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    Uma pergunta:
    a questão do espaço entre ciclistas de 1,5 metros de distância é recíproca ?
    Ou seja o ciclista a passar por um veículo imobilizado ou em andamento também tem de guardar distância lateral ?
    Pergunto isto porque já por duas a três vezes apanhei um susto de morte quando vou a arrancar num semáforo e me passa um ciclista pela direita.
    Teoricamente nem pela direita tem de passar mas teoricamente também deveria parar e não ultrapassar pela direita ou passar pela esquerda como fazem normalmente as motos.

    Comentário


      Originalmente Colocado por DeCeIi Ver Post
      Qual é o problema do uso de capacete passar a ser obrigatório? Despenteia o cabelo?

      Eu também não gosto de usar capacete mas uso-o porque sei perfeitamente que o seu uso pode ajudar mais do que prejudicar.
      O problema não é usar, é ser obrigatório.

      Os motivos estão explanados na comentário imediatamente acima do teu.

      Comentário


        Originalmente Colocado por TerranoII Ver Post
        Uma pergunta:
        a questão do espaço entre ciclistas de 1,5 metros de distância é recíproca ?
        Ou seja o ciclista a passar por um veículo imobilizado ou em andamento também tem de guardar distância lateral ?
        Pergunto isto porque já por duas a três vezes apanhei um susto de morte quando vou a arrancar num semáforo e me passa um ciclista pela direita.
        Teoricamente nem pela direita tem de passar mas teoricamente também deveria parar e não ultrapassar pela direita ou passar pela esquerda como fazem normalmente as motos.
        Não. O problema de ultrapassar uma bicicleta com pouca distância é que esta é um veículo de equilíbrio cuja trajetória não é tão retilinea e regular como a de veículos mais velozes, pelo que não é seguro passar junto porque esta pode guinar ligeiramente para a esquerda no momento da ultrapassagem.

        Além de que um carro tem uma massa maior, desloca mais ar, causa um susto maior e pode levar à queda do ciclista.

        Mas isto não se responde com simples bom senso?


        Claro que nunca é boa ideia passar rente seja a que veículo for com que veículo for.

        Comentário


          Originalmente Colocado por rrrfff Ver Post
          O problema não é usar, é ser obrigatório.

          Os motivos estão explanados na comentário imediatamente acima do teu.
          Isso implica ter ler a opinião fundamentada de outros...

          Comentário


            Originalmente Colocado por rrrfff Ver Post
            O problema não é usar, é ser obrigatório.

            Os motivos estão explanados na comentário imediatamente acima do teu.
            Ou seja, não querem que seja obrigatório porque há estudos que dizem que não é preciso.

            Também há estudo que mostram que os equipamentos de protecção de um automóvel também podem ser prejudiciais e não é por isso que a obrigação não cai.

            Enfim, querem tudo e mais um par de botas. Menos responsabilidades. Cambada de tristes. Não admira portanto que coisas como os semáforos, sinalização, passeios e as mais regras elementares de cidadania sejam altamente ignoradas.

            Comentário


              Cambada de tristes?

              Resolva lá mas é os problemas da sua vida que ninguém é obrigado a aturar-lhe.

              Comentário


                Originalmente Colocado por rrrfff Ver Post
                Cambada de tristes?

                Resolva lá mas é os problemas da sua vida que ninguém é obrigado a aturar-lhe.


                Sim, uma cambada de tristes que se assumem acima da Lei e que se vier uma regra nova, parece que os estão a ofender e ainda se armam em virgens ofendidas.

                A vossa linha de pensamento em relação à obrigatoriedade do uso de um capacete é a mesma que ainda assola alguns que teimam em não usar o cinto de segurança ou colocar as crianças no respectivo sistema de retenção apropriado à idade. Ou usar equipamento de protecção individual caso se esteja a trabalhar em condições perigosas. Ou como aqueles que são contra o uso de tacógrafo para controlo de tempos de condução.

                São os mesmos que pensam que as regras apenas existem para empatar e não para ajudar e proteger os cidadãos. Mas não se coibem de se armar em moralistas e defensores dos bons costumes.

                Sim pá, gente retrógrada com esta linha de pensamento, fazem parte de uma cambada de tristes. E pelos vistos, a carapuça serviu-te.

                Comentário


                  Originalmente Colocado por rrrfff Ver Post
                  O problema não é usar, é ser obrigatório.

                  Os motivos estão explanados na comentário imediatamente acima do teu.
                  Ok. Novamente: e o cinto? E o capacete nas motas?

                  Comentário


                    Originalmente Colocado por DeCeIi Ver Post


                    Sim, uma cambada de tristes que se assumem acima da Lei e que se vier uma regra nova, parece que os estão a ofender e ainda se armam em virgens ofendidas.

                    A vossa linha de pensamento em relação à obrigatoriedade do uso de um capacete é a mesma que ainda assola alguns que teimam em não usar o cinto de segurança ou colocar as crianças no respectivo sistema de retenção apropriado à idade. Ou usar equipamento de protecção individual caso se esteja a trabalhar em condições perigosas. Ou como aqueles que são contra o uso de tacógrafo para controlo de tempos de condução.

                    São os mesmos que pensam que as regras apenas existem para empatar e não para ajudar e proteger os cidadãos. Mas não se coibem de se armar em moralistas e defensores dos bons costumes.

