Há duas regras de ouro que costumo cumprir quando estou nestas andanças de exploração urbana: segurança acima de tudo (por motivos óbvios) e nunca se tira nada do sítios que se visita.
Se por um lado é certo que nunca encontrei nada com algum valor significativo, portanto nunca tive essa tentação, por outro, os meus "ideais" dizem-me que os objectos dos locais abandonados devem ou ir para um museu, ou ir para a família dos proprietários ou ficarem "eternamente" no edifício; isto por uma questão de respeito: já tiveram um dono, foram deixados ali por ele, pertencem ao edifício. E porque, se cada um tirar uma coisa, ficamos sem lugares abandonados de interesse
Mas há sempre situações anómalas. E isto tudo para contar que hoje estive num edifício pertencente às "estradas de Portugal", abandonado, com algumas coisas ainda lá dentro (documentos). O tecto do edifício ruiu recentemente e a entrada de água está a estragar os papéis. Aliás, já pouco sobra. E, "não havendo um dono", e tendo em conta que iria se estragar nas próximas chuvas, hoje trouxe uma curiosidade que encontrei:
Atentem à data: 10 de Novembro de 1938. Uma multa com 70 anos!
Quem tiver um avô/pai chamado Pedro da Conceição, por aqui, faça favor de lhe perguntar o que é que andava a fazer de mal eheh
Editado pela última vez por Fadista; 01 April 2010, 21:30.
Estava eu, esta semana, a passar numa estrada em que raramente passo, quando reparo, só de relance, num edifício que me pareceu abandonado, assim meio escondido. Como tinha tempo, imediatamente comecei à procura do caminho para lá. Por sorte tinha a máquina comigo.
Quando me aproximo, a primeira coisa em que reparo são nestas duas placas
Trata-se, pois, de um antigo edifício da YMCA (Young Men's Christian Association), em Portugal, ACM (Associação Cristã da Mocidade), uma associação com mais de um século de existência, cujo objectivo é ocupar o tempo dos jovens, estimulando o "corpo, mente e alma". Segundo a placa, era um Centro de Educação Especial.
Quando me aproximei percebi que ia ter uma decepção. Logo pelas janelas não se via qualquer parede sem ser as mestras e não havia telhado. Nada de interessante, portanto. Mas já que ali estava...
O interior estava completamente vazio. Provavelmente estava a ser reconstruída quando foi abandonada, pois via-se muito ferro da estrutura à mostra. Nem escadas para o piso superior havia (penso que ocupavam esse buraco que se vê na foto). Só mesmo as paredes exteriores, os pilares e o que penso que seria o local de um "futuro" elevador.
Nem loiças sanitárias, nada, não sobrava nada. Talvez tenham encontrado um local melhor para ir, ou talvez o facto de ser uma associação relativamente anónima em Portugal, tenha inviabilizado o projecto por falta de jovens.
O edifício parece-me de princípios do século XX. É uma pena estar tão mal aproveitado, sobretudo por ser tão bonito por fora, e ter uma vista tão bonita.
Indo às traseiras, o edifício ainda é mais bonito do que na fachada da frente. Aquela varandinha encanta-me.
Estava eu, esta semana, a passar numa estrada em que raramente passo, quando reparo, só de relance, num edifício que me pareceu abandonado, assim meio escondido. Como tinha tempo, imediatamente comecei à procura do caminho para lá. Por sorte tinha a máquina comigo.
Quando me aproximo, a primeira coisa em que reparo são nestas duas placas
Trata-se, pois, de um antigo edifício da YMCA (Young Men's Christian Association), em Portugal, ACM (Associação Cristã da Mocidade), uma associação com mais de um século de existência, cujo objectivo é ocupar o tempo dos jovens, estimulando o "corpo, mente e alma". Segundo a placa, era um Centro de Educação Especial.
Quando me aproximei percebi que ia ter uma decepção. Logo pelas janelas não se via qualquer parede sem ser as mestras e não havia telhado. Nada de interessante, portanto. Mas já que ali estava...
O interior estava completamente vazio. Provavelmente estava a ser reconstruída quando foi abandonada, pois via-se muito ferro da estrutura à mostra. Nem escadas para o piso superior havia (penso que ocupavam esse buraco que se vê na foto). Só mesmo as paredes exteriores, os pilares e o que penso que seria o local de um "futuro" elevador.
Nem loiças sanitárias, nada, não sobrava nada. Talvez tenham encontrado um local melhor para ir, ou talvez o facto de ser uma associação relativamente anónima em Portugal, tenha inviabilizado o projecto por falta de jovens.
