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Excesso de Peso e Obesidade - Até que ponto a maioria determina o que é normal

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    #61
    Originalmente Colocado por v7 Ver Post
    Há muitas pessoas que são gordas e muito poucas é porque querem.

    Mas o facto de não quererem não é equivalente a dizer que fazem por não ser.

    As pessoas não querem ser gordas, mas também não querem abdicar de um conjunto de hábitos que os leva a sê-lo.

    Casos de verdadeiros problemas hormonais, etc. não são o mais comum e nalguns falta saber se o problema apareceu por serem gordos, se ficaram gordos por isso.

    Uma coisa é certa se formos a países onde as pessoas comem significativamente menos, os obesos são muito raros, na India, China etc. e isto para não falar nalguns países miseráveis de Africa esses problemas hormonais, ou aqueles a quem até a água engorda parecem não existir.
    Para mim que tenho preocupações ambientais e me preocupa em que estado é que vamos "entregar" o nosso planeta às gerações vindouras, outra coisa que me incomoda é a quantidade de lixo e recursos necessários para "alimentar" os excessos de que falamos aqui.

    A pressão sobre os recursos naturais é muito maior do que seria se o hemisfério Norte consumisse 20% menos de alimentos.

    E eu estou convencido que com menos esses 20% as pessoas teriam menos disturbios de saúde derivados de alimentação excessiva.

    Comentário


      #62
      Isto têm a ver com o estilo de vida que hoje as pessoas levam, por exemplo vou dar o meu caso.

      Trabalho na Vodafone e estou sentado o dia todo, ante de trabalhar aqui competia em Downhill de bicicleta e andava de bike quase sempre mesmo tendo carro.
      Sempre fui muito magro e sempre comi quase tudo que nunca engordei, mas recentemente apesar de ter cortado em comidas de treta comecei a ganhar barriga e ficar mole e não pode ser.
      Apesar de continuar a andar de bike e fazer montanhismo já não é suficiente.
      Arranjei solução que foi ir de bike todos dias para o trabalho, Montijo-Freeport o que dá 16km diários, custa? claro que sim mas é preciso esforço e já começo a notar, durmo melhor, tenho menos frio, canso-me menos etc etc.

      Mas uma coisa reparo que nesta sociedade andar sem ser de carro é coisa de pobre e notei muitas pessoas começarem a achar-me o coitadinho e desgraçado e quando sabem que tenho carro dizem mesmo que não conseguem perceber o porque de eu fazer isto.

      Comentário


        #63
        Originalmente Colocado por Bansheefreak Ver Post
        Isto têm a ver com o estilo de vida que hoje as pessoas levam, por exemplo vou dar o meu caso.

        Trabalho na Vodafone e estou sentado o dia todo, ante de trabalhar aqui competia em Downhill de bicicleta e andava de bike quase sempre mesmo tendo carro.
        Sempre fui muito magro e sempre comi quase tudo que nunca engordei, mas recentemente apesar de ter cortado em comidas de treta comecei a ganhar barriga e ficar mole e não pode ser.
        Apesar de continuar a andar de bike e fazer montanhismo já não é suficiente.
        Arranjei solução que foi ir de bike todos dias para o trabalho, Montijo-Freeport o que dá 16km diários, custa? claro que sim mas é preciso esforço e já começo a notar, durmo melhor, tenho menos frio, canso-me menos etc etc.

        Mas uma coisa reparo que nesta sociedade andar sem ser de carro é coisa de pobre e notei muitas pessoas começarem a achar-me o coitadinho e desgraçado e quando sabem que tenho carro dizem mesmo que não conseguem perceber o porque de eu fazer isto.
        Bom testemunho ! mas difícil mesmo era se fosses trabalhar na Banshee com os seus 20 kg.

        O nosso metabolismo vai mudando.

        Comentário


          #64
          Sim arranjei uma bike de XC de 9kg que é muito boa para fazer esta viagem todos dias.

          Com a Banshee era quase impossível.

          Comentário


            #65
            Obrigado a todos que têm contribuído para o tópico.

            Sem dúvida dá gosto ler algumas opiniões (esta história dos like's é viciante).

            Lanço agora 2 perguntas (temas) fracturantes para ver se alguém quer pegar neles e dizer o que pensa.

            1 - Se vários estudos nos dizem que comer mal na infância e adolescência repercute-se na idade adulta de uma forma semelhante ao abuso do alcool (esteato-hepatites, esteatose, cirrose, etc), para quando uma proibição e/ou imposto extra sobre todo e qualquer alimento com um teor de gordura superior a xx%, de acuçar a yy% e de sal a zz%.

            Concordam ?

            E no geral, terá a nossa sociedade maturidade para aceitar isso ?

            Eu não acredito, basta ver o movimento nacional a favor do leite achocolatado, para imaginar o Terreiro do Paço cheio de manifestantes assim que se aprovasse a proibição / taxação das carnes gordas no Cozido à Portuguesa.

            2 - Sabendo nós que os recursos de saúde são finitos, concordam com a recusa de cirurgias (por ex. bypass cardíacos) a quem o peso, hábitos tabágicos, etc comprometa a viabilidade das mesmas a médio prazo ?

            Se nenhum de nós (espero eu) dá dinheiro a um drogado para ir comprar branca, porque é que nós todos, através dos impostos, somos obrigados a subsidiar tratamentos a fumadores, bebedores e comedores compulsivos, cuja intervenção cirúrgica apenas lhe conferirá 2 anos de "farra" ao contrário de 15 de vida saudável como aconteceria a alguém que não tivesse os mesmos vícios. ?

            Será esta racionalização de recursos (finitos, repito) uma forma de nazismo ou trata-se apenas uma optimização do que se tem ao dispor ?

            Antes de responder a este segundo tema é necessário ter em atenção que a grande maioria dos cirurgias em Portugal têm lista de espera, logo a recuso a quem não oferece condições pós operatórias para o sucesso, significa o encurtamento do tempo a quem "efectivamente vai lucrar" com a cirurgia.

            Comentário


              #66
              Originalmente Colocado por DocJRA Ver Post
              Obrigado a todos que têm contribuído para o tópico.

              Sem dúvida dá gosto ler algumas opiniões (esta história dos like's é viciante).

              Lanço agora 2 perguntas (temas) fracturantes para ver se alguém quer pegar neles e dizer o que pensa.

              1 - Se vários estudos nos dizem que comer mal na infância e adolescência repercute-se na idade adulta de uma forma semelhante ao abuso do alcool (esteato-hepatites, esteatose, cirrose, etc), para quando uma proibição e/ou imposto extra sobre todo e qualquer alimento com um teor de gordura superior a xx%, de acuçar a yy% e de sal a zz%.

              Concordam ?

              E no geral, terá a nossa sociedade maturidade para aceitar isso ?

              Eu não acredito, basta ver o movimento nacional a favor do leite achocolatado, para imaginar o Terreiro do Paço cheio de manifestantes assim que se aprovasse a proibição / taxação das carnes gordas no Cozido à Portuguesa.

              2 - Sabendo nós que os recursos de saúde são finitos, concordam com a recusa de cirurgias (por ex. bypass cardíacos) a quem o peso, hábitos tabágicos, etc comprometa a viabilidade das mesmas a médio prazo ?

              Se nenhum de nós (espero eu) dá dinheiro a um drogado para ir comprar branca, porque é que nós todos, através dos impostos, somos obrigados a subsidiar tratamentos a fumadores, bebedores e comedores compulsivos, cuja intervenção cirúrgica apenas lhe conferirá 2 anos de "farra" ao contrário de 15 de vida saudável como aconteceria a alguém que não tivesse os mesmos vícios. ?

