Originalmente Colocado por cuto
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A religião fomentou o desenvolvimento, participando dele muitas vezes. Foram também os guardiões e divulgadores de imensa sabedoria.
Posso dar exemplos simples:
Foram os religiosos islâmicos que salvaram e traduziram textos gregos, trouxeram a matemática da índia e a desenvolveram.
Foram os monges cristãos que traduziram, guardaram e posteriormente divulgaram as grandes obras dos filósofos gregos, se não fossem eles, talvez não conhecessemos a democracia.
Ao contrário do que muita gente pensa, a idade média, apesar das doenças, pestes e guerras, foi uma idade fértil em vários sectores, no qual os religiosos tiveram um papel preponderante que foi limitado, isso sim, pelos senhores da guerra que a fizeram muitas vezes a pretexto da religião, por exemplo, as "Cruzadas" e a "Guerra Santa" e outras vezes apoiados pelo clero que apesar de condicionado por Roma, tinha de obedecer e fazer o jeito a quem lhe dava guarida e privilégios. Não conheço uma guerra que tenha sido empreendida por motivos preponderantemente ou exclusivamente religiosos.
Houve resistência religiosa quando esta foi ameaçada e ultrapassada pela burguesia ascendente que tentou e conseguiu livrar-se dos limites teleológicos e verdades mundanas "religiosas", que derivavam da sabedoria grega e da idade média, com todas as consequências que o facto trouxe. Foi aqui que o travão religião mais se fez sentir,
Um exemplo prático do que acabo de dizer é a teoria heliocêntrica, elaborada por um cónego chamado Copérnico e que não foi de imediato contestada pela Igreja Católica, sendo até Copérnico, protegido pelas mais altas instâncias religiosas e incentivado por parte destas a desenvolver e aprofundar a teoria. Tal voltou mais tarde a repetir-se com Galileu mas depois travado por o clero se sentir atingido após a publicação do livro de Galileu.
A ascenção da burguesia provocou também a queda do sistema que vigorou até aí, arrastando inelutavelmente o poder do clero.
Cumps!
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