                    Sim pá, gente retrógrada com esta linha de pensamento, fazem parte de uma cambada de tristes. E pelos vistos, a carapuça serviu-te.
                    Sou obrigado a subscrever cada palavra.

                    Comentário


                      Originalmente Colocado por DeCeIi Ver Post


                      Sim, uma cambada de tristes que se assumem acima da Lei e que se vier uma regra nova, parece que os estão a ofender e ainda se armam em virgens ofendidas.

                      A vossa linha de pensamento em relação à obrigatoriedade do uso de um capacete é a mesma que ainda assola alguns que teimam em não usar o cinto de segurança ou colocar as crianças no respectivo sistema de retenção apropriado à idade. Ou usar equipamento de protecção individual caso se esteja a trabalhar em condições perigosas. Ou como aqueles que são contra o uso de tacógrafo para controlo de tempos de condução.

                      São os mesmos que pensam que as regras apenas existem para empatar e não para ajudar e proteger os cidadãos. Mas não se coibem de se armar em moralistas e defensores dos bons costumes.

                      Sim pá, gente retrógrada com esta linha de pensamento, fazem parte de uma cambada de tristes. E pelos vistos, a carapuça serviu-te.

                      Eheheh já viste bem o teu discurso? Cambada de tristes?!

                      Tu andas aí a espingardar não sei nem bem para onde ou para quem, e os tristes são os outros?

                      Chavalo, acalma-te, pah...

                      Comentário


                        Originalmente Colocado por Boxer Ver Post
                        Ok. Novamente: e o cinto? E o capacete nas motas?
                        Algumas fontes:
                        http://www.cycle-helmets.com/england_helmets.html
                        http://www.cyclehelmets.org/1189.html
                        http://www.cyclehelmets.org/1101.html

                        Em resumo, a ciência conclui que os malefícios para a saúde pública de uma lei que obrigue ao uso de capacete em bicicletas são superiores aos benefícios.

                        Eu não uso capacete. Porquê?
                        Pelos mesmos motivos que não uso quando ando a pé...
                        Andar a pé, e andar de bicicleta, têm um risco muito equivalente. Andar de mota encontra-se no outro extremo...

                        Comentário


                          Originalmente Colocado por ZeM Ver Post
                          Algumas fontes:
                          http://www.cycle-helmets.com/england_helmets.html
                          http://www.cyclehelmets.org/1189.html
                          http://www.cyclehelmets.org/1101.html

                          Em resumo, a ciência conclui que os malefícios para a saúde pública de uma lei que obrigue ao uso de capacete em bicicletas são superiores aos benefícios.

                          Eu não uso capacete. Porquê?
                          Pelos mesmos motivos que não uso quando ando a pé...
                          Andar a pé, e andar de bicicleta, têm um risco muito equivalente. Andar de mota encontra-se no outro extremo...
                          Vais-me desculpar mas, a não ser que andes a pé na estrada juntamente com os carros, não estou a ver semelhanças entre isso e andar de bicicleta.
                          Mesmo que andes a pé nas estradas vestido de lycra, as semelhanças ficar-se-iam por aí.

                          Comentário


                            Já para não falar no absurdo que é preterir uma prática que aumenta a segurança devido ao desconforto que causa.
                            Não há volta a dar: é absurdo. Quando se confronta alguém com a hipótese de maior conforto ou maior segurança e escolhem conforto...

                            Comentário














                              Editado pela última vez por rppm; 02 July 2018, 23:32.

                              Comentário


                                Stop forcing people to wear bike helmets

                                Cycle helmets don't provide protection, says neurosurgeon

                                WHY IT MAKES SENSE TO BIKE WITHOUT A HELMET

                                --------------------------------



                                --------------------------------

                                No “debate sobre o capacete”, como em muitos outros, convém definir muito bem o que estamos a debater.
                                Pior que não saber a resposta é não saber qual é a pergunta.
                                Há várias vertentes a ter em consideração e, para que o debate seja construtivo, é sempre importante tentar não as misturar (apesar de algumas delas estarem diretamente ou indiretemente relacionadas). Vou tentar caracterizar as várias vertentes do debate e os diferentes aspectos a ter em consideração sobre cada uma delas:
                                A) Qual é a eficácia mecânica do capacete quando um ciclista cai de cabeça.

                                O que está em causa: Reparem que este debate é meramente técnico e científico. Tem uma grande dificuldade à partida: é eticamente impossível experimentar com testes reais. Por isso a eficácia é medida com simulações computacionais, por exemplo. Podemos também medir a gravidade do ferimento dos ciclistas que caiem de cabeça sem capacete, com a gravidade dos que caiem sem capacete. Mas nestes casos começamos a ter problemas de amostragem. Por exemplo, é provável que a amostra dos ciclistas que caíram com capacete tenham caído a uma velocidade superior do que os que caíram sem capacete. Porque a população (o universo) que usa capacete tem comportamentos e usos diferentes da que não usa capacete.
                                O que se sabe: Há muita produção científica sobre esta questão e o que se discute não é tanto a eficácia do capacete mas a) o grau de eficácia b) efeitos adversos. As controvérsias advêm do uso de amostragens com desvios estatísticos devido a confundidores
                                5
                                . O grau de eficácia do capacete depende também muito do tipo de queda. Por exemplo, se o crânio bate no asfalto, ou em terra-batida, chapa do automóvel ou lancil, mas também da velocidade a que o crânio bate na superfície rígida, que é obviamente diferente da velocidade a que circulava o ciclista - se este colidiu, por exemplo, com um automóvel. Sobre b) também existe alguma investigação que se prende essencialmente com os efeitos de torção do pescoço e sufocação pela alça do queixo. O efeito de torção é interessante perceber e explica porque é que os bons capacetes têm uma superfície “escorregadia” - interessa que o capacete não exerça fricção sobre a superfície de embate, para não criar forças adversas no pescoço. Por isso também é que é menos eficaz, ou podendo mesmo ser perigoso, usar capacetes disfarçados com pano, por exemplo. As questões da sufocação pelas alças, é algo que acontece com crianças e está essencialmente associado à má colocação dos capacetes - temos que ter sempre em consideração que uma elevada percentagem de criança usa os capacetes colocados de forma errada.

