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FIAT TEMPRA , Porque correu mal??

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    #31
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      #32
      Originalmente Colocado por Jbranco Ver Post
      Se os carros do grupo eram assim tão bons e fiáveis porque carga de água as pessoas os deixaram de comprar?
      Pelos vistos avariavam mais em média do que os outros.
      Sendo que tenho a percepção que de motor avariavam menos do que a média e no resto mais do que a média mas também com a percepção que o custo das avarias era normalmente bastante barato.

      Também me parece que a assistência era (é?) muito vigarista.
      E passou a ser do preço médio e não mais barata.

      Mas acima de tudo parece-me que nesses tempos os carros mal paridos iam ás feras na mesma... não quer dizer que não acontece em todas as marcas.
      Como tiveste um Punto GT sempre com alguma coisa, sei dessa época de um Golf 1.4 sempre com alguma coisa, não saia aqui da VAP.

      Também me parece que tiveste um azar tremendo e eu uma sorte tremenda com os FIAT's!
      Então nos 55 S (1116) eu não percebo que tantos problemas tiveste!
      Tirando as 6 informações do check-panel que algumas soube que falhavam a muita gente, a da vareta do óleo não pode ser correcta, ou eventualmente a dos travões dianteiros, as outras 4 não há razão de funcionarem mal excepto por maus pontos de massa.
      Coisa muito fácil!
      Eu tive sempre sorte nesses Check Panels.


      Há mais factores, mas ficam alguns pontos resumidos:

      1- Fim da montagem em Portugal.
      Depois de 1988 ia ser possível livre mercado.

      2- Fim de Portugal como mercado prioritário FIAT, era o 3º a receber as coisas depois da Itália e França.
      Os primeiros chegavam ainda com livros em Francês.
      Isto também tem a ver com o fim da SEAT - FIAT, logo o mercado passou a ser Ibérico e não Português, sendo que antes a FIAT não estava em Espanha claro.
      Tinha alguma coisa lateral.

      3- Fim da Lira Italiana que provocou uma enorme facada nas costas não só FIAT como outros produtos.
      Sabeis que a ALFA conseguia meter o 33 em Portugal a um preço fantástico não é?
      Com a Itália a passar para o Euro desde logo os produtos FIAT em Portugal levam uma pancada tremenda na competitividade.

      Os Unos 45 S eram um carro indiscutível e consensual.
      Pelo seu preço em Portugal, a concorrência não conseguia apresentar quase nada comparável.
      A Lira permitia meter no mercado por exemplo a versão "60 SL" com o preço dos outros segmentos B mas com motor e equipamento de entrada.
      O 60 tinha Conta Rotações, Vidros Eléctricos coloridos, Fecho centralizado, motor já com uma resposta bem forte para a época e depois espaço e versatilidade não só de um B como de um segmento acima, C.

      Imaginem mais tarde o Punto que chegou a ser líder do mercado, mas se ainda tivessem Liras e não Euros o que aconteceria na prática era o 1.1 FIRE 55 comer todo o mercado mais barato e depois o 1.2 75cv vinha para a rua com o Preço dos Corsa 1.0, Clio 1.1, etc.
      Isso teria dado ainda uma fatia colossal de mercado à FIAT.

      4- Alteração no valor dos usados.
      Antigamente os usados em Portugal valiam muito.
      Imensas pessoas depois deixaram de comprar carros utilitários novos, preferindo carros maiores e até Premium usados, uma vez que um carro destes com alguns anos é do preço de um utilitário novo, quando antigamente era imensamente mais caro. As pessoas não chegavam lá, só se fosse muito velho e estragado.

      5- Perda tremenda do poder de compra de grande parte dos compradores de carros do preço onde marcas como a FIAT vendiam mais.
      Portugal é a nação mais assimétrica da Europa Ocidental e cada vez mais.

      6- Dieselização do mercado e aumento dos combustíveis em geral, que puxa automaticamente o mercado mais para fora dos segmentos onde a FIAT vendia mais e puxa mais o mercado para marcas com mais tradição em Diesel.
      Depois os Italianos também passaram como todos a estar nos Diesel, mas não eram muito dessa área.

      7- Os carros Italianos e ainda muito mais os pequenos em termos de segurança passiva não estavam entre os melhores.
      Antes todos os carros normais tinham uma segurança quase nula, quando começaram a ter alguma, os Italianos estavam entre os menos seguros, tais como os Japoneses.

      8- Homogeneização e globalização do mercado automóvel nas ofertas.
      Perdendo-se diferenciação, como o 127 ser motor nervoso e tido como carro que andava, ou o factor de grande vantagem e avanço nos primeiros anos dos Unos FIRE, para não falar no produto final com o casamento Uno + 1116.
      Ou ainda do 1242 16v quando apareceu.
      O mesmo que dizer que deixou de haver em versões normais de massa, diferenciação, vantagem mecânica notável.
      Editado pela última vez por gtabarth; 28 June 2016, 15:33.

      Comentário


        #33
        A Fiat passou uma fase má? Nunca tive a certeza disso. Digo isto porque a ideia que tenho é que vendeu sempre muito. Acho que não estou enganado nisto, ao contrário por exemplo da Alfa Romeo.
        Esta questão faz-me lembra a situação actual da Mercedes com os carros que pegam fogo. Estive esta tarde na C. Santos no Aeroporto e é de pasmar a quantidade de Mercedes que lá vendem. Para terem uma ideia, à pergunta a um dos vendedores de como estava a correr o ano, responde-me ele a dizer que nunca venderam tanto como hoje. Sim, a Mercedes nunca vendeu tanto em Portugal como hoje.
        Por isso, fases más é o que eu tenho quando olho para um AMG GT e abro a minha carteira ;)

        Comentário


          #34
          Passou... As vendas caíram bastante na Europa (ou não cresceram como as outras marcas) com a substituição do Tipo/Tempra pelo Bravo/Brava por exemplo...

          Comentário


            #35
            Originalmente Colocado por EscapeLivre Ver Post
            Pois mas uma coisa é falares de carros de topo já bem mais complexos do grupo fiat.

            Outra é um mero Tempra 1.6 ou um Punto 1.1 e isso eram autênticos carros de guerra.

            Portanto isso do " davam muitos problemas " é relativo......
            Os que conheci mais de perto (não terão sido muitos, é certo) mas falharam cedo demais (em idade ou km), com problemas que foram de sobreaquecimento a centralinas defeituosas - avaria que num dos casos levou à troca por outro carro.