O edifício parece-me de princípios do século XX. É uma pena estar tão mal aproveitado, sobretudo por ser tão bonito por fora, e ter uma vista tão bonita.
Indo às traseiras, o edifício ainda é mais bonito do que na fachada da frente. Aquela varandinha encanta-me.
A vista da varanada
(continua)
Muito bom mas o que me veio a cabeça foi logo isto
E dois tanques para lavar a roupa, por baixo daquela varanda.
E despedi-me, assim, do edifício. Esperava mais.
Nas imediações havia algumas casas mais pequenas, que deviam ser de funcionários e apoio. Uma delas parecia interessante, mas demasiado sombria e suja (tinha as portadas todas fechadas). Como estava sozinho e sem equipamento nenhum, não quis entrar. Nas outras, mal me aproximei ouvi um cão a rosnar. Achei melhor não arriscar
De notar que a música dos Village People é dedicada precisamente a esta associação. É "estranho" que um grupo assumidamente homossexual cante:
They have everything for you men to enjoy,
You can hang out with all the boys ...
It's fun to stay at the y-m-c-a.
It's fun to stay at the y-m-c-a.
De início a organização não sabia se aquilo era uma ofensa ou um elogio mas, só pela publicidade, já lhes pode agradecer muito.
Editado pela última vez por Fadista; 10 April 2010, 18:21.
Quem, como eu, sente um fascínio pelo Sanatório dos Ferroviários da Covilhã (do qual já coloquei fotos algumas páginas atrás), não pode perder este mini-documentário. Está fantástico, e até dá um arrepio na espinha ver as fotos de como era antes, tendo em conta o estado em que está actualmente...
Dá-lhes os parabéns, está muito bom. Mereciam ter tido verba para o fazer mais extenso e, já agora porque não, incluir também o sanatório da Guarda (com alguns pavilhões em estado igualmente degradado, em pleno parque do Hospital),
E à pala disso hoje estava a ver que acaba a manhã na esquadra Ah e tal propriedade privada, "não viu o portão", "qual, aquele que estava no chão coberto de matagal?", "vou chamar o dono e a polícia", "não se incomode que eu vou me já pôr na alheta"...
Bem, tenho acompanhado o tópico com bastante interesse apesar de não ter postado ainda...
Na minha adolescência, no Brasil (belo sítio para atravessar essa fase tão bonita ), costumava visitar este tipo de lugar com um grupo de amigos... boas lembranças.
Mas desenterro para deixar uma notícia sobre um dos lugares aqui falado, o Sanatório dos Ferroviários será recuperado e passará a ser uma pousada.
Para já o projecto está a cargo da ENATUR e inclusive já foi lançado concurso público para a obra, com um preço base de 13,5M€... um bocadinho absurdo não?
Tenho andado afastado destas lides (um pequeno susto que me faz agora ter algum receio de ir sozinho). Entretanto, vou só ali à casa de banho e já venho:
Bem, na verdade foram dois. Primeiro o tal de que já falei, de me aparecer "um amigo do dono" a ameaçar chamar a polícia.
Pouco depois encontrei um senhor daqueles que gosta de se espetar com agulhas a andar na minha direcção e a perguntar o que é que queria, com cara de poucos amigos.
Bem, na verdade foram dois. Primeiro o tal de que já falei, de me aparecer "um amigo do dono" a ameaçar chamar a polícia.
Pouco depois encontrei um senhor daqueles que gosta de se espetar com agulhas a andar na minha direcção e a perguntar o que é que queria, com cara de poucos amigos.
Dizias que precisavas duma mão e que então lhe ias arrancar os braços pelo picotado
Bem, na verdade foram dois. Primeiro o tal de que já falei, de me aparecer "um amigo do dono" a ameaçar chamar a polícia.
Pouco depois encontrei um senhor daqueles que gosta de se espetar com agulhas a andar na minha direcção e a perguntar o que é que queria, com cara de poucos amigos.
Aconteceu-me uma cena do género há pouco tempo. Estava em Sines a rondar a central da Petrogal para a fotografar. A certa altura enfiei o jeep por uma estrada de terra paralela à central e a umas centenas de metros virei à esquerda em direcção à central. Ora esse caminho à esquerda acabava logo, mas no canto entre o caminho paralelo e o caminho da esquerda estava um casebre abandonado. Quando vi que o caminho acabava parei, mas nessa altura vejo sair do casebre um negro que me começa a chamar agitando o braço. De repente sai outro que vem a correr em direcção ao jeep e outro que me tinha chamado começa a correr também. Eu só tenho tempo de meter a marcha atrás, pé a fundo e sair dali para fora. A minha miúda é que apanhou um cagaço do caraças (e eu também).
