                              Rui Marques

                              Comentário


                                Originalmente Colocado por Pé Leve Ver Post
                                De novo a confirmação, Portugueses ganham cerca de 40% menos do que a média da UE e trabalham mais anos do que a média daquela, passou agora na RTP...
                                Vi isso de manhã no jornal.

                                Custo de vida em Portugal é 20% inferior ao da UE15


                                Mas portugueses ganham menos 40%


                                2007/08/13 08:42


                                O nível de preços médio em Portugal é cerca de 20 por cento mais baixo do que o da média da União europeia a 15 (UE-15).Ou seja, para comprar um cabaz de bens que, a preços médios europeus custe 100 euros, os consumidores portugueses teriam de gastar apenas 82 euros, segundo o «Diário Económico». Boas notícias? Nem por isso. É que se o nível de preços é inferior ao da UE15 em quase 20%, o poder de compra dos portugueses é, ainda assim, bem inferior ao da média comunitária: os últimos dados da OCDE mostram que os portugueses ganham menos 40% do que a média comunitária e são mesmo os mais mal pagos da UE15.

                                http://www.agenciafinanceira.iol.pt/...43&div_id=1730
                                Completamente alucinante esta noticia.

                                É vulgar fazerem as contas, como se um Português tivesse vencimentos de nível Europeu.


                                Comentário


                                  Originalmente Colocado por Nthor Ver Post
                                  Vi isso de manhã no jornal.

                                  Completamente alucinante esta noticia.

                                  É vulgar fazerem as contas, como se um Português tivesse vencimentos de nível Europeu.


                                  Pois é, é aí que reside a habilidade de manusear os números conforme dá jeito! Mas ainda há quem acredite...

                                  Comentário


                                    Originalmente Colocado por Pé Leve Ver Post
                                    De novo a confirmação, Portugueses ganham cerca de 40% menos do que a média da UE e trabalham mais anos do que a média daquela, passou agora na RTP...
                                    onde se lê "trabalham", devia ler-se "estao mais tempo no activo" (!!!)

                                    Comentário


                                      Originalmente Colocado por 330i Ver Post
                                      onde se lê "trabalham", devia ler-se "estao mais tempo no activo" (!!!)
                                      estão mais tempo a coçar a micose

                                      Comentário


                                        Originalmente Colocado por 330i Ver Post
                                        onde se lê "trabalham", devia ler-se "estao mais tempo no activo" (!!!)
                                        Originalmente Colocado por JDEM Ver Post
                                        estão mais tempo a coçar a micose
                                        Vá e números que demonstrem isso!...

                                        Comentário


                                          Originalmente Colocado por Pé Leve Ver Post
                                          Vá e números que demonstrem isso!...
                                          Foi para o relax, é Agosto, silly season e ainda por cima com um feriado a meio da semana. Portugal está completamente parado!
                                          Livrem-se de adoecerem nesta altura, os médicos estão todos de férias

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                                            Originalmente Colocado por JDEM Ver Post
                                            Foi para o relax, é Agosto, silly season e ainda por cima com um feriado a meio da semana. Portugal está completamente parado!
                                            Livrem-se de adoecerem nesta altura, os médicos estão todos de férias
                                            Eu percebi, estava apenas a reinar convosco!

                                            Comentário


                                              Originalmente Colocado por Pé Leve Ver Post
                                              Vá e números que demonstrem isso!...
                                              ????
                                              este topico (criado por ti) está cheio desses mesmos numeros, e estatisticas (!!!)

                                              Comentário


                                                Originalmente Colocado por 330i Ver Post
                                                boas Carlos!
                                                essa dos clones é de quem (???) ....passou-me ao lado em que Post?
                                                BMW..s ??? ....bom gosto!
                                                Deixa pra lá.

                                                Foi do 1º burro da família...

                                                Houve por aqui um tópico em que tu e eu éramos clones um do outro. Que se dane. Eles não atingem...

                                                Comentário


                                                  Continua-se a tentar desviar a atenção ao tema do tópico, como é já habitual quando o tema incomoda.