            Nas mãos da mesma pessoa, um Uno 45 (não S) comprado usado teve um bom registo de fiabilidade, que motivou à compra de um Uno 45S novo.
            Esse novo originou umas quantas páginas A4 com reclamações à Fiat Portugal, que de nada serviram.

            O mesmo dono dos Uno decidiu fazer um upgrade, e comprou um Delta 1.3 LX novo.
            Foi outro que deu chatices para preencher mais umas quantas folhas A4 e nunca ficar "direito"...


            Tenho muito mais dificuldade em encontrar os exemplos dos Fiat em que os donos ficaram satisfeitos durante um período de tempo e km alargados (embora também os tenha conhecido), e a ideia com que fiquei foi a de uma qualidade de construção e controlo de qualidade medíocre que hipotecava a experiência global.

            Se os concorrentes directos eram muito melhores ou não é questionável (especialmente no segmento B), mas não creio que a fama da Fiat tenha nascido do nada!


            Nestas coisas, uma experiência bastante negativa custa muito mais a esquecer do que uma muito positiva, e creio que ainda hoje a marca paga o preço disso ao não conseguir vender quase mais nada do que o 500.

            Comentário


              #36
              Originalmente Colocado por jomaso Ver Post
              A Fiat passou uma fase má? Nunca tive a certeza disso. Digo isto porque a ideia que tenho é que vendeu sempre muito. Acho que não estou enganado nisto, ao contrário por exemplo da Alfa Romeo.
              Esta questão faz-me lembra a situação actual da Mercedes com os carros que pegam fogo. Estive esta tarde na C. Santos no Aeroporto e é de pasmar a quantidade de Mercedes que lá vendem. Para terem uma ideia, à pergunta a um dos vendedores de como estava a correr o ano, responde-me ele a dizer que nunca venderam tanto como hoje. Sim, a Mercedes nunca vendeu tanto em Portugal como hoje.
              Por isso, fases más é o que eu tenho quando olho para um AMG GT e abro a minha carteira ;)
              sim verdade a fiat até 2001 ou 2002 foi lider de vendas em portugal com os unos e puntos. Passando depois para a liderança o clio 2 fase 2 e o renault megane 2 como o grande lider de vendas em portugal. Desde então nunca mais ninguém tirou a renault do top. Mas eu não acho que o fiat tempra tenha sido um fracasso, até pelo contrário via imensos na estrada desde 1.4 1.6 e os míticos 1.9td da psp

              Comentário


                #37
                Um amigo chegou a ter um Tipo, que misteriosamente ardeu à porta de casa!

                Comentário


                  #38
                  Originalmente Colocado por PeugeotSales Ver Post
                  O Fiat Tempra correu mal porque era insonso....


                  Este irónico jogo de palavras deve ter passado despercebido...

                  Comentário


                    #39
                    Originalmente Colocado por gtabarth Ver Post
                    Pelos vistos avariavam mais em média do que os outros.
                    Sendo que tenho a percepção que de motor avariavam menos do que a média e no resto mais do que a média mas também com a percepção que o custo das avarias era normalmente bastante barato.

                    Também me parece que a assistência era (é?) muito vigarista.
                    E passou a ser do preço médio e não mais barata.

                    Mas acima de tudo parece-me que nesses tempos os carros mal paridos iam ás feras na mesma... não quer dizer que não acontece em todas as marcas.
                    Como tiveste um Punto GT sempre com alguma coisa, sei dessa época de um Golf 1.4 sempre com alguma coisa, não saia aqui da VAP.

                    Também me parece que tiveste um azar tremendo e eu uma sorte tremenda com os FIAT's!
                    Então nos 55 S (1116) eu não percebo que tantos problemas tiveste!
                    Tirando as 6 informações do check-panel que algumas soube que falhavam a muita gente, a da vareta do óleo não pode ser correcta, ou eventualmente a dos travões dianteiros, as outras 4 não há razão de funcionarem mal excepto por maus pontos de massa.
                    Coisa muito fácil!
                    Eu tive sempre sorte nesses Check Panels.


                    Há mais factores, mas ficam alguns pontos resumidos:

                    1- Fim da montagem em Portugal.
                    Depois de 1988 ia ser possível livre mercado.

                    2- Fim de Portugal como mercado prioritário FIAT, era o 3º a receber as coisas depois da Itália e França.
                    Os primeiros chegavam ainda com livros em Francês.
                    Isto também tem a ver com o fim da SEAT - FIAT, logo o mercado passou a ser Ibérico e não Português, sendo que antes a FIAT não estava em Espanha claro.
                    Tinha alguma coisa lateral.

                    3- Fim da Lira Italiana que provocou uma enorme facada nas costas não só FIAT como outros produtos.
                    Sabeis que a ALFA conseguia meter o 33 em Portugal a um preço fantástico não é?
                    Com a Itália a passar para o Euro desde logo os produtos FIAT em Portugal levam uma pancada tremenda na competitividade.

                    Os Unos 45 S eram um carro indiscutível e consensual.
                    Pelo seu preço em Portugal, a concorrência não conseguia apresentar quase nada comparável.
                    A Lira permitia meter no mercado por exemplo a versão "60 SL" com o preço dos outros segmentos B mas com motor e equipamento de entrada.
                    O 60 tinha Conta Rotações, Vidros Eléctricos coloridos, Fecho centralizado, motor já com uma resposta bem forte para a época e depois espaço e versatilidade não só de um B como de um segmento acima, C.

                    Imaginem mais tarde o Punto que chegou a ser líder do mercado, mas se ainda tivessem Liras e não Euros o que aconteceria na prática era o 1.1 FIRE 55 comer todo o mercado mais barato e depois o 1.2 75cv vinha para a rua com o Preço dos Corsa 1.0, Clio 1.1, etc.
                    Isso teria dado ainda uma fatia colossal de mercado à FIAT.

                    4- Alteração no valor dos usados.
                    Antigamente os usados em Portugal valiam muito.
                    Imensas pessoas depois deixaram de comprar carros utilitários novos, preferindo carros maiores e até Premium usados, uma vez que um carro destes com alguns anos é do preço de um utilitário novo, quando antigamente era imensamente mais caro. As pessoas não chegavam lá, só se fosse muito velho e estragado.

                    5- Perda tremenda do poder de compra de grande parte dos compradores de carros do preço onde marcas como a FIAT vendiam mais.
                    Portugal é a nação mais assimétrica da Europa Ocidental e cada vez mais.