                                Possível posição a ter sobre o assunto: É um assunto meramente científico e por isso mesmo devemos só estar muito atentos à forma como a investigação foi conduzida e os pressupostos utilizados. É empiricamente fácil de acreditar (e possivelmente provar para certo tipo de quedas) que, quando um ciclista cai de cabeça, o capacete tem algum grau de eficácia. Resta de saber como ocorreu essa queda e se os efeitos adversos anulam os benefícios ou não.
                                B) Qual o grau médio de eficácia dos capacetes numa população (universo) extensa (um país por exemplo).

                                O que está em causa: esta questão já é mais complicada que a pergunta anterior - mas possivelmente mais interessante para aferir o risco individual e seguramente essencial para decidir uma política pública. Porque as variáveis “confundidoras” são mais frequentes, estas causam verdadeiros problemas à resposta correta a esta pergunta. Reparem que a primeira pergunta assume que o ciclista já caiu de cabeça. Isto é, o nosso universo já é confinado às quedas de cabeça. Neste caso, o universo alarga-se e os problemas de amostragem complicam-se profundamente. É fácil de compreender que o tipo de queda varia muito com o tipo de utilização da bicicleta. Por exemplo é natural que um praticante de BTT tenha mais probabilidades de cair de cabeça e em terra-batida que um utilizador urbano, e que este ultimo tenha mais probabilidades de bater com a cabeça numa chapa de automóvel, etc. Mas depende também das velocidades praticadas por cada tipo diferente de utilização, originando naturalmente risco de quedas diferente. Mas mais complicado ainda é que o uso do próprio capacete influência a gravidade e tipo de queda. Por exemplo na Holanda há mais ciclistas que usam capacete com traumatismo craniano a dar entrada em hospitais, que ciclistas que não usam capacete (este resultado contra-intuitivo deve-se obviamente ao facto de que os ciclistas que usam capacete praticarem um tipo de ciclismo que é mais atreito a quedas a mais alta velocidade - por exemplo BTT ou estrada). Por outro lado existe a chamada “compensação do risco”. Esta teoria tem dois aspectos: a) ora ciclistas tendem a ter comportamentos de risco mais elevados e portanto cair mais quando usam capacete ou b) os motoristas podem ter comportamento de mais risco em relação a ciclistas que usam capacete (por exemplo ultrapassarem mais próximo destes).
                                Outro problema frequente com o tipo de estudos que pretende responder a esta pergunta, é quando se baseiam em amostragens antes e depois da entrada em vigor de leis de obrigatoriedade do capacete. O problema principal é que o número de quilómetros praticados de bicicleta, depois da entrada da lei em vigor pode reduzir substancialmente (e de forma mais acentuada se a lei for devidamente fiscalizada). Por isso, os valores agregados de ferimentos na cabeça serão necessariamente contaminados por esta variável relativa à exposição ao risco. É uma questão que levanta muita polémica e amplamente debatia em epidemiologia: o número de ferimentos na cabeça diminui devido ao aumento do uso do capacete ou pela redução do número de quilómetros praticados em bicicleta?
                                Outro elemento “confundidor” é que a redução do número de quilómetros praticados de bicicleta pode levar a que o risco de queda aumente. Esta teoria, conhecida como “segurança pelos números”, indica que quanto maior é o número de quilómetros praticados de bicicleta ou a pé, em interação com outros modos, maior é a segurança de quem ande a pé ou pedale. Quer isto dizer, que se houver uma redução do número de quilómetros praticados de bicicleta, existirá também um aumento do risco de pedalar. Este fator pode contaminar os estudos que comparam o antes e depois de leis de obrigatoriedade que tiveram um impacto no número de ciclistas a pedalar.
                                O que se sabe: esta pergunta é bem mais controversa que a primeira. Os valores da eficácia, publicados em revistas científicas com artigos revistos por pares, varia de zero ou negligenciáveis até valores consideráveis. Ultimamente os valores têm estado a ser revistos em baixa. Um facto importante: o valor de 85% muito citado, tem muitos anos, está errado e foi já corrigido pelos próprios autores. Ao responder a esta pergunta já temos que ter outro tipo de critérios, para além da eficácia meramente mecânica. A eficácia do uso do capacete numa sociedade ou país, leva-nos a questões mais vastas e complexas. Se o número de utilizadores de capacete aumentar, aumenta também a percepção que a bicicleta é um meio de transporte perigoso? Se a resposta à pergunta anterior é sim, será que estamos a desencorajar utilizadores, ou pais de utilizadores a autorizar, o uso da bicicleta? E se a resposta é sim às duas perguntas anteriores, e o número de quilómetros praticados por bicicleta baixa, então é perfeitamente legítimo perguntar se as vidas eventualmente salvas pelo capacete, compensam as vidas perdidas pelo aumento do riscos, redução dos benefícios de saúde, económicos e ambientais associados ao uso da bicicleta. Também existem questões éticas associadas: será que numa sociedade em que um elevado número de mais vulneráveis usam medidas de auto-defesa, estamos a aceitar um paradigma em que o mais forte tem o direito de ameaçar o mais fraco? A própria questão B), e dar-lhe prioridade na agenda de investigação, em detrimento de outra, já pode mostrar uma aceitação do paradigma vigente sem o questionar. O que aparentemente pode ser considerado uma abordagem apolítica do problema, aceitarmos o paradigma implica necessariamente já uma posição ideológica no debate.
                                Possível posição a ter sobre o assunto: Apesar de continuar a ser um assunto científico, temos que estar ainda mais atentos à forma como a investigação foi conduzida e os pressupostos utilizados. Já não estamos a estudar só a eficácia mecânica do capacete. Nesta pergunta os desvios das amostragens podem ser consideráveis e decisivos nas conclusões. Temos que nos questionar que tipo de grupo demográfico estamos a estudar, que tipo de uso fazem da bicicleta, etc. Temos que nos questionar se a “compensação do risco” foi, ou não, tida em consideração. Por outro lado, é legítimo levantar assuntos mais vastos como as vantagens de saúde pública, económicas, sociais e ambientais do uso da bicicleta. É possível que um elevado número de ciclistas de capacete aumente os comportamentos de risco agregados, em relação a todos os outros ciclistas e faça reduzir o número de quilómetros praticados ou o seu futuro crescimento. Por estas e outras questões, é também legítimo levantar questões éticas associadas. Podemos inclusivamente questionar a pergunta B) e até que ponto ela é importante e aceita o paradigma vigente.
                                C) Existem benefícios sociais para a implementação de uma lei que obrigue o uso do capacete?