              Será esta racionalização de recursos (finitos, repito) uma forma de nazismo ou trata-se apenas uma optimização do que se tem ao dispor ?

              Antes de responder a este segundo tema é necessário ter em atenção que a grande maioria dos cirurgias em Portugal têm lista de espera, logo a recuso a quem não oferece condições pós operatórias para o sucesso, significa o encurtamento do tempo a quem "efectivamente vai lucrar" com a cirurgia.

              Essas manifestaçoes a favor do achocolatado e das carnes muitas vezes tem os produtores por tras. Sou sincero e tambem nao estou a favor de criaçao de taxas para carnes gordas ou para os achocolatados, simplesmente porque pode-se e deve-se comer de tudo... mas com moderaçao claro, era o mesmo que proibir o alcool para acabar com os bebados, quem bebe em ocasiões especiais fica a arder.

              Quanto as cirugias, sou e nao sou contra. Nao porque nao acho que merecam ajuda ou porque eles estao assim porque querem e desenrasquem-se, simplesmente porque um bebado ou um drogado podem ser curado com acompanhamento psicologico, assim como um pessoa que coma compulsivamente. Muitas vezes estas doenças podem requer ajuda do foro cirugico, o estado comparticipa mas uma pequena parte, nao na totalidade, tirando distúrbios muitas vezes do foro mental que provoque o aumento exponencial de peso.

              Comentário


                #67
                Originalmente Colocado por Omega Ver Post
                Outra coisa.
                Lendo a 1ª página do tópico fico com a sensação que as pessoas acham que as pessoas são gordas porque querem.

                Nem sempre é assim. Há pessoas que por um problema qualquer de saúde ou por medicação que tomam não conseguem mesmo emgrecer.
                Conhecem com certeza aqueles casos de pessoas magrissimas que "comem cozido à portugues ao almoço e ao jantar" e nunca passam dos 60 Kg.
                Também conhecem com certeza casos que são o inverso. Ou não ? Eu conheço mais destes do que dos outros.

                A grande maioria dos gordos são-no porque não controlam o que enfiam pela goela abaixo. A verdade é esta.

                Haverá certamente uma minoria de gordos que o é devido a problemas de saúde, mas é uma minoria.

                Comentário


                  #68
                  Originalmente Colocado por hpventura Ver Post
                  A grande maioria dos gordos são-no porque não controlam o que enfiam pela goela abaixo. A verdade é esta.

                  Haverá certamente uma minoria de gordos que o é devido a problemas de saúde, mas é uma minoria.
                  Basicamente é isto.

                  Já agora, aproveito para dizer que sou a favor de medidas radicais, principalmente no contacto social.
                  Se uma pessoa é gorda, deve-se dizê-lo directamente. Não é dizermos que está "cheiinhha", que tem os ossos largos ou que tem uns quilinhos a mais que vamos mudar mentalidades. Temos que ser agressivos, temos que "humilhar" (no bom sentido da palavra) os gordos para que eles possam ver no buraco em que se estão a meter só pelo simples facto de serem gordos.

                  Sim, porque ser gordo:
                  -aumenta a probabilidade de ter diabetes tipo 2 - leva a alterações metabólicas generalizadas, principalmente a nível cardiovascular e neurológico, com perda de sensibilidade e falta de circulação periférica. Ora, isto provoca cegueiras, feridas impossíveis de cicatrizar que levam a amputações (começa-se nos dedos dos pés, acaba na anca...), enfartes, etc...

                  -provoca hipertensão, a principal causa de morte em Portugal! Isto porque a hipertensão é a principal causa de doenças cardiovasculares, como AVC ou enfarte.

                  -leva a problemas posturais, lesões articulares (os joelhos sofrem imenso) e musculares. E aqui entra-se num ciclo vicioso, porque se não nos conseguimos mexer tão bem, vamos engordar ainda mais.

                  Portanto, os gordos terão que ser sempre uma faixa fora da normalidade. A obesidade provoca demasiados problemas para ser considerada normal.

                  Aos gordos que lerem este tópico, deixo uma palavra de incentivo para tentarem (pelo menos) a mudança. Não vão acreditar nas melhorias que vão sentir quando perderem meia dúzia de quilos.

                  Comentário


                    #69
                    Boa noite

                    Originalmente Colocado por DocJRA Ver Post
                    Obrigado a todos que têm contribuído para o tópico.

                    Sem dúvida dá gosto ler algumas opiniões (esta história dos like's é viciante).

                    Lanço agora 2 perguntas (temas) fracturantes para ver se alguém quer pegar neles e dizer o que pensa.

                    1 - Se vários estudos nos dizem que comer mal na infância e adolescência repercute-se na idade adulta de uma forma semelhante ao abuso do alcool (esteato-hepatites, esteatose, cirrose, etc), para quando uma proibição e/ou imposto extra sobre todo e qualquer alimento com um teor de gordura superior a xx%, de acuçar a yy% e de sal a zz%.

                    Concordam ?

                    E no geral, terá a nossa sociedade maturidade para aceitar isso ?

                    Eu não acredito, basta ver o movimento nacional a favor do leite achocolatado, para imaginar o Terreiro do Paço cheio de manifestantes assim que se aprovasse a proibição / taxação das carnes gordas no Cozido à Portuguesa.

                    2 - Sabendo nós que os recursos de saúde são finitos, concordam com a recusa de cirurgias (por ex. bypass cardíacos) a quem o peso, hábitos tabágicos, etc comprometa a viabilidade das mesmas a médio prazo ?

                    Se nenhum de nós (espero eu) dá dinheiro a um drogado para ir comprar branca, porque é que nós todos, através dos impostos, somos obrigados a subsidiar tratamentos a fumadores, bebedores e comedores compulsivos, cuja intervenção cirúrgica apenas lhe conferirá 2 anos de "farra" ao contrário de 15 de vida saudável como aconteceria a alguém que não tivesse os mesmos vícios. ?

                    Será esta racionalização de recursos (finitos, repito) uma forma de nazismo ou trata-se apenas uma optimização do que se tem ao dispor ?

                    Antes de responder a este segundo tema é necessário ter em atenção que a grande maioria dos cirurgias em Portugal têm lista de espera, logo a recuso a quem não oferece condições pós operatórias para o sucesso, significa o encurtamento do tempo a quem "efectivamente vai lucrar" com a cirurgia.
                    Concordo que o problema da obesidade é muito preocupante e que é preciso fazer qualquer coisa para inverter esta tendência. Não concordo com a proibição de alimentos com excesso de gordura,açúcar os sal porque me parece uma medida demasiado radical e porque defendo que podemos comer de tudo um pouco, desde que o façamos com moderação. Quanto à possibilidade de se aplicar um imposto extra a esses mesmos alimentos, já sou mais favorável. Gostava de dizer que, neste momento, há muitas escolas do ensino básico onde o tema da "Alimentação" é abordado de uma forma mais profunda do que a simples comemoração do "Dia Mundial da Alimentação", fazendo parte integrante , por exemplo, do Projectos Curricular de Turma. O ano passado trabalhei numa escola onde foi possível incentivar os alunos a comerem uma peça de fruta por dia ao lanche e onde se plantaram morangueiros num pedaço de terreno atribuído a cada turma. Em cada período lectivo foi feita, na sala de aula, uma salada de fruta com morangos cultivados pela turma, juntamente com outros frutos trazidos de casa pelos alunos. Todos comeram e adoraram.
                    Quis trazer este testemunho para que se saiba que há professores preocupados em transmitir aos seus alunos hábitos de uma alimentação saudável, neste caso incentivando-os a comerem fruta.