                    6- Dieselização do mercado e aumento dos combustíveis em geral, que puxa automaticamente o mercado mais para fora dos segmentos onde a FIAT vendia mais e puxa mais o mercado para marcas com mais tradição em Diesel.
                    Depois os Italianos também passaram como todos a estar nos Diesel, mas não eram muito dessa área.

                    7- Os carros Italianos e ainda muito mais os pequenos em termos de segurança passiva não estavam entre os melhores.
                    Antes todos os carros normais tinham uma segurança quase nula, quando começaram a ter alguma, os Italianos estavam entre os menos seguros, tais como os Japoneses.

                    8- Homogeneização e globalização do mercado automóvel nas ofertas.
                    Perdendo-se diferenciação, como o 127 ser motor nervoso e tido como carro que andava, ou o factor de grande vantagem e avanço nos primeiros anos dos Unos FIRE, para não falar no produto final com o casamento Uno + 1116.
                    Ou ainda do 1242 16v quando apareceu.
                    O mesmo que dizer que deixou de haver em versões normais de massa, diferenciação, vantagem mecânica notável.
                    És tão parcial.

                    Comentário


                      #40
                      Um amigo meu teve um, na altura( 93 ou por ai) achava o carro muito porreiro tinha muito extra os interiores eram em pele.

                      Comentário


                        #41
                        ao ler o primeiro post verifiquei que afinal eu tinha razão, o autor do tópico é o rapaz que tinha a carrinha tempra e que a adora como se ela fosse uma deusa.

                        rapaz, na minha família houve um citroen zx comprado novo em que demos a volta a europa e fomos a muitas férias no estrangeiro com ele. era um simples 1124cc de 60cv. durou 17 anos e todos (os 4) conduzimos o dito carro. foi o melhor negócio que o meu pai fez, não só em carros. pelo valor que tinha, pelas poucas peças que levou durante muitos anos, por conseguir acompanhar muito carro mesmo sabendo que demorava mais a chegar, pela disponibilidade em andar dias a fio por outros países, pelo motor que sofreu nas minhas mãos até eu dar cabo dele e levar outro motor já com cerca de 14 ou 15 anos depois, etc, etc, etc.

                        hoje em dia e por casualidade, tenho outro citro zx, mas 1360cc. continuo a gostar do carrito, mas se pudesse, à primeira oportunidade enfardava-o. são apenas latas, não são suprasumos da fiabilidade, tecnologia ou consumos. servem apenas para nos servir. se ao fim desses 17 anos o meu pai me desse o carro em vez de o mandar abater, usá-lo-ia até ele estar pronto para a sucata. tão simples quanto isso. o mesmo que deves fazer à tua tempra e não endeusá-la. não tem valor comercial, mas tu queres arranjá-la e o teu pai que pague. se ele não pagar, quero ver se vais cuidar dela. diz-me que sim que eu acredito.

                        usa-a enquanto durar, pois não vale um chavo hoje em dia e dificilmente valerá mais que 1000€ daqui a 10 anos já como carro clássico. é usar e quando for para deitar fora, ficam-se as memórias, o que já é muito bom. há que ser pragmático...

                        Comentário


                          #42
                          Originalmente Colocado por ESPRIT Ver Post
                          És tão parcial.
                          Leste o post e os vários pontos?
                          Soltas um "parcial" sem fundamentar, cheira a... parcial da tua parte.
                          Até porque vou dizendo bastante mal também.

                          recordo que o meu post são algumas explicações para a pergunta do J Branco: "as pessoas os deixaram de comprar"?

                          Comentário


                            #43
                            Quanto ao Tempra em Portugal.
                            Como chegou em 1990, até vendeu bem para uma Berlina de 3 volumes, numa altura em que começou a descer imenso a popularidade e as vendas desta tipologia.

                            Mas no início dos anos 90 o grupo FIAT vendia imenso com os 1400 com os Tempras e os 1600 com os Dedras.
                            O primo Dedra é que terá obrigado o Tempra a praticamente vender quase todas as unidades na versão 1400.

                            Portanto em Portugal falar de Tempra é praticamente falar de Tempra 1.4.
                            Que era um carro com um conforto e equipamento muito razoável.
                            O comportamento em estrada era dos melhores do género e as prestações bastante razoáveis.
                            Não gosto dos travões do 1.4 (não conheço de outros Tempras).

                            Como ficava ali entre o segmento C e D, mas era claramente um C com o 1.4, era depois um campeão de espaço no segmento.
                            Era o seu ponto mais forte.

                            Houve uma concorrência em certa parte de outro carro maior, do segmento D, pela Renault quando criou a versão R21 1.4 GTL 68cv específica para Portugal e mais um ou outro pais de leste apenas.
                            Cá está, ainda a preocupação de versões específicas para a nossa absurda fiscalidade.

                            O R21 teria cotas e volumetria concorrencial com o Tempra, coisa onde o R19 Chamade ficava muito limitado.

                            O Dedra e o Tempra são dimensionalmente quase iguais, tendo o Tempra uma mala maior.
                            Mas no mercado um apontou ao segmento D e outro ao C.
                            O caso do R21 com o motor 1.4 é mais um caso de um segmento D que com este motor pequeno vinha para a área dos segmentos C.

                            Comentário


                              #44
                              Originalmente Colocado por JonetPT Ver Post
                              ...O que aconteceu comigo foi extraordinário, pois antes de isto acontecer a minha avó tinha-se dirigido ao mesmo stand pois queria comprar um Nissan Juke e queria dar o dela de retoma um Vectra 1.7TD de 80cv com quase 300 mil km, mas o dono disse que lhe dava apenas 200 euros e que o carro iria pra sucata lol , quando eu chego lá e falo-lhe que tinha uma FIAT ele perguntou o modelo , eu disse "Tempra" ele olha para mim sorri e diz que não queria nada disso.
                              esse vendedor era esquisito porque esse tempra ainda vale 200 euros

                              Comentário


                                #45
                                Correu mal por ser fiat, e depois juntamos muita electrónica e teve se um belo de um combo, mas pelos vistos esses problemas ainda acompanham os modelos, foi algo que a marca fez questão de trazer até aos dias de hoje.

                                Comentário


                                  #46
                                  Originalmente Colocado por CO2 Ver Post
                                  Correu mal por ser fiat, e depois juntamos muita electrónica e teve se um belo de um combo, mas pelos vistos esses problemas ainda acompanham os modelos, foi algo que a marca fez questão de trazer até aos dias de hoje.
                                  Ainda bem que trabalho com muitas marcas diferentes. Assim tenho a possibilidade de saber que isto que dizes é uma grande tanga.