                                O que está em causa: Aqui o debate extravasa claramente as questões científicas e técnicas. A pergunta tem aspectos que dependem em parte da resposta à segunda pergunta (B), mas tem outros que vão muito para além dela. Convém também lembrar que está do lado dos proponentes da alteração da lei, provar que a resposta a esta questão é claramente um sim, porque irá afectar a qualidade de vida de muita gente (não só ciclistas, pois o uso da bicicleta tem impactos no total da população do país). É também importante referir que do ponto de vista estatístico é essencial aferir o efeito da Lei da Obrigatoriedade do Uso do Capacete (LOUC) no número de quilómetros praticados e na percepção do risco do uso da bicicleta para utilizadores e potenciais utilizadores. Esta tarefa não é nada fácil. Existem muito poucos países com LOUC, menos ainda em que esta é universal (algumas são só para alguns grupos demográficos e outras só para fora de localidades) e menos ainda os que a LOUC é devidamente fiscalizada. Por isso será sempre difícil aferir os impactos sociais na sociedade de uma lei deste tipo. E as questões dos benefícios sociais agregados, assim como as questões éticas, são cruciais nesta questão - sendo que as duas primeiras questões podem contribuir para o debate, mas terão que ter claramente uma contribuição muito secundária.
                                O que se sabe: sabemos que nos raros países em que existem LOUC houve consideráveis reduções do uso da bicicleta. Como estas reduções podem ter outras causas (declínio natural da preferência por adotar a bicicleta, variabilidade do clima, etc.), o assunto ainda é sujeito a algum debate, mas parece haver provas relativamente sólidas que há de facto reduções consideráveis do uso da bicicleta para certos grupos demográficos, em comunidades em que a LOUC é fiscalizada (é frequente que não seja, e por isso naturalmente pode ter efeitos diversos sobre a apetência de usar ou não a bicicleta). Sabemos também que nos países em que existem LOUC os sistemas de bicicleta partilhados são um fracasso comparado com ou que não têm essa obrigatoriedade - é difícil conseguir formas práticas de encorajar o uso dos sistemas de partilha de bicicleta de forma espontânea quando existe a obrigatoriedade do uso do capacete. Sabemos também que nos países que é menos perigoso circular de bicicleta, o uso do capacete é extremamente reduzido, provando cabalmente que existem outras formas mais eficazes de proteger os ciclistas. Sabemos também que os efeitos positivos para a saúde pública por quilómetros percorridos em bicicleta são desproporcionalmente maiores que as eventuais vidas salvas pelo capacete. Todas estas razões levam a que instituições muito sérias, como a OMS e a RoSPA, a não recomendarem a obrigatoriedade do capacete para ciclistas (recomendam obviamente a obrigatoriedade para motociclistas porque o problema é muito diferente - mais benefícios para a saúde pública e individual do uso do capacete, sem os efeitos adversos caso reduza os quilómetros percorridos de motociclo). Esta também é a razão porque é que países com políticas muito rigorosas de redução do número de mortos em ambientes rodoviários durante décadas, também não avançam para a adopção de LOUC.
                                Possível posição a ter sobre o assunto: devemos exigir estudos que provem cabalmente, e com toda a certeza, as vantagem sociais de uma LOUC. A prova está claramente de quem quer uma alteração da lei e advoga a existência de uma LOUC. Não devemos deixar que este debate seja contaminado com percepções empíricas de segurança (“claro que é perigoso pedalar sem capacete”, “se os motociclistas também são obrigados” “nos automóveis também é obrigatório o cinto de segurança”, etc.), temos que ser muito rigorosos nos argumentos e perceber que cada modo de transporte implica riscos e benefícios sociais muito diferentes. Devemos muito menos aceitar argumentos baseados em percepções ou histórias individuais (“a minha prima ainda está viva porque estava de capacete”, “eu caí uma vez e o meu capacete partiu em dois”, etc.), a alteração de uma lei não pode obviamente se basear neste tipo de argumentos. Devemos também ter cuidados de não misturar as questões acima (A ou B) com o debate que encerra esta questão C) (“é óbvio que qd o ciclista cai de cabeça é melhor que tenha capacete”, “experimente bater com a cabeça numa parede com e sem capacete”, etc.). Estamos a debater uma questão complexa e com enormes consequências sobre o futuro da mobilidade e qualidade de vida das nossas cidades. É perfeitamente possível, aceitável e legítimo acreditar que o capacete protege a cabeça quando um ciclista cai de cabeça e ser contra uma LOUC. É perfeitamente possível, aceitável e legítimo acreditar que um determinado grupo demográfico ou tipo de uso da bicicleta beneficie do uso do capacete (por exemplo BTT) e ser contra uma LOUC.
                                D) Devemos recomendar o uso do capacete?