Os tipos deviam estar a fazer tráfico de drogas ou outra coisa qualquer, mas que também não era boa.
Aconteceu-me uma cena do género há pouco tempo. Estava em Sines a rondar a central da Petrogal para a fotografar. A certa altura enfiei o jeep por uma estrada de terra paralela à central e a umas centenas de metros virei à esquerda em direcção à central. Ora esse caminho à esquerda acabava logo, mas no canto entre o caminho paralelo e o caminho da esquerda estava um casebre abandonado. Quando vi que o caminho acabava parei, mas nessa altura vejo sair do casebre um negro que me começa a chamar agitando o braço. De repente sai outro que vem a correr em direcção ao jeep e outro que me tinha chamado começa a correr também. Eu só tenho tempo de meter a marcha atrás, pé a fundo e sair dali para fora. A minha miúda é que apanhou um cagaço do caraças (e eu também).
Os tipos deviam estar a fazer tráfico de drogas ou outra coisa qualquer, mas que também não era boa.
Aconteceu-me uma cena do género há pouco tempo. Estava em Sines a rondar a central da Petrogal para a fotografar. A certa altura enfiei o jeep por uma estrada de terra paralela à central e a umas centenas de metros virei à esquerda em direcção à central. Ora esse caminho à esquerda acabava logo, mas no canto entre o caminho paralelo e o caminho da esquerda estava um casebre abandonado. Quando vi que o caminho acabava parei, mas nessa altura vejo sair do casebre um negro que me começa a chamar agitando o braço. De repente sai outro que vem a correr em direcção ao jeep e outro que me tinha chamado começa a correr também. Eu só tenho tempo de meter a marcha atrás, pé a fundo e sair dali para fora. A minha miúda é que apanhou um cagaço do caraças (e eu também).
Os tipos deviam estar a fazer tráfico de drogas ou outra coisa qualquer, mas que também não era boa.
Se suspeitavas de actividades ilegais devias ter chamado as autoridades. Safaste-te, mas eles continuam por aí.
Aconteceu-me uma cena do género há pouco tempo. Estava em Sines a rondar a central da Petrogal para a fotografar. A certa altura enfiei o jeep por uma estrada de terra paralela à central e a umas centenas de metros virei à esquerda em direcção à central. Ora esse caminho à esquerda acabava logo, mas no canto entre o caminho paralelo e o caminho da esquerda estava um casebre abandonado. Quando vi que o caminho acabava parei, mas nessa altura vejo sair do casebre um negro que me começa a chamar agitando o braço. De repente sai outro que vem a correr em direcção ao jeep e outro que me tinha chamado começa a correr também. Eu só tenho tempo de meter a marcha atrás, pé a fundo e sair dali para fora. A minha miúda é que apanhou um cagaço do caraças (e eu também).
Os tipos deviam estar a fazer tráfico de drogas ou outra coisa qualquer, mas que também não era boa.
Devias ter ficado para saber o que queriam
Traficantes de droga tentam não dar nas vistas nem vao a correr atraz dos carros...
Era mais fácil dizeres que tu terias possivelmente ficado para saber o que eles queriam, que no calor do momento duvido muito que ficasses.
Mas o rapaz estava acompanhado, ainda por cima pela namorada, fez ele muito bem em dar de frosques, acho que não preciso explicar porquê.
Sim ele viu 2 negros e fugiu, se eu fosse fugir cada vez que vejo 2 negros nao fazia outra coisa na vida.
Se fugiu nunca saberá concretamente o que se trata, logo a conversa que eram traficantes ou outra coisa qualquer não faz sentido pois ele fugiu sem saber quem eram afinal essas pessoas.
Mas sim ha de facto um perigo de em sitios isolados se apanhar um psicopata ou um violador, como tal é preciso ter cuidado.
Sim ele viu 2 negros e fugiu, se eu fosse fugir cada vez que vejo 2 negros nao fazia outra coisa na vida.
Se fugiu nunca saberá concretamente o que se trata, logo a conversa que eram traficantes ou outra coisa qualquer não faz sentido pois ele fugiu sem saber quem eram afinal essas pessoas.
Mas sim ha de facto um perigo de em sitios isolados se apanhar um psicopata ou um violador, como tal é preciso ter cuidado.
Até podiam ser 2 seres esverdeados às bolinhas azuis!
A palavra chave aqui é como tu bem disseste " num sitio isolado".
Traficantes de droga tentam não dar nas vistas nem vao a correr atraz dos carros...
Exacto Nephilim... era o mais prudente a fazer(not). No meio do nenhures numa casa abandonada vês três tipos que não conheces a correr na tua direcção e tu ficas para tomar o chá.
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