                                  Comentário


                                    #47
                                    Originalmente Colocado por gtabarth Ver Post
                                    Quanto ao Tempra em Portugal.
                                    Como chegou em 1990, até vendeu bem para uma Berlina de 3 volumes, numa altura em que começou a descer imenso a popularidade e as vendas desta tipologia.

                                    Mas no início dos anos 90 o grupo FIAT vendia imenso com os 1400 com os Tempras e os 1600 com os Dedras.
                                    O primo Dedra é que terá obrigado o Tempra a praticamente vender quase todas as unidades na versão 1400.

                                    Portanto em Portugal falar de Tempra é praticamente falar de Tempra 1.4.
                                    Que era um carro com um conforto e equipamento muito razoável.
                                    O comportamento em estrada era dos melhores do género e as prestações bastante razoáveis.
                                    Não gosto dos travões do 1.4 (não conheço de outros Tempras).

                                    Como ficava ali entre o segmento C e D, mas era claramente um C com o 1.4, era depois um campeão de espaço no segmento.
                                    Era o seu ponto mais forte.

                                    Houve uma concorrência em certa parte de outro carro maior, do segmento D, pela Renault quando criou a versão R21 1.4 GTL 68cv específica para Portugal e mais um ou outro pais de leste apenas.
                                    Cá está, ainda a preocupação de versões específicas para a nossa absurda fiscalidade.

                                    O R21 teria cotas e volumetria concorrencial com o Tempra, coisa onde o R19 Chamade ficava muito limitado.

                                    O Dedra e o Tempra são dimensionalmente quase iguais, tendo o Tempra uma mala maior.
                                    Mas no mercado um apontou ao segmento D e outro ao C.
                                    O caso do R21 com o motor 1.4 é mais um caso de um segmento D que com este motor pequeno vinha para a área dos segmentos C.
                                    O tempra estava longe de ser um segmento D.
                                    O segmento D da fiat era o Croma.

                                    E depois a fita deixou de vender devido à extrema falta de qualidade e à má fama que foi cultivando ao longo dos tempos.
                                    Mesmo que agora até os carros sejam bons.

                                    Comentário


                                      #48
                                      Originalmente Colocado por CO2 Ver Post
                                      Correu mal por ser fiat, e depois juntamos muita electrónica e teve se um belo de um combo, mas pelos vistos esses problemas ainda acompanham os modelos, foi algo que a marca fez questão de trazer até aos dias de hoje.
                                      Não, a marca não trouxes esses problemas para os dias de hoje.
                                      Basta ires ver o valor de revenda do 500 para perceber isso.

                                      Comentário


                                        #49
                                        Passou cá por casa uma tempra 1.6 a gpl, que era carrinha de ir para o trabalho, levava com óleo diesel queimado de um golf 3 tdi, e fez mais 50.000km nas nossas mãos, nunca mudou filtros nem velas nem nada que se pareça, tinha os manometros digitais e nunca deu 1 unico problema tudo funcionava e tudo funcionou até ir para retoma num stand, 400eur à uns 5 anos atrás. O gpl nunca foi afinado e em euros, bebia menos que o golf

                                        Tivemos um lancia dedra com o mesmo motor e não deu grandes problemas, injetores, caixa de velocidades e foi para troca a beber àgua, tirando peças de desgaste, braços, rolamentos etc, para 3/4 anos nem foi muito mau

                                        Os restantes do grupo fiat não tiveram a mesma fama, não sei se por azar ou se vem confirmar o que dizem. Um tipo que bebia como um desalmado, 1 punto e 2 unos que não sei as motorizações, mas que não duraram muito tempo nas nossas mãos, despachamo-los logo

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                                          #50
                                          Originalmente Colocado por gtabarth Ver Post
                                          Então nos 55 S (1116) eu não percebo que tantos problemas tiveste!
                                          Perda de liquido refrigerante;
                                          Painel de instrumentos rasgou na parte superior almofadada;
                                          Rolamento de uma roda gripado;
                                          Vários rolamentos na caixa de velocidade gripados.

                                          Acho que foi tudo... Problemas com o Check Panel ou outros elétricos não tive.

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                                            #51
                                            Vem-me agora à memória o exemplo de dois Autobianchi A112 comprados ali por 1974 ou 197, ambos Impecáveis. Mas anos mais tarde um Autobianchi Y10 foi pelo contrário uma desgraça.

                                            Insisto que me parece ter sido mais pela falta de qualidade que o grupo fiat foi perdendo clientes.

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                                              #52
                                              Hoje tou bem disposto.


                                              Originalmente Colocado por gtabarth Ver Post
                                              Quanto ao Tempra em Portugal.
                                              Como chegou em 1990, até vendeu bem para uma Berlina de 3 volumes, numa altura em que começou a descer imenso a popularidade e as vendas desta tipologia.

                                              Mas no início dos anos 90 o grupo FIAT vendia imenso com os 1400 com os Tempras e os 1600 com os Dedras.
                                              O primo Dedra é que terá obrigado o Tempra a praticamente vender quase todas as unidades na versão 1400.

                                              A Fiat vendia imenso porque oferecia as melhores relações preço/espaço/equipamento. O Uno manteve-se nos primeiros lugares anos a fio. O Tipo/Tempra lutava pelos primeiros lugares do segmento com ainda a ajuda do Delta no 1.3 e 1.5, e atenção que nenhum deste motores era decente.

                                              Portanto em Portugal falar de Tempra é praticamente falar de Tempra 1.4.
                                              Que era um carro com um conforto e equipamento muito razoável.
                                              O comportamento em estrada era dos melhores do género e as prestações bastante razoáveis.
                                              Não gosto dos travões do 1.4 (não conheço de outros Tempras).

                                              Como ficava ali entre o segmento C e D, mas era claramente um C com o 1.4, era depois um campeão de espaço no segmento.
                                              Era o seu ponto mais forte.

                                              O Dedra era dos mais baratos concorrentes do segmento D, o Tempra não era considerado por ninguém D, usava e creio que era o único um 1.6 com 90 cv e não 76 como os restantes e vendeu bastante devido ao equipamento. Rapidamente começou a ter fama de pequenas chatices, e ainda me lembro que a para do 155 o TDs tinha um preço fenomenal.