                    Comentário


                      #70
                      Chegados a este ponto da saudável reflexão quero dar os meus sinceros parabéns ao autor do tópico pela qualidade do tema, mas também pela forma cuidada como foi elaborado.

                      Houve tempos em que adorava fazer tópicos e vê-los crescer, actualmente prefiro ir dando o meu modesto contributo para os tópicos que os outros criam e que me parecem valer a pena, como é claramente o caso deste.

                      Parabéns também à generalidade dos intervenientes, que têm tido excelentes intervenções, elevando o nível do tópico.

                      Assim dá gosto

                      Comentário


                        #71
                        Originalmente Colocado por DocJRA Ver Post
                        1 - Se vários estudos nos dizem que comer mal na infância e adolescência repercute-se na idade adulta de uma forma semelhante ao abuso do alcool (esteato-hepatites, esteatose, cirrose, etc), para quando uma proibição e/ou imposto extra sobre todo e qualquer alimento com um teor de gordura superior a xx%, de acuçar a yy% e de sal a zz%.

                        Concordam ?
                        Totalmente.

                        Porque alguém efectivamente os paga ou vai pagar no futuro sobre a forma de despesas médicas (ou pior).
                        Os preços deveriam reflectir os custos reais que a ingestão sistemática dessas porcarias provocam às pessoas a longo prazo.

                        Também não ficaria chocado que se uma pessoa passar de X de IMC deverá pagar mais em determinados transportes públicos e serviços.
                        Editado pela última vez por Jacare; 16 February 2011, 10:20.

                        Comentário


                          #72
                          Originalmente Colocado por professorinha Ver Post
                          (...) Gostava de dizer que, neste momento, há muitas escolas do ensino básico onde o tema da "Alimentação" é abordado de uma forma mais profunda do que a simples comemoração do "Dia Mundial da Alimentação", fazendo parte integrante , por exemplo, do Projectos Curricular de Turma. O ano passado trabalhei numa escola onde foi possível incentivar os alunos a comerem uma peça de fruta por dia ao lanche e onde se plantaram morangueiros num pedaço de terreno atribuído a cada turma. Em cada período lectivo foi feita, na sala de aula, uma salada de fruta com morangos cultivados pela turma, juntamente com outros frutos trazidos de casa pelos alunos. Todos comeram e adoraram.
                          Quis trazer este testemunho para que se saiba que há professores preocupados em transmitir aos seus alunos hábitos de uma alimentação saudável, neste caso incentivando-os a comerem fruta.
                          Interessante que fales disso... Existe um "Chef" britânico, Jammie Oliver que promoveu iniciativas desses estilo pelo Reino Unido junto das escolas britânicas e mais recentemente em escolas dos EUA com algum sucesso mediático e levantando debates nacionais sobre o tema.

                          A ideia que tenho é que nós em Portugal, apesar de termos uma das taxas mais elevadas de obesidade infantil, estamos a tentar criar hábitos saudáveis nas refeições das escolas. Será suficiente? Não me parece. A educação em casa e a promoção de hábitos saudáveis como desporto (promovidas em casa e principalmente na escola!!!) é essencial e isso é um dos aspectos que me parecem que ainda estão algo enferrujados.
                          Editado pela última vez por Jacare; 16 February 2011, 10:28.

                          Comentário


                            #73
                            A promoção de "ESTILOS DE VIDA SAUDÁVEL", faz parte dos programas de Educação Física,sendo esta uma parte da componente teórica da disciplina, ao contrário do que muita gente pensa, que esta se limita às actividades físicas e suas regras. Esta disciplina deve tratar com os seus alunos transversalmente, a Obesidade, benefícios da actividade Física ao longo da vida, ocupação dos tempos livres, etc. Também é abordado na disciplina de Biologia.

                            Mais tarde virei desenvolver este assunto.
                            Editado pela última vez por MariaHelena; 16 February 2011, 10:47.

                            Comentário


                              #74
                              Peço desculpa pelo post longo, desde já.

                              Em relação à "penalização" de alimentos gordos ou menos saudáveis, concordo que deveriam ser taxados de forma diferente, de facto. A nossa população já deu imensas provas (infelizmente) que a melhor forma de acatarem responsabilidades é "mexendo-lhes" na carteira. Se isso vai contra as liberdades individuais? Talvez, mas era algo a que estava preparado para viver com...

                              Não acho, no entanto, que devam ser vistos no mesmo prisma do alcóol ou tabaco. Estes ultimos são, para todos os efeitos, drogas de abuso, que causam dependência fisica, para além de psicológica. Já a comida menos saudável, causará uma dependência psicológica, quanto muito.

                              Em relação à vertente médica ou de tratamento, acho que seriam necessárias medidas que controlassem os gastos do SNS com patologias resultantes do abuso de sobrenutrição.
                              Claro que tem que haver muito cuidado na definição do que se entende por "condiçoes para tratar".

                              Quem vai decidir que aquele doente até se mostra empenhado em mudar de habitos depois da cirurgia? E quem vai decidir que a Dª Luisa pode levar uma protese do joelho porque fez um esforço em emagrecer a e Dª Micas já não leva porque o esforço não foi o mesmo? E a Dª Micas teria a mesma capacidade de compreensão, mesmas condições socio económicas para fazer esse esforço ou adaptação ao que o medico exigia?
                              Senão, a linha entre a razoabilidade e a subversão acaba por ser mto ténue.
                              Já a cirurgia meramente estética, essa sim deveria ser fortemente condicionada para o SNS e ser principalmente reconstrutiva (pós mastectomia, correcção cirurgica de cicatrizes, etc).

                              E o fosso tem tendência a aumentar porque quem é mais desafogado financeiramente, em ultima analise pode dar-se ao luxo de fazer o que quiser com a sua boca, dado que também terá condições para se tratar a nivel privado.

                              Dou um exemplo familiar:

                              Há uns meses fui contactado por um tio afastado que estava à espera de cirurgia vascular, num hospital central, por má circulação periferica dos membros inferiores. A cirurgia envolvia bastantes riscos e o médico terá definido alguns pressupostos. Ele era um "bon vivant" e logo, teria de emagrecer alguns kgs dado que era gordo, teria que largar o alcool e reduzir/deixar de fumar.
                              Ele recusou, alegando que era o que lhe dava prazer e não iria mudar hábitos. O médico eliminou-o da lista cirurgica!

                              Toda a minha familia ficou revoltada com a atitude "ditatorial" do médico e eu, como profissional de saúde, acabei sendo o bode expiatório. Toda a gente me vinha perguntar se aquela atitude era normal, se o médico podia fazer aquilo, e por aí fora...
                              Eu, num jantar de familia, lá disse que ia ver o que conseguia fazer mas referi que compreendia as razões do médico. E dei exemplos de transplantados de figado que custam milhares e mantem habitos alcoolicos. Claro que depois vem logo o eterno argumento "mas então eu andei a descontar estes anos todos para quê?", ao que eu respondi que "não era para ser parvo ou para lhe dar na real gana de fazer o que lhe apetecer com dinehrio dos contribuintes, ou então que o fizesse com o dele, num hospital privado".

                              Claro que toda a gente ficou contra mim, mas analisando friamente a questão, esse é, de facto, o problema principal.

                              Comentário


                                #75
                                manucas, no exemplo pessoal de que falas, focas o ponto principal. A vontade que as pessoas têm de viver a vida, de não olhar pela sua saúde, de não pensarem a longo prazo.