                                                  Será que há por aqui um moderador com paciência para fazer uma limpeza no tópico e fazer um post do tipo:

                                                  [Tópico limpo de tretas e posts inúteis, é o ultimo aviso]





                                                  Quanto ao tema:

                                                  Já em 2004 havia este tipo de desinformação:

                                                  Lisboa 18.11.04


                                                  Custo de vida 6% mais baixo em Portugal

                                                  Portugal tem um custo de vida 6% mais baixo do que a média europeia, conclui um estudo realizado pela Pricerunner, que comparou 48 produtos de grande consumo em vários países europeus, como o livro Código Da Vinci e uma refeição no MacDonald's. Os países mais caros são os do Norte da Europa, com a Noruega à cabeça seguida de Dinamarca, Suécia e Finlândia. Inversamente, o mais barato dos países comparados é a Lituânia, onde o custo de vida está 26% abaixo da média europeia. A Estónia também é considerado um país barato, estando 19% abaixo da média.

                                                  Em termos concretos, a Pricerunner nota que um bilhete para o cinema no Reino Unido custa 14,3 euros. Um preço bastante acima dos 4,5 euros que se pagam em Portugal ou dos 3,86 euros da Lituânia. Outro produto comparado foi um ecrã plasma de 42 polegadas da Panasonic. Em Portugal custa perto de três mil euros, ao passo que na Grécia já vale quase 3200 euros. Muito mais caro é o mesmo produto em Dublin, que pode ser adquirido por 5499 euros. Refira-se ainda que os preços praticados na maior economia europeia, a Alemanha, estão 7% abaixo dos países comparados no estudo.

                                                  http://dn.sapo.pt/2004/11/18/negocio..._portugal.html
                                                  Este estudo foi tão mal feito que partia do principio que os vencimentos eram iguais por toda a UE.

                                                  O grande problema é que este tipo de propaganda influenciam a nossa economia negativamente e parece que quem os encomenda por medida não tem a noção do estrago que fazem.

                                                  Devem ter tirado o curso no mesmo sitio do outro...

                                                  Depois temos a realidade diária que a propaganda ainda não consegue censurar:


                                                  Melhor saúde leva milhares para a Galiza


                                                  PAULO JULIÃO, Viana do Castelo


                                                  Portugueses já representam 20% dos estrangeiros A dez quilómetros da fronteira portuguesa, o pequeno município galego de Oimbra, na província de Ourense, é talvez o melhor exemplo do intenso fluxo migratório de portugueses para aquela região de Espanha. Dos cerca de dois mil habitantes daquele concelho, mais de 10% são naturais de Portugal. Em toda a Galiza, os portugueses já representam 20% da população estrangeira e a explicação parece simples: melhores cuidados de saúde, um custo de vida mais favorável e salários mais altos.

                                                  Segundo dados oficiais do Governo Regional, a quantidade de cidadãos portugueses com residência na Galiza ascende actualmente a 15 470, distribuídos pelas quatro províncias galegas. Número que tem sofrido um claro incremento e que peca por defeito, segundo reconhecem as autoridades locais, até tendo em conta a situação ilegal de muitos dos trabalhadores portugueses que ali se fixam ou para lá rumam todos os dias. Certo é que, dos mais de 81 mil cidadãos estrangeiros a residir legalmente na Galiza, 20% são portugueses.

                                                  Bem-vindos à Galiza

                                                  Com mais de 200 habitantes portugueses, o pequeno município de Oimbra é um exemplo desta realidade: "É uma relação em que ganhamos todos. Nós, galegos, porque necessitamos de mão-de-obra em algumas áreas, e os portugueses porque conseguem ter outras condições de vida", explica o vice-alcaide, Fernando Vieira. "Temos muitos portugueses a residir cá e creio que o principal motivo seja os cuidados de saúde", admite. A poucos quilómetros de Oimbra, e da fronteira portuguesa, fica o Hospital de Verín, um dos factores mais atractivos para esta nova emigração. "Emigram para cá porque conseguem ter acesso a melhores cuidados de saúde, deste lado, mas vivendo junto à terra natal", sustenta o autarca, vizinho do município transmontano de Chaves.