                                              Houve uma concorrência em certa parte de outro carro maior, do segmento D, pela Renault quando criou a versão R21 1.4 GTL 68cv específica para Portugal e mais um ou outro pais de leste apenas.
                                              Cá está, ainda a preocupação de versões específicas para a nossa absurda fiscalidade.

                                              A memória está a trair-te, o tempra conviveu algum tempo com o 21(q na versão q conviveu com o Tempra já tinha 71 cv portanto praticamente a mesma potência do concorrente) mas já tinha vendas residuais, e em 94 sai o Laguna q praticamente rouba o lugar do Dedra como segmento D acessível com equipamento. Aliás o Dedra já via a sua vida muito dificultada com o lançamento do Mondeo.

                                              O R21 teria cotas e volumetria concorrencial com o Tempra, coisa onde o R19 Chamade ficava muito limitado.


                                              O Dedra e o Tempra são dimensionalmente quase iguais, tendo o Tempra uma mala maior.
                                              Mas no mercado um apontou ao segmento D e outro ao C.
                                              O caso do R21 com o motor 1.4 é mais um caso de um segmento D que com este motor pequeno vinha para a área dos segmentos C.


                                              Originalmente Colocado por gtabarth Ver Post
                                              Pelos vistos avariavam mais em média do que os outros.
                                              Sendo que tenho a percepção que de motor avariavam menos do que a média e no resto mais do que a média mas também com a percepção que o custo das avarias era normalmente bastante barato.

                                              Também me parece que a assistência era (é?) muito vigarista.
                                              E passou a ser do preço médio e não mais barata.

                                              Mas acima de tudo parece-me que nesses tempos os carros mal paridos iam ás feras na mesma... não quer dizer que não acontece em todas as marcas.
                                              Como tiveste um Punto GT sempre com alguma coisa, sei dessa época de um Golf 1.4 sempre com alguma coisa, não saia aqui da VAP.

                                              Também me parece que tiveste um azar tremendo e eu uma sorte tremenda com os FIAT's!
                                              Então nos 55 S (1116) eu não percebo que tantos problemas tiveste!
                                              Tirando as 6 informações do check-panel que algumas soube que falhavam a muita gente, a da vareta do óleo não pode ser correcta, ou eventualmente a dos travões dianteiros, as outras 4 não há razão de funcionarem mal excepto por maus pontos de massa.
                                              Coisa muito fácil!
                                              Eu tive sempre sorte nesses Check Panels.


                                              Há mais factores, mas ficam alguns pontos resumidos:

                                              1- Fim da montagem em Portugal.
                                              Depois de 1988 ia ser possível livre mercado.

                                              Não foi só a Fiat, que infelizmente saiu do país nesses moldes.

                                              2- Fim de Portugal como mercado prioritário FIAT, era o 3º a receber as coisas depois da Itália e França.
                                              Os primeiros chegavam ainda com livros em Francês.
                                              Isto também tem a ver com o fim da SEAT - FIAT, logo o mercado passou a ser Ibérico e não Português, sendo que antes a FIAT não estava em Espanha claro.
                                              Tinha alguma coisa lateral.
                                              O mercado português prioritário para um grupo que vendia no top ten europeu!

                                              3- Fim da Lira Italiana que provocou uma enorme facada nas costas não só FIAT como outros produtos.
                                              Sabeis que a ALFA conseguia meter o 33 em Portugal a um preço fantástico não é?
                                              Com a Itália a passar para o Euro desde logo os produtos FIAT em Portugal levam uma pancada tremenda na competitividade.

                                              Os Unos 45 S eram um carro indiscutível e consensual.
                                              Pelo seu preço em Portugal, a concorrência não conseguia apresentar quase nada comparável.
                                              A Lira permitia meter no mercado por exemplo a versão "60 SL" com o preço dos outros segmentos B mas com motor e equipamento de entrada.
                                              O 60 tinha Conta Rotações, Vidros Eléctricos coloridos, Fecho centralizado, motor já com uma resposta bem forte para a época e depois espaço e versatilidade não só de um B como de um segmento acima, C.

                                              Apenas o evolution tinha pouca concorrência, apenas o AX 10 TRE, visto que o clio 1.1 não trazia equipamento. O 60 SL tinha concorrentes ao mesmo preço e equipamento semelhante, o fiesta 1.1 clx (equipamento igual, imagem superior, motor inferior), o Clio 1.2 RT (mais caro mas com superior qualidade e motor), Ibiza 1.2 GLX (mais espaço, mais motor, menos equipamento e menos qualidade), AX 1.1 TRE (qualidade e espaço inferior, agilidade e consumo superior), Corsa Swing/GL/Sport+/GL+ (um pouco menos de equipamento, menos chassis, menos espaço melhor imagem), 205 GR (menos equipamento, melhor imagem, menos espaço), e não vou para os menos vendidos.

                                              Imaginem mais tarde o Punto que chegou a ser líder do mercado, mas se ainda tivessem Liras e não Euros o que aconteceria na prática era o 1.1 FIRE 55 comer todo o mercado mais barato e depois o 1.2 75cv vinha para a rua com o Preço dos Corsa 1.0, Clio 1.1, etc.
                                              Isso teria dado ainda uma fatia colossal de mercado à FIAT.

                                              4- Alteração no valor dos usados.
                                              Antigamente os usados em Portugal valiam muito.
                                              Imensas pessoas depois deixaram de comprar carros utilitários novos, preferindo carros maiores e até Premium usados, uma vez que um carro destes com alguns anos é do preço de um utilitário novo, quando antigamente era imensamente mais caro. As pessoas não chegavam lá, só se fosse muito velho e estragado.

                                              5- Perda tremenda do poder de compra de grande parte dos compradores de carros do preço onde marcas como a FIAT vendiam mais.
                                              Portugal é a nação mais assimétrica da Europa Ocidental e cada vez mais.

                                              6- Dieselização do mercado e aumento dos combustíveis em geral, que puxa automaticamente o mercado mais para fora dos segmentos onde a FIAT vendia mais e puxa mais o mercado para marcas com mais tradição em Diesel.
                                              Depois os Italianos também passaram como todos a estar nos Diesel, mas não eram muito dessa área.

                                              Aqui não é que discorde por completo, mas a Fiat, e vejo sempre como um grupo, sempre teve óptimas ofertas a diesel nos anos 90, pelo que a "dieselização" não devia ter sido um problema, visto que uno TD, 155 TD, Dedra TD, Bravo TD, Punto TD, 156 JTD, Lybra JTD, etc foram versões bem apetrechadas para o mercado da altura

                                              7- Os carros Italianos e ainda muito mais os pequenos em termos de segurança passiva não estavam entre os melhores.
                                              Antes todos os carros normais tinham uma segurança quase nula, quando começaram a ter alguma, os Italianos estavam entre os menos seguros, tais como os Japoneses.