                                Lido diariamente com doentes recheados de problemas cardíacos, que fizeram cirurgias de revascularização (by-pass coronário), que fizeram cataterismos, que têm pacemakers, que têm arritmias, que têm Hipertensão Arterial descontrolada, e alguns (felizmente poucos - cada vez menos, acho) estão simplesmente marimbando-se.
                                A cada consulta que passa chegam mais gordos, com colesterol mais elevado, decidem deixar de tomar medicação essencial para o seu tratamento... E muitos não o fazem por falta de poder económico. Fazem-no porque sim, porque acham que não faz efeito nenhum.
                                Até ao dia que levam uma reprimenda tal que entram na linha. Ou isso, ou apanham um susto valente.

                                Isto para frisar que acho mesmo que devem haver campanhas agressivas. Porque muitas pessoas só aprendem assim.
                                A obesidade é um problema gravíssimo que é completamente menosprezado na sociedade actual.

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                                  #76
                                  PIRÂMIDE DE ALIMENTOS





                                  A escolha da alimentação pressupõe conhecimento próprio, ou seja, os alimentos que cada um precisa, independentemente das tradições e das modas. Uma alimentação equilibrada e variada não deve pecar nem pela falta nem pelo excesso.
                                  Mas hábitos de vida saudáveis terão só a ver com estas duas vertentes da vida humana, educação física e alimentação? – Claro que não. Sem dúvida que o homem se cumpre na acção, movimentando-se e é fruto também do que come. Mas o homem depende também do ar que respira e da qualidade da sua vida afectiva e da qualidade dos seus pensamentos, e das suas relações familiares e sociais, e da inserção no mundo cultural a que pertence... Em todas essas vertentes é preciso criar hábitos e dinâmicas de vida que promovam a saúde integral do homem.
                                  Assim poderemos considerar potenciadores de hábitos de vida saudáveis todas as condições que permitam uma vida humana plena, com sentido, ou seja, que possibilitam que cada homem possa realizar o seu projecto, tendo acesso aos meios que lhe permitam desenvolver-se ao longo da sua existência de uma forma equilibrada, permitindo a superação das suas dificuldades e o desenvolvimento dos seus talentos, tornando possível a sua realização pessoal, mas também a partilha do que melhor tem com a comunidade a que pertence. Assim, fazem também parte de hábitos de vida saudável, todas as actividades humanas que permitam o desenvolvimento integral do homem, ou seja que permitam o equilíbrio consigo próprio, com o outro, e com o mundo, onde a individualidade não seja esmagada pelo social. Neste contexto, a escolha da profissão e das actividades dos tempos livres, desempenham um papel importante na realização integral do homem.Actividades como ir a um concerto, ver o nascer do sol, tocar violino ou piano, caminhar pela praia ou pela montanha, desenhar ou escrever ou simplesmente relaxar se estamos cansados, são também fundamentais, se queremos ter uma vida plena como seres humanos e, por isso, devem fazer parte dos hábitos de todos nós. Também, participar na vida da escola, da comunidade, da sociedade em geral ou da vida familiar devem fazer parte da aprendizagem dos jovens e da prática de todos. Tudo o que engrandeça ao homem na sua vertente pessoal, social e cultural, deve ser enraizado nos hábitos do ser humano e estar incluído nos hábitos de vida saudável.
                                  Andar 30 minutos diariamente é ideal para a saúde e pode ser feito por qualquer um em qualquer idade, sem necessidade de gastos económicos. Fazer exercício adequado às características de cada um é também importante para termos uma vida saudável. A regularidade destes exercícios é fundamental para a criação de rotinas, hábitos que permitam um normal funcionamento de todo o corpo. Estas práticas são fundamentais dada a progressiva sedentarização de homem, sobretudo nas grandes cidades, onde impera a correria da casa para o emprego, quase sempre de carro, e donde resulta um stress crescente. Muito importante é cada um escolher a actividade ou actividades que lhe convêm e criar um hábito de as praticar numa rotina que faça parte da vida e não seja uma actividade ocasional.
                                  A prática regular de exercícios exige programação, força de vontade, persistência e sobretudo ter a noção que são indispensáveis à saúde integral do homem para podermos estar verdadeiramente motivados para as incorporarmos na nossa vida. A motivação pode conseguir-se de várias maneiras mas ajuda muito se escolhermos actividades que nos dêem prazer ou onde possamos encontrar amigos, fazendo dessas actividades um convívio salutar. Assim, nadar, andar a pé, correr, fazer tai chi ou ioga, dançar podem ser, além de exercício excelente, um encontro social gratificante que enriqueça também a nossa vida psicológica e social e torne a vida mais plena em todas as idades, pois o conceito de saúde envolve as dimensões biológica, psicológica, social, cultural e económica e por isso devemos estar atentos a todas elas.
                                  É preciso ter em conta, no entanto que também a sociedade do lucro e do consumo afectou organizações que dizem promover a saúde o desporto e o lazer! Atenção portanto ao local, à qualidade e segurança do que escolhemos...
                                  Mas todos sabemos que a sociedade de hoje enfatiza o consumo, a competitividade, o individualismo e como os meios de comunicação social, televisão, jornais, persistem em difundir a veneração do corpo belo e esbelto e criando necessidades nos jovens… A anorexia e a bulimia são doenças que têm a ver com este tipo de sociedade. A lógica de mercado aproveita a “moda” e surgem os hotéis, os spas, os clubes, os personal trainers, nem sempre voltados para o verdadeiro bem-estar integral da pessoa, mas assentes em estratégias de mercado prontas a explorar as vulnerabilidades dos tempos e dos mais fracos!
                                  Por isso cada um de nós deve estar atento para saber distinguir o que nos convém, fugindo das armadilhas das modas e não esquecendo também que hábitos de vida saudáveis devem fazer parte do nosso quotidiano e não temos que, necessariamente, passar pelo ginásio para ser saudáveis. Actividades gratuitas, ao alcance de todas as idades e bolsas... E nunca esquecer que saber comer e actividade física diária terão de ser o tronco que nos sustenta a par de tantas outras actividades que serão as folhas e flores da árvore da nossa vida...

                                  Todas as citações apresentadas foram retiradas do trabalho de uma aluna minha de 11º Ano. As conclusões que chegou e propostas que tem:

                                  CONCLUSÃO
                                  Sabemos que actividade física melhora as condições de saúde dos indivíduos;
                                  Sabemos que uma alimentação rica, variada e equilibrada é factor indispensável ao bem estar físico do homem;
                                  Sabemos que a qualidade do ar, das nossas casas, escolas e cidades interfere na saúde;
                                  Sabemos que uma pessoa com personalidade equilibrada, com uma boa
                                  auto-estima e bem integrada no meio familiar e social, e participando na vida da comunidade tem condições para ser saudável e feliz;
                                  Sabemos também que, nem sempre, os hábitos de vida saudáveis fazem parte da vida de muitos jovens e de muitos adultos e que a sociedade actual tem muitos problemas:
                                  ­ Comemos e bebemos demais.
                                  ­ Não dormimos, muitas vezes as horas suficientes.
                                  ­ Temos uma vida sedentária e com falta de exercício físico.
                                  ­ Não convivemos de forma saudável.
                                  ­ Temos vidas cheias de stress.
                                  ­ Desenvolvemos cada vez mais doenças relacionadas com o sedentarismo, a má nutrição e a sociedade de consumo.
                                  Temos, portanto, muitos problemas a resolver que só com a vontade concertada de todos, vontade e responsabilidade individuais, mas também vontade política poderão ser ultrapassados...
                                  Na verdade se queremos jovens com hábitos saudáveis teremos de criar as condições que favoreçam a criação desses hábitos a começar pela organização da educação e da escola:
                                  ­ Os educadores terão de ter consciência da importância do seu papel na vida de cada jovem e portanto no futuro da sociedade. Eles próprios devem ter hábitos de vida saudáveis, ensinando com o exemplo.
                                  ­ Os currículos devem ser reformulados, diminuindo a carga horária com a eliminação de áreas absolutamente desnecessárias e pondo a tónica em saberes e experiência fundamentais no desenvolvimento humano. Assim as aulas propriamente ditas deveriam funcionar só da parte da manhã (08:00 às 13:30), ficando as tardes livres para outras actividades a realizar na escola ou não, ligadas à música, à dança, teatro, desporto, para que os jovens aprendam e também tenham tempo de se socializar de forma saudável e com a interacção dos adultos.
                                  ­ A Música e a Educação Física e o Desporto (não em moldes competitivos, mas formativos) deverão fazer parte da educação desde os 3 anos de idade ( Música e Educação Física, já diziam os filósofos gregos, são indispensáveis na formação integral do homem).
                                  ­ É fundamental pois, equipar as escolas com bons ginásios, salas de espectáculos, refeições adequadas aos alunos e onde os próprios participem também na planificação das actividades e onde todos os professores devem estar formados para ajudar a corrigir posturas corporais erradas…
                                  ­ As escolas, juntamente com as autarquias, deveriam também proporcionar locais onde os jovens pudessem conviver em segurança e que fossem alternativa à moda dos bares nocturnos, onde actualmente os jovens em vez de conviverem, se iniciam no álcool e na drogas cada vez mais cedo…Seria útil organizar visitas guiadas de jovens a hospitais (nomeadamente a Alcoitão), onde muitos jovens vítimas de acidentes devido ao álcool, comprometeram as suas vidas e dos seus familiares... Para que os jovens possam contactar com as consequências de hábitos de vida irresponsáveis.
                                  ­ Criar nos jovens gestos solidários através da participação activa em diversos lugares da comunidade em que pudessem ser uma mais valia (por exemplo, lares de idosos, creches, etc.), devem ser também actividades a ter em conta.

                                  Tudo isto só será possível se a escola não for tão competitiva e preparar para a vida, se ensinar para a cooperação e deixar tempo aos jovens para estudar, para poderem crescer intelectualmente, mas também crescerem como pessoas na relação com os outros. Uma escola que deve ser exigente, fomentando que cada um dê tudo o que pode dar, potenciando dons e ajudando a ultrapassar dificuldades. Uma escola destas só funcionará se aos professores for devolvido o poder e o respeito que a classe merece pelo lugar que desempenha no futuro da sociedade… Depois dos pais são, sem dúvida, para os jovens, as pessoas mais importantes porque são aquelas que mais os poderão influenciar. Por isso a formação dos professores deve ser pensada com muito empenho e carinho.
                                  Só hábitos de vida saudáveis poderão permitir a construção de um futuro sustentável para todos. Por isso, todos nós individualmente, mas também a sociedade em geral, nas suas diversas formas de organização política, económica, cultural... devemos trabalhar para planificar e criar condições para que todos possamos adquirir hábitos saudáveis que deverão ter em conta, o respeito por todos quantos habitam o planeta, não esquecendo, é claro a Terra que habitamos.
                                  Por isso, a planificação e a criação de hábitos saudáveis deverá reflectir também:
                                  ­ Preocupações urbanísticas para que as condições permitam viver com dignidade (desafio especial a arquitectos, responsáveis das Obras Públicas, Câmaras, etc.).
                                  ­ Preocupações com todas as formas de vida (desafio de cientistas, biólogos, etc.)
                                  ­ Atenção à demografia e à redistribuição da população, evitando as grandes cidades e facilitando o contacto do homem com a Natureza.
                                  ­ Evitar as desigualdades gritantes da natalidade entre o terceiro mundo e a baixa natalidade da Europa, procurando um equilíbrio sustentável...
                                  ­ Trabalhar no sentido da cooperação económica e social para que as desigualdades mundiais a todos os níveis se reduzam e se criem condições de paz.
                                  ­ Fomentar o respeito e a tolerância por todas as religiões e culturas, trabalhando para o seu conhecimento (só se pode amar o que se conhece…).
                                  Trabalhar, afinal, no sentido que cada um se sinta responsável não só pela construção da sua própria vida, do seu futuro, mas também pelo futuro comum, o futuro da humanidade e da vida deste planeta que habitamos... Esse é o desafio que o futuro nos lança... e é nossa tarefa e responsabilidade responder; responder individualmente e colectivamente, cada um com os dons que tem e no local onde se encontra, não esquecendo o velho lema: “Pensar globalmente e agir localmente”.
                                  Editado pela última vez por MariaHelena; 17 February 2011, 12:44.

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                                    #77
                                    É verdade que cada vez há mais jovens obesos, mas por outro lado há muitos jovens, nomeadamente, raparigas que se tornam anoréticas (influências da Tv, música, moda, etc...).
                                    Será que estes dois problemas não são as faces da mesma moeda??
                                    Tenho notado que em algumas das grandes cadeias de vestuário é raro haver tamanhos para pessoas mais gordinhas, será que isso também não contribiu para o aumento das dietas radicais?

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                                      #78
                                      Originalmente Colocado por Joana1984 Ver Post
                                      É verdade que cada vez há mais jovens obesos, mas por outro lado há muitos jovens, nomeadamente, raparigas que se tornam anoréticas (influências da Tv, música, moda, etc...).
                                      Será que estes dois problemas não são as faces da mesma moeda??
                                      Tenho notado que em algumas das grandes cadeias de vestuário é raro haver tamanhos para pessoas mais gordinhas, será que isso também não contribiu para o aumento das dietas radicais?
                                      Os exageros nas dietas e anorexia passam pela incapacidade de estabelecer um padrão saudável e normalmente estão associados a uma idade de transformações e inseguranças.

                                      Há uma preocupação com estética mas totalmente mal calibrada.

                                      A obesidade normalmente resulta de falta de desciplina e lascismo

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                                        #79
                                        Originalmente Colocado por v7 Ver Post
                                        Os exageros nas dietas e anorexia passam pela incapacidade de estabelecer um padrão saudável e normalmente estão associados a uma idade de transformações e inseguranças.

                                        Há uma preocupação com estética mas totalmente mal calibrada.

                                        A obesidade normalmente resulta de falta de desciplina e lascismo
                                        Em alguns casos é provocada por problemas hormonais e alguns tratamentos médicos.
                                        Os casos de anorexia não são só em adolescentes, também casos de pessoas adultas que sofrem do mesmo problema.

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                                          #80
                                          Originalmente Colocado por Joana1984 Ver Post
                                          Em alguns casos é provocada por problemas hormonais e alguns tratamentos médicos.
                                          Os casos de anorexia não são só em adolescentes, também casos de pessoas adultas que sofrem do mesmo problema.
                                          Eu estava a tipificar e tu falas de excepções .....

                                          Claro tanto num como noutro caso há excepções.

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                                            #81
                                            Originalmente Colocado por MariaHelena Ver Post
                                            A promoção de "ESTILOS DE VIDA SAUDÁVEL", faz parte dos programas de Educação Física,sendo esta uma parte da componente teórica da disciplina, ao contrário do que muita gente pensa, que esta se limita às actividades físicas e suas regras. Esta disciplina deve tratar com os seus alunos transversalmente, a Obesidade, benefícios da actividade Física ao longo da vida, ocupação dos tempos livres, etc. Também é abordado na disciplina de Biologia.