                                O que está em causa: é essencial saber quem recomenda, a quem recomenda e como. É muito diferente se a recomendação é feita por um organismo oficial ou por um amigo. Também é fácil de perceber que os níveis de risco associados ao uso da bicicleta dependem muito do grupo demográfico (ex. idade e género), mas também do uso que se faz dela (urbano, estrada, BTT, downhill, etc.).
                                Recomendação oficial: uma recomendação por parte de um órgão oficial deve pelo menos partir de provas concretas avaliando o risco por quilometro percorrido e consequentemente especificar para quem é dirigida a recomendação. Uma recomendação genérica da parte de um órgão oficial é geralmente produto de preconceitos e sinal que quem recomenda não estudou, ou analisou, o problema de forma séria e abrangente. Principalmente se tivermos em consideração que a recomendação poderá ter um efeito adverso no número de quilómetros percorridos por bicicleta. Quando a recomendação é feita por um órgão oficial também é legítimo perguntar qual é o objectivo. A recomendação é feita para diminuir a probabilidade do indivíduo ter uma ferimento na cabeça? Ou é para diminuir os custos sociais, se os indivíduos acatarem a recomendação? A resposta a estas duas questões simultaneamente pode ser complexa, pois as respostas podem ser diferentes e contraditórias. A primeira pergunta remete para a probabilidade de um indivíduo cair de cabeça, que como já disse depende muito do grupo demográfico que faz parte e que uso dá à bicicleta. Se a intenção é a segunda, temos que ter em considerações e provas concretas e saber exatamente se a recomendação trás ou não benefícios sociais.
                                Outra questão importante a ter em consideração numa recomendação oficial é como é que a recomendação é feita. Antes de mais, e tendo em consideração a diversidade de riscos associados ao uso da bicicleta, se houver vontade de recomendar o uso do capacete, a recomendação deve ser dirigida a grupos específicos. Depois, se sabemos que o risco de redução do uso da bicicleta existe, então é extremamente importante não usar campanhas de recomendação que tenham um efeito adverso no uso da bicicleta. Se assim o fizermos, podemos estar a ter um efeito social negativo. Principalmente se estamos a dirigir-nos sem critério, e possivelmente a reduzir o número de quilómetros praticados em cidade. Campanhas genéricas para o uso do capacete, para além de terem uma posição marcadamente ideológica de aceitação do paradigma vigente, fomentam, em maior ou menor grau, o medo e poderão ter efeitos desastradamente adversos no uso da bicicleta e consequentemente efeitos sociais negativos. E existem argumentos éticos a considerar: até que ponto um organismo oficial deve recomendar o mais frágil a proteger-se se não faz o suficiente para reduzir o perigo na fonte.
                                Recomendações pessoais: neste caso, a recomendação pode ser personalizada para quem, e que uso faz da bicicleta, e é por isso mais legítima. Temos no entanto que ter em atenção o nível de informação e experiência de vida e personalidade de quem nos está a recomendar. Mas também, neste caso, é mais fácil o receptor da recomendação separar o “trigo do joio”. É frequente que a recomendação seja feita “porque sim”, ou porque “está na lei” (não está), ou porque “Uma vez a minha prima…”, ou ainda “O Joaquim Agostinho…” - nestes casos é conversar com calma e explicar que diversos usos implicam diferentes riscos. Claro que muitas pessoas, apesar de não terem argumentos e informação, recomendam de forma bem intencionada. Mas não deixa de ser interessante e fascinante a preocupação genuína e sincera pelos outros, quando quase todos nós tem, quase inevitavelmente, comportamentos de risco ao volante do automóvel e também ignoramos riscos mensuravelmente mais graves (como já alguém comentou, ninguém em espaço publico grita para um fumador “eh pá, porque é que estás a fumar?”, ou faz a mesma pergunta quando vê uma fotografia de um amigo no facebook a fumar). Também é frequente que esta recomendação seja de um amigo ou amiga ligada ao tratamento hospitalar e por isso com uma visão dos riscos algo peculiar e não contextualizada.
                                O que se sabe: existe muito menos investigação sobre os efeitos da recomendação (e a forma como é feita) no uso da bicicleta. Mas a que existe, parece confirmar que a recomendação pode ter um efeito negativo na percepção da segurança da bicicleta e possivelmente no seu uso. Sabemos também que a percepção de risco do uso da bicicleta, contrariamente ao automóvel e motociclo, é regra geral pior que o risco real por quilómetro percorrido em uso quotidiano urbano. Ao aumentar a percepção do risco, contrariamente ao automóvel e motociclo, estamos por isso a desinformar os utilizadores, ou potenciais utilizadores, da bicicleta para percursos urbanos. Sabemos também que pela “compensação do risco” e a “segurança pelos números” a recomendação pode ter efeitos adversos e contra-intuitivos.
                                Possível posição a ter sobre o assunto: em relação ao discurso oficial, podemos ser contra campanhas sem apresentação das devidas justificações, sem especificação dos seus objectivos e provas dos benefícios sociais da campanha. Devemos também questionar a prioridade de dinheiro público ser gasto em campanhas que se foquem na auto-proteção dos mais vulneráveis, quando a prioridade ética, e até de eficácia pública e económica, devia ser sobre comportamentos na origem do perigo rodoviário (nomeadamente o excesso de velocidade e abuso do meios de transporte perigosos). Finalmente devemos ser contra campanhas que fomentem o medo do uso do espaço público e tenham efeitos dissuasores na apetência de fazer mais quilómetros em meios de transporte mais eficientes e seguros.
                                E) Devemos usar capacete?