                                              Acho que estás a ser injusto aqui. Quando a segurança passiva na Europa descolou, havia alguns carros do grupo que pela idade estavam mal posicionados, mas estavam melhor que corsas B por exemplo, lembro-me que o Y tinha péssimos resultados. Mas rapidamente os Puntos, Bravos, Dedras, Deltas e etc tiveram a meio dos anos 90 airbags.

                                              8- Homogeneização e globalização do mercado automóvel nas ofertas.
                                              Perdendo-se diferenciação, como o 127 ser motor nervoso e tido como carro que andava, ou o factor de grande vantagem e avanço nos primeiros anos dos Unos FIRE, para não falar no produto final com o casamento Uno + 1116.
                                              Ou ainda do 1242 16v quando apareceu.
                                              O mesmo que dizer que deixou de haver em versões normais de massa, diferenciação, vantagem mecânica notável.

                                              O principal motivo do declínio da imagem e vendas da marca do nosso país tem na minha óptica dois motivos. Mas para perceber um deles, temos que olhar para o mercado nacional nos últimos 20 anos. O mercado contraiu, os concessionários tiveram necessariamente que desaparecer, a rede de franchising de oficinas aumentou, a venda para frotas explodiu, o crédito ficou mais dificil, a diversificação de versões deixou de ser essencial, o cliente ficou mais informado, e os mercados a explorar deixaram de estar na Europa.
                                              Ora se o mercado em Portugal durante uma década teve uma disputa entre o importador da Fiat e o da Renault, o representante da marca transalpina teve mais dificuldade e presumo menos apoio para reagir À mudanças. Costumo dizer que por mais feio que seja o carro que a renault lance a sua rede vai fazer com que venda aos milhares, porque tem uma rede bem estruturada, uma força de vendas para frotas ajustada e uma empresa de crédito grande. A Fiat fechou concession+arios ao ponto de hoje quase não existirem, teve o problema de deixar de ter uma tactica de mancha e foi a principal atacada com a subida do grupo VAG.
                                              A outra razão, tem a ver com a sua imagem, que a certa altura deixou de ser combatida pelo importador, as pessoas diziam mal e a comunicação por parte da empresa não existia.

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                                                #53
                                                Originalmente Colocado por Whisperdancer Ver Post
                                                O tempra estava longe de ser um segmento D
                                                Eu acho que escrevi várias vezes que o Tempra era um segmento C no post que citas.
                                                Mas atenção que sendo um segmento C tem um aspecto em que não está longe de ser um D, no espaço do carro.
                                                Dai que sendo um C com espaço de D, tinha como maior argumento o espaço.

                                                Há outros argumentos mas mais pormenorizados e "indirectos", como ser muito aerodinâmico.
                                                Ainda hoje não voltou a sair um FIAT tão aerodinâmico.

                                                Originalmente Colocado por Whisperdancer Ver Post
                                                O segmento D da fiat era o Croma
                                                Não.
                                                Na prática era o Lancia Dedra.

                                                Em Portugal o Croma começava no motor 2000 (2500 e mais tarde 1900 nos Diesel), não tinha preço para ser D.
                                                Existia em Itália uma versão para competir no segmento D: 1600, que não veio para cá.
                                                Cá o mínimo foi o 2000 i.e. 120cv.

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                                                  #54
                                                  Originalmente Colocado por ESPRIT Ver Post
                                                  Hoje tou bem disposto.








                                                  O principal motivo do declínio da imagem e vendas da marca do nosso país tem na minha óptica dois motivos. Mas para perceber um deles, temos que olhar para o mercado nacional nos últimos 20 anos. O mercado contraiu, os concessionários tiveram necessariamente que desaparecer, a rede de franchising de oficinas aumentou, a venda para frotas explodiu, o crédito ficou mais dificil, a diversificação de versões deixou de ser essencial, o cliente ficou mais informado, e os mercados a explorar deixaram de estar na Europa.
                                                  Ora se o mercado em Portugal durante uma década teve uma disputa entre o importador da Fiat e o da Renault, o representante da marca transalpina teve mais dificuldade e presumo menos apoio para reagir À mudanças. Costumo dizer que por mais feio que seja o carro que a renault lance a sua rede vai fazer com que venda aos milhares, porque tem uma rede bem estruturada, uma força de vendas para frotas ajustada e uma empresa de crédito grande. A Fiat fechou concession+arios ao ponto de hoje quase não existirem, teve o problema de deixar de ter uma tactica de mancha e foi a principal atacada com a subida do grupo VAG.
                                                  A outra razão, tem a ver com a sua imagem, que a certa altura deixou de ser combatida pelo importador, as pessoas diziam mal e a comunicação por parte da empresa não existia.
                                                  Acho a tua explicação muito mais razoável. A qualidade dos concessionários e assistência da Fiat sempre deixou algo a desejar e a experiência nesse campo é crucial para os consumidores criarem uma boa impressão da marca.
                                                  Também não ajudou que os Fiats Uno e tipo ganhassem a fama de serem os carros que eram mais fáceis de assaltar.

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                                                    #55
                                                    Isso dos concessionários é muito bem lembrado e o meu último fiat (um Punto GT em 1995) é disso um excelente exemplo. Ao fim de poucos meses desenvolveu um problema na injeção que, para além das perdas de potencia, chegava ao ponto de produzir sonoros rateres. Andei meses no concessionário para resolver aquilo e nada... Por fim desisti e fui direto a Alfragide onde o problema de imediato resolvido.

                                                    Moral da "estória", aqui em Lisboa só havia uma assistência em condições e essa era até por contraste belíssima, excelente espaço, competentes técnicos e direção, transporte para os clientes de e para as Amoreiras, um cafezinho porreiro para se comer qualquer coisa... Essa assistência era a da Fiat Alfragide.

                                                    Agora pergunto: Mas cabe na cabeça de alguém em Lisboa só ter um ponto de assistência capaz?! Claro que os clientes fugiram e eu fui um deles.

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                                                      #56
                                                      Originalmente Colocado por ESPRIT Ver Post
                                                      Hoje tou bem disposto.