                                                  A tendência é, no entanto, alargada a toda a fronteira galega com Portugal. A província de Ourense, delimitada pelas regiões de Alto-Minho e Trás-os-Montes, conta já com 6150 emigrantes portugueses registados oficialmente. No caso da província de Pontevedra, fronteira ao distrito de Viana do Castelo, o número de portugueses ultrapassa os 5400. Os mais "abastados", conta o vice-alcaide de Oimbra, conseguem mesmo ter duas residências, em cada País, beneficiando igualmente dos cuidados de saúde prestados do lado galego, que disponibiliza mais de meia centena de unidades hospitalares de referência, entre públicos e privados.

                                                  "É muito bom tê-los por cá. São gente trabalhadora e adaptam-se muito bem", acrescenta. Reconhece, ainda, que muitos dos portugueses a viver na localidade são reformados: "Sobretudo antigos mineiros."

                                                  Crise de mão-de-obra no País

                                                  Do lado de cá da fronteira, este fluxo migratório de portugueses agrava a falta de mão-de-obra especializada, como reconheceu ao DN o autarca de Vila Nova de Cerveira: "Sobretudo a nível da construção civil. Há aqui empresas que já têm dificuldade em contratar trabalhadores, porque os melhores atravessam o rio e vão para a Galiza", conta José Manuel Carpinteira. Alguns mantêm a residência no concelho, admite, mas outros são "atraídos" pelas condições de vida do lado galego. "Recebem muito mais e para alguns é uma solução de futuro", admite o autarca, cujo município está separado da Galiza apenas pelas escassas centenas de metros da ponte internacional que liga a Tomiño. Para além da prestação de cuidados de saúde, em contraponto com o fecho de alguns serviços do lado português, como é o caso de Vila Nova de Cerveira. a necessidade galega de mão-de-obra especializada, sobretudo de construção civil, pescas e agricultura, com salários substancialmente mais altos, convida à partida dos portugueses.

                                                  E até o custo de vida favorece a "mudança." Exemplo disso é a compra de automóvel novo. Como referência, a venda do modelo Seat Ibiza 1.2 de 70 cv, era publicitada, esta semana, por cerca de nove mil euros. Em Portugal, o mesmo automóvel não é vendido por menos de 14 mil.

                                                  http://dn.sapo.pt/2007/08/10/socieda...para_a_ga.html
                                                  O mesmo esta de 2004 que contradiz a anterior noticia do mesmo jornal:

                                                  Subidas de preços são muito superiores às da inflação

                                                  Custo de vida dispara no início de 2005


                                                  2004/12/09 10:46 Paula Gonçalves Martins

                                                  O custo de vida em Portugal vai disparar em 2005. Muitos são já os produtos onde se esperam aumentos dos preços no início do ano que vem. Aumentos que vão superar, e muito, a inflação esperada.O Governo espera que os preços subam, no geral, cerca de 2% ao longo de 2005. Mas na verdade, todos os aumentos até agora anunciados ficam acima desse valor. O anúncio mais recente é o da electricidade, onde os preços vão subir 2,3% (para clientes particulares) a 2,4% (para clientes industriais). Outro dos aumentos que deve também estar ainda na memória dos portugueses, é o dos transportes. Já se sabe que os transportadores públicos de passageiros podem rever os tarifários de três em três meses, e decidir um aumento máximo de 3% de cada vez. Recentemente, e apesar de o Governo não ter ainda confirmado a notícia, ficou a saber-se que, só no início de 2005, os transportes (nomeadamente os passes sociais), vão aumentar entre 5 e 6%, uma percentagem que será dividida por dois aumentos.
                                                  Também os táxis estão sujeitos à revisão trimestral e ao aumento máximo de 3%, mas os taxistas já vieram dizer que o aumento terá de ser, pelo menos, de 10% para compensar o aumento dos combustíveis. Gasolina e gasóleo são, de resto, outros produtos que não se sabe ainda quanto aumentarão em 2005, sendo que só a mais largo prazo se prevê uma redução dos preços.
                                                  Mas, para quem usa transporte privado, as más notícias não ficam por aqui. As portagens representarão mais uma despesa para os consumidores. Nas auto-estradas da Brisa, o aumento será, em média, de 2,2%, mas no total, o aumento será maior, se tivermos em conta que nas auto-estradas que, até agora, não cobravam portagens (SCUTs), isso vai passar a ser feito.
                                                  Para quem usa carro no dia a dia, ainda não é tempo de respirar de alívio, sobretudo se está a pensar trocar de automóvel. O preço dos carros vai subir pelo menos 2%, em resultado do aumento (nesta mesma medida) do Imposto Automóvel.
                                                  E para os fumadores, respirar de alívio vai tornar-se ainda mais difícil. O maço de cigarros vai subir a partir de Janeiro em 8,8% (também devido ao aumento do Imposto sobre o Tabaco), o que representa, em média, uma subida de 20 cêntimos.
                                                  Se está a pagar prestações do seu crédito à habitação, espere, se não a curto prazo, pelo menos lá mais para meados do ano que vem, uma subida dessa mensalidade, decorrente da esperada subida das taxas de juro. E para quem não tem casa própria, há também o aumento esperado na maioria das rendas, que deverá chegar aos 3,75%, com a nova Lei do Arrendamento Urbano, que afinal avança em Janeiro, apesar da dissolução do Parlamento e da queda do Governo com eleições legislativas antecipadas, marcadas para Fevereiro.
                                                  No gás de botija ainda não está planeado nenhum aumento de preço conhecido, até porque nas duas últimas semanas de Outubro passado, sofreu uma subida de 7 a 8%.
                                                  Mas, e como nem tudo são más notícias, o pão não deverá, para já, sofrer nenhum aumento. Apontado como um produto que se torna mais caro sempre que o preço dos combustíveis aumenta, desta vez, e de acordo com o presidente da Associação de Industriais de Panificação, Fernando Trindade, «não está previsto para o início do ano qualquer aumento do preço do pão». Segundo o responsável, mesmo os efeitos provocados pela inflação, em nada se prevê que venham a ser reflectidos já (no início do ano). A acontecer, o mesmo garante que «só mais tarde».

                                                  http://www.agenciafinanceira.iol.pt/...41&div_id=1730
                                                  E assim se deitam por terra os mitos.



                                                  .



                                                  Comentário


                                                    Estamos longe muito longe do justo!!!A malta habituou-se!!!

                                                    Comentário


                                                      Muitos são já os produtos onde se esperam aumentos dos preços no início do ano que vem.
                                                      Apesar do parágrafo acima escrito ser de um artigo que data de 2004 continua bem actual.

                                                      Comentário


                                                        Originalmente Colocado por TURBO Ver Post
                                                        Apesar do parágrafo acima escrito ser de um artigo que data de 2004 continua bem actual.
                                                        Até um relógio parado está certo 2 vezes por dia.

                                                        Nota: É só para os analógicos.

                                                        Comentário


                                                          Há uns dias passei em Espanha... Gasolina a 1.02€ (sim, é mesmo o preço da gasolina em Espanha).

                                                          Se pensarmos que lá os ordenados andam a rondar quase o dobro, acho que está tudo dito.

                                                          Comentário


                                                            Originalmente Colocado por Carlos.L Ver Post
                                                            Até um relógio parado está certo 2 vezes por dia.

                                                            Nota: É só para os analógicos.
                                                            Desinformação barata.

                                                            Comentário


                                                              Originalmente Colocado por Carlos.L Ver Post
                                                              Deixa pra lá.

                                                              ....................
                                                              Houve por aqui um tópico em que tu e eu éramos clones um do outro. Que se dane. Eles não atingem...
                                                              esclarecido, gracias!!!

                                                              Comentário

                                                              AD fim dos posts Desktop

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