                                O que está em causa: essencialmente deveria estar em causa o risco da actividade e do incomodo associado para o diminuir. No entanto, o risco é uma medida difícil de quantificação, porque depende do grau de exposição ao perigo e das consequências inerentes a um determinado acontecimento. É normal usar como medidas de risco, para o caso da necessidade ou não de usar capacete, por exemplo o número de ferimentos por quilómetro percorrido. Este tipo de medidas que nos ajudaria a tomar uma decisão mais informada, são difíceis de calcular por variadas razões. Em Portugal não existem estatísticas relativas ao número de quilómetros praticados em bicicleta e a pé. Depois seria necessário que esse número de quilómetros, fosse estratificado por grupo demográfico e por tipo de uso. O risco varia muito, assim como as consequências e gravidade do ferimento. Por isso, ficamos limitados à nossa intuição e percepção muito pessoal do risco. O que não é necessariamente errado e, na a maior parte das vezes, permite pedalar de forma mais feliz (quer a intuição seja a favor de pessoalmente usarmos ou não o capacete). Está decisão pessoal e intuitiva também depende muito do nosso uso da bicicleta - por exemplo, alguém que vá comprar pão no seu bairro poderá achar que não é necessário usar o capacete, mas usá-lo quando vai fazer BTT ao fim de semana.
                                O que se sabe: É de assinalar que a resposta a esta pergunta é essencialmente intuitiva e que a intuição depende muito da nossa apetência a tomar riscos. Está apetência é extremamente pessoal e dificilmente debatível. Depende da educação, do género, da cultura em que crescemos e pedalamos e até da disposição ao acordar de manhã. Convém no então dizer que a intuição, frequentemente aproximada e correcta, também nos engana com frequência, precisamente porque influência em si mesmo a nossa apetecia para o risco e a possibilidade de uma queda - por exemplo, sabemos que muitas quedas são precisamente perto de casa (“quando se vai comprar pão”) porque precisamente a percepção do risco é menor e o risco de queda acaba por ser maior, sabemos também que pessoas com capacete podem ter mais comportamentos de risco (principalmente crianças).
                                Possível posição a ter sobre o assunto: sendo uma escolha individual sem consequências de maior para o resto da sociedade, é prudente ser “agnóstico não proselitizador”. Mais interessante, será conversar sobre a questão “porque é que EU não uso capacete?”. Tentar explicar que mesmo essa escolha individual é quase sempre contextual. E principalmente que o debate não confunda as várias vertentes, o que acontece quase sempre e é uma infindável confusão. Geralmente as pessoas que se envolvem no debate estão mais de acordo que em desacordo. Mesmo o mais acérrimo defensor do uso, provavelmente não usa em Amesterdão ou no quintal. É fácil argumentar que para todos nós a decisão é contextual e pessoal. O que varia é a nossa apetência ao risco. Mas também é fácil de provar que essa apetência ao risco não pode ser explicada de forma racional e estatisticamente, o que não é necessariamente errado mas torna o debate impossível, contrariamente ao debate saudável das perguntas A), B), C) e D). É importante também chamar a atenção que perante as situações de iniquidade em meio rodoviário, perante os desafios ambientais e de qualidade de vida das nossas cidades o debate do capacete é geralmente uma distracção dos enormes e urgentes problemas a resolver.

                                Bom, este texto era para ser algo muito curto sobre a necessidade de saber qual é a pergunta antes de procurarmos a resposta. Está enorme, porque não tive tempo para ser mais breve. Não usei referências científicas e outras por falta de tempo e para facilidade de leitura. Este texto é uma primeira tentativa de meditação sobre o problema por isso é natural que seja editado e tenha outras versões mais completas, e eventualmente mais limpas de possíveis repetições, erros de argumentação ou lógica e com mais referências externas.
                                Comentários são muito bem-vindos.
                                Um bom domingo a todos.