                                                      O principal motivo do declínio da imagem e vendas da marca do nosso país tem na minha óptica dois motivos. Mas para perceber um deles, temos que olhar para o mercado nacional nos últimos 20 anos. O mercado contraiu, os concessionários tiveram necessariamente que desaparecer, a rede de franchising de oficinas aumentou, a venda para frotas explodiu, o crédito ficou mais dificil, a diversificação de versões deixou de ser essencial, o cliente ficou mais informado, e os mercados a explorar deixaram de estar na Europa.
                                                      Ora se o mercado em Portugal durante uma década teve uma disputa entre o importador da Fiat e o da Renault, o representante da marca transalpina teve mais dificuldade e presumo menos apoio para reagir À mudanças. Costumo dizer que por mais feio que seja o carro que a renault lance a sua rede vai fazer com que venda aos milhares, porque tem uma rede bem estruturada, uma força de vendas para frotas ajustada e uma empresa de crédito grande. A Fiat fechou concession+arios ao ponto de hoje quase não existirem, teve o problema de deixar de ter uma tactica de mancha e foi a principal atacada com a subida do grupo VAG.
                                                      A outra razão, tem a ver com a sua imagem, que a certa altura deixou de ser combatida pelo importador, as pessoas diziam mal e a comunicação por parte da empresa não existia.
                                                      Afinal dizes muita coisa em comum comigo para parecer que discordas ou estás contra o que eu disse!

                                                      Como te disse, foquei alguns pontos, mas há mais claro.

                                                      E escrevi os mesmos a pensar que estavas a acompanhar a história que evoquei, até porque começo por falar é de 1985 ou antes, dos tempos dos 127.

                                                      Ora organizando mais o discurso:

                                                      o que tu referes da rede Renault e a "não rede FIAT" está implícito em vários factores como a FIAT acabar a montagem cá e deixar de ter Portugal como mercado prioritário.
                                                      Mercado prioritário não é necessariamente o mercado em que venda mais.
                                                      Claro que vendia mais em França e por isso também era esse o primeiro mercado externo a receber os carros novos e depois era Portugal.
                                                      Isso e a preocupação de criar versões adaptadas ao mercado, como os R21 1.4 e BX11 e assim.

                                                      A FIAT deixa de montar em Portugal não necessariamente por problemas políticos mas porque o mercado ia abrir!
                                                      No passado mais longínquo, antes da CE, também a FIAT teve necessidade da SIMCA em França e da NSU na Alemanha. Abrindo o mercado deixou de ter.

                                                      O FIM da SEAT-FIAT implicou também a morte da atenção à FIAT Portuguesa e o olhar pela parte de Turim para Portugal e Espanha como FIAT Ibérica.
                                                      Exemplo: mais tarde as peças deixaram de ser pedidas a Alfragide mas a Barajas.

                                                      Evidente que Turim deixou de se focar em Portugal como se chegou a focar.
                                                      Focou-se noutras paragens como dizes, cujo maior exemplo é o Brasil.

                                                      A FIAT fechou muitas casas sim.
                                                      Exemplo: 6 casas no Porto, restam 2 com alguma dimensão.

                                                      Como eu também referi: Também me parece que a assistência era (é?) muito vigarista.
                                                      E passou a ser do preço médio e não mais barata.

                                                      Pode acontecer em todas as marcas, mas sempre existiu imenso a fuga com o rabo à seringa dos concessionários, depois da sede.
                                                      Ainda mais recentemente algumas pessoas a pedirem algo eram "apedrejadas" pelo concessionário, depois a FIAT Portuguesa "estudava a situação" e pouco resolvia e a Casa Mãe acabava por mandar resolver.
                                                      Exemplos: pele dos volantes (pouco importante), mas transmissões em Bravos 198 (muito importante, caro).

                                                      Depois a assistência e peças FIAT eram muito em conta e quando os preços ficaram muito equiparados à média, fez perder logo vendas, assim como um mar de gente que assitia os carros na marca, deixou de fazer.

                                                      Por isso e por nos "velhos tempos", revisões era "atestar níveis", passar o pano, afinar Ralenti, e tudo para o "bolso".
                                                      Não metiam nada.
                                                      Parte eram as casas que algumas coisas não punham.
                                                      Parte que ainda seria para meter, para o bolso.

                                                      Sobre a questão Lira / Euro não entendeste bem.
                                                      E por isso é que estava a falar de tempos mais antigos.

                                                      Vou colocar a questão ao contrário com 2 exemplos:
                                                      Em 1986 o Uno MK1 45 S custava uns 1000 contos e vendeu como ginjas, sem a Lira se já houvesse Euros, se custasse 1200 ou 1300 onde é que alguma vez vendia o que vendeu? Deixava de ter a clara vantagem de preço que tinha.
                                                      Onde andava concorrência, já se podia comprar o Uno 60 SL, que depois com equipamento e motor se destacava.

                                                      Em 1991 o Uno MK2 45 S Evolution custava uns 1400 contos e vendeu tanto tanto que para além de liderar o mercado, encheu as ruas e estradas ao ponto de demorar muitos anos a deixar de ser o carro mais comum em Portugal.
                                                      Se custasse uns 1700-1800 tinha essa saída?
                                                      Esse preço era do hiper completo 60 SX 5 Portas que também contribuiu imenso para as vendas do Uno.
                                                      Que por sua vez sem a Lira passaria a barreira dos 2000 contos.

                                                      Ora, está aqui a explicação para por exemplo os Unos 70 nunca se terem imposto em Portugal, porque esses perdiam preço concorrente.

                                                      Os Unos e antes os 127, venderiam sempre, mas nunca os volumes que venderam, sem a vantagem da Lira.
                                                      Até porque no início dos Unos, 83-84 quando custavam 500 contos, ainda havia contingentação e o preço era 500, mas toda a gente comentava que para não se esperar imenso era preciso dar 50 contos por baixo da mesa para passar à frente, e se quisesse escolher cor eram mais 50 contos por baixo da mesa!

                                                      É preciso perceber que tanto os Italianos até aos anos 90 como os Japoneses nos anos 70 quando "invadiram" o nosso mercado, se faziam valer das suas moedas para terem preços de arromba!

                                                      Por cá, os Japoneses nunca mais conseguiram as % de mercado dos anos 70!

                                                      Comentário


                                                        #57
                                                        Originalmente Colocado por Whisperdancer Ver Post
                                                        O tempra estava longe de ser um segmento D.
                                                        O segmento D da fiat era o Croma.