                                            Mais tarde virei desenvolver este assunto.
                                            Pena é que na esmagadora maioria das vezes não seja abordado. Falando por mim, No secundário normal a componente teórica resumia-se a 5 minutos de generalidades sobre as modalidades praticadas nas aulas e o resto do tempo, prática.

                                            Agora no profissional ainda é pior: nada de teoria, só algumas dicas no decorrer das aulas e vá de continuar a prática de jogos desportivos colectivos.

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                                              #82
                                              Originalmente Colocado por Thatsme Ver Post
                                              Pena é que na esmagadora maioria das vezes não seja abordado. Falando por mim, No secundário normal a componente teórica resumia-se a 5 minutos de generalidades sobre as modalidades praticadas nas aulas e o resto do tempo, prática.

                                              Agora no profissional ainda é pior: nada de teoria, só algumas dicas no decorrer das aulas e vá de continuar a prática de jogos desportivos colectivos.
                                              Pois mas fazem parte dos programas da disciplina. Quanto ao se cumprir ou não isso já me transcende, tem a ver com o sistema, e com o profissionalismo de cada um. Mas o que acontece também, é que a teoria é muito bonita, mas depois as coisas são organizadas nas escolas sem um mínimo de coerência. Virei mais tarde dar alguns exemplos,...podendo já citar um que é o fim do Desporto escolar, resolução do ME actual.

                                              No meu caso pessoal eu aproveito para dar informação e falar destes temas, quando chove e estou num espaço descoberto. Tenho umas quantas aulas preparadas, que aplico quando necessário. Todos os alunos têm um portefólio, onde numa das partes, vão colocando todas as informações sobre estes assuntos.
                                              Fazem todos os períodos, um trabalho de desenvolvimento normalmente o primeiro tem como tema, "Estilos de vida Saudável" no 2ºperíodo "Obesidade, actividade física e doenças associadas" e por último "Disturbios alimentares, causas e consequências". Normalmente fazem também uma proposta de plano de treino para si, a elaborar durante o ano. Os trabalhos são feitos lógicamente com a minha supervisão.

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                                                #83
                                                O IMC é uma escala de avaliação do peso adequado à altura.
                                                Não analisa estrutura óssea, nem qualquer outro aspecto fisiológico.
                                                Posso ter um IMC de 26 e não ser obeso nem ter excesso de peso. Posso ter um IMC 20 e não ter falta de peso.
                                                Não que seja uma escala errada, mas tem muitas falhas.

                                                Temos neste momento material para verificar percentuais de gordura no organismo. E tabelas para classificar as mesmas. Mas também tem falhas! Isto porque as balanças mais eficazes são caríssimas e difíceis de suportar por civis e/ou ginásios. De qualquer forma, já podemos verificar que um IMC elevado, por vezes reflecte bastante massa muscular, estrutura óssea larga (nadadores por exemplo).

                                                Temos também os perímetros, mas neste caso, tal como o IMC, é subjectivo. Com as pregas adiposas, podemos facilmente verificar onde se verifica a maior percentagem de gordura no corpo, embora não seja aplicável à gordura visceral.

                                                Com tanta escala e medição, na minha opinião, a obesidade reflecte muitas vezes, mais do que IMC, % gordura ou perímetro elevados; a pouquíssima capacidade cardíaca, baixa capacidade pulmonar, fraca flexibilidade, elevado risco de enfarte do miocárdio, etc.

                                                Quanto aos jovens, temos 2 mercados paralelos, que além de lutarem por lucro, têm funções diferentes no futuro dos nossos jovens.
                                                Um, na alimentação, onde os fast-foods, ganham cada vez mais a atenção (e desejo) das crianças, fornecendo muitas vezes refeições hiper-calóricas e ricas em sal e gorduras.
                                                Por outro lado, temos um crescimento de opções desportivas no quotidiano. Embora o nosso governo continue no caminho da destruição destas actividades, os responsáveis pelas mesmas lutam pela sua subsistência! Actividades como o futebol, a dança, o desporto escolar, as actividades extra-curriculares (Educação Física), a Educação Física obrigatória e parte importante da média escolar, natação, etc, conseguem até ao momento adiar o aparecimento de muitos obesos e em muitos casos, evitar mesmo o seu aparecimento!

                                                Comentário


                                                  #84
                                                  Originalmente Colocado por Hugo1984 Ver Post
                                                  ...
                                                  Com tanta escala e medição, na minha opinião, a obesidade reflecte muitas vezes, mais do que IMC, % gordura ou perímetro elevados; a pouquíssima capacidade cardíaca, baixa capacidade pulmonar, fraca flexibilidade, elevado risco de enfarte do miocárdio, etc.

                                                  ...
                                                  Boa frase .

                                                  No entanto no teu post tens alguns pormenores que quase podemos considerar mitos urbanos.

                                                  Relação IMC e estrutura óssea é real.

                                                  O conceito de alguém ser pesado, porque é "largo de ossos" é infundado.

                                                  Passo a explicar.

                                                  Os ossos têm 2 tipos de crescimento, longitudinal e transversal. Se o primeiro é influenciada ambiental limitada pelo potencial genético, o segundo responde à pressão exercida, principalmente se a força aplicada tiver uma direcção paralela à do osso.

                                                  Imagina um cilindro de plasticina. Se lhe deres uma marretada ele vai distribuir a força espalmando-se. Fazendo o mesmo a um osso ele vai expandir uns nanometros (por ventura poderá ser outra dimensão, não tenho presente onde li isto), até a um determinado limite após o qual ele parte (fractura de stress).

                                                  O oposto acontece se aliviares a pressão sobre ele, sendo que nessa situação o corpo reajusta o metabolismo ósseo e torna-o progressivamente mais estreito.

                                                  Perante este facto, se alguem for magro a pressão (via peso dos tecidos) é pouca, logo o osso nunca vai engrossar dando-lhe um peso que justifique a alteração do IMC em função destes.

                                                  Já um obeso ou um halterofilista provocarão o oposto.

                                                  Se quiseres ver as coisas com números... o esqueleto representa cerca de 30% do peso numa pessoa normal e, como o nosso organismo consegue fazer ou decompor osso consoante as necessidades, é complicado alterar essa percentagem alterando o peso pois existe um razão directa.

                                                  Se quiseres posso desenvolver mais o tema, mas já de para perceber.

                                                  Desmontando outro mito...

                                                  É comum a percepção que o músculo é mais pesado que a gordura. O que apesar de verdade, é referido pela maioria das pessoas como sendo uma diferença significativa, justificando o porquê de "magrinhos" pesarem o mesmo que "gordos".

                                                  Ora, tendo o a gordura uma densidade aproximada de 0.9196 e o músculo de 1,06, estamos a falar de uma ordem de grandeza de 86,8% (~ 7/8).

                                                  Invertendo as coisas, o volume de 1 kg de gordura e de músculo é de 1,087 (L/dm3) e de 0.943 (L/dm3) respectivamente.

                                                  Considerando o cenário irreal de alguém constituído apenas por gordura ou músculo, quem pesar 75 kg terá um volume de 81,5 L e 70,7L respectivamente.

                                                  De uma forma simplificada, alguém com 75 kg de gordura teria o aspecto de uma pessoa "real" de 81,5 kg, enquanto o mesmo peso em músculo daria um resultado semelhante a alguém com 70,7, considerando a aproximação da densidade humana à da água.

                                                  Como uma pessoa real tem ossos, sangue e toda uma variedade de tecidos que não gordura e e músculo, a influência destes é mais limitada do que aquilo que a maioria das pessoas pensa.

                                                  Concluindo, partindo de dois homens com 70 kilos e 1,78cm e constituições físicas equivalentes, se um aumentar apenas gordura até aos 80 e outro músculo (IMC 25,2), a diferença de volume final será de 1,44 L (10,87L para 9,43) e mal se notará a diferença entre eles.

                                                  Certo ?

                                                  Errado, pois para ganhar 10 kg de músculo terá de perder alguns de gordura, o que fará com que tenha na realidade de ganhar mais que os 10 para compensar.

                                                  Ou seja, no que toca a fisionomia, mal se notará diferenças num (a não ser que vá tudo para a barriga ) e o outro vai parecer o Konan (o guerreiro e não o homem rã).

                                                  Transformando isto num concurso, colocando as duas pessoas lado lado, toda a gente diria que o Konan seria o mais pesado.

                                                  Portanto, ainda continuam a pensar que os "magrinhos" têm quilos escondidos de osso ou músculo ?

                                                  PS - se errei em algum lado é favor de corrigirem-me, pois o post foi escrito ao final de um dia que começou às 8 e só acabou eram 21h, com 1h de ginásio no fim para para ter alguma moral para vir aqui escrever
                                                  Editado pela última vez por DocJRA; 18 February 2011, 00:15.

                                                  Comentário


                                                    #85
                                                    Acho que a nossa sociedade está mais uma vez a ser controlada por ideias de saúde que não fazem sentido.

                                                    1- Não temos de ser magros ou musculados como as pessoas da tv, basta estar em forma que isso já trás um corpo bonito e universalmente desejavel.

                                                    2- Comida ligh e diet... a publicidade faz-nos acreditar qe não engorda, mas é mais provavel ficarmos sem rins a beber coca-cola light do que engordar com a normal. É comida com subsitutos estranhos que não fazem bem e são ainda piores do que o açucar normal

                                                    3- Fast-food: comida processada, congelada vinda se calhar da china, feita de partes misteriosas de animais... já consideraram que as hamburgueres 100% vaca do mac podem ser mesmo 100%? com ossos e pele à mistura?
                                                    Experimentem ir ao talho, mandar picar uns bifes de porco sem gordura, levem para casa, juntamente com um pão de hamburguer. As hamburgueres vão ficar disformes, a mostarda não sabe ao mesmo que o molho do big mac, mas só o facto de estarem a comer bifes que viram ser picados dá logo um sabor especial.
                                                    Pizzas... nada melhor que fazer a massa em casa, por-lhe um molho bom e de facto ver o extra-queijo e o extra-bacon lá em cima.
                                                    Não há desculpas para não fazer fast-food em casa.

                                                    Água: Não está provado que devemos de facto beber 1,5L. NEnhum mamifero bebe mais do que precisa, acho que não somos assim tão especiais para fazer-mos o contrário. Por tanto eu digo que isto é truque para comprar muita água e enriquecer alguns.
                                                    Na verdade, demasiada água pára os rins.

                                                    Do meu ponto de vista, voltar a cozinhar... o dia é grande, se há tempo para ver tv, há tempo para cozinhar. Não custa assim tanto por azeite, peixe, vegetais e especiarias em qualquer coisa que vá ao forno e esperar que aquilo asse. É o tempo que se gasta em ir buscar comida ao mac.

                                                    Para as crianças, deviam de proibir aquelas papinhas da cerelac e os boioes de comida... Tudo o que é vendido nas grandes superfícies pode ser feito em casa, e não engorda.

                                                    Sobre operações a pessoas obesas, sou contra. Acho que essa é saída fácil, a pessoa não vai aprender nada com a operação e provavelmente vai continuar a comer mal.

                                                    A cura para a obesidade não é mais do que uma alimentação saudável, especialmente se formos nós a fazer a nossa propria comida, e exercicio físico. Não interessa quão pesada a pessoa seja, a cura é esta.

                                                    Reeducação alimentar, desporto e manter a boca fechada.

                                                    Sou a favor da operação para tirar a pele a mais, acho que deveria ser de graça. Seria a recompensa por tanto trabalho.

                                                    Não acho que devamos viver obsecados com comida saudável, comer um bocado de toucinho salgado com pão no meio de uma alimentação equilibrada não vai matar a pessoa!

                                                    Acho que uma vida boa está no equilibrio, as piramides dos alimentos são uma moda... o que faz bem hoje amanhã já não faz.
                                                    Isso aconteceu com a soja, houve uma altura que era puro veneno, agora faz bem a tudo.
                                                    Pessoalmente ignoro as autoridades de saúde por causa disso mesmo... e mantenho-me na minha ideia "tudo o que é em exagero faz mal", por isso comer um pouco de tudo para estar sempre bem.

                                                    Só pela piada, procurem no you tube o seguinte: Jamie Oliver Food Revolution Trailler.
                                                    O Jamie Oliver é um dos grandes cozinheiros do momento, então vai aos EUA, onde numa cidade, servem pizza ao pequeno-almoço aos putos da primária.

                                                    Comentário


                                                      #86
                                                      Originalmente Colocado por DocJRA Ver Post

                                                      1 - Se vários estudos nos dizem que comer mal na infância e adolescência repercute-se na idade adulta de uma forma semelhante ao abuso do alcool (esteato-hepatites, esteatose, cirrose, etc), para quando uma proibição e/ou imposto extra sobre todo e qualquer alimento com um teor de gordura superior a xx%, de acuçar a yy% e de sal a zz%.

                                                      Concordam ?


                                                      Não, não concordo
                                                      Por uma razão fisiológica muito simples:
                                                      A gordura corporal é metabólica, não é alimentar

                                                      O nosso organismo tem a capacidade de transformar QUALQUER excesso energético vindo de QUALQUER fonte alimentar, em substancia de reserva, que em ultimo lugar é transformada em gordura.

                                                      Uma pessoa até podia ser vegetariana extrema ao ponto de só comer alface crua, que mesmo assim, esta alface seria metabolizada em gordura,caso fosse ingerida em quantidade tal que suprimisse e excedesse as necessidades energéticas do organismo.

                                                      O facto de se ingerir gorduras não implica que elas sejam automaticamente acumuladas, e o facto de se ter uma alimentação pobre em gorduras não implica que o organismo não as produza.

                                                      O excesso de peso deve-se ao aporte calórico ingerido vs a taxa metabólica, e não ao tipo de alimento consumido propriamente dito, pelo que seria uma medida sem grande lógica

                                                      Comentário


                                                        #87
                                                        O meio social em que nos inserimos pode ser a pior coisa para contribuir para a obesidade.

                                                        Rebenta com a auto-estima de um indivíduo, o que leva a querer isolar-se, ganhar vida solitária e consequentemente... Ganhar peso.

                                                        Falo por experiência própria.

                                                        Sou obeso, não tenho problemas em o afirmar, neste momento peso 105kg para 1.80m e tudo derivado do que passei na minha infância. Quem me conhece nota que tenho dificuldades em me integrar a 100% num grupo de amigos, porque sinceramente, não quero relembrar o que passei.

                                                        A minha auto-estima andava tão em baixo que desde os 13 anos não sei o que é pesar menos de 90kg, sim, aos 13 anos, quase com 14, com 1,60m pesava 90kg. Era praticamente uma bola. E até era um rapaz bem magro antes dos 13 anos!

                                                        Felizmente mudei de escola e de meio social, ganhei auto-estima e tenho andado a perder peso aos poucos. Com a chegada da Universidade voltei a engordar, no 1º ano, chegando no Verão passado, imagine-se, a 130kg.

                                                        Decidi tomar medidas e evitar comidas rápidas, se bem que uma vez por outra não consigo evitar, por falta de tempo. E deixei de beber bebidas alcoólicas em excesso (bêbado inside ). Só com isto reduzi de 130kg para 117kg, claro que não foi de um dia para o outro, não se mentalizem que isto é tipo pózinhos de perlimpimpim, na variante de emagrecer. Agora tenho andado num ginásio e tenho perdido kg aos poucos, mas de maneira saudável. A minha tensão que estava elevada, derivada da obesidade, baixou para normal e baixei todas as medidas de roupa. Até ando com medo de ter de ir comprar traje universitário com medo que alargue.

                                                        Agora tenho como objectivo chegar pelo menos aos 90kg, espero em Abril já andar por esse peso.

                                                        E de facto nota-se bastante a diferença da qualidade da minha vida antes/após um meio social conturbado.

                                                        E também ao que parece, tenho a sorte de perder peso rapidamente, apenas tendo uma alimentação equilibrada, não bebendo (salvo raras excepções) e fazendo exercício físico).

                                                        Com isto tudo quero dar uma palavra de apoio a quem tem excesso de peso, não se deixem de ir abaixo por culpa de outrém e não desistam de tentar uma vida mais saudável, garanto que se sentirão melhor a cada dia que passa.

                                                        Cumps

                                                        Comentário


                                                          #88
                                                          Originalmente Colocado por Bluebelt Ver Post
                                                          Acho que uma vida boa está no equilibrio, as piramides dos alimentos são uma moda... o que faz bem hoje amanhã já não faz.
                                                          Isso aconteceu com a soja, houve uma altura que era puro veneno, agora faz bem a tudo.
                                                          Pessoalmente ignoro as autoridades de saúde por causa disso mesmo... e mantenho-me na minha ideia "tudo o que é em exagero faz mal", por isso comer um pouco de tudo para estar sempre bem.
                                                          Subscrevo todo o seu post, que acrescenta uma visão que faltava no tópico exceptp isto.

                                                          As pirâmides de alimentos expecificam a relação em termos de quantidades de grupos de alimentos, não por alimentos específicos e a relação entre os grupos tem lógica. Por exemplo a soja estará dentro de um grupo de alimentos, ou o trigo, mas isoladamente não tem sentido.

                                                          Uma boa alimentação tem que ser variada, equilibrada e aceitar um ou outro excesso.

                                                          Mas tal como diz o Foliv, a fruta é boa,...mas se comermos um Kg de fruto por dia, engordamos.

                                                          A obesidade tem 2 causas, a ingestão calórica superior à que necessitamos e sedentarismo. As causas genéticas ou de doença, na população em geral não são significativas, embora existam claro.

                                                          A causa está normalmente fora da mesa, isto é um indívíduo necessita de 2 300 calorias diárias, mesmo que coma saudavelmente para emagrecer tem que fazer um regime com um número de calorias inferior ao que necessita, por exemplo de 1500 calorias e fazer actividade física. No entanto se entre as refeições, resolve comer um pouco de cereais de chocolate e nos intervalos comer 5 maças, etc etc, vai logo buscar aí umas 750 calorias, que somando às 1500 calorias do regime, faz 2250 calorias.

                                                          A comida saudável só por si não emagrece. Para isso acontecer tem que diminuir as calorias ingeridas e aumentar o gasto energético.

                                                          Agora para mim o caminho está mesmo na mudança de hábitos alimentares de uma forma permanente.
                                                          Editado pela última vez por MariaHelena; 18 February 2011, 12:25.

                                                          Comentário


                                                            #89
                                                            Originalmente Colocado por MariaHelena Ver Post
                                                            Subscrevo todo o seu post, que acrescenta uma visão que faltava no tópico exceptp isto.

                                                            As pirâmides de alimentos expecificam a relação em termos de quantidades de grupos de alimentos, não por alimentos específicos e a relação entre os grupos tem lógica. Por exemplo a soja estará dentro de um grupo de alimentos, ou o trigo, mas isoladamente não tem sentido.

                                                            Uma boa alimentação tem que ser variada, equilibrada e aceitar um ou outro excesso.

                                                            Mas tal como diz o Foliv, a fruta é boa,...mas se comermos um Kg de fruto por dia, engordamos.

                                                            A obesidade tem 2 causas, a ingestão calórica superior à que necessitamos e sedentarismo. As causas genéticas ou de doença, na população em geral não são significativas, embora existam claro.

                                                            A causa está normalmente fora da mesa, isto é um indívíduo necessita de 2 300 calorias diárias, mesmo que coma saudavelmente para emagrecer tem que fazer um regime com um número de calorias inferior ao que necessita, por exemplo de 1500 calorias e fazer actividade física. No entanto se entre as refeições, resolve comer um pouco de cereais de chocolate e nos intervalos comer 5 maças, etc etc, vai logo buscar aí umas 750 calorias, que somando às 1500 calorias do regime, faz 2250 calorias.

                                                            A comida saudável só por si não emagrece. Para isso acontecer tem que diminuir as calorias ingeridas e aumentar o gasto energético.

                                                            Agora para mim o caminho está mesmo na mudança de hábitos alimentares de uma forma permanente.
                                                            Concordo contudo também : D

                                                            O mais importante é apostar num bom pequeno-almoço e depois ir reduzindo a doze até ao jantar. Nunca saltar refeições, pois isso leva a que a próxima refeição seja enorme.

                                                            Perder peso, ser saudável, não é difícil, o problema está mesmo na pessoa, ela é que tem de dizer basta e fazer uma limpeza à casa e tirar tudo o que seja mau. Se não há, não se come.

                                                            Uma coisa que tenho a impressão que está a acontecer, é que as pessoas acham que uma comida vegetariana (aquela sem carne e peixe), é mais saudável e ajuda a perder peso.

                                                            Não concordo com essa ideia, porque a comida vegetariana chega a ser mais calórica que a outra, vejo pelas receitas que há pela internet, que as pessoas gostam realmente de comida, mas tentam substituir o que pensam fazer mal por vegetais.

                                                            Já vi receitas de bitoques vegetarianos e lasanhas... não faz sentido. E o resto dos pratos são sobretudo salteados ou fritos, eu gosto muito de comida vegetariana mas tenho muita dificuldade em encontrar receitas no forno.

                                                            É importante salientar, que não somos coelhos lol somos omnívoros, o que quer dizer que podemos comer tanto carne como vegetais, ora se estamos preparados para comer ambas as coisas, que sentido faz comer só vegetais e substituir a carne por vitaminas e outras coisas que podemos ingerir de uma forma de facto natural e saborosa? Além do mais não chegamos ao que somos hoje por comer cenouras e trigo, e também não acho que vamos evoluir sem as proteínas da carne.

                                                            Anyway, a não ser que a pessoa tenha um problema de tiróide, ou algo assim, não tem qualquer desculpa para ser gorda.

                                                            Comentário


                                                              #90
                                                              1 - Se vários estudos nos dizem que comer mal na infância e adolescência repercute-se na idade adulta de uma forma semelhante ao abuso do alcool (esteato-hepatites, esteatose, cirrose, etc), para quando uma proibição e/ou imposto extra sobre todo e qualquer alimento com um teor de gordura superior a xx%, de acuçar a yy% e de sal a zz%.
                                                              Acho que não, uma pessoa tem o direito de comer o que quer, acho que fazer leis a dizer o que podemos ou não comer e a sua quantidade é chamar estúpidas às pessoas.
                                                              É como aquela lei que se está a pensar fazer nos EUA, sobre proibir os peões e os ciclistas de ouvir música e usar o telemóvel enquanto se anda, porque se perde a atenção e se tem acidentes.... uma pessoa ainda deve ter a opção de decidir o que fazer.

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