                                https://forum.mubi.pt/t/capacete-e-c.../422/19?u=rf17
                                Editado pela última vez por rppm; 02 July 2018, 23:37.

                                Comentário


                                  Tanta filosofia...
                                  O capacete protege mais do que não usar nada.
                                  O pior que um capacete pode fazer é despentear.
                                  Logo, a escolha devia ser fácil.

                                  Por fim, pergunto àqueles que têm filhos: deixariam os vossos filhos andar de bicicleta sem capacete? Se sabem a resposta a isto, então sabem a resposta à questão que se debate. É mesmo assim tão simples. O resto são desculpas de quem não gosta de imposições nem de regras ou leis que dêem algum trabalho e que se traduzam em desconforto, por mínimo que seja. Mas depois exigem que os outros cumpram com uma série delas só porque lhes dá jeito.

                                  Racionais do género "não há conclusões" ou "não há informação para" são, neste caso, estapafúrdios. Toda a gente sabe que é mais seguro com capacete. Nem que seja ligeiramente mais seguro, já vale a pena.

                                  Comentário


                                    Eu compreendo a não obrigatoriedade mas uso sempre. Não facilito. Além disso não custa nada.

                                    Comentário


                                      Originalmente Colocado por edununo Ver Post
                                      Eu compreendo a não obrigatoriedade mas uso sempre. Não facilito. Além disso não custa nada.
                                      Também compreendo, mas não ficava escandalizado que fosse obrigatório... Também uso sempre, e já dei uso a um...

                                      Comentário


                                        Originalmente Colocado por Boxer Ver Post
                                        Tanta filosofia...
                                        O capacete protege mais do que não usar nada.
                                        O pior que um capacete pode fazer é despentear.
                                        Logo, a escolha devia ser fácil.

                                        Por fim, pergunto àqueles que têm filhos: deixariam os vossos filhos andar de bicicleta sem capacete? Se sabem a resposta a isto, então sabem a resposta à questão que se debate. É mesmo assim tão simples. O resto são desculpas de quem não gosta de imposições nem de regras ou leis que dêem algum trabalho e que se traduzam em desconforto, por mínimo que seja. Mas depois exigem que os outros cumpram com uma série delas só porque lhes dá jeito.

                                        Racionais do género "não há conclusões" ou "não há informação para" são, neste caso, estapafúrdios. Toda a gente sabe que é mais seguro com capacete. Nem que seja ligeiramente mais seguro, já vale a pena.
                                        Mais uma vez baralha-se a questão do uso do capacete com a questão da obrigatoriedade do uso do capacete.

                                        Sim uma pessoa usar capacete à partida torna mais seguro em caso de acidente, mas:

                                        Implementar a obrigatoriedade não torna o uso da bicicleta mais seguro no geral, apesar disto desafiar a lógica é o que os dados apontam.

                                        Uma das razões apontada é que é mais provável teres acidentes se usares capacete, inicialmente até eu duvidei disto, mas tem alguma lógica.

                                        Para além disso a relação custo/benefício da implementação disto é péssima, não traria uma redução minimamente palpável das lesões face às consequências negativas e custos de implementar isto.


                                        Vê isto como usares capacete de corrida/ Hans e Arnês no teu carro, muito mais seguro em caso de acidente, mas provavelmente mais propício a teres um acidente devido à visibilidade reduzida.

                                        Comentário


                                          Originalmente Colocado por Boxer Ver Post
                                          Ok. Novamente: e o cinto? E o capacete nas motas?
                                          Na minha opinião é uma autêntica estupidez ser obrigatório!

                                          Comentário


                                            Os capacetes para as bicicletas estão mal concebidos

                                            Comentário


                                              Um bom capacete nem se sente que vai na cabeça, por isso, da minha parte não vejo qualquer problema em usar!

                                              Se a alguém causar incómodo/desconforto, é sinal que tem um mau produto e deve trocar o mais rápido possível por um em condições!

                                              Faz-me impressão algum pessoal dar 4000€ ou 5000€ por uma bicicleta e depois têm capacetes que são puro lixo!

                                              Comentário


                                                Originalmente Colocado por etelvino Ver Post
                                                Na minha opinião é uma autêntica estupidez ser obrigatório!
                                                Óbvio. Eu só aponto a falta de coerência. Já disse atrás que não sou a favor de obrigações destas. Ou proibições, como dos açúcares, álcool, drogas, jogo ou eutanásia. Desde sejam situações que apenas afectem quem as pratica, cada um sabe de si.

                                                Falta de coerência e argumentos bacocos é que não.

                                                Comentário


                                                  Originalmente Colocado por Boxer Ver Post
                                                  Tanta filosofia...
                                                  O capacete protege mais do que não usar nada.
                                                  O pior que um capacete pode fazer é despentear.
                                                  Logo, a escolha devia ser fácil.

                                                  Por fim, pergunto àqueles que têm filhos: deixariam os vossos filhos andar de bicicleta sem capacete? Se sabem a resposta a isto, então sabem a resposta à questão que se debate. É mesmo assim tão simples. O resto são desculpas de quem não gosta de imposições nem de regras ou leis que dêem algum trabalho e que se traduzam em desconforto, por mínimo que seja. Mas depois exigem que os outros cumpram com uma série delas só porque lhes dá jeito.