                                                        E depois a fita deixou de vender devido à extrema falta de qualidade e à má fama que foi cultivando ao longo dos tempos.
                                                        Mesmo que agora até os carros sejam bons.
                                                        Ele não disse que o Tempra era segmento D......

                                                        Aliás o mesmo acontece com o BX.

                                                        Comentário


                                                          #58
                                                          Originalmente Colocado por Jbranco Ver Post
                                                          Isso dos concessionários é muito bem lembrado e o meu último fiat (um Punto GT em 1995) é disso um excelente exemplo. Ao fim de poucos meses desenvolveu um problema na injeção que, para além das perdas de potencia, chegava ao ponto de produzir sonoros rateres. Andei meses no concessionário para resolver aquilo e nada... Por fim desisti e fui direto a Alfragide onde o problema de imediato resolvido.

                                                          Moral da "estória", aqui em Lisboa só havia uma assistência em condições e essa era até por contraste belíssima, excelente espaço, competentes técnicos e direção, transporte para os clientes de e para as Amoreiras, um cafezinho porreiro para se comer qualquer coisa... Essa assistência era a da Fiat Alfragide.

                                                          Agora pergunto: Mas cabe na cabeça de alguém em Lisboa só ter um ponto de assistência capaz?! Claro que os clientes fugiram e eu fui um deles.
                                                          Havia também outro sítio ali para os lados das Amoreiras que também eram excelentes ( era FIAT , não sei se ainda é ) . Agora não sei ao certo o nome mas daqui a umas horas já vou saber

                                                          Comentário


                                                            #59
                                                            Originalmente Colocado por EscapeLivre Ver Post
                                                            Pela mesma razão que continuam a comprar mercedes mesmo estes já não sendo minimamente tão fiáveis como até aos anos 80.

                                                            Há um conjunto de factores que fez com que as pessoas deixassem de comprar determinadas marcas. Fiablidade ? Não creio.......

                                                            Na gama de segmentos A, B e C diz-me lá se os os fiat não eram muito fiáveis.......e evidentes que os motores FIRE trouxeram para o mercado nos anos 80 e 90, em consumos, fiabilidade, manutenção, sonoridade reduzida...
                                                            Os mercedes S dos inicio dos anos 90 também não era um poço de fiabilidade, a geração seguinte também não o foi...... Existem problemas em todas as marcas, principalmente quando tentam inovar, o que faz a diferença é o preconceito.

                                                            Comentário


                                                              #60
                                                              Originalmente Colocado por ESPRIT Ver Post
                                                              Como ficava ali entre o segmento C e D, mas era claramente um C com o 1.4, era depois um campeão de espaço no segmento.
                                                              Era o seu ponto mais forte.

                                                              O Dedra era dos mais baratos concorrentes do segmento D, o Tempra não era considerado por ninguém D, usava e creio que era o único um 1.6 com 90 cv e não 76 como os restantes e vendeu bastante devido ao equipamento. Rapidamente começou a ter fama de pequenas chatices, e ainda me lembro que a para do 155 o TDs tinha um preço fenomenal.

                                                              Houve uma concorrência em certa parte de outro carro maior, do segmento D, pela Renault quando criou a versão R21 1.4 GTL 68cv específica para Portugal e mais um ou outro pais de leste apenas.
                                                              Cá está, ainda a preocupação de versões específicas para a nossa absurda fiscalidade.

                                                              A memória está a trair-te, o tempra conviveu algum tempo com o 21(q na versão q conviveu com o Tempra já tinha 71 cv portanto praticamente a mesma potência do concorrente) mas já tinha vendas residuais, e em 94 sai o Laguna q praticamente rouba o lugar do Dedra como segmento D acessível com equipamento. Aliás o Dedra já via a sua vida muito dificultada com o lançamento do Mondeo.

                                                              O R21 teria cotas e volumetria concorrencial com o Tempra, coisa onde o R19 Chamade ficava muito limitado.
                                                              Não estás a perceber o que eu estava a dizer.
                                                              Eu basicamente estava a dizer a quem não conheceu o mercado que o Tempra seria o mais espaçoso carro "C" a competir no mercado, na luta dos Sedans 1300-1400. E que essa era a sua maior qualidade.
                                                              (Não o painel digital, que curiosamente a minha pessoa sempre preferiu o analógico. Mas sei que esse painel "vendeu" muitos carros).
                                                              Ora a Renault tinha criado uma versão 1.4 GTL do 21, carro maior, que sem ser o 1.4 era um "D".
                                                              Aliás, já existia em Portugal o 21 1.4 no final dos anos 80, ANTES do Tempra aparecer em 1990.

                                                              Não falei em potências, mas já que falas, a potência vai ser muito importante para o que vou dizer mais à frente.

                                                              E efectivamente, sendo o Tempra o mais volumoso C do mercado ali por 90-91-92 tinha este concorrente maior "disfarçado", o R21 1.4.
                                                              Tendo espaços aproximados, o R21 era um carro mais confortável, apesar do Tempra ser confortável, o R21 era mais.

                                                              Falando do motor, claro que o 1.4 FIAT era mais prestacional, com "10" cv a mais.
                                                              Tempra 76cv de Carburador é que esteve no mercado com o R21 1.4 68cv em 90-91-92


                                                              Pegando então na Potência.
                                                              Se o Tempra em 90-91-92, principalmente 90-91 até vendeu bastante para um Sedan.
                                                              A segunda série substitui o carburador duplo por uma injecção monoponto e catalisador, que mataram imenso o motor.
                                                              Cavalos são 6 que foram à vida, mas andando com os carros, o catalisado tornou-se muito mais pachorrento.
                                                              Evidente que só este facto fez perder clientes, para além claro de com o passar dos anos também surgirem sempre mais novidades, outros carros etc.
                                                              Porque o 1.4 carburado, até tinha um andamento que agradava a grande parte dos clientes. O catalisado (mais pela injecção monoponto) era muito morto.
                                                              O Tempra claro que onde foi mais competitivo foi em 90-91.

                                                              O Laguna, esteve no mercado tipo 1 ano em simultâneo com o Tempra e não tinha concorrente para o 1.4.
                                                              Tinha era para o Dedra e Marea em parte.
                                                              O Dedra é que esteve uns 4 anos com o Laguna no mercado sim.

                                                              E nos Unos aconteceu em parte o mesmo, especialmente na versão 1.1, que perdeu também 6cv.
                                                              Eu próprio nunca compraria estas versões 1.1 i.e. Cat ou 1.0 i.e. Cat que estiveram ali em finais de 1992 e 1993.

                                                              Comentário

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