                                                  Racionais do género "não há conclusões" ou "não há informação para" são, neste caso, estapafúrdios. Toda a gente sabe que é mais seguro com capacete. Nem que seja ligeiramente mais seguro, já vale a pena.
                                                  Argumentar com pessoas como tu é como argumentar com defensores da Terra Plana ou do Criacionismo.

                                                  Estão tão convictas de que estão certas que ignoram completamente qualquer evidência que demonstre que estão erradas, mantendo-se assim cegas na sua crença.


                                                  Olha para este gráfico e diz-me por palavras tuas o que vês aqui, só para nos certificarmos da tua incapacidade de interpretá-lo.



                                                  Dica: olha para a barra do meio, amarelo torrado, que significa "mortes por ferimentos na cabeça", depois repara que o tamanho dessa barra é maior em "walking", a andar pé, e menor em "cycling", andar de bicicleta. Por palavras tuas, o que achas que significa isto?

                                                  Comentário


                                                    Também não percebo o celeuma da discussão. Quem quer usa quem não quer não usa, porque é que tem de ser obrigatório?

                                                    Comentário


                                                      Originalmente Colocado por reiszink Ver Post
                                                      Um bom capacete nem se sente que vai na cabeça, por isso, da minha parte não vejo qualquer problema em usar!

                                                      Se a alguém causar incómodo/desconforto, é sinal que tem um mau produto e deve trocar o mais rápido possível por um em condições!

                                                      Faz-me impressão algum pessoal dar 4000€ ou 5000€ por uma bicicleta e depois têm capacetes que são puro lixo!
                                                      5000 € por uma bicicleta?

                                                      Volto a repetir: estamos a falar do uso de bicicleta em contexto urbano como meio de deslocação.

                                                      Vê este vídeo:



                                                      Repara que um dos motivos para o uso de bicicleta é precisamente o facto de ser um meio de transporte barato.


                                                      Originalmente Colocado por Eletrico Ver Post
                                                      Também não percebo o celeuma da discussão. Quem quer usa quem não quer não usa, porque é que tem de ser obrigatório?
                                                      Inveja, ódio, o desejo de punir os ciclistas.


                                                      A Holanda é dos países onde é mais seguro andar de bicicleta e onde menos se usa capacete.

                                                      A Austrália é dos países onde é mais perigoso andar de bicicleta e onde o capacete é obrigatório.


                                                      Claramente o uso do capacete está longe de ser o fator mais importante para diminuir as mortes de ciclistas, além de que o risco de ter um ferimento fatal na cabeça é o mesmo para um ciclista como para um peão.

                                                      Como raio se explica alguém defender tão acerrimamente a obrigatoriedade do uso de capacete se não por implicância?
                                                      Editado pela última vez por rppm; 03 July 2018, 13:11.

                                                      Comentário


                                                        Capacete integral como os das motos é o que deveria ser obrigatório Ironic mode off

                                                        Comentário


                                                          Gostava de saber porque motivo leva a quem faça BTT ou ande geralmente a treinar na via pública com bicicletas de estrada, e usa capacete!

                                                          Pelos vistos, não faz diferença alguma!


                                                          Eu também não tenho necessidade alguma de usar cinto de segurança quando ando no meu carro, praí em 99,99999999999999999% das deslocações correm bem e o cinto não me serviu para nada. Nem os dispositivos de segurança activa ou passiva do próprio carro. Mas estão lá...

                                                          Também cresci a andar de bicicleta e a cair da mesma sem capacete, e não gosto de usar capacete, mas não é por isso que vou ser mesquinho ao poupar em algo que me pode proteger e evitar males maiores, seja a mim ou aos meus na actualidade e daqui para a frente...

                                                          Comentário


                                                            Originalmente Colocado por BillieJean Ver Post
                                                            Capacete integral como os das motos é o que deveria ser obrigatório Ironic mode off
                                                            Tinha dado um jeitaço, no meu caso

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                                                              Originalmente Colocado por DeCeIi Ver Post
                                                              Gostava de saber porque motivo leva a quem faça BTT ou ande geralmente a treinar na via pública com bicicletas de estrada, e usa capacete!

                                                              Pelos vistos, não faz diferença alguma!


                                                              Eu também não tenho necessidade alguma de usar cinto de segurança quando ando no meu carro, praí em 99,99999999999999999% das deslocações correm bem e o cinto não me serviu para nada. Nem os dispositivos de segurança activa ou passiva do próprio carro. Mas estão lá...

                                                              Também cresci a andar de bicicleta e a cair da mesma sem capacete, e não gosto de usar capacete, mas não é por isso que vou ser mesquinho ao poupar em algo que me pode proteger e evitar males maiores, seja a mim ou aos meus na actualidade e daqui para a frente...
                                                              Ninguém disse isso meu caro, só tu.

                                                              Os pilotos de carros de corrida também usam capacetes e cintos de 5 pontos, tu usas um cinto normal.
                                                              Pelos vistos não faz diferença alguma !

                                                              Vai lá ler o que se disse, a diferença entre o uso e a obrigatoriedade, as estatísticas etc.

                                                              Se é mais provável teres um traumatismo craniano dentro do carro, será que vais começar a andar de capacete dentro do